Saúde

Covid-19: Anvisa proíbe venda sem receita de cloroquina e ivermectina

Foto: Ilustrativa

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu que o vermífugo ivermectina só poderá ser vendido com receituário médico. Nas últimas semanas, aumentou a procura pelo remédio usado contra vermes e parasitas para prevenir a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, mesmo sem evidências de que o medicamento funcione.

A resolução que mudou as regras de comercialização foi publicada nesta quinta-feira (23/7) no Diário Oficial da União. O texto é assinado pelo diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres.

Além do vermífugo, a Anvisa proibiu a venda sem receita médica dos medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina e nitazoxanida (Annita). Todas essas drogas passaram a ser usadas como possíveis tratamentos contra a Covid-19. As pesquisas científicas não comprovaram os efeitos.

Os principais organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), não recomendam o uso antes de resultados mais robustos das pesquisas científicas e aponta paras os riscos de efeitos colaterais e complicações adversas.

A mudança promovida pela Anvisa não se aplica aos medicamentos à base de cloroquina distribuídos no âmbito de programas públicos governamentais. O texto ressalta que as medidas de controle para os medicamentos se devem em virtude da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) relacionada ao novo coronavírus.

“A prescrição dos medicamentos que contenham substâncias constantes do Anexo I desta resolução deverá ser realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, sem a necessidade de modelo de receita específico”, diz a Anvisa.

Novas regras

A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em duas vias e contendo dados obrigatórios como identificação do médico, endereço do consultório número da inscrição no Conselho Regional de Medicina, identificação do paciente, endereço completo, nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e data da emissão.

A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar a receita quando todos os itens estiverem devidamente preenchidos. A receita desses medicamentos será válida por 30 dias, a contar da data da emissão.

As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente, sendo proibida a indicação para tratamento da Covid-19.

Imbróglio

A Anvisa chegou a publicar uma nota técnica alertando para os riscos do uso do vermífugo ivermectina contra o coronavírus. Porém, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu o uso do medicamento.

O órgão mudou o entendimento e publicou nova nota técnica. No primeiro texto, a Anvisa ressaltou que não existem estudos conclusivos que comprovem a eficácia do medicamento para a Covid-19. Na segunda versão, porém, o texto inclui um novo trecho: “Bem como não existem estudos que refutem esse uso”.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. $180 bilhões de dólares por ano será a receita da industria só com a vacina da covid, não podem ser ameaçado por um remedinho de 2 contos.

  2. Impressionante a imbecilidade do povo.
    O que aconteceu com o bom senso?
    A merda do remédio nao tem comprovação em LUGAR NENHUM DO MUNDO, pode FAZER MAL, e uns idiotas brasileiros teimam em tomar e ainda sair espalhando mentiras pelo wa?
    Tomem 10 caixas calados, seus diotas.

  3. Vamos lá. Está escrito na bula:
    "Reações adversas e efeitos colaterais do Hidroxicloroquina
    Distúrbios hematológicos e do sistema linfático, distúrbios do sistema imune, distúrbios de metabolismo e nutrição, distúrbios psiquiátricos, distúrbios do sistema nervoso, distúrbios oculares, distúrbios de audição e labirinto, distúrbios cardíacos, distúrbios gastrointestinais, distúrbios de pele e tecido subcutâneo e distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo."
    Hummmm… acho que quem escreveu essa bula deve ser um maldito comunista só pra ferrar o mito!

  4. A ivermectina pode matar? O único perigo real da Ivermectina é para pessoas com meningite, pois essa substância pode atravessar a barreira hematoencefalica do cérebro. E mesmo assim, já é cientificamente provado que a Ivermectina não é neurotoxica. Essa decisão da Anvisa deve ser revista pelo poder judiciário, pois impede que as pessoas possam fazer profilaxia. A galera do contra adora dizer que a Ivermectina não tem comprovação científica no tratamento da covid, mas vamos aos fatos…. O isolamento social aumentou? Não, vem piorando inclusive. A imunidade de rebanho está provocando essa diminuição de casos? Não, a UFPelotas / RS fez uma pesquisa nacional em domicilio e afirmou que nem 10% da população se contaminou. Qual o único fato diferente que aconteceu nos últimos 45 dias no RN e em Natal? Simples, a adoção do tratamento precoce e a profilaxia com Ivermectina. Hoje, nosso estado, é o que apresenta a 2° maior queda de novos casos no Brasil, conforme o consórcio da imprensa.

