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“Você se masturba?”: Ouça áudios da denúncia de assédio contra Rogério Caboclo, afastado da presidência da CBF

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Futebol decidiu afastar Rogério Caboclo da presidência da entidade por 30 dias. A medida veio depois que uma funcionária da CBF denunciou Caboclo por assédio moral e sexual.

Com exclusividade, o Fantástico mostra trechos de um dos áudios que estão na denúncia entregue à Comissão de Ética da CBF. Veja alguns deles AQUI e um dos trechos da conversa abaixo.

“Eu conheço minha mulher há 26 anos. Já apaixonei, pirei por amor. Eu tinha te jurado que eu não ia falar sobre assuntos particulares”, diz Rogério Caboclo.

A promessa foi feita por Rogério Caboclo, segundo a funcionária, depois de mais um episódio de abuso sexual e moral na relação entre chefe e secretária. Mas ele a descumpria reiteradamente, de acordo com ela. Esse diálogo se deu no dia 16 de março deste ano, na sala do presidente.

Aparentemente se mostrando livre para uma aventura, o dirigente se refere ao casamento dele usando palavrões para falar de órgãos sexuais. A funcionária não responde e diz que não quer saber da vida sexual do chefe. Ele ignora e continua falando do casamento.

“Ah eu não sei como perguntar. Posso fazer?”, questiona Caboclo. Ela então corta a conversa e diz que acha melhor ele não perguntar mais nada, porque está ficando sem graça. Mas Rogério Caboclo abaixa a voz e pergunta: “você se masturba?”. O diálogo é encerrado por ela neste momento, que sai da sala.

Segundo a funcionária da CBF, esta foi a segunda tentativa de assédio naquele mesmo dia. Minutos antes, ela tinha sido chamada à sala do presidente para terem um papo descontraído. Na ocasião, ele pediu que a secretária tirasse a máscara e insistiu que aceitasse bebida alcoólica.

Desconfortável com a situação, ela mandou mensagem para dois diretores da CBF, pedindo ajuda. Um deles já havia ido embora, mas outro foi em seu socorro e inventou um pretexto para entrar na sala. A funcionária conta que aproveitou para deixar o ambiente. Mas, depois de o diretor ir embora, Caboclo a chamou novamente. Constrangida com o assédio, que acontecia havia mais de um ano, a secretária decidiu gravar toda a conversa.

Uma rotina de assédios sexuais e humilhações: um dos momentos mais humilhantes, narrado no documento de 12 páginas entregue pela funcionária, teria ocorrido após um dia de reuniões virtuais no apartamento do chefe, em São Paulo.

Ao fim dos compromissos, Rogério Caboclo deu a ela um biscoito para cachorros. Após ela ter recusado, ele a chamou de cadelinha e passou a latir, imitando um cachorro. Tudo isso após farto consumo de bebida alcoólica por parte do chefe e depois de ela ter recusado, mais uma vez, falar da sua vida amorosa.

Em nota de sua defesa, Rogério Caboclo nega que tenha cometido assédio, mas reconhece que houve brincadeiras inadequadas.

Com Programa Fantástico – Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Se eu fosse o Presidente Bolsonaro, nomearia um General, para comandar a CBF e pôr ordem nessa casa de mãe Joana.

    1. Gente como você não conta para nada, incluindo sua opinião.

    2. As vezes fico pensando se esse Calígula é uma adolescente ou um velho babaca mesmo…

    3. Calígula, o seu MINTO não manda na CBF e se mandasse a gente já sabe que ele colocaria um indicado pelo Centrão para roubar com força! O presidente inepto não consegue sequer colocar ordem na família das rachadinhas nem no governo federal, vai conseguir colocar ordem no futebol? Vc recebe quanto pra ficar babando o MINTO? Ou faz isso por ser gado idólatra de corrupto das rachadinhas mesmo?

    4. Calígula é um aposentado(ele mesmo já disse), já deve tá vacinado e que fica mandando todo mundo pra rua…
      Mas ele não vai…🤷

    5. Concordo plenamente. Seria ótimo. A FIFA encoraja bastante esse tipo de atitude. Não teria nenhum tipo punição. 😏

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Funcionária da CBF apresenta denúncia de assédio sexual e moral contra o presidente Rogério Caboclo

Foto: Reprodução/Rede Amazônica

O presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi formalmente acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade. A denúncia foi protocolada no início da tarde desta sexta-feira na Comissão de Ética da CBF e a Diretoria de Governança e Conformidade. Os abusos teriam ocorrido contra uma funcionária, autora da denúncia, que detalhou episódios vividos por ela desde abril do ano passado. No documento, ela afirma ter provas de todos os fatos narrados e pede que o dirigente seja investigado e punido com o afastamento da entidade e, também, pela Justiça Estadual.

Entre os fatos narrados pela funcionária, estão constrangimentos sofridos por ela em viagens e reuniões com o presidente e na presença de diretores da CBF. Na denúncia, a funcionária detalha o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava”. Entre outros episódios de extrema gravidade, segundo a funcionária, Caboclo tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.

Procurada, a CBF não se pronunciou sobre a denúncia. Assim que o fizer, a posição será acrescentada nesta reportagem.

A funcionária afirma ainda que ela teve sua vida pessoal exposta diante de outros funcionários, com narrativas falsas criadas pelo presidente acerca de supostos relacionamentos que teria tido no âmbito da CBF. Parte destes episódios, de acordo com a manifestação da funcionária, aconteceu em reuniões que tinham a presença de todos os diretores da entidade. A denúncia diz ainda que os abusos eram de conhecimento de outros diretores.

Segundo afirma a funcionária, durante todo o período em que os abusos ocorreram, o presidente estava sob efeito de álcool.

O documento foi enviado por email ao presidente da Comissão de Ética e ao diretor André Megale, responsável pela Governança e Conformidade. Esta diretoria faz parte da estrutura da CBF, enquanto a Comissão de Ética é um órgão que deve ser independente da entidade.

Embora a denúncia tenha sido oficializada nesta sexta, o assunto já era de conhecimento de todos os diretores e vice-presidentes da CBF há pelo menos um mês e meio, quando a funcionária, que faz parte do time de cerimonialistas da entidade, relatou para colegas e superiores que vinha sendo assediada pelo presidente.

Entretanto, nada foi feito em relação ao tema, uma vez que o relato não havia sido formalizado. A reportagem apurou que no mesmo dia em que informou sobre o caso, a funcionária também mostrou a pessoas próximas algumas das provas que tinha, mas preferiu não formalizar a queixa. No mesmo dia em que ela relatou os abusos, a cerimonialista pediu afastamento de suas atividades por motivos de saúde.

Considerada de perfil discreto e reservado, a funcionária está na CBF desde 2012. Foi contratada para trabalhar na recepção e, posteriormente, promovida para o setor de cerimonial. Tida como extremamente profissional, ela é bastante querida entre colegas, presidentes de federação e parceiros da entidade que circulam com frequência pelo prédio. Desde que se licenciou, ela tem ficado reclusa e se limitado a falar com seus advogados e familiares.

Veja as punições previstas pelo Código de Ética e Conduta da CBF:

Art. 21 As violações a este Código pelas pessoas a ele submetidas ou as infrações de quaisquer outras regras e regulamentos da CBF, das Federações, das Ligas e dos Clubes são passíveis de punição, cumulativas ou não, das seguintes sanções:

I) Advertência, reservada ou pública;

II) Multa, de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

III) Prestação de trabalho comunitário;

IV) Demissão por justa causa;

V) Suspensão, por até 10 anos;

VI) Proibição de acesso aos estádios, por até 10 anos;

VII) Proibição de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol, por até 10 anos;

VIII) Banimento.

Art. 22 A Comissão de Ética poderá recomendar ao órgão apropriado da CBF que proceda notificação às autoridades policiais e judiciais competentes.

PARÁGRAFO ÚNICO A aplicação de sanções aos dirigentes eleitos ficará sujeita à confirmação das Assembleias Gerais Administrativas das respectivas entidades, exigindo-se aprovação de 3/4 (três quartos) da totalidade de seus membros.

Como funciona:

Art. 35 Em conformidade com o disposto no Estatuto da CBF, a Comissão de Ética é definida como instância independente com poderes para aplicar as sanções por infrações éticas às pessoas submetidas a este Código.

Art. 36 Salvo disposição em contrário, as violações a este Código estarão sujeitas às sanções nele previstas, por conduta dolosa omissiva ou comissiva.

Art. 37 A Comissão de Ética será composta por um Presidente, uma Câmara de Investigação e uma Câmara de Julgamento. Art. 38. Cada uma das Câmaras será composta por 3 (três) membros, dentre eles o Presidente da Comissão de Ética, designados pela Diretoria da CBF, de acordo com a natureza das demandas.

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