Geral

OMS diz que número global de mortes por covid-19 pode estar subestimado e seria duas a três vezes maior

Foto: © REUTERS/Denis Balibouse/Direitos Reservados

Os números oficiais de mortes atribuídas direta ou indiretamente à pandemia de covid-19 provavelmente estão “significativamente subestimados”, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (21), acrescentando que entre 6 milhões e 8 milhões de pessoas podem ter morrido até o momento.

Ao apresentar seu relatório anual Estatísticas Mundiais de Saúde, a OMS estimou que o total de mortes na pandemia foi de pelo menos 3 milhões em 2020 — 1,2 milhão a mais do que o relatado oficialmente.

“Provavelmente estamos diante de um total significativamente subestimado de mortes atribuídas direta ou indiretamente à covid-19”, afirmou.

A agência das Nações Unidas estima que cerca de 3,4 milhões de pessoas morreram diretamente em consequência da pandemia de covid-19 até maio de 2021.

“Este número, na verdade, seria duas a três vezes maior. Então acho que, por precaução, pode-se estimar seguramente cerca de 6 milhões a 8 milhões de mortes”, disse Samira Asma, diretora-geral-assistente da Divisão de Dados e Análises da OMS, em entrevista coletiva virtual.

William Msemburi, analista de dados da OMS, lembrou que essa estimativa inclui tanto mortes não relatadas de covid-19 quanto mortes indiretas devidas à falta de capacidade hospitalar e restrições à circulação, entre outros fatores.

“O desafio é que as [cifras de mortes] por covid-19 relatadas subestimam o impacto total”, afirmou Msemburi.

A OMS não detalhou os números aos quais os especialistas de saúde se referem como “mortalidade em excesso”.

Agência Brasil, com Reuters

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Diversos

Global faz sucesso com canal no YouTube sobre sexo e relacionamento: ‘Não dá mais para trepar sem gozar’

Foto: Arte de Luiz Costa sobre foto de Gabriel Monteiro

Toda quinta é dia de DR na casa de Maria Flor. E mais de 30 mil pessoas podem assistir à atriz e seu marido, o filósofo e roteirista Emanuel Aragão (com quem está casada há dois anos), debaterem sexo oral, masturbação, monogamia, divisão de tarefas… Desde que, há dez meses, lançaram o canal Flor e Manu, no Youtube, o casal divide sua intimidade com o público, falando, sem pudor, de temas ou situações que vivem no casamento.

O sucesso é tanto, que a DR virou a peça “Tudo que você sempre quis dizer sobre o casamento”, prevista para estrear no Rio em setembro. Os frutos não são apenas profissionais. O exercício de discutir a relação tem provocado nos dois uma constante reflexão sobre a qualidade da relação. E se hoje Flor fala abertamente sobre sexo e tabus, é graças à construção de uma liberdade pessoal. O que talvez tenha começado quando deu um basta no casamento anterior, por causa de uma calça justa e uma frase dita pelo ex-parceiro (“você está vulgar”). Na verdade, a luta vem antes. “Fui bem reprimida na adolescência e não tinha diálogo sobre sexo com meus pais”, conta ela, filha da roteirista Marcia Leite e do técnico de som Renato Calaça. “Somos criadas para dar prazer aos homens e reprimir o próprio prazer”.

Em sua casa no Horto, que foi completamente alagada na enchente do início do mês, a atriz falou ainda mais sobre sexo, mas também sobre seus trabalhos. Aos 35 anos, longe da TV desde 2017, se dedica ao teatro e ao cinema. Em junho, estreia temporada carioca da peça “A ponte”, sobre o reencontro de três irmãs. No segundo semestre, lança “Filme ensaio”, seu primeiro filme como diretora, e estrela a comédia romântica “Quatro amigas numa fria”, de Roberto Santucci. Contou também que está escrevendo um livro. Batizado de “Transparente”, fala de uma atriz que termina uma relação e tenta se redescobrir. Qualquer semelhança…

O que a experiência de dirigir e produzir acrescentou no seu trabalho de atriz? Você mudou?

Bastante, acho que fiquei mais generosa. Quando a gente vê de dentro, percebe que é complicado fazer, e, às vezes, o ator dá muito trabalho.

O que é sucesso para você?

Já foi ser atriz famosa, capa da revista. Hoje acho que é produzir minha peça, fazer algo que me dê felicidade, faça sentido. Ter dinheiro, ser famosa, o que isso traz? Cada vez mais, vemos atrizes valorizadas porque são jovens, bonitas, têm a pele boa, o corpo magro. Isso acaba, entra outra no lugar. O negócio é construir algo de que você possa ter orgulho e dizer “isso me formou como ser humano”. Porque ser atriz não me define, sou uma pessoa.

Como se imaginava aos 35 anos?

Tinha uma projeção careta, achava que estaria com três filhos, rica, sarada, pleníssima ( risos ). Mas a vida é muito mais estranha…

Pensa em ser mãe?

Às vezes. Tenho um enteado ( Martim, filho de Emanuel ) de 5 anos e dá para ver a realidade de ter uma criança. Isso me assustou, o trabalhão que dá.

Que tipo de madrasta você é?

Sou mais rígida. Martim fala: “A Flor não vai gostar disso” e “Aqui em casa, tem que levar o prato na cozinha porque a Flor gosta que leve”. Mas sou toda manteiga derretida com ele.

É a favor do aborto? Já fez?

Sou, super. Nunca engravidei, nem sei se sou capaz. Mas penso que uma hora vou ter que tomar essa decisão. Muitas vezes eu penso em não ter. O problema é me arrepender, chegar aos 60 e pensar que deveria ter tido, que na minha arrogância de 35 anos, de querer usar meu tempo para fazer e acontecer, não consiga entender a beleza que é abrir mão de coisas para viver outras lindas.

No canal no YouTube, vocês falam de assuntos íntimos, simulam sexo oral… Não é muita exposição?

O que não é exposição hoje? A gente está exposto o tempo todo. Eu não me importo. Quando dizem que estou chata, que falo muito, é até bom porque penso sobre mim mesma. A gente fala de coisas pelas quais passamos e muita gente se identifica. As pessoas não estão conseguindo se comunicar mais, a gente perdeu a capacidade do diálogo, a noção do outro.

Acha que o debate sobre sexo sempre partiu da ótica masculina?

Sim. É a ereção e o orgasmo masculino, o sexto é pautado por isso. Precisamos abrir o leque. Quando falo sobre masturbação feminina na peça, as pessoas ficam em silêncio, constrangidas. A gente questiona a ideia de o homem precisar mais de sexo do que a mulher. Fomos criadas para agradar, para servir. É uma busca feminina se libertar, ser livre sexualmente. Talvez, nas próximas gerações, isso nem seja questão, se Deus quiser! Minha geração não foi livre. A gente foi criada para dar prazer para ao homem e reprimir o nosso prazer, a gente não pode gritar, sentar de perna aberta, dizer “ah, quero namorar esse menino” ou “vai mais pra direita…”.

Como você foi se libertando?

Conforme fui me relacionando. Ganhei não só uma consciência do meu próprio corpo, como uma liberação para dizer “isso não tá bom, vamos fazer assim?”. Não dá mais para trepar e não gozar.

Teria uma relação aberta?

Não tenho estrutura emocional, maturidade, para lidar. Acho que gera muito sofrimento e viver já é sofrido.

Namoraria uma mulher?

Namoraria. Várias. Falo pro Emanuel: “Se a gente se separar, vou casar com uma mulher”. Não penso em nenhuma específica, mas em como vejo mulheres potentes, interessantes, desafiadoras a minha volta e desejo estar perto delas. Admiro a rebeldia, a maluquice, a liberdade de dizer o que pensam, fazer o que querem. A vontade de criar um lugar, um espaço que seja delas. Admiro muitas mulheres. E tenho muitas amigas que confio e que são mulheres incríveis, como Andréa Beltrão e Mariana Lima. Essas duas eu namoraria com certeza.

Já tolerou atitudes de namorados que hoje não aguentaria?

Muita coisa. Tipo “você está vulgar”. Me separei por causa dessa fala. O casamento já estava ruim, mas quando ele falou isso, a minha admiração foi embora. Pensei, “vai se foder!”. Era uma calça colada.

Em fevereiro você fez um post refletindo sobre racismo na época em que namorou o ator Jonathan Haagensen, que é negro. Como foi?

Foram várias situações. Sempre que ele estava dirigindo a gente era parado pela polícia. Tínhamos uma técnica de trocar de lugar no carro: eu pulava para dirigir. Funcionava. Havia um julgamento social também. Meu avô falou pra mim: “Você está namorando um escuro”. Me descabelei. Imaginava que seria difícil para ele, mas ter coragem de verbalizar isso? Não só foi muito racista, como não olhou para mim. Depois, nunca mais consegui lidar com o meu avô.

O que busca em uma relação?

A tentativa de honestidade. Eu cansei de fingir, de mentir. Fazer de conta que está tudo bem, que o mundo não está colapsando, que a gente não está triste. Procuro me relacionar com pessoas que estão tentando falar a verdade do que sentem e pensam. Mas é difícil, nesse mundo de superficialidade e eficiência, encontrar pessoas que queriam conversar e não dar respostas prontas para tudo.

O Globo

 

Opinião dos leitores

    1. Tico, o problema tá nas nos homens que não procuram conhecer o corpo das mulheres pra satisfaze-la como elas merecem, só pensam na cabeça do próprio p…

    1. Interessante, mulher vai pra cama com homens e diz que não goza. Sozinha, bota o dedo na xereca e goza em 2 mim. onde está o problema, no homem ou na mulher?

      Se a mulher não gosta de homem, só gosta de dedo, o problema está nela.

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Polêmica

Monica Iozzi critica manifestações: “Povo que se informa apenas por manchetes do Jornal Nacional”

miDiferentemente de famosos como Susana Vieira, Márcio Garcia, Viviane Araújo e Marcelo Serrado, que foram às ruas protestar contra a corrupção e o governo atual neste domingo (13), Monica Iozzi acabou por criticar os manifestos.

Em sua conta oficial no Twitter, a atriz, humorista e apresentadora da Rede Globo criticou até o principal e mais famoso jornal da emissora carioca, o “Jornal Nacional”.

“Meu Deus!!! Que momento triste vivemos. Como estamos equivocados, cegos. Somos um povo que se informa apenas por manchetes do JN…”, escreveu Monica No Twitter. Em outro post, a artista disse: “Não aprovo governo, não aprovo oposição. Acho a mídia tendenciosa. Não me sinto bem informada, nem representada por ninguém. E agora, José?”.

Além disso, Monica Iozzi também teceu comentários sobre o deputado federal Jair Bolsonaro, que em entrevista à atriz Ellen Page, falou absurdos que viraram manchetes em todo o mundo. Iozzi ainda criticou a cobertura de veículos de comunicação e sobre a manifestação na avenida Paulista, que segundo dados do DataFolha e da PM, foi o maior ato político da história do Brasil.

aaaaaaaaa bbbbbbbbbbb

UOL

Opinião dos leitores

  1. vejo Globonews vi jn leio veja isto é época e engraçadamente desde 2003 quero o pt varrido do país.
    não em prol de Aécio ou qualquer outro
    o pt é o partido de um homem só
    que de caráter social
    só tem um populismo coronelialista
    que levou milhares de pessoa a se enforcarem em dívidas
    que lotou salas de aula das universidades federais
    sucateou o salário de professores
    criou o mais médicos e estranhamente nós estamos com altos índices de doenças quase extintas.
    isso
    não foi nenhuma mídia que mostrou pra mim
    isso eu percebo quando saio de casa
    quando falo com os meus alunos
    quando entro numa fila
    e partilho com pessoas comuns
    das dificuldades que o pt
    prometeu diminui- las
    e uma vez no poder
    rasgou todo um programa de partido
    se rendeu a uma pessoa
    que entorpecida de poder
    se porta como alguém acima do bem e do mal
    que se deleita entre burgueses que mamam há anos nas tetas do governo
    e que em 2003 ou antes de 2003
    fez uma reforma da previdência que obriga funcionários públicos a trabalharem muito mais tempo
    a vc monica iozzi e demais que apoiam lula
    respeito a opinião de vocês
    que apoiam alguém que verbalizou apoio a usineiros do nordeste chamando os de heróis
    enriqueceu os grandes bancos
    aliou se a pessoas como Sarney maluf Collor e demais podres
    mesmo assim respeito quem defende não o pt
    o pt está morto como um partido de esquerda
    respeito quem defende o lulismo que se transformou o pt
    mas vc deveria fazer uma defesa ao lulismo
    respeitando quem é contra
    e de preferência com argument0s convincentes
    para a sua defesa

    eliana professora pública

  2. Uma lúcida no meio de tantos midiotas, inclusive muitos que comentam aqui nesse blog.

  3. Avisa pra ela que a alta cúpula do PT estão todos presos. E o país tá quebrado. Essa senhora é muito mal informada.

  4. Me desculpe a ignorância…. Mas quem é "Monica Lozzi"na cena artística nacional??!!Nunca ouvi falar dessa atriz/humorista…

  5. É igual a maioria dos leitores aqui Brunão, são influenciados pelas manchetes produzidas e anti PT e anti LULA pois tem medo do melhor presidente voltar ao poder. mas o povao é que elege.

  6. A cada dia que assisto o programa dela e o jornal nacional, esqueço 3 livros lidos. Por isso, pouco assisto.

  7. Eu estou surpreso a coragem dela de criticar o programa de maior audiencia da TV que ela trabalha.

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