  5. Só bastou diminuir os casos a OMS. Comunista junto com os bandidos da Anvisa trataram logo de frear a queda dos casos, como explicar a queda brusca dos casos em Natal, será q foi coincidência logo após o uso da medicação

  6. Essa palhaçada não vai ter fim? São medicamentos usados há décadas, baratinhos e que vêm mostrando resultados positivos contra esse vírus, na prática, na vida real. Por outra, usa quem quiser. Quem não quiser, vá tomar… outra coisa qualquer. Ou não tome nada é fique esperando o quadro se agravar. Quando piorar, procure os leitos de hospital que a governadora do PT NÃO CRIOU e os respiradores que ela NÃO COMPROU (embora já tenha pago alguns e o dinheiro tenha sumido). A torcida dessa gente em prol do vírus já virou sandice. Quanta ruindade!

  7. Um absurdo isso. E para o povo morrer mesmo(real intenção) ? Essa bomba que e a Anvisa serve ao governo federal e ao povo ou ao PT? Presidente deveria exonerar geral. Presidente sem autoridade? Estou injuriado.

    1. Diretor interino da Anvisa comunista esquerdopata ?

      O Messias baixará um decreto e liberal geral.

  8. Na pior das hipoteses é placebo a ivermectina e ainda nos livra de vermes, na pior das hipóteses, na melhor salva vida, agora com a decisão da Anvisa na melhor das hipóteses economizamos uma besteira em não comprar, na pior vamos gastar com consulta que não será de acesso a todos o medicamento chegará mais pessoas com preço de consulta mais o preço da consulta.

  9. Os pobres não podem comprar um medicação que nem mal faz, mas que tem muitas chances de fazer o bem, pura maldade da ANVISA

    1. Os efeitos colaterais podem ser fatais, Ricardo. Não vai nessa onda do capetão cloroquina receitando o que não pode ser receitado, meu camarada. Não ajuda em nada.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Remédios sem receita médica voltam a ser vendidos fora do balcão das farmácias

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza a a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas de farmácias e drogarias de todo o país, ficando ao alcance direto do consumidor. A medida foi publicada no Diário Oficial da União da sexta.

De acordo com a resolução, os remédios de venda livre devem ficar em área separada da de produtos como cosméticos e dietéticos e devem ser organizados por princípio ativo para permitir a fácil identificação pelos consumidores.

O texto também exige que, na área destinada aos remédios de venda livre, sejam fixados cartazes com a seguinte orientação: “Medicamentos podem causar efeitos indesejados. Evite a automedicação: informe-se com o farmacêutico.”

Até então, uma resolução da Anvisa, publicada em 2009, obrigava a venda dos remédios isentos de prescrição médica atrás do balcão do farmacêutico. Por meio de nota, o órgão informou que a determinação foi amplamente questionada pelo setor e rendeu cerca de 70 processos judiciais. Nos últimos meses, 11 estados criaram leis estaduais e reverteram a proibição da venda nas gôndolas.

Um estudo, segundo a agência, demonstrou que a decisão de posicionar os remédios de venda livre atrás do balcão não contribuiu para reduzir o número de intoxicações no Brasil. O relatório apontou também uma maior concentração de mercado, que evidencia a prática da “empurroterapia” e prejuízo ao direito de escolha do consumidor.

Em abril deste ano, o tema foi submetido a uma consulta pública, que ficou aberta por um período de 30 dias. A maioria das contribuições, segundo a Anvisa, apontava para reverter a proibição. A agência reguladora promoveu também uma audiência pública sobre o assunto.

“A partir das evidências de que a resolução, no que diz respeito ao posicionamento dos medicamentos isentos de prescrição, não trouxe benefícios ao consumidor, a diretoria colegiada da Anvisa decidiu alterar a norma e permitir que os medicamentos de venda livre sejam posicionados ao alcance do consumidor nas gôndolas das farmácias e drogarias do país”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil, por Paula Laboissière

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *