Diversos

Dono do Grupo Petrópolis vira réu na Lava Jato por esquema de R$ 1 bilhão

 Foto: Giuliano Gomes/PR Press

A Justiça Federal de Curitiba aceitou denúncia e transformou em réu Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis. O empresário responderá por 642 atos de lavagem de dinheiro, num esquema que teria movimentado R$ 1,1 bilhão entre 2006 e 2014, envolvendo a Odebrecht.

Ele foi alvo da 62 ª fase da operação Lava Jato, deflagrada em 31 de julho, que apurou o envolvimento de executivos do grupo Petrópolis na lavagem de dinheiro desviado de contratos públicos, especialmente da Petrobras, pela Odebrecht.

Segundo a denúncia da força-tarefa da Lava Jato, o proprietário do grupo Petrópolis atuou em larga escala na lavagem de ativos e desempenhou substancial papel como grande operador do pagamento de propinas principalmente relacionadas a desvios de recursos públicos da Petrobras.

De acordo com documentação encaminhada pela Suíça, foram identificadas 38 offshores distintas com contas bancárias no EFG Bank de Lugano, controladas por Faria. Mais da metade dessas contas permaneciam ativas até setembro de 2018.

“Os elementos probatórios examinados conferem à denúncia do MPF substrato probatório suficiente ao seu recebimento, pelo que presente justa causa à ação penal. A ressalva, no que concerne à ausência de justa causa, fica em relação a Nelson de Oliveira, nos termos da fundamentação supra”, escreveu o juiz da Lava Jato Luiz Antonio Bonat.

A denúncia foi rejeitada em prol de Nelson de Oliveira, parcialmente aceita em face de Wladimir Teles de Oliveira e de Marcio Roberto Alves do Nascimento e totalmente aceita em relação aos outros 20 denunciados.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Mais um parça do demonio ladrão (já devidamente condenado) se complicando!!!kkkkkk…Os colarinhos-brancos se toram com Moro!!!!

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Polícia

Executivos do Grupo Petrópolis ‘lavaram’ R$ 329 milhões para Odebrecht, diz Lava-Jato

Cervejas do Grupo Petrópolis Foto: Divulgação/Petrópolis

Os executivos do Grupo Petrópolis , alvo da nova fase da Operação Lava-Jato , são acusados de terem lavado R$ 329 milhões de recursos desviados de contratos públicos, entre 2006 e 2014, para a Odebrecht . Foram expedidos pela Justiça Federal de Curitiba um mandado de prisão preventiva contra Walter Faria , controlador do grupo Petrópolis, e cinco mandados de prisão temporária contra executivos envolvidos nas operações ilícitas.

Segundo o Ministério Público Federal, em troca de dólares recebidos no exterior e de investimentos realizados em suas empresas, Walter Faria garantia recursos em espécie para a entrega a agentes corrompidos no Brasil e a liberação de propina travestida de doação eleitoral a Odebrecht.

Além disso, o Ministério Público Federal alega que contas bancárias no exterior controladas por Faria foram utilizadas para o pagamento de propina no caso dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000.

Em dezembro do ano passado, O GLOBO mostrou que Walter Faria era alvo de várias linhas de investigação da PF. O empresário era suspeito de receber propina em suas contas no exterior destinada a políticos do MDB e também investigado por fazer doações eleitorais para políticos a pedido da Odebrecht, em uma espécie de falsidade ideológica eleitoral. Em março, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral admitiu pela primeira vez ter recebido propina da Cervejaria Petrópolis, depois de um delator citar R$ 500 mil de mesada pagos todo mês por Walter Faria ao grupo político de Cabral.

Procurado, o Grupo Petrópolis afirmou que seus executivos já prestaram esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes e que “sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos”.

Offshores

A Lava-Jato sustenta que em conta mantida no Antigua Overseas Bank, em Antigua e Barbuda, no nome da offshore Legacy International Inc., Faria recebeu US$ 88.420.065,00 da Odebrecht de março de 2007 a outubro de 2009. Já entre agosto de 2011 e outubro de 2014, duas contas mantidas pelo executivo no EFG Bank na Suíça, em nome das offshores Sur trade Corporation S/A, e Somert S/A Montevideo, receberam da Odebrecht, respectivamente, US$ 433.527,00, e US$ 18.094.153,00.

“Paralelamente, constatou-se que o grupo Petrópolis disponibilizou pelo menos R$ 208 milhões em espécie à Odebrecht no Brasil, de junho de 2007 a fevereiro de 2011”, informou a força-tarefa em nota divulgada nesta quarta-feira.

Os procuradores afirmam ainda que o grupo comandado por Faria foi utilizado pela Odebrecht para realizar, entre 2008 e 2014, pagamentos de propina travestida de doações eleitorais no montante de R$ 121.581.164,36. Esses pagamentos foram feitos por meio das empresas Praiamar e Leyroz Caxias, que são distribuidoras ligadas à cervejaria.

Regularização cambial

Faria aderiu ao programa de regularização cambial, do governo federal, informando possuir mais de R$ 1,3 bilhão depositados em contas de empresas offshore. Algumas dessas contas, direta ou indiretamente, receberam valores das contas controladas pela Odebrecht e por operadores ligados ao caso dos navios-sonda da Petrobras.

Segundo o Ministério Público Federal foram identificadas 38 empresas offshore distintas com contas bancárias no EFG Bank de Lugano, controladas por Faria. Mais da metade dessas contas permaneciam ativas até setembro de 2018.

“Mesmo comparando com outros casos da Lava-Jato, chama a atenção a expressiva quantidade de recursos lavados por Walter Faria e por executivos do grupo Petrópolis. Além disso, o fato de ainda manter recursos no exterior sem origem lícita comprovada e realizar a regularização cambial de mais de R$ 1 bilhão denota a permanência na prática do crime de lavagem de dinheiro e autoriza, conforme reconhecido em decisão judicial, a decretação da prisão preventiva do investigado”, afirmou, em nota, o procurador da República Alexandre Jabur.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Mais um "campeão nacional" (junto com a podridão a que se acoluiou) caindo…Bora lava-jatooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. Isso era porquê luladrão não gostava de cerveja, só de cachaça. Rsrsrs

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Polícia

Lava Jato deflagra 62ª fase e tenta prender presidente do Grupo Petropolis; nova etapa mira pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a 62ª fase da Operação Lava Jato. Esta nova etapa mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava.

O presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, é um dos alvos, mas até as 8h45 ainda não tinha sido localizado.

De acordo com a PF, foram expedidos um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Até as 8h45 desta terça-feira, três pessoas tinham sido presas.

Segundo a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior (leia mais sobre a investigação abaixo).

As investigações da Lava Jato envolvendo o Grupo Petrópolis remontam a 2016, quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi achada na casa do executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior.

Segundo delação do executivo, a construtora utilizou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014.

Em setembro de 2017, Walter Faria entregou à Polícia Federal planilhas com informações sobre repasses da empresa a políticos a pedido da Odebrecht. De acordo com os documentos, 255 doações foram realizadas somente nas campanhas de 2010 e de 2012, somando mais de R$ 68 milhões

Além da Itaipava, o grupo Petrópolis é dono de marcas de cerveja como Crystal, Lokal e Petra, além do energético TNT. O grupo tem sete fábricas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso.

O G1 entrou em contato com o Grupo Petrópolis, mas até as 10h não teve resposta.

Lavagem de R$ 329 milhões

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quarta-feira, as investigações apontam que Walter Faria e outros executivos do Grupo Petrópolis atuaram na lavagem de cerca de R$ 329 milhões de reais em contas fora do Brasil.

Segundo a PF, estas doações resultaram em uma dívida de R$ 120 milhões da Odebrecht com a cervejaria. Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do grupo.

Os investigadores apontam ainda que Faria usou o programa de repatriação de recursos de 2017 para trazer ao Brasil, de forma ilegal, R$ 1,4 bilhão que foram obtidos por meio do esquema.

Mandados em 15 cidades de 5 estados

Os mandados são cumpridos pela PF em 15 cidades diferentes e foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. A nova fase foi batizada de Rock City.

Em São Paulo, foram cumpridos mandados em Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo. Também foram cumpridos mandados em Cuiabá (MT), Cassilândia (MS), Belo Horizonte (MG), Petrópolis e Duque de Caxias (RJ).

G1

 

Opinião dos leitores

  1. A imundície da Era PT não tem fim. A todo momento mais sujeira sai de baixo dos tapetes.

    1. Não foi o pt que roubou, foram uns laranjas plantados por Bolsonaro pra Moro incriminar o partido mais honesto do mundo, cujo comandante nunca recebeu uma propina, nem pra comprar um pedalinho. Hehehe

  2. Aqui tem muito cambalacho.
    Muito, mais muito mesmo, esse grupo Petrópolis saiu de empresa regional, para uma atuação nacional num período muito curto. Um salto extraordinário, igual aos irmãos Friboi, isso tudo no governo corrupto do PT. Tem que botar essa gente toda na cadeia urgente.

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