Política

Witzel volta a falar em perseguição de Bolsonaro, ‘cooptação’ de TJ, MP e Alerj e compara seu caso ao de Lula

Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Um dia após ter conseguido na Justiça a ampliação do prazo para entrega das considerações finais de sua defesa ao Tribunal Especial Misto (TEM), o que fez com que a data do julgamento derradeiro do processo de impeachment fosse marcada para o dia 30 de abril, o governador afastado do Rio, Wilson Witzel, falou, em entrevista ao Jornal da CBN, na manhã desta quinta-feira, sobre suas expectativas para a conclusão do rito. Mais uma vez, Witzel falou — por diversas vezes — em perseguição política por parte do governo federal, fisiologismo de deputados estaduais na Assembleia Legislativa (Alerj), e o que chamou de “cooptação” do presidente Jair Bolsonaro em órgãos como o Tribunal de Justiça e o Ministério Público estadual. O ex-juiz federal também comparou o seu caso com o do ex-presidente Lula.

— Estamos vendo aí o que está sendo decidido em relação ao ex-presidente Lula. Depois de cinco anos, de ele estar gritando, berrando nos tribunais, foram descobrir que a competência para julgar os processos dele estava errada. Então, é só para se ter uma noção do tempo que a gente demora para descobrir se o Ministério Público for cooptado politicamente ou se agir fora daquilo que se exige que ele atue. Vários outros políticos que são acusados mediante cooptação de instituições públicas posteriormente acabam tendo suas absolvições reconhecidas. Isso acontece em vários casos. O próprio ex-presidente (Michel) Temer, que teve aí acusações contra ele envolvendo a JBS, logo depois que saiu do poder, o Judiciário isentou. Porque o processo penal tem uma tramitação, e a política muitas vezes se aproveita do processo penal para atacar adversários — afirmou.

Questionado sobre a citação a Lula, criticado na campanha de Witzel ao governo, o governador afastado disse nunca ter feito ataques “à pessoa física” do ex-presidente, mas a erros cometidos “em algumas questões” de seu mandato à frente do governo federal.

— Todas as minhas falas na política, e o que eu tenho sempre dito sobre o PT, são críticas do ponto de vista político. Minhas críticas ao PT, ao presidente Lula, à presidenta Dilma (Rousseff), são sempre críticas do ponto de vista político, de erros que eu entendi que foram cometidos em algumas questões. Eu nunca em entrevistas ataco a pessoa física do presidente Lula. Eu sempre disse que é preciso ter muita cautela em relação a julgamento político.

Witzel garantiu que vai entregar sua defesa até o prazo final, dia 26 de abril. No entanto, voltou a criticar o fato de ter tido negado seu pedido para provas periciais. Ele afirmou que o Tribunal Misto tem sido sendo “mal conduzido”, e que tem tentado fazer o caso chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

— Entregar, para cumprir a formalidade, nós vamos entregar. Eu não estou procrastinando nada, estou tentando ter um julgamento justo. Estou tentando que o tribunal permita que eu apresente os meus argumentos. Se você vai dizer que determinado fato está equivocado, que uma decisão minha sobre processo administrativo está equivocado, então tem que ter uma perícia para que as pessoas digam se o que está no processo está correto ou está errado — disse. — Esse processo que hoje respondo perante o Tribunal Especial Misto está sendo muito mal conduzido. A impressão que eu tenho é de uma pressão muito forte em cima da conclusão desse processo. Fatos importantes que dependeriam de prova pericial, para que possam ser discutidos amplamente, estão sendo simplesmente indeferidos. Os recursos que vão ao Tribunal de Justiça não estão sendo julgados. Eu pedi para reavaliar a questão da prova pericial, e o TJ indeferiu liminarmente, não julga em órgão especial o agravo, então, é uma negação do acesso à Justiça. Eu me sinto totalmente injustiçado, perseguido do ponto de vista político pela estrutura que foi montada contra os governadores, e eu tenho sido o primeiro a ser atingido por essa estrutura, cooptada pelo governo federal. O Ministério Público está levando esse processo de uma forma totalmente incomum para a realidade de um processo dessa magnitude. Então, estamos tentando chegar ao Supremo.

