Saúde

Giselda Trigueiro fecha pronto-socorro; pacientes sem coronavírus e demais foram transferidos para o Hospital Universitário Onofre Lopes

Foto: Quezia Oliveira/Inter TV Cabugi

O Hospital Giselda Trigueiro fechou o pronto-socorro na manhã desta segunda-feira (18) com a demanda de todos os leitos separados para pacientes do novo coronavírus lotados. De acordo com a unidade, os serviços do pronto-socorro foram transferidos para o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), que passou a receber os pacientes que não são de coronavírus.

Segundo reportagem do portal G1-RN, o diretor do hospital, André Prudente, afirmou que o fechamento do pronto-socorro atendeu a uma demanda da Secretaria de Saúde, do Ministério Público e da regulação do Sistema Único de Saúde. O motivo é que os pacientes que davam entrada no pronto-socorro com sintomas do coronavírus acabavam sendo colocados em UTI, em caso necessário, passando na frente de outros pacientes que já aguardavam na lista de espera por leitos críticos. A fila, chamada pelos técnicos de “regulação”, é feita com base em classificação de gravidade de cada paciente, que vai de 1 (muito grave) a 4 (menos grave).

Agora atuando com “porta fechada”, a unidade vai atender apenas pacientes regulados, vindo de outras unidades de saúde. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, pessoas que têm sintomas graves da doença devem procurar pronto-socorros, como as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Havendo necessidade de internação em um leito de UTI ou um clínico, por exemplo, o paciente passa a integrar a fila da espera da regulação.

Com acréscimo de informações do G1-RN

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Prefeitura não assume escala e CRM interdita Pronto-Socorro em São José de Mipibu

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CRM) determinou, na manhã de hoje (20) a interdição ética do exercício profissional médico no Pronto-Socorro Adulto de Clínica Médica do Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros, situado no município de São José de Mipibu até que a escala de plantão seja garantida pela Prefeitura Municipal.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) já estava em processo de notificação oficial ao Município visando o cumprimento do acordo de cooperação com o Governo do Estado, que daria sustentabilidade à porta de entrada do hospital, mediante a manutenção da escala médica para os atendimentos no Pronto-Socorro.

Os atendimentos da unidade hospitalar – que abrange uma região de 25 municípios – permanecerão destinados apenas aos procedimentos obstétricos de urgência. É de responsabilidade da Prefeitura de São José de Mipibu manter o atendimento do Pronto Socorro já que o município possui gestão plena do financiamento da saúde.

As negociações junto à Promotoria Estadual para que o município assuma o atendimento de urgência vem acontecendo desde agosto de 2013. Entretanto,  houve um descumprimento do acordo por parte do Município, que não realizou o monitoramento do fluxo de atendimentos de urgência e também não informou o prazo para assumir a responsabilidade pela formação da escala do pronto-atendimento, inviabilizando a continuidade do serviço de urgência e emergência adulto na unidade.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste não será fechado

N O T A na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde vem a público tranquilizar a população usuária do Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste, diante das informações inverídicas dando conta do fechamento daquela unidade de saúde.

O Sandra Celeste desempenha um importante papel na composição da rede de atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS em Natal, sendo, no momento, a única unidade pública com porta aberta ao atendimento pediátrico.

Essa situação levou àquela unidade de pronto atendimento infantil a ter sua capacidade de acolhimento estrangulada diante da elevada demanda por serviços, em grande parte de usuários de outros municípios do RN.

É de domínio público que a atual gestão municipal herdou um sistema desorganizado e, em algumas áreas, sem funcionar. A luta nesses 13 meses tem sido de reordenar, ampliar e qualificar o serviço de saúde oferecido à população.

Em nenhum momento a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que fecharia o Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste. O que está em discussão é a reorganização do serviço de urgência e emergência em pediatria, dentro da hierarquização preconizada pelo SUS.

Desta forma, faz-se necessário horizontalizar a oferta deste serviço. É preciso ativar a pediatria nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) existentes, a de Pajuçara e a de Cidade da Esperança, cobrindo com esse serviço as zonas norte e oeste da cidade.

Desde que passou a funcionar no atual prédio (Rua Jaguarari, zona sul da cidade), o Sandra Celeste foi alvo de críticas pela localização pouco acessível à maior parte da população usuária. A proposta inicial é que o Pronto-Socorro, com a sua estrutura de leitos de retaguarda e mantendo a lógica da porta aberta, se instale em novo prédio, com melhores condições físicas, em um local com maior facilidade de acesso. Porém essa proposta ainda está em fase de estudo e discussão.

A reorganização no Sandra Celeste teve início com a adoção da avaliação de risco no final do ano passado, medida que direciona às unidades básicas os usuários que não se enquadram em urgência e emergência, melhorando, assim, o acolhimento a quem realmente necessita de serviços de pronto atendimento.

A SMS reafirma os propósitos de lutar pela reconstrução do SUS, como forma de melhorar e ampliar os serviços de saúde pública em Natal.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Pronto-socorro do Santa Catarina funciona em situação precária

O Sinmed visitou hoje (9) o pronto-socorro infantil do hospital Santa Catarina para verificar a denúncia de falta de condições de trabalho dos profissionais que atuam na unidade.

Foi constatado que existe apenas um plantonista por turno quando deveria existir três, o que inviabiliza o atendimento adequado aos pacientes. De acordo com a plantonista da manhã que trabalha no hospital há 16 anos, Dra Hígia Macêdo, a falta de médicos para cobrir a escala é um problema que se estende há muito tempo. “Imploramos uma providência da Sesap há mais de um ano. Já notificamos, solicitamos e aguardamos que seja solucionado”, declara.

O pronto-socorro do hospital Santa Catarina – o único no município que pode realizar a internação do paciente – atende em média 8000 crianças por mês, entre primeiro atendimento e retorno. Hoje são apenas 19 médicos para cobrir a escala e, mesmo assim, alguns destes estão doentes, afastados do trabalho por atestado médico.

Além do grave problema da falta de profissionais para atender a demanda do hospital, foram relatados ainda falta de material de insumo, medicamentos, pessoal de apoio e estrutura física precária.

A sala de repouso dos médicos tem mofo por todas as paredes. O estado é precário. A televisão, o sofá e a geladeira foram colocados lá pelos próprios profissionais, pois o hospital não oferece condições mínimas para o descanso do médico.

A sala de raio-x está desativada há dois anos, o que obriga os pacientes a se deslocarem até o hospital Maria Alice para realizar o procedimento. “As pacientes tem que realizar um verdadeiro tour para completar o atendimento”, relata a Dra Hígia Macêdo.

Foi o que aconteceu com a dona de casa Claudete Gomes, que mora no município de Extremoz e trouxe sua filha de apenas 2 anos de idade para o hospital Santa Catarina. A garota precisou fazer o raio-x no Maria Alice, porém a mãe aguardou por 3h a ambulância que não veio. Percebendo a gravidade do problema Claudete teve que pagar um táxi para ir realizar o exame da filha e depois retornar para o Santa Catarina. “Esse dinheiro vai me fazer falta. Ajudaria na feira do mês e até mesmo para comprar as 10 injeções que minha filha tem que tomar e está em falta no hospital”, lamenta.

Dulcicleide Teixeira, que reside em Maracajaú, também passou pelo mesmo problema no mês passado com sua filha que apresentava cansaço e febre. Ela esperou por 48h a ambulância que, como de costume, não apareceu. Cansada de esperar, também teve que pagar um táxi para realizar o exame.

A vinda destes pacientes dos municípios da grande Natal e do interir é outro fato apontado pelos médicos como motivo da superlotação do pronto-socorro. Alguns destes pacientes necessitam de atendimento ambulatorial, mas em muitos municípios o atendimento médico é inexistente, o que obriga a população a se aglomerar nos hospitais da capital.

O Sinmed registrou ainda que vários medicamentos estão faltando na farmácia, inclusive plasil e dipirona, remédios básicos para que o pronto-socorro funcione. Além disso, foram flagradas crianças deitadas em leitos sem lençol, com risco de contaminação, um total descaso com a população.

Coletiva de imprensa

O Sinmed fará amanhã, 10/7, às 10h, uma coletiva de imprensa para tratar da interdição trabalhista que acontece nas unidades de saúde do estado a partir desta semana.

A coletiva será no auditório do Sinmed, que fica localizado na Rua Apodi, 244, Cidade Alta (próximo a Unimed).

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *