Diversos

VÍDEO: "Falso intérprete para surdos" da cerimônia de Mandela se defende

O homem acusado de ser um falso tradutor para linguagem de surdos na cerimônia em homenagem a Nelson Mandela defendeu-se hoje, dizendo que tem qualificação para o trabalho, mas admitindo que se atrapalhou durante o evento. VEJA “ATUAÇÃO” aqui

Thamsanqa Jantjie deu entrevistas à imprensa sul-africana justificando o fiasco em razão da grandiosidade da ocasião, que lhe tirou a concentração e causou alucinações. Ele revelou ainda que tem esquizofrenia.

“Atualmente sou um paciente recebendo tratamento para esquizofrenia”, declarou. “Não pude fazer nada. Eu estava sozinho numa situação muito perigosa. Tentei me controlar e não revelar ao mundo a situação pela qual eu passava. Sinto muito, foi a situação em que me encontrei”.

A performance de Jantjie na cerimônia num estádio de Johannesburgo, acompanhada por cerca de 60 mil pessoas no local e milhões pela TV, foi criticada por líderes de organizações que lidam com surdos e mudos em vários países.

Segundo eles, o tradutor fazia gestos incompreensíveis durante os discursos do evento, entre eles o do presidente americano, Barack Obama, e da presidente Dilma Rousseff.

Jantjie reagiu à acusação de que é um impostor. Disse que foi recrutado por uma empresa local chamada SA Interpreters.

“Interpretei em muitos eventos grandes, incluindo conferências presidenciais. Sou um intérprete sênior, basta olhar minhas qualificações.”

O governo sul-africano abriu uma investigação sobre o episódio.

Folha

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Diversos

Dilma afirma que Mandela foi inspiração para lutas dos latino-americanos

10_18_22_682_file Discursando em português, a presidente Dilma Rousseff enalteceu os exemplos deixados por Nelson Mandela em cerimônia religiosa de homenagem ao ex-presidente da África do Sul, morto na última quinta-feira (5), e destacou que o líder foi um exemplos para as lutas sociais no Brasil e na América do Sul. A homenagem foi prestada em Soccer City, o estádio que sediou a final da Copa do Mundo de 2010, em Soweto.

— A luta contra o apartheid inspirou a luta no Brasil e na América do Sul. Madiba é uma referência para todos nós, por sua estoica paciência com que suportou o cárcere. E também pela firmeza e determinação em sua luta, além do profundo compromisso com a justiça e com a paz. Sobretudo, por sua superioridade moral e ética.

A presidente sucedeu o norte-americano Barack Obama, que foi bastante aplaudido, na sequência dos discursos. Para ela, Mandela é a “personalidade maior do século 20”.

— Mandela conduziu com paixão um dos mais importantes processos de emancipação humana da história contemporânea. O combate dele e do povo sul-africano transformou-se em um paradigma para todos os povos que lutam por justiça, liberdade e igualdade.

Dilma reforçou que a morte é lamentada não só pelo governo e povo brasileiros, mas também por toda a América do Sul.

— Devemos reverenciar essa manifestação suprema de grandeza e humanismo de Mandela. A luta dele transcendeu as fronteiras nacionais e inspirou homens e mulheres a lutarem por justiça social. Mandela deixou lições para todos aqueles que buscam a paz.

Por fim, a presidente destacou, com orgulho, a imigração africana no Brasil e a continuidade das lutas pela igualdade entre os povos.

— Nós, nação brasileira, que orgulhosamente trazemos o sangue africano em nossas veias, celebramos o exemplo desse grande líder. Viva Mandela para sempre!

Dilma partiu para Johannesburgo com os antecessores Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney.

“O Estado brasileiro se une para honrar Mandela, exemplo que guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz”, escreveu Dilma em sua conta no Twitter, antes de viajar para a África do Sul.

A presidente acrescentou que “é uma honra poder reunir todos os ex-presidentes num objetivo comum”, o qual considerou como “uma demonstração de que as eventuais divergências no dia a dia não contaminam as posições do Estado Brasileiro”.

Esta é a primeira vez que todos os ex-presidentes brasileiros participam juntos de um ato internacional. Em 2005, Lula convidou todos seus antecessores ao funeral do papa João Paulo 2º no Vaticano, mas Fernando Collor não pôde viajar, por isso que apenas acompanharam o presidente na ocasião José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco, que morreu em 2011.

Os funerais de Mandela se prolongarão até o dia 15 de dezembro, quando o ex-presidente sul-africano será sepultado em Qunu (sudeste), local onde passou sua infância.

R7

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Diversos

Multidão comparece a estádio para cerimônia de tributo a Mandela

 Milhares de pessoas comparecem hoje no FNB Stadium, em Johannesburgo, para assistir à cerimônia religiosa de despedida de Nelson Mandela, morto na última quinta-feira aos 95 anos.

Os portões foram abertos às 6h (2h no Brasil) mas as filas e tumulto na portaria, um temor da segurança, não se confirmaram. A chuva e o frio, além do fato de ser um dia normal de trabalho, fizeram com que o estádio fosse ocupado lentamente.

O evento teve início às 11h locais (7h no Brasil). Enquanto aguardava, a multidão entoou cantos da era de luta contra o apartheid, além de gritos de guerra em homenagem a Mandela.

“Mandela é a África do Sul, é a nova África do Sul. Sua morte dá uma oportunidade para que reflitamos sobre seus valores”, disse Mark Durr, banqueiro branco, que chegou logo cedo. Veste uma camisa dos Springboks, a seleção nacional de rúgbi, famosa no mundo inteiro após ter sido usada por Mandela na final da Copa do Mundo do esporte, em 1995.

A seu lado, Devin Naidoo diz que “como bom servidor público” tinha o dever de estar ali. “Ele era um grande homem”. Servidores do governo federal tiveram dispensa para ir ao evento.

Mais de 70 chefes de Estado estarão presentes no evento. A presidente Dilma Rousseff será uma das que discursarão, ao lado do presidente americano, Barack Obama, entre outros.

Folha

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Jornalismo

De dentro da prisão, traficantes proíbem venda de crack em favelas do Rio

O tráfico de drogas vai proibir a venda de crack nas favelas do Jacarezinho, Mandela e de Manguinhos. A informação foi publicada na coluna de Ancelmo Gois de hoje com a foto acima. A medida, decidida pela maior facção do tráfico no Rio, ocorre dois meses depois de lançado no Rio o programa “Crack, é possível vencer” — do governo federal.

A ordem de proibir a venda de crack partiu de chefes do tráfico, que estão presos. A informação vinha circulando pelas comunidades, mas ontem pela primeira vez apareceu o cartaz anunciando a proibição, “em breve”, ao lado da cracolândia da favela Mandela, na Rua Leopoldo Bulhões, na chamada Faixa de Gaza. Os traficantes ainda têm ali cerca de dez quilos de crack. Cada pedra custa R$ 10,00. Há informações de que os criminosos temem que a Força Nacional de Segurança ocupe aquelas favelas, como ocorreu na comunidade Santo Amaro, no Catete, onde está há um mês e já apreendeu 1.513 pedras.

— Gostaria que essa decisão se espalhasse por todas as favelas do Rio porque o crack é uma droga devastadora e tem produzido só dor e sofrimento —  diz o líder do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que desde 2009 faz trabalhos sociais na Mandela.

Durante muito tempo o crack era vendido apenas em São Paulo. Dizia a lenda que os traficantes do Rio não queriam produzir “zumbis”. Dependentes de crack vivem nas imediações das bocas de fumo, atraindo a atenção da mídia e de operações do poder público. O tráfico no Rio alegava que a clientela de crack — miserável — traria problemas à venda de maconha e cocaína, mas capitulou após supostas alianças com a facção paulista, e começaram a oferecer o entorpecente vendido junto com a cocaína.

O combate ao crack virou uma questão de honra para o governo Dilma, que anunciou investimentos da ordem de R$ 4 bilhões no programa lançado em dezembro do ano passado. A grande dificuldade, segundo o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, é a falta de pessoal capacitado para lidar com os dependentes de crack em todo o país. No Rio o programa foi implantado em abril, com a participação do governo do estado e da prefeitura. Só no Estado do Rio, a previsão de verbas da União é de R$ 240 milhões.

De alguma forma a prioridade dada pelo governo ao combate ao crack chegou ao conhecimento dos chefes da maior facção criminosa, que vende a droga nas favelas. Um sinal de que o governo federal vai combater com firmeza o problema pode estar no envio da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao Rio, apesar do desinteresse inicial manifestado pelo governo do estado. No domingo fez um mês que integrantes da Força Nacional de Segurança — a tropa de elite subordinada ao Ministério da Justiça — ocuparam a comunidade de Santo Amaro, que ainda não foi pacificada, na Zona Sul do Rio. Em um mês de ocupação, a Força Nacional realizou na favela 6.929 abordagens e apreendeu 650 papelotes de cocaína, 1513 pedras de crack, 840 gramas de maconha. Além disso, foram recolhidas munições, explosivos e armas.

Durante 180 dias, serão realizadas ações de polícia ostensiva, judiciária, bombeiros e perícia, em apoio às Secretarias de Saúde, Assistência Social e de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, nas áreas onde serão desenvolvidas as ações de implantação do Programa Crack, é Possível Vencer.

Nas favelas de Manguinhos, traficantes foram informados que a área poderia ser ocupada pela Força Nacional se o crack não fosse retirado de lá. Isso pode ter motivado a decisão dos traficantes. A decisão agradou muitos moradores da favela Mandela. Eles são testemunhas diárias do estrago causado pelo crack na comunidade. No Jacarezinho é possível ver usuários de crack na entrada da favela, mesmo por quem passa no asfalto. As operações policiais têm sido recorrentes, mas o problema está longe de ser resolvido.

Há três anos fazendo trabalhos sociais na favela Mandela, o líder do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, afirma que tem visto a tragédia causada pelo crack na comunidade. Ele lembra que já teve que solicitar ajuda da Justiça para levar a um abrigo três crianças que eram abandonadas pelos pais, usuários de crack. A ONG Rio de Paz — que nasceu envolvida cm a redução de homicídios — tem um projeto social, que prevê a construção de uma padaria-escola e o apadrinhamento de crianças por famílias de classe média — até a universidade.

Assista ao vídeo em que Antônio Carlos entrevista dona Veruska, uma usuária de crack. Ela confessa que é “uma droga maldita”:

— Eu fumo para deitar e acordo para fumar — diz a moradora da favela Mandela.

Fonte: Blog Ancelmo.com

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