Clima

‘Ciclone bomba’ deve chegar ao Rio Grande do Sul nas próximas horas

Foto: Reprodução/CNN Brasil

A formação e deslocamento de um ciclone extratropical conhecido como ‘ciclone bomba’, deve chegar ao Rio Grande do Sul nas próximas horas. O estado deve ter uma terça-feira (30) com muito vento e chuva.

Segundo o meteorologista da Climatempo André Madeira, devido ao fenômeno, que se desloca para o oceano, a região Sul pode registrar rajadas de vento com velocidades de até 100 km/h em algumas cidades. No entanto, ele classifica a ocorrência como parte de ‘sistemas relativamente comuns’ para esta época do ano.

“São relativamente comuns nesta época do ano, e ocorrem aqui, no litoral do país, na região Sul, principalmente entre maio e setembro. São áreas de baixa pressão que, geralmente, se formam associados à uma frente fria. Também há a possibilidade de neve na Serra Gaúcha na quinta-feira”, disse.

“O interessante dele é que o vento gira em torno de centros de baixas pressões no sentido horário, tornando os ventos muito intensos. Uma particularidade dele é que ele tem uma baixa queda de pressão no curto espaço de tempo, por isso este nome”, acrescentou ele.

Madeira explicou ainda que uma das consequências causadas por este ciclone é a formação de ondas, com agitação do mar no litoral do Sul e Sudeste. “Em todo litoral são esperadas ondas de cinco a seis metros. Algo como assoprar uma bacia cheia d’água”, exemplificou.

O fenômeno pode refletir na queda de temperaturas também na região Sudeste do país.

CNN Brasil

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Diversos

Relâmpago que atingiu Rio Grande do Sul pode ter sido o maior da história

FOTO: (NASA/ESA/Reprodução)

A maioria dos relâmpagos que despontam na atmosfera terrestre tem entre 6 e 10 quilômetros de altura. Mas, desde a década de 1950, cientistas sabem que descargas elétricas podem alcançar uma extensão ainda maior – superando fácil a marca dos 100 km de largura quando se espalham horizontalmente pelo céu.

Décadas mais tarde, com a ajuda satélites de medição mais precisos e a descoberta dos sprites, clarões que ocorrem durante tempestades em altitudes de até 90 km da superfície, despontaram evidências de raios bem mais compridos. Em 2007, um relâmpago com 321 km de largura foi registrado no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.

Esse recorde foi novamente superado dois anos atrás – de novo, com um relâmpago avistado no estado americano de Oklahoma. É o que pesquisadores descrevem em um novo estudo, publicado na revista da Sociedade Meteorológica Americana no último dia 16 de outubro.

Um relâmpago com 500 quilômetros atingiu o norte do Texas na manhã do dia 22 de outubro de 2017 – mais precisamente 1:13 da manhã, fruto de uma sequência de tempestades que se formaram a partir de uma frente fria. O clarão se estendeu pelos estados de Oklahoma e Kansas, no sudoeste dos Estados Unidos, iluminando no total 67,845 quilômetros quadrados. Não é pouca coisa. A distância percorrida pelo raio seria suficiente para cruzar a Suécia de leste a oeste – ou fazer o percurso entre a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, até o Rio de Janeiro.

Além de usar detectores posicionados em estações de observação na Terra, a equipe envolvida na pesquisa analisou dados captados pelo GLM (sigla em inglês para Mapeador de Relâmpagos Geoestacionário). A ferramenta está a bordo de dois satélites, GOES 16 e GOES 17, lançados ao espaço em 2017 e 2018, respectivamente.

A peculiaridade da descoberta fez a imprensa mundial tratar o tal relâmpago como o mais extenso da história – como você pode conferir no título deste texto ou deste outro. O problema é que o tamanho do mega-raio descrito no estudo não foi reconhecido pela Organização Meteorológica Mundial. Então, ainda não dá para configurá-lo como um recorde oficial.

E antes mesmo que se estabeleça como o novo número a ser batido, o tal raio americano de 500 quilômetros já teve seu posto ameaçado. Isso porque há outros dados reunidos pelo GLM que contestam a marca – elegendo, inclusive, um relâmpago made in Brazil para o título de maior clarão da história.

O raio em questão teria atingido o estado do Rio Grande do Sul há exatamente um ano – em 31 de outubro de 2018. Com início às 5h40, ele se espalhou por 673 quilômetros ao todo, iluminando o céu por 7 segundos e alcançando uma área de mais de 100 mil quilômetros quadrados. Um estudo científico que comenta o fenômeno foi publicado em agosto de 2019, e está disponível neste link. Como no caso do relâmpago americano, falta ainda uma confirmação da Organização Meteorológica Mundial para os brasileiros comemorarem o primeiro lugar no pódio.

O Brasil, aliás, é o país que recebe mais raios em todo o mundo. Só entre os anos de 2010 e 2016 foram pelo menos 78 milhões, em média, segundo dados do INPE. O destaque vai para 2012, período que somou 94,3 milhões de relâmpagos.

É bem provável que essa mudança recente de recorde também não seja a última – e que mais mega-relâmpagos deem as caras em diferentes pontos do planeta nos próximos anos. No fim das contas, vale o que escreveram os autores americanos no estudo mais recente. “É possível que um próximo mega-relâmpago atinja a marca dos 1,000 quilômetros de tamanho? Nós não apostaríamos contra isso. Que a busca comece”.

Super Interessante

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Jornalismo

Oito bombeiros são indiciados em inquérito da Polícia Militar por tragédia na Kiss

Oito bombeiros foram indiciados no Inquérito Policial Militar que investigou a atuação dos militares no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no dia 27 de janeiro deste ano. O documento foi encaminhado nesta quarta-feira (12) para a Brigada Militar em Porto Alegre.

A PM indiciou por inobservância da lei, regulamento ou instrução o capitão Alex da Rocha Camilo, sargento Renan Severo Berleze, sargento Sérgio Roberto Oliveira de Andrades, soldado Marcos Vinícius Lopes Bastide, soldado Gilson Martins Dias, soldado Vagner Guimarães Coelho. Ainda o tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs foi indiciado por condescendência criminosa e o sargento Roberto Flávio da Silveira e Souza indiciado pelo crime de falsidade ideológica.

A Brigada Militar terá 15 dias para analisar o caso e decidir se aceita os indiciamentos. Caso concorde, o processo será encaminhado à Justiça Militar Estadual. O documento tem mais de 7.000 páginas e mais de 600 testemunhas foram ouvidas desde o dia da tragédia.

O inquérito dos bombeiros foi divulgado 12 dias depois da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Vereadores de Santa Maria, que investigava irregularidades do poder público que poderiam estar relacionadas à tragédia.

Dois dias antes da CPI, a Justiça do Rio Grande do Sul liberou os quatro acusados pelo incêndio. Os dois sócios da boate (Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann) e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira (Marcelo dos Santos e Luciano Augusto Leão) estavam presos desde o dia seguinte à tragédia. Eles tiveram os passaportes confiscados e a liberdade provisória decretada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Incêndio

O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro.

O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado “sputnik” — que ao ser lançado atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.

A casa noturna estava cheia na hora que o fogo começou. Cerca de mil pessoas estariam no local. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.

Do R7

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