Geral

Manuela d’Ávila: “Daria uma camiseta ‘Rebele-se’ para a Michelle Bolsonaro”

Passar a infância e a adolescência odiando o próprio corpo deixou “marcas profundas” em Manuela d´Ávila (PCdoB-RS), ex-deputada federal e candidata à vice-presidência nas eleições de 2018, a ponto de enfrentar, até hoje, problemas de transtorno de imagem. Foi só após o nascimento da filha, Laura, em 2015, que ela decidiu mudar a relação com o próprio corpo para poder ensinar a menina a ter a autoestima forte.

“Passou a ser menos sobre mim e mais sobre a ideia de ter uma nova mulher aprendendo desde muito cedo a odiar, ou a não odiar, a si mesma”, diz Manuela à apresentadora Fabi Gomes, no primeiro episódio da segunda temporada do “E Aí, Beleza?”, o programa de entrevistas de Universa que foi ao ar na quarta-feira, (16). “Minha meta é ter a autoestima de um homem branco”, afirma a política, aos risos.

Obesa até os 17 anos, quando emagreceu 40 kg, Manuela conta ter sofrido com pressões estéticas e gordofobia.

“Eu tenho um problema permanente com a minha imagem. Tenho transtorno de imagem, eternamente me vejo com um corpo diferente do meu. Eu me fotografo para ver como estou de verdade”.

Manuela diz que durante a infância e a adolescência o tema da beleza foi colocado em segundo plano. “Era uma autoproteção, desenvolvi outras qualidades”, relembra. “Às vezes vejo fotos minhas e penso que estava bem, mas me machuca lembrar que, naquele momento, estava me odiando”

Leia na minha camisa

Durante a participação no “E aí, Beleza?”, Fabi lembrou as aparições públicas em que Manuela costuma usar camisetas com frases emblemáticas. E propôs uma brincadeira: para quem ela daria algumas das peças?

Uma das camisetas mais famosas de sua coleção, aquela em que se lê a palavra de ordem “Rebele-se”, usada bastante durante a campanha presidencial, Manuela diz que ofereceria à primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “Para ela se rebelar, se libertar”, diz.

Na resposta seguinte, sobre a camiseta que traz escrita a frase “Nossas ideias são à prova de bala”, ela deixa seu recado. “Daria para todos nós que somos ameaçados por essa gentalha.”

“Política é ambiente de ódio contra mulheres

Jornalista e escritora, Manuela também fala na entrevista sobre sua experiência no cenário político, que começou em 2005 como vereadora e que também deixou traumas. “Cada vez mais a política é um ambiente em que o ódio às mulheres é naturalizado”, diz.

Mas tem também a parte boa. Para Manuela, o melhor da política é “a sensação de que a gente pode mudar a vida das pessoas”. E ainda que tenha sido, e seja até hoje, alvo de ataques, acredita que houve muito crescimento em sua trajetória.

“Individualmente, o que mais mudou é que cada vez mais dou menos valor para o mal que as pessoas me desejam, para os comentários e opiniões que querem apenas me desestabilizar, é um abismo em relação à Manuela de 23 anos”, avalia a política, que completa 40 anos em agosto.

Os episódios do E aí, Beleza? vão ao ar sempre às quarta, às 20h, no Canal UOL. A maquiadora e colunista de Universa Fabi Gomes recebe mulheres de opinião e com trajetórias inspiradoras de diversas áreas, para falar sobre os desafios femininos no mercado de trabalho, maternidade, política feita por e para mulheres e ainda dá dicas de maquiagem.

No próximo programa, Fabi entrevistará a jornalista Rachel Sheherazade.

Universa – UOL

Opinião dos leitores

  1. Nem compadre LULA quer mais conversa com esse povo!!! Aproveite Manuela e manda uma camiseta para Antenor Roberto o vice de Fatinha, dizendo REBELE-SE.

    1. Mortadela Ceratti, aquela que a Sra não pode comprar.
      Apresentado aurora… vá fundo.

    2. Amigo, do jeito que as coisas estão caminhando, feliz será aquele que conseguir comprar mortadela porque carne já é uma minoria da elite que consegue.

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Comportamento

Em debate em Porto Alegre, ex de Manuela d’Ávila a acusa de traição

Foto: Reprodução/Instagram

Na noite da última quinta-feira, dia 1º de outubro, candidatos à prefeitura de diversas cidades se enfrentaram nos primeiros debates das Eleições 2020, que foram promovidos pela Band. Em Porto Alegre, Manuela d’Ávila, (PCdoB) que lidera as pesquisas de intenção de voto, foi alvo de acusações de traição de seu ex-noivo, Rodrigo Maroni (Podemos) – que também concorre ao cargo – logo no começo do debate.

A candidata, que foi chamada à frente para fazer uma pergunta, o questionou sobre suas propostas para o período pós-pandemia. Rodrigo passou rapidamente pelo tema e logo começou uma série de ataques a ela, dizendo, por exemplo, que Manuela criou um “gabinete de ódio” dentro de seu partido que obrigava as pessoas a falarem bem dela. Em seguida, afirmou que ela traía outros políticos e, inclusive, ele mesmo: “A Manuela trai. E eu dou nome e sobrenome. Traiu a Rosane Bordignon, traiu seu primeiro chefe de gabinete, a Soninha Correia, André Machado, Beto Albuquerque… E a mim, óbvio”.

Diante das acusações, Manuela rebateu: “Como vocês podem ver, tem gente que vem para a eleição apenas para faltar com a verdade, mentir e tentar desestabilizar o debate de ideias”. Em seguida, mudou de assunto, apresentando suas propostas para a cidade de Porto Alegre.

Com Universa – UOL

Opinião dos leitores

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Polícia

Manuela D’Ávila e hacker ‘Vermelho’ trocaram mensagens por nove dias

Foto: Flavio Corvello/Estadão Conteúdo

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso às conversas trocadas entre a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e o principal suspeito de hackear os celulares de autoridades brasileiras, Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”. Diferente do que a parlamentar havia informado, a interação foi além de uma mera troca de contato telefônico: Manuela e Delgatti conversaram por nove dias via aplicativo de mensagens – do dia 12 ao 20 de maio deste ano.

O inquérito da Operação Spoofing inclui 38 prints (reprodução de tela de celular) de conversas entre os dois. A organização das mensagens, feita pela própria defesa de Manuela, mostram que o diálogo continuou mesmo depois que as supostas mensagens roubadas de procuradores da Lava Jato e do então juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, foram repassadas ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.

Delgatti diz que ‘Brasil iria quebrar’

No primeiro diálogo, Delgatti diz que “não quer dinheiro, mas sim justiça”. “Desculpa eu entrar no seu Telegram, foi um mal necessário”, ele afirma, acrescentando em seguida que tem “oito Teras (bytes) de coisa errada”.

A conta do Telegram da ex-deputada foi invadida depois que Delgatti conseguiu interceptar a conta do senador Cid Gomes (PDT-CE) e, por meio dela, acessar o contato de Manuela. O hacker afirmou à PF ter pedido à ex-parlamentar o contato de Glenn. Logo após receber o telefone, ele continua a enviar mensagens.

Em uma das conversas, Delgatti conta que o nome de Manuela estava escrito com “O” na agenda telefônica de Cid Gomes. “Vou te contar uma coisa. kkkkk. Cid errou seu nome”, diz. “Todo mundo erra. E escrevem Daniela também”, responde Manuela.

De acordo com o Estadão, com o avanço do diálogo, o hacker passa a compartilhar com Manuela sua visão de mundo. Entre as mensagens, declara que se não fosse sua iniciativa de vazar as supostas conversas de Moro e dos procuradores, o Brasil iria quebrar. “Dei sorte de chamar você. Eles iam privatizar tudo. O País ia falir. Tem todos os acordos prontos. Um golpe gigantesco ia ser concretizado.”

Depois, em outra conversa, eles concordam que Greenwald era a “melhor pessoa” para ter repassado o conteúdo hackeado. Segundo Manuela, ele era o “jornalista mais capaz e com credibilidade mundial”.

Hacker era mais ‘falante’; Manuela mais cautelosa

Conforme observado no inquérito pelo Estadão, Delgatti mandava mais mensagens, enquanto a ex-deputada era mais econômica e cautelosa com as palavras. Em certa ocasião, ao avaliar a reação de Glenn ao receber o pacote de mensagens interceptadas, o hacker vibrou: “Ele ficou louco lá. Foi comprar computadores novos para os arquivos. Já fizeram não sei quem ir de BSB (Brasília) até eles”.

Em um dos diálogos, Manuela pergunta se ele teria ligado para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) do seu Telegram e Delgatti confirma que sim. “Liguei no dia hahahaha. Para tentar falar com ele. Aí quando falei com você. Eu saí e não liguei mais”, responde.

Ele também compartilhava com Manuela outras contas hackeadas. Em uma delas, envia contatos ligados ao filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e exibe documentos interceptados de grupos de procuradores.

“Eu sei que estou falando bastante. Não sou assim, apenas estou empolgado em poder contar para alguém essas coisas. Estava tudo preso comigo há meses”, diz Delgatti.

Eles ainda conversam sobre o aplicativo de relacionamentos Tinder. O hacker conta que estava fora do Brasil e que costumava mentir que era da Suíça. Depois de mais algumas mensagens, Manuela responde: “Tô rindo do seu Tinder”.

No dia 17 de maio, o hacker questiona Manuela como estavam os avanços. Ela diz apenas que não havia falado mais com Glenn e que imaginava que ele estivesse trabalhando bastante. “Você está passando tudo para o Gleen? Combinei com ele que tudo iria para ele, pois ele é jornalista com credibilidade para investigar as denúncias e publicá-las”, afirma a ex-deputada.

Jovem Pan e Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Olha a figura que queria ser vice presidente, é de fazer chorar de rir, hooo Brasil véi de guerra.

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Polícia

Principal acusado de hackear autoridades diz ter mandado a Manuela D’Ávila áudio roubado de procuradores, e ter obtido contato de Glenn Greenwald por ela

Segundo o depoimento de Walter Delgatti Neto à PF, lido agora há pouco pela GloboNews, Manuela D’Ávila –contatada pelo hacker– duvidou, num primeiro momento, da veracidade de afirmação de que ele tinha o material.

Então, sempre segundo o depoimento, Delgatti mandou à ex-deputada federal um áudio com uma conversa entre procuradores.

Depois disso, afirmou o hacker, Manuela o colocou em contato com Glenn Greenwald.

E mais:

A GloboNews está lendo agora o depoimento que Walter Delgatti Neto, o principal acusado de hackear Sergio Moro e outras autoridades, deu à PF.

Delgatti, conhecido como Vermelho, disse ter obtido o contato de Glenn Greenwald por meio de Manuela D’Ávila.

Com informações de O Antagonista e Globo News

Opinião dos leitores

  1. Esse episódio vai virar filme, o dia que 3 papangus passaram a perna nas maiores autoridades da república, igual ao filme brasileiro sobre o roubo da taça.

  2. Esse processo corre em segredo de justiça ou não, já sei a Globo News e o Atogonista faz parte da justiça.

    1. Vc é idiopata petralha, já ele é um bandido pois vendeu o produto do roubo, já o gleengay, folha e Reinaldo Azevedo são receptadores, compraram e consumiram produto do roubo

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