Finanças

Tribunal de Contas da União nega recurso do governo e confirma ilegalidade de pedaladas

O TCU (Tribunal de Contas da União) negou recurso do governo que tentava reverter a decisão do órgão que considerou, em abril deste ano, que foram ilegais os atrasos dos repasses da União para quitar benefícios sociais e subsídios pagos por bancos públicos em 2013 e 2014, as chamadas “pedaladas fiscais”.

A decisão de abril passado fundamentou parecer pela rejeição das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff, decisão tomada pelo TCU meses depois. Agora, essas ilegalidades apontadas pelo órgão são usadas como base para sustentar o pedido de impedimento da presidente, em tramitação na Câmara desde a semana passada.

O relator do recurso, ministro Vital do Rego, considerou que o processo foi desgastante mas que já está surtindo efeitos para a sociedade, com mudança do postura do governo restringindo o prazo para que os pagamentos sejam quitados.

O ministro manteve a decisão de que o governo tem que apresentar um cronograma para acertar os valores devidos aos bancos públicos. Ainda há dívidas com eles até hoje, sendo que algumas são ainda maiores, com no caso dos subsídios aos empréstimos agrícolas do Banco do Brasil.

O governo e o Banco Central, que tentavam mudar a decisão, disseram que os atrasos não podem ser configurados como operação de crédito, o que é proibido pela lei; que o próprio TCU permitia os atos praticados até então; e que um decreto foi publicado este ano proibindo dívidas por mais de cinco dias, pedindo para que o novo entendimento fosse considerado apenas para o futuro.

Mas as argumentações foram desconsideradas pelos ministros que aprovaram o parecer do relator por unanimidade.

Com a decisão desta quarta-feira (9), o ministro relator do processo original, José Múcio, fica livre para terminar o processo original das chamadas pedaladas fiscais, em que poderá punir com multa e perda dos direitos políticos de 18 ex-dirigentes do governo, entre eles o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ex-secretário do Tesouro, Arno Augustin, o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entre outros. Esse processo só deve ser votado no ano que vem.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Pegar dinheiro de bancos públicos pra pagar o bolsa família é ilegal mas pagar centenas de bilhões em juros pra banqueiros não é.

    1. Não quer pagar juros? Então não peça dinheiro emprestado, ora!

  2. Tá chegando a hora… E vai ser dentro da lei, sem golpe como o PT comete contra todos e tudo que mostra a verdadeira cara do partido da corrupção. E o povão desempregado, huruuuuuuuu
    Digite 13 e confirme sua baixa na carteira de trabalho…

    1. Roubar os cofres públicos em milhões e milhões de Reais e até exportar dinheiro de corrupção para Suíça e outros paraíso fiscal pode. Agora investir em educação, programas sociais e tentar minimizar a fome do povo não pode, incomoda os privilegiados. A Elite é opressora, corruptora, egoísta e preconceituosa. A Elite nunca importou-se com o desenvolvimento do Brasil como um todo; social e culturalmente.Dessa forma, o Brasil continua sendo um País de terceiro mundo, de quinta categoria, e mais desigual do mundo.

    2. Não se explica um crime cometendo outro….está na lei!!!!!! Certo é certo….não tem meio termo…aplica-se o princípio da gestação (não existe mais ou menos grávida) "tá ou não tá" e ponto final….

    3. Esse tal de Caio Bitencout é apenas mais uma vítima do populismo. Dá até pena de rebater um coitado desse!

    4. De que elite esse cidadão está falando? LULA, JOSÉ DIRCEU, DELCÍDIO & cia? Será?

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Política

Em nota, Governo afirma não haver motivo legal para rejeição das contas

planaltoO governo divulgou nota oficial logo após o julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que recomendou a rejeição das contas do governo do ano passado.
Com a rejeição pelo TCU, caberá agora ao Congresso Nacional decidir se aprova ou rejeita as contas de Dilma do ano passado.

Segundo a nota, assinada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a decisão do TCU é um “parecer prévio” que ainda terá de ser submetido à avaliação do Congresso.
“Os órgãos técnicos e jurídicos do governo federal têm a plena convicção de que não existem motivos legais para a rejeição das contas”, diz o texto da nota. Para o governo, não é correto julgar como ilícitas práticas que já foram consideradas “adequadas” pelo TCU. Também diz que o objetivo da ações administrativas realizadas foi manter programas sociais, como o Bolsa Família.

Veja a íntegra da nota:

COMUNICADO À IMPRENSA

1. A decisão hoje tomada pelo Tribunal de Contas da União constitui um parecer prévio sobre as contas de 2014 do governo federal. A matéria ainda deverá ser submetida a ampla discussão e a deliberação do Congresso Nacional.

2. Os órgãos técnicos e jurídicos do governo federal têm a plena convicção de que não existem motivos legais para a rejeição das contas. Além disso, entendem ser indevida a pretensão de penalização de ações administrativas que visaram a manutenção de programas sociais fundamentais para o povo brasileiro, tais como Bolsa Família, Minha Casa Minha vida. Também entendem não ser correto considerar como ilícitas ações administrativas realizadas em consonância com o que era julgado, à época, adequado pelo Tribunal de Contas da União.

3. Os órgãos técnicos e jurídicos do Executivo continuarão a debater, com absoluta transparência, as questões tratadas no parecer prévio do Tribunal de Contas, para demonstração da absoluta legalidade das contas apresentadas.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Opinião dos leitores

  1. O que o governo tá dizendo é outra mentira. foi 8×0, incontestáveis. Querem a todo custo, aplicar uma bregeira no povo. Esses trambiqueiros tem que sair o quanto antes. Ou o Povo Brasileiros tira essa corja do poder ou eles acabam com o resto do País.

  2. O governo foi derrotado por unanimidade 8 X 0 e ainda vem a público dizer que não ver motivo para a reprovação, ou seja está todo mundo errado e somente os Petralhas estão certos!!!

    Esse povo além de mal intesionado também são muito burros e insistem em menosprezar a inteligência do brasileiro!!!!

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Finanças

Tribunal de Contas da União pede fim de empresa paralela da Caixa

2015-790706043-2013-617131249-2013-616489754-2013052780693.jpg_20130527.jpg_Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior assume nesta segunda-feira a presidência da Caixa Econômica Federal já com uma obrigação pela frente: apresentar nos próximos dias ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma posição sobre o fechamento ou a manutenção da empresa paralela criada na gestão do atual presidente, Jorge Hereda. Depois de apontar ilegalidade na criação da empresa e na contratação sem licitação para serviços de R$ 1,2 bilhão, a área técnica do TCU sugere em novo parecer sigiloso — obtido pelo GLOBO — o fechamento do empreendimento e a responsabilização de conselheiros e diretores envolvidos no negócio.

Entre os gestores listados no documento como responsáveis por irregularidades está Hereda, que transmite hoje o cargo a Miriam. A Caixa tem , até o fim desta semana, para se posicionar sobre um eventual fim das atividades da empresa.

Montada pela Caixa, a MGHSPE Empreendimentos e Participações S.A. é formada pela CaixaPar (2% do capital), por um fundo de investimentos administrado pelo banco (47%) e pela IBM Brasil (51%). O negócio foi estruturado em 2012. No mesmo ano, a empresa paralela — hoje Branes Negócios e Serviços — foi contratada por dispensa de licitação pela própria Caixa, com o objetivo de prestação de serviços na concessão inicial de crédito imobiliário, no valor de R$ 1,2 bilhão.

O parecer do TCU, finalizado no último dia 6, apontou a possibilidade de “eventual desfazimento” da empresa paralela por desrespeitar a duas leis, conforme os auditores: a Lei de Licitações, em vigor há 21 anos, e a que autorizou Caixa e Banco do Brasil a constituírem subsidiárias e adquirirem participações em instituições financeiras, válida desde 2009. O relatório recomendou a responsabilização e a realização de audiências com três integrantes do Conselho de Administração da CaixaPar, que estruturou a empresa: o presidente Hereda; o vice-presidente de Finanças e Controle, Márcio Percival Pinto; e o diretor de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Murilo Francisco Barella.

Os três assinaram a ata da reunião do conselho que aprovou o negócio. “Sem a aprovação do conselho da CaixaPar a operação não teria se concretizado”, citou o parecer. Dois diretores-executivos da CaixaPar que assinaram o acordo de acionistas devem ser responsabilizados, conforme o documento: Carlos Magno da Cruz e Demosthenes Marques. Eles estão na gestão da CaixaPar.

CAIXA: ‘RESPEITO ÀS LEIS’

Reportagem publicada pelo GLOBO em 19 de janeiro mostrou que a contratação foi considerada ilegal pelo TCU e que uma medida cautelar do tribunal, vigente há mais de dois anos, suspendeu o contrato. Conforme os relatórios, a empresa criada é uma sociedade de propósito específico (SPE), prevista em lei para captação de recursos no mercado, mas usado de forma irregular pela empresa pública para dispensar uma licitação bilionária. Os pareceres apontaram “obscuridade” dos critérios que levaram à escolha da IBM como “real e final prestadora dos serviços que a Caixa pretende contratar, em aparente ofensa ao princípio da impessoalidade”.

Na resposta ao GLOBO, a Caixa sustentou que não existe “manifestação conclusiva” do TCU sobre a constituição da SPE, uma vez que o assunto ainda não foi apreciado em plenário. “A Caixa reafirma que não houve qualquer violação às referidas leis”.

O Globo

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Finanças

Tribunal de Contas da União responsabiliza cúpula da Caixa Econômica por manobra contábil

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Confira texto do Estadão completo aqui

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Diversos

Robinson participa de reunião no Tribunal de Contas da União

robinsonFoto: Rayane Mainara

O governador eleito do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD) participa na tarde desta segunda-feira (17) em Brasília de reunião com os presidentes dos Tribunais de Contas de todo o Brasil. A reunião será no Museu da Abolição e contará com presença do presidente do TCU, Ministro Augusto Nardes e dos presidentes dos Tribunais de Contas dos Estados.

Os 27 governadores eleitos receberão um diagnóstico minucioso sobre seis áreas de responsabilidade da União e das respectivas unidades federativas. A ideia da reunião é orientar os novos gestores quanto à transparência, prestação de contas e atenção à verba pública.

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