Sobre a expectativa para conclusão do rito, Witzel afirmou que, neste momento, não acredita num julgamento justo.

— Eu não tenho medo de absolutamente nada. O único receio na minha vida é desagradar a Deus. O que acontecer comigo, diante desse cenário, a História vai contar. É uma perseguição política, uma retaliação do governo federal em relação ao Estado do Rio de Janeiro. Eu fui o primeiro governador inclusive a fechar aeroporto, porque o governo federal não queria, depois o Supremo veio dar aos governadores essa liberdade de ação para poder controlar a pandemia — afirmou. — Diante do que está acontecendo, eu não consigo vislumbrar um julgamento justo.

O governador afastado voltou a afirmar que é perseguido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

— Eu sou só a primeira vítima dessa estrutura que se montou hoje no governo federal para atacar os governadores. Isso está claro. O TEM eu percebo que é um tribunal sob pressão, não está permitindo meu amplo direito de defesa, e eu estou tendo minha defesa cerceada. Os recursos apresentados ao Tribunal de Justiça não estão sendo julgados, simplesmente estão sendo paralisados. Eu estou sendo tirado do meu cargo de governador, que fui eleito com 4,6 milhões votos — disse. — É um governo em que você não vê nas ruas panelas batidas, “fora Witzel”, a população está se perguntando o que está acontecendo, e eu estou sendo atropelado por uma pressão do governo central em cima do governo do estado do Rio.

Como também já havia feito antes, Wilson Witzel voltou a se referir aos deputados estaduais.

— Aqui no Rio de Janeiro não tem mais oposição, todo mundo se juntou de uma forma totalmente prejudicial para o estado e ninguém fala mais de mortes nas comunidades, ninguém mais está falando de mortes de crianças, ou seja, a oposição aqui se juntou para resolver o problema deles, deputados — disse. — Com tudo o que nós vínhamos fazendo aqui no Rio de Janeiro para enfrentar as máfias do estado, obviamente, junta-se a fome com a vontade de comer: “já que o governo federal está a fim de passar por cima do governador, então vamos dar um empurrãozinho”. É o fisiologismo da Alerj, que a gente sabe que é de Paulo Melo, (Jorge) Picciani, de Sérgio Cabral.

Witzel comparou ainda o momento atual vivido pelo Brasil com a revolução de 1930, início da Era Vargas e concluiu sua fala com críticas à atual administração estadual, liderada pelo governador em exercício Cláudio Castro, seu vice, à qual chamou de negacionista.

— Infelizmente, o que estamos assistindo no Brasil é algo que já aconteceu na década de 1930: governadores atacados, Congresso atacado, as instituições sendo cooptadas, e a pressão sendo exercida em cima dos órgãos. A minha responsabilidade como governador ela foi exercida. Quando eu fui afastado do meu governo, havia 7 mil mortos aqui, hoje tem 30 mil mortos em oito meses. Então, se você olhar, o governo federal cooptou o governo estadual e o governo estadual está na mesma linha negacionista do governo federal. E é isso que ele quer, patrocinar o impeachment do Rio de Janeiro — acrescentou.

’Não sou engenheiro’

Perguntado pela reportagem da CBN sobre o fracasso dos hospitais de campanha — de sete prometidos, dois foram entregues e um funcionou com plenitude —, Witzel disse que quem deveria ser questionado sobre isso é um engenheiro, e não ele.

— Só é possível responder a essa pergunta se tiver uma análise de especialistas para dizer o que aconteceu. Não adianta perguntar para mim, eu não sou engenheiro. Minha ordem foi construir hospitais de campanha — disse. — Meu papel como governador é determinar as estratégias da pandemia. Eu montei um comitê até com ex-ministro da Saúde. Eu tomei todas as decisões que chegaram até mim com elementos para eu pudesse tomar a decisão. Eu determinei que fossem feitos os hospitais de campanha, determinei que fosse feito comitê, fui o primeiro governador a tomar medidas restritivas no Brasil em relação à pandemia e isso causou um certo desconforto por parte do governo federal, que não queria tomar nenhuma medida.

O governador citou ainda uma suposta interferência em relação à renovação do Regime de Recuperação Fiscal por conta de suas desavenças com o governo federal.

— O Regime de Recuperação Fiscal, o ministro avisou que só vai renovar depois que a minha cassação for efetivada, e até agora não assinou a renovação. Isso é ou não é uma retaliação? É ou não é a implantação de um regime autoritário no Brasil? — questionou.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esse cara de pau safado, mentiroso e ladrão, esqueceu de dizer que o julgamento do Molusco foi considerado julgado, onde não devia ter sido, porém, todas as confissoes, provas documentais e tudo mais, continuam no processo, que deverá ser validado ou não por outro juiz, agora de Brasília. O meliante não foi absolvido, até um dos mequetrefe do STF, já disse isso.

  2. Mais um inocente, nossa política está cheia desses coitadinhos.
    Para melhorar o irmão dele, Douglas Renê Witzel acaba de ser preso em SP alvo da operação Rebote que investiga facções criminosas que atuam dentro e fora dos presídios. Não é acusação, está na mídia.
    Parece que Witzel começa a colecionar pontos para se tornar candidato da turma que tem corrupto de estimação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

INSS tem cerca de 130 mil denúncias de descontos indevidos em benefícios

Foto: Reprodução

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) possui cerca de 130 mil denúncias de descontos não autorizados em benefícios como pensões e aposentadorias. Esse número representa 2% do total de vínculos associativos entre beneficiários e entidades vinculadas ao instituto — cerca de 6,5 milhões em todo o Brasil.

Atualmente, existem 29 entidades conveniadas ao INSS, como sindicatos e associações voltadas a aposentados — e o Instituto pode compartilhar informações de segurados para que essas entidades possam oferecer seus serviços.

Caso o beneficiário aceite, ele se torna um associado e começa a pagar uma mensalidade para a entidade — que é descontada diretamente do benefício.

Entretanto, segurados alegam que valores estão sendo descontados sem autorização, ou seja, sem que os beneficiários tenham aceitado se tornar associados dessas entidades. Muitos afirmam que nunca sequer foram contatados por essas associações.

g1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Após 45 dias, Força Nacional deixa Mossoró; PF lidera caça a fugitivos

Foto: Jamile Ferraris/ MJSP

O aparato da Força Nacional de Segurança Pública em Mossoró (RN) começa a ser desmobilizado nesta sexta-feira (29/3). Os agentes atuam há cerca de 40 dias na caçada aos dois fugitivos do presídio de segurança máxima. A fuga, ocorrida em 14 de fevereiro, foi a primeira da história do sistema penitenciário federal, criado em 2006.

A Força Nacional chegou ao Rio Grande do Norte em dia 23 de fevereiro, e a previsão era de que os agentes trabalhassem nas buscas por 30 dias. Como os criminosos não foram localizados, o prazo acabou sendo estendido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por mais 10 dias. Nesta semana, Lewandowski anunciou que não faria nova prorrogação. Os 111 agentes deverão voltar às atribuições de origem na próxima semana.

Os homens da Força Nacional fizeram varreduras nas matas e fiscalizações nas rodovias. A finalidade era impedir que Deibson Nascimento e Rogério Mendonça rompessem o perímetro das buscas no Rio Grande do Norte.

Apenas em diárias, o valor pago pelo governo federal aos agentes supera R$ 1,2 milhão. Por dia, a mobilização custa R$ 37,2 mil em diárias. Há ainda 22 viaturas e um ônibus destacados para a operação.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Presidente da França compartilha meme com Lula e diz que passagem pelo Brasil ‘foi um casamento’

Foto: Reprodução/Redes

Depois de uma viagem de três dias em quatro cidades do Brasil, o presidente da França, Emmanuel Macron, compartilhou nas redes sociais, na noite desta quinta-feira (28), um meme com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que sua passagem pelo país “foi um casamento”.

“Algumas pessoas compararam as imagens da minha visita ao Brasil com as de um casamento, e eu digo a elas: foi um casamento! A França ama o Brasil e o Brasil ama a França!”

Na sequência, Macron agradeceu o acolhimento que recebeu dos brasileiros e citou o que fez em algumas cidades por onde passou.

“Em Belém, pudemos caminhar juntos por essa Amazônia compartilhada e confirmar nossa determinação comum de lutar pelas florestas e pelas pessoas. Vimos no Rio a força da nossa cooperação no setor da defesa, com o lançamento do Tonelero, o terceiro submarino da nossa parceria. Tivemos discussões extremamente proveitosas com o mundo econômico, cultural e intelectual em São Paulo”, escreveu.

Macron também destacou articulações com o governo federal. Confira a publicação:

R7

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Pesquisa da CNI mostra que 26% dos brasileiros estão mais endividados do que no ano passado

Foto: Adobe Stock

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 26% dos brasileiros estão mais endividados ou muito mais endividados na comparação com os últimos 12 meses.

O levantamento mostra que esse percentual sobe para 33% entre pessoas analfabetas ou que apenas sabem ler e escrever (analfabetas funcionais). O índice também é maior, de 32%, entre os que ganham até um salário mínimo.

Entre as mulheres, 29% dizem que estão mais endividadas hoje do que há um ano. O percentual é o mesmo entre pessoas com idades entre 41 e 59 anos, moradores das regiões Norte e Centro-Oeste e residentes nas capitais.

Na outra ponta, 47% dos entrevistados que moram na região Nordeste afirmaram estar menos endividados ou muito menos do que há 12 meses.

A pesquisa foi feita presencialmente pelo Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre 6 e 9 de fevereiro deste ano. Foram entrevistados 2.012 cidadãos com mais de 16 anos dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Mônica Bergamo – Folha de S. Paulo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

13 Estados ainda têm mais Bolsa Família do que empregados; RN está incluso na lista

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O número de beneficiários do Bolsa Família ainda é maior que o de trabalhadores com carteira assinada em 13 das 27 unidades da Federação. Esses dados excluem o setor público.

Antes da pandemia, eram 8 Estados com mais benefícios que empregos formais. O número subiu para 10 em 2020, 12 em 2022, com o Auxílio Brasil, e 13 em 2023 –número que se manteve agora em 2024.

O Maranhão é o Estado onde essa relação de dependência do benefício é mais forte. Há 641 mil empregos com carteira assinada e 1,2 milhão de famílias maranhenses recebendo Bolsa Família.

Ou seja, há 2 habitantes recebendo o Bolsa Família no Estado para cada empregado com carteira de trabalho.

O Estado onde essa proporção é menor é Santa Catarina. Lá, há 10 trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário de Bolsa Família.

alt

Poder360

Opinião dos leitores

  1. O Programa, apesar de beneficiar famílias em condições sub-humanas, tem como desvantagens o fato de que, ao longo do tempo, criar uma dependência da população carente aos repasses governamentais, não procurando preparar adequadamente os beneficiários ao mercado de trabalho.
    Isso é desastroso para a economia do País…
    Em um primeiro momento, é louvável que se dê auxílio a quem realmente necessita, mas isso não pode ser eterno, pois cria uma legião de pessoas que não produzem nada…
    O programa deveria ser ligado a qualificação da pessoas e por tempo determinado…
    Além do que, essas pessoas terminam se tornando “massa de manobra”, para os interesses do “câncer”, conhecida como políticos…
    É lamentável…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Sensação de insegurança nas ruas à noite alcança 39% dos brasileiros, segundo Datafolha

Foto: Reprodução

Uma pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo apontou que a proporção de pessoas que se sentem “muito inseguras” nas ruas à noite chegou a 39%. O índice é cinco pontos percentuais maior em relação ao último levantamento feito pelo instituto sobre segurança, em setembro de 2023. Dos entrevistados, 26% dizem sentir “pouco inseguros”.

O Datafolha ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em todo o Brasil entre 19 e 20 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A quantidade de pessoas que responderam sentir-se “mais ou menos seguras” nas ruas da própria cidade à noite diminuiu de 26% para 21%, na comparação com a pesquisa anterior. O número de brasileiros que se sentem “muito seguros” manteve a mesma proporção, de 14%.

Segundo o levantamento, as pessoas estão se sentido mais insegura em todas as regiões do país. O Sudeste tem os piores índices e o maior crescimento da taxa de entrevistados que dizem ter o sentimento de muita insegurança nas ruas da cidade ao escurecer. Em setembro de 2023, esse percentual era de 38%. Agora, chegou a 45%. No Centro-Oeste e Norte (os dados da pesquisa estão unificados para estas regiões), o índice é de 37%, no Nordeste, 36%, e no Sul, 32%.

