Jornalismo

Revolução da fumaça na USP acabou no Xadrez

O acampamento exibido na foto acima foi desmontado, na marra, no início da manhã desta terça (8).

Em operação desencadeada por volta das 5h, a Polícia Militar pôs fim à ‘revolta da fimaça’, que convusionava a USP havia 12 dias.

Mobilizaram-se cerca de 400 policiais. Cumoriu-se, finalmente, a decisão judicial que determinara a desocupação da reitoria da universidade, foco do motim.

Depois de revistados, os ‘pós-revolucionários’ da USP foram à garra. Detiveram-se 63 amotinados dentro do prédio. Outros três do lado de fora.

Acomodados em dois ônibus, os ex-sublevados foram levados à 91ª delegacia de polícia.

Afora a gritaria de um grupo de manifestantes insones –“fora fora repressão” e “libertem nossos presos”— não houve contratempos.

Ficou boiando na atmosfera uma indagação: por que a USP hesitou tanto, por que bateu palma pra maluco dançar?

Josias de Souza

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Jornalismo

PM cumpre reintegração de posse de reitoria da USP e 66 baderneiros estudantes são detidos

Folha.com

A Polícia Militar deteve na manhã desta terça-feira 66 estudantes que ocupavam o prédio da reitoria da USP (Universidade de São Paulo). Eles começaram a ser retirados do local às 6h39 e colocados em dois ônibus da PM que levará todos ao 91º Distrito Policial do Ceasa. Outros três estudantes que estavam do lado de fora do prédio também foram detidos.

Um estudante que fingia ser jornalista tentou ultrapassar a barreira policial por volta das 6h30 para entrar no prédio, mas foi impedido pelos policiais. Um carro da PM teve o vidro danificado pelos manifestantes.

A reintegração de posse teve início por volta das 5h. Cerca de 400 policiais da Tropa de Choque e da Cavalaria da PM participaram da operação que também contou com o apoio de um um helicóptero Águia e de policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e do GOE (Grupo de Operações Especiais).

Os militares, portando cassetetes e escudos, fizeram um cordão de isolamento ao redor do prédio e retiraram os estudantes.

Os estudantes haviam decidido, em assembleia realizada na noite de ontem (7), manter a ocupação, apesar do fim do prazo dado pela Justiça para deixar o local.

Após a votação, os estudantes passaram a agredir os jornalistas. Um cinegrafista caiu após ser empurrado e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos –ele foi levado ao hospital.

O clima ficou tenso e, após os grupos ficarem separados, os alunos arremessaram pedras na direção dos jornalistas. Um cinegrafista foi atingido e ficou levemente ferido.

No momento do tumulto, não havia guardas universitários nem PMs no local. Após a confusão, um representante dos invasores disse que tratou-se de uma situação isolada.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Grupo que ocupa reitoria da USP entra em confronto com membros da imprensa; prazo para desocupação acabou às 23h
Grupo de estudantes que ocupa reitoria da USP entra em confronto com membros da imprensa

Na assembleia, vários estudantes disseram estar dispostos a resistir caso a PM fizesse a reintegração de posse.

Mais cedo, às 18h, uma reunião de negociação entre representantes da reitoria e alunos terminou em impasse.

O superintendente de relações institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, chegou a deixar a sala onde ocorria o encontro.

A proposta apresentada à tarde pela universidade previa que os alunos e funcionários não fossem punidos por participar da invasão.

A reitoria também manteve a oferta de criar grupos para discutir o convênio com a PM –principal motivo da invasão– e revisar processos administrativos contra estudantes.

Os alunos, no entanto, consideraram a proposta insuficiente, já que há chance de novos processos se for provado que houve vandalismo no prédio invadido.

No dia 27 de outubro, três alunos da USP foram detidos por posse de maconha. Houve reação de colegas, que investiram contra a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes para levar os rapazes à delegacia –depois eles foram liberados.

Na mesma noite, um grupo de cem estudantes invadiu um prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Na terça passada, mais de mil alunos realizaram uma assembleia que decidiu, por 559 votos a 458, pela desocupação do edifício.

A minoria derrotada, porém, decidiu invadir a reitoria, onde hoje há cerca de 50 manifestantes –a USP toda tem cerca de 82 mil alunos (50 mil só na Cidade Universitária).

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Educação

Revolta da Maconha na USP completa 10 dias

Josias de Souza

Nascida de uma abordagem de policiais militares a três alunos que degustavam seus baseados no campus da USP, a revolta da maconha completou dez dias.

No penúltimo lance, os estudantes converteram o prédio da reitoria em cidadela da revolução da fumaça.

Acionada, a Justiça determinara, na sexta (4), a desocupação das instalações até as 17h deste sábado (5).

Porém, convidada para uma audiência de conciliação, a universidade concordou em dilatar o prazo para as 23h de segunda-feira (7).

Por quê? A rapaziada alegou que não seria possível convocar uma assembléia em pleno fim de semana.

Os revoltosos exigem a revogação de um convênio que levou a PM ao campus depois que um aluno foi assassinado ao deixar a escola de economia, em maio.

Superintendente institucional da USP, o professor Wanderley Messias da Costa diz que o convênio não será revogado.

Mas declarou: “O que a universidade quer discutir com eles é o detalhamento desse convênio.”

Justo, muito justo, justíssimo. Quem sabe injeta-se no documento um artigo proibindo a polícia de importunar os adeptos da cannabis sativa.

Distraído com questões menores –os efeitos da crise européia, os soluços da inflação, os surtos de corrupção— o país faz pouco do que se passa na USP.

O desfecho da rebelião dos estudantes vai revelar que diabo de universidade a USP vai ser. Com maconha ou sem maconha?, eis a questão.

Desde o movimento dos ‘caras pintadas’ contra Fernando Collor não se via os estudantes envolvidos em causa tão nobre.

Nem todos os alunos da USP foram tocados pelo espírito da neorevolução. A maioria, insensível, prefere estudar!?!

Gente como o rapaz da foto aí de baixo, personagem de um protesto contrarevolucionário.

Opinião dos leitores

  1. acho que o Gagaga Eh uma besta quadrada.  Eh logico que eles passaram no vestiba, estudaram em colegio particular a vida toda,  tenta estudar num colegio estadual sem enfrentar cursinho depois… quero ver se vc passa… No brasil tem trafico pq tem no mundo inteiro.. eu acabei de voltar ao brasil (morava na belgica) e acredite na europa tem tanto trafico quanto o brasil  😉  isso eh obvio : trafico pq eh proibido se nao fosse proibido existiriam lojas para isso!!! e nao seria trafico seria comercio comum!!! … va ler … por favor!

  2. é mesquita mas esses maconheiros tiveram a capacidade de passa no vestiba da usp, capacidade que muitos nao tem, o Brasil é um atraso nessa questao só existe trafico pq é proibido, sera que ninguem enxerga isso.

  3. acho que teria que mandar embora professores que encobrem alunos maconheiros,e expulsar esses maconheiros de lá, pois, tem muita gente pobre querendo fazer um curso superior e acaba perdendo a vaga,para esse bando de maconheiros!

  4. Que marco pra USP, o sonho de milhares de estudantes da rede pública era de ser aprovado nesta faculdade, inclusive o meu ….mas agora ….minha família  não aprova…
    motivo?! LA SÓ TEM DROGADO E VAGABUNDO!!!
    Que inversão de valores…

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Jornalismo

Por causa do "fuminho" os bardeneiros continuam na Reitoria da USP

Alheios à decisão judicial que fixou prazo de 24 horas para a desocupação do prédio da reitoria da USP, os alunos rebelados decidiram manter a invasão.

A deliberação foi aprovada, por aclamação, em assembléia realizada na noite desta quinta (3).

Com isso, os alunos-invasores mudaram de status. De rebeldes de uma causa precária –a saída da PM do campus— viraram protagonistas de uma ilegalidade.

No despacho em que determinou a desocupação da reitoria, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti foi cuidadosa.

Anotou que a reintegração de posse deveria “ser realizada sem violência, com toda a cautela necessária à situação.”

Escreveu que, em nome da  “boa convivência acadêmica”, representante da USP teria de negociar a saída com um porta-voz dos insurretos.

Porém, como que antevendo o pior, a magistrada também autorizou, se necessário, o recurso à “medida extrema”: o uso da força policial.

Quer dizer: se levarem às últimas consequências a decisão de não sair, a rapaziada será, por assim dizer, “saída”. Na marra.

Iniciada na semana passada, a encrenca da USP foi empurrada para a fronteira do paroxismo.

A Polícia Militar passou a frequentar o campus depois que um aluno foi assassinado ao deixar a escola de economia da USP, em maio.

Nessa época, a rapaziada pedia mais segurança. Algo que a polícia universitária não se mostrava capaz de prover. A USP firmou, então, um convênio com a PM.

A estudantada não esboçou reação. A porca só torceu o rabo depois que os policiais militares abordaram estudantes que fumavam maconha na universidade.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Isso é um bando de estudantes sem futuro. Aqueles papangus que são contra o "capitalismo burguês". Coisa mais antiga, fora de moda. Esse povo tem é que arranjar uma lavagem de roupa pra ter o que fazer. E outra coisa : Maconha faz mal à saúde.

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