Na divisão entre homens e mulheres que sentem muita insegurança, o sentimento é admitido por 33% entrevistados do sexo masculino e 45% do sexo feminino.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RN

Rio Grande do Norte tem 2,7 mil presos provisórios

Foto: Arquivo TN/Reprodução

O Rio Grande do Norte tem pelo menos 2,7 mil presos provisórios, isto é, detentos que ainda não foram à julgamento pela Justiça do Rio Grande do Norte. Os dados são da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), enviados à pedido da TN. O quantitativo representa cerca de 21% de toda a população carcerária potiguar, que é de pouco mais de 12 mil presos, incluindo regimes fechado, aberto e semiaberto. O índice apresenta uma redução, que segundo especialistas, se deve à modernização do sistema e a outros fatores sociais.

Segundo os dados da Seap atualizados na última terça-feira (26), o Estado possui atualmente 5.230 presos no regime fechado, 2.727 no semiaberto e outros 2.008 no regime aberto. Há ainda outros 33 presos em medidas cautelares. Em reportagem publicada em 2013 pela TRIBUNA DO NORTE utilizando dados da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ), o Estado possuía mais da metade dos presos na época sem receber sentença. Segundo o documento da época, dos 4.660 detentos, 2.479 não haviam recebido julgamento.

Para o presidente da Comissão da Advocacia Criminal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN), Anesiano Ramos de Oliveira, a redução de presos provisórios pode estar atrelada ao aumento da sistematização e aceleração de julgamentos nos processos.

Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

Governo gastou quase R$ 1,7 milhão em operação para procurar foragidos de Mossoró

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A força-tarefa do governo federal que atua nas buscas dos dois detentos que escaparam da penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró (RN), em 14 de fevereiro, já custou aproximadamente R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. O dinheiro foi usado em despesas como diárias, passagens, plano de saúde e manutenção e abastecimento de viaturas. Os dados foram obtidos pelo R7 via Lei de Acesso à Informação.

As informações disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram as despesas entre os dias 20 de fevereiro e 21 de março da Força Nacional de Segurança Pública, da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado. De acordo com a pasta, nesse intervalo os órgãos gastaram R$ 1.682.709,54 com a operação que tenta localizar Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. Esse valor pode ser ainda maior, pois não inclui as despesas da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que também atuam nas buscas.

A maior parte dos gastos foi da Força Nacional. O governo enviou 500 agentes do órgão para Mossoró, e só com diárias gastou R$ 1.026.188,75. Além disso, até 15 de março, foram pagos R$ 115.446,02 em serviços de manutenção e abastecimento das viaturas empregadas na operação. Por fim, até 18 de março, a Força Nacional teve uma despesa de R$ 103.914,44 com o plano de saúde dos agentes que participam da missão.

R7

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso os alunos da rede estadual de ensino, torram nas salas com o calor infernal pedindo ventiladores, pois ar condicionado seria delírio.

  2. Sinceramente, um absurdo, principalmente qdo vemos recursos faltando na saúde e educação. Uma palhaçada é desmoralização.

  3. Isso mostra a grande copetencia deste governo Fal o L kkkkk mas o importante foi tirara BOLSONARO kkkkkkkkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Incêndio de grandes proporções atinge prédio em construção em Recife

Um incêndio atinge a cobertura de um prédio em construção no bairro Torre, que fica na Zona Oeste do Recife, em Pernambuco, na noite desta quinta-feira (28).

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Potiguar medalha de ouro em olimpíada para professores de matemática é destaque no Jornal Nacional

Imagens: reprodução/Rede Globo

O potiguar Kácio José Cardoso, um dos 10 medalhistas de ouro da 1ª Olimpíada de Professores de Matemática de Ensino Médio (OPMbr) foi destaque no Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (28).

A reportagem mostrou o trabalho realizado por Kácio na escola que ele trabalha em Parnamirim.

Como parte do prêmio, os primeiros classificados na olimpíada serão levados para uma viagem de duas semanas a Xangai, cidade chinesa que lidera rankings mundiais de ensino da matéria.

VEJA MAIS: Potiguar ganha medalha de ouro em olimpíada de matemática e está entre 10 melhores professores da disciplina no Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *