Esporte

José Dias afirma que o governo tira recursos da saúde para a Copa

Homem culto, religioso e atencioso com as pessoas, mas nem por isso tímido ou receoso na tomada de suas posições no parlamento, o deputado estadual José Dias (PSD), em entrevista ao O Poti, lamentou o comportamento histórico do brasileiro de conviver com as mazelas nos desvios dos recursos públicos. Na entrevista, o deputado foi instigado a falar sobre política nacional – a corrupção desenfreada nos três Poderes da Repúblicas, a impunidade como fator estimulante para os malfeitos – e, claro, da administração estadual, de quem foi aliado no início do governo Rosalba Ciarlini. Segundo José Dias, as pesquisas de opinião mostrando um percentual muito alto de rejeição da administração da governadora Rosalba Ciarlini refletem a realidade,”que acho que é ainda pior do que o que o povo está vendo. O governo, sob o ponto de vista político e administrativo, é um fracasso absoluto, eu confesso que, sob o ponto de vista político, eu nunca vi uma tragédia tão grande”. Dias também disse que os recursos aplicados na construção da Arena das Dunas estão sendo tirados da alimentação destinada aos hospitais, da segurança pública e para o desenvolvimento econômico do RN.

O país vive hoje com denúncias de corrupção atingindo os três poderes da República. Como cidadão e como homem público, como é que o senhor vê esse quadro?

Eu vejo que nós estamos vivendo um momento diferente. Infelizmente, nós temos que constatar que o que está ocorrendo no Brasil, em profundidade, não é uma coisa inédita. Nós temos, infelizmente, um comportamento histórico de convivência com essas mazelas na gestão dos recursos públicos, com a corrupção. O que o momento atual está expondo são as vísceras dessa situação e isso nós devemos, vamos dizer assim, a uma abertura da informação. Há uma fiscalização, hoje permanente, exercida pela imprensa e pela própria cidadania. O que, aí sim, a gente pode ver como um fator positivo. Talvez seja o caminho, o remédio para a cura desse mal que é histórico. O que nós temos, também, um pouco agravado é a exacerbação da “caça às bruxas” que, em certo sentido, também é perigoso, é negativo. O fato de nós sabermos, reconhecermos, de procurar resolver esse problema de corrupção no Brasil não nos dá a liberdade para crucificar previamente as pessoas. Até porque a crucificação não deve ser nem a posteriori e nós estamos tentando fazer previamente, eu acho que esse caminho, esse atalho é a única coisa perigosa que eu vejo nesse episódio. Agora, sei que o Brasil será diferente.

Essa infecção generalizada nos intestinos dos Poderes da República preocupa ao ponto de se temer pela estabilidade da democracia?

Eu acho que não, acho que nós estamos construindo uma nova democracia, uma democracia diferente. Uma democracia que procura ser verdadeira, se vai chegar lá eu não sei. Mas procura ser verdadeira. Porque a democracia verdadeira é aquela democracia que respeita o direito do povo, e não há direito mais sagrado do que o povo saber que seu trabalho, seu esforço, está sendo respeitado. Por que o tributo que quando se estabelece a desonestidade, o roubo é em cima do que? Do trabalho do povo, do tributo. E também, claro, que a gente tem que admitir que não apenas os “agentes públicos”, políticos, são responsáveis pelo que acontece de mal nesse país, a sociedade como um todo está contaminada. Aí é que eu acho que esse esforço tem que ser bem mais profundo, não se mata o mal apenas resolvendo o problema no âmbito da coisa pública, se resolve no âmbito da devida proporção.

A impunidade não é um estimulante para a corrupção que está se vendo aí todo dia?

Claro que sim! E eu acho que o caldo de cultura de tudo isso que nós estamos vendo aflorar é exatamente a impunidade. Se o que está se pensando fazer hoje, a sociedade tentando fazer hoje, tivesse acontecido no passado, nós estaríamos vivendo uma situação diferente. Eu não vejo de outra forma, a natureza humana tem tendências, e fortíssimas, a estabelecer privilégios, vantagens, acomodações, benefícios. Isso só pode ser coibido se nós tivermos a consciência de que esse benefício tem que ter um limite, que é o direito dos outros.

Mas o senhor não acha que o legislador brasileiro tem um percentual de culpa nessa impunidade, uma vez que elenão está preocupado em fazer leis que punam efetivamente quem comete os malfeitos?

Eu acho que a legislação brasileira, nesse aspecto, ela não peca em quase nada, falta apenas a pena de morte. A legislação brasileira, nesse aspecto, – vamos dizer assim – é efetiva. Ela tem que se adaptar aos tempos, até porque nós não podemos pensar numa norma eterna. Norma eterna é aquela que foi dada por Deus a Moisés. Fora os Dez Mandamentos, as outras leis são leis fadadas a se atualizar. A norma em si ela não se aplica, quem aplica a norma são os homens. Então o que nós realmente precisamos é ter uma aplicação mais rápida e mais severa, no sentido de ser mais justa, isso sim. É preciso a própria sociedade se convencer que ela é também responsável pela aplicação das normas e dos costumes. Os Tribunais são responsáveis pela aplicação das normas escritas, das normas legais mas, uma sociedade que não tenha uma altoregulação, ela dificilmente terá sucesso.

O Judiciário tem culpa nisso por não dar maior agilidade na aplicação dessas leis?

Olha, ter, tem. Agora a culpa não é só do Judiciário, porque você não pode imaginar uma instituição absolutamente desconectada da sua sociedade. O Judiciário está num processo, que ele próprio é responsável, de modificação. Devo lembrar do grande esforço que o Judiciário está fazendo para melhorar os seus procedimentos, acelerar os julgamentos; existem no Brasil hoje, dentro do Judiciário, metas quantitativas a serem cumpridas exatamente para vencer esse problema da morosidade da implantação da Justiça. Então no sentido de que a coisa não funcionou com a presteza que era necessária, o Judiciário é culpado mas, a grande culpa, é de todos nós.

Por falar em Judiciário, vamos trazer o tema para o nível local. O senhor esperava algum dia ter conhecimento de malfeitos praticados dentro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, ao ponto do Superior Tribunal de Justiça determinar o afastamento sumário de três desembargadores?

O fato que você está levantando é inusitado, ninguém pode dizer que já viu porque não houve, se não houve a gente não viu, não é? Não viu. Eu não estou aqui entrando no julgamento do mérito até porque é uma questão que eu tenho muito cuidado. Conheço as pessoas e tenho delas um conceito muito bom, mas também não posso prejulgar defendendo nem acusando. Eu apenas me reservo ao meu direito como cidadão e, aqui eu apenas estou trabalhando, laborando como cidadão e, vamos dizer assim, viver a emoção de compreender as dificuldades que os amigos estão passando e sem, que eu também não sou julgador no caso, tomar uma posição dizendo quem está certo e quem está errado.

Nas suas caminhadas, nas suas andanças pelo interior, visitando as bases políticas, qual o sentimento do eleitor diante de tudo isso que está acontecendo no país?

Uma coisa que eu acho é que todo mundo é extremamente crítico, severo, punitivo em relação ao outro. Se você for por todo canto, todo mundo está aí com o chicote na mão mas, na intimidade das pessoas, a maioria hoje condena o outro mas eu não vejo um exercício muito explícito para mudar o seu próprio comportamento. Essa não é nem uma visão política, certo? É mais, vamos dizer assim, uma visão sociológica, certo? E até moral, eu confesso que, honestamente, eu queria ver o processo não apenas como ele está se realizando, com essa nossa capacidade enorme de nos indignarmos com o malfeito dos outros.

As pesquisas que têm sido divulgadas, este ano, para prefeito da capital também fazem uma avaliação da administração estadual. E essa avaliação não tem sido muito boa. Um ano e 4 meses da administração Rosalba Ciarlini, ela está com um índice negativo emtorno de 60%. Como é que o senhor vê isso?

– A pesquisa reflete, na minha visão, a realidade, que acho que é ainda pior do que o que o povo está vendo. O governo, sob o ponto de vista político e administrativo, é um fracasso absoluto, eu confesso que, sob o ponto de vista político, eu nunca vi uma tragédia tão grande. O governo, com um ano de vida, substituiu grande parte daqueles que o apoiaram, por aliados que foram seus adversários. Ficou apenas com o núcleo do DEM. Vamos exemplificar para facilitar a compreensão: expulsou o grupo que hoje está no PSD, por várias razões que acho que ainda não seja o tempo de revelar, razões políticas. O tempo vai revelando cada uma e vai se ver que foi um negócio extremamente imcompreensível. O próprio PMDB que apoiou o governo, e que era o PMDB que merecia administrar com o governo, está sofrendo contrariedades políticas sérias, e não foi só uma vez. Então, houve uma reviravolta. Será que aqueles que apoiaram o governo, que fizeram a campanha, são os que não merecem administrar com o governo?

O senhor acha que o PMDB está prestes a sair do governo?

– Eu confesso que o PMDB que apoiou o governo, pra mim não está no governo, porque para estar no governo ele deveria estar numa posição político-administrativa diferente. Agora o PMDB que combateu, aí eu não sei.

Há poucos dias o líder do governo na Assembleia Legislativa, Getúlio Rego, deu uma entrevista reconhecendo que falta diálogo do governo com o parlamento.

– Eu sou testemunha de quando eu estava na base do governo, nós não tínhamos uma diálogo construtivo, e isso foi demonstrado nas dificuldades que tivemos aqui na Assembleia. Pessoalmente, tenho de dizer o seguinte: tenho uma posição política definida contra o governo, mas o meu relacionamento quando era da base do governo era um relacionamento pessoal muito bom. Eu, mesmo com a minha divergência, espero que seja permanente enquanto durar o governo. A governadora não me levou a considerar o governo como um inimigo pessoal, as pessoas que fazem o governo, mas o relacionamento com a classe política foi sempre autoritário, extremamente autoritário, isso acredito até pelos relatos que tenho, exacerbou.

E no aspecto administrativo?

Esse também é extremamente doloroso. Você só tem uma obra que o governo está tocando e que é um perigo, mas um perigo iminente. É presente e iminente, que é o estádio Arena das Dunas. Ele tem um custo presente que é fabuloso, o Estado perdeu capacidade e visão para outras coisas que são permanentes, que são importantes e definitivas para o Estado. O estádio é uma obra que vai onerar por muitos anos o Rio Grande do Norte. Essa obra sairá, no barato, como se diz, acima dos R$ 500 milhões com um custo de manutenção incalculável. E olha que esses R$ 500 milhões serão, na sua grande parte, financiados, e os outros tirados da goela do povo. Aquilo que o governo está investindo, dizendo que é com recursos próprios, não é.

E de onde estão sendo tirados esses recursos?

São recursos dos remédios, é com recursos da alimentação que não vai para os hospitais, é com recursos que são retirados da segurança pública, de investimentos que são extremamente necessários para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O que o governo faz é sonhar, e sonhar de forma megalomaníaca. Em um ano de governo, a Assembleia já autorizou endividamento de mais de R$ 1 bilhão, é claro que esses investimentos não se concretizaram, até porque são megalomaníacos, mas isso prova exatamente que, não o sonho, mas talvez a quimera, um pesadelo que geralmente é maior do que a realidade.

E como o senhor classifica a capacidade racional do governo?

O governo aprovou aqui na Assembleia, e foi derrotado na primeira vez, uma fórmula que juridicamente era muito discutível, aqueles incentivos para importação sob o fundamento de que o Rio Grande do Norte precisava disso para viabilizar o seu porto. Eu até na época votei a favor com o seguinte argumento que está sendo concretizado: eu não sou advinho, acho que quanto mais a gente votasse no Estado esses benefícios, mais fácil eles cairiam, porqueessa é uma guerra fiscal profundamente danosa, pela própria natureza da guerra fiscal, e danosa porque ela é feita em cima da desindustrialização do Brasil. Você dar incentivo para produtos que são fabricados na China, é uma barbaridade, mas graças a Deus a profecia se concretizou mais rápido do que rapidamente, e a Comissão de Economia do Senado aprovou uma resolução que vai regulamentar, não de forma perfeita, mas pelo menos é menos desmantelada da forma como estava sendo feita.

Quer dizer, então, que o Proimport acabou?

O Proimport acabou, porque a norma passa a ser genérica para todos os estados. Graças a Deus acabou.

Mas o grande discurso do governo para dar emprego e desenvolver a nossa economia era o Proimport.

De qualquer forma, esse Proimport não teria essa relevância que se deu, até porque alguns estados se beneficiaram, saíram na frente, é a história do ovo de Colombo. Aqui no Rio Grande do Norte não teria essa importância que o governo propalava. O que há de negativo é você incentivar a importação de produtos externos, é gravíssimo, não que não devamos abrir o nosso mercado. O grande problema no Brasil, que aumenta a inflação, é essa distorção que vivemos, é exatamente uma política protecionista que não tem racionalidade, é populista, demagógica. Isso é verdade, é tanto verdade que uma das coisas mais esdrúxula que acho é a pessoa sair daqui do Brasil pra comprar produto fabricado aqui, em Miami, e tem gente mais endinheirada que vai comprar em Dubai. Mas em Miami e na Europa você tem pessoas que tiram a diferença das despesas, pelo menos das passagens, com a compra de produtos. A diferença é tão grande que a mesma compra que é permitida pela Receita Federal, já dá pra cobrir as despesas. Isso é um verdadeiro absurdo, você comprar uma coisa em um shopping nos Estados Unidos por 30% ou 40% do que compra aqui.

Um ano e quatro meses já se passaram, e ainda se justifica o governo enfocar a “herança maldita” como forma de se resguardar por não ter feito nada?

– O discurso, num primeiro momento, podiase justificar até para tomar providências, ele podia ser a alavanca para você criar um novo caminho, uma nova realidade. O discurso agora está sendo uma desculpa que não tem nenhuma razão de ser.

Qual é o grande projeto desse governo?

Não existe. A gente está tentando encontrar e não encontra. O único projeto não é a Copa do Mundo? Não tem outra coisa, todo o esforço do governo, do povo, é em cima de uma ilusão. Dois jogos de futebol como se isso fosse salvar a Pátria. Até a melhoria que diziam que viria para cidades da Copa, como Natal, esses efeitos estão sendo muito ineficientes e a gente nem consegue ver.

Mas sempre se disse que os recursos investidos nas obras da Copa iriam transformar Natal e a Grande Natal, com a realização de obras de mobilidade urbana. O senhor também pensa assim?

– Eu não concordo com isso. O próprio governo federal, numa audiência pública na Assembleia, através de um seu representante, disse que não havia nenhuma vinculação de uma coisa com a outra, e estou vendo que não tem. Nós não estamos vendo a coisa caminhar nesse sentido. Uma coisa que é emblemática, que é o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o governo federal fez alguma coisa a não ser vender? Até a pendência com as desapropriações ainda não foi resolvida, as obrigações que os governos estaduais e municipais têm com relação à infraestrutura, que vai permitir o funcionamento do aeroporto, existem providências reais e projetos? Eu não digo nem obras, digo projetos. Eles não existem. Existe muita conversa, essas coisas têm de ser mostradas, você não pode dizer que existem obras e não mostrar, essas coisas são materiais.

Qual será o seu papel nessas eleições?

– Confesso a você que o papel que todo político que detém um mandato, é corresponder a expectativa daqueles que o ajudaram. Eu estou aqui porque um grupo de pessoas trabalharam para que eu viesse, confiando na minha ação e eu tenho que corresponder. Espero que o meu partido tenha a oportunidade de fazer as opções mais certas e vamos trabalhar em favor dessas opções, eu quero pelo menos ter a consciência de que fui correto e leal com aqueles que foram corretos e leais comigo.

O senhor defende o lançamento de um candidato único das oposições, ao invés de três, como os que estão lançados?

– Natal não tem problema de ter um ou ene candidatos porque tem segundo turno, talvez até o fato de você ter mais de um candidato beneficie para que exista o segundo turno. Agora, quando não há o segundo turno eu acho uma barbaridade. Por exemplo, o problema de Mossoró. Eu acho uma barbaridade o PT ter candidato lá, porque o PT não tem a menor chance de eleger o seu candidato; é candidato pra que? Pra fixar posição política, talvez até pessoal? Isso, pra mim, é trair um projeto político consistente, mais amplo, de você ser governo, de você ter uma ideia, uma ideologia, que não seja apenas um benefício pessoal ou partidário.

Desses pré-candidatos a prefeito de Natal, quem é o mais forte hoje?

Dos que estão aí, acho que os mais fortes são dona Wilma e Carlos Eduardo, não tem a menor discussão. Se eles forem realmente candidatos, a eleição girará em torno desses dois nomes. A não ser os candidatos, acho que penso como quase 99% da população.

Fonte: O Poti

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Geral

VÍDEO: “Não dá para achar que o atual governo é sério, basta comparar as qualidades das primeiras-damas, a diferença é enorme”, diz Bolsonaro

Foto: Fernando Bizerra/EFE e Zack Stencil/PL/Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez neste sábado (31) uma participação por vídeo durante o encontro do Movimento Conservador do Distrito Federal, promovido por sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Bolsonaro criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comparou Michelle com a atual primeira-dama, Janja Lula da Silva. “O que não dá é para achar que o atual governo é sério. Basta olhar o perfil dos ministros. Basta olhar o perfil do atual chefe de Estado. Inclusive, comparar as qualidades das primeiras-damas –a diferença é enorme”, disse.

Janja ironizou Michelle durante uma entrevista publicada pela Folha de S.Paulo em 23 de maio de 2025. Ao ser questionada se tinha a ajuda de alguém para se maquiar durante viagens, ela deu a seguinte resposta: “Não sou dessas, você está confundindo a primeira-dama”. Michelle costuma ser vista com seu amigo e maquiador Agustín Fernandez.

O PL Mulher, que Michelle Bolsonaro preside, disse que a fala de Janja da Silva é “apenas mais um de vários episódios de devaneios e pronunciamentos inconvenientes” da mulher do presidente Lula.

Poder 360

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Geral

PF pede a montadoras carros gratuitos para ministros do STF e do governo Lula

Imagem: PF/divulgação

A Polícia Federal publicou um chamamento público dirigido a montadoras e revendedoras de automóveis para a “prestação de serviço de empréstimo gratuito de veículos” que serão utilizados para conduzir ministros do Supremo Tribunal Federal e do governo Lula.

A publicação ressalta que o empréstimo envolve carros blindados e não blindados, à combustão, elétricos e híbridos para a realização de atividades de proteção. Os veículos serão usados por autoridades federais do primeiro escalão, incluindo ministros de Estado e ministros do Judiciário.

O estudo técnico que acompanha o chamamento público diz que com a criação da Diretoria de Proteção à Pessoa (DPP), em 2023, houve crescente necessidade de fortalecer a segurança de autoridades nacionais e estrangeiras, “incluindo o Presidente da República e o Vice-Presidente, familiares, ministros do governo, ministros do Supremo Tribunal Federal, dignitários estrangeiros e depoentes especiais”.

Segundo a corporação, a quantidade de carros disponíveis hoje não é suficiente para suprir a demanda da DPP, “tendo em vista o aumento na quantidade de autoridades que utilizam os serviços de escolta e segurança”. A PF informa que não existe orçamento disponível para a aquisição de uma nova frota.

A publicação destaca ainda os modelos que podem ser oferecidos pelas montadoras em regime de comodato: “executivo blindado”, “SUV 4X4 blindado”, “sedan elétrico” e “sedan híbrido plug-in”. A lista não fala no número exato de carros, mas a PF informa aceita a doação de “1 a 10” unidades de cada.

No direito civil, o comodato é conhecido como um empréstimo gratuito ou concessão gratuita de qualquer coisa móvel ou imóvel. A própria PF admite que é um modelo de negócio ainda pouco utilizado pela Administração Pública.

O chamamento não faz menção a eventual conflito ético.

Presidência da República contrata motoristas executivos

Em outro processo administrativo, a Presidência da República está contratando “motoristas executivos” para trabalharem em Brasília e na chamada Região do Entorno, um conjunto de cidades goianas próximas à capital.

O contrato, de 5,8 milhões de reais, foi feito sem concorrência pública.

A justificativa para a dispensa de licitação é a urgência em atender as necessidades da Presidência da República.

O Planalto não informou os detalhes da contratação.

Veja

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Com um jogador a mais desde o início do jogo, ABC empata sem gols com o Náutico no Frasqueirão

Imagem: reprodução

Mesmo atuando com um jogador a mais desde o início da partida, após a expulsão do volante Auremir do Náutico antes dos 5 minutos de jogo, o ABC não saiu do 0 a 0 contra o time pernambucano no Frasqueirão, na tarde deste sábado (31).

Com o resultado, o ABC ficou em 14º, próximo do Z4, com 9 pontos após oito jogos disputados.

A próxima partida do Alvinegro será no próximo sábado (14), às 17h, contra a Ponte Preta, que iniciou a 8ª rodada como líder da Série C, o jogo acontecerá no Estádio Moisés Lucarelli.

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Geral

Anac suspende operação de transporte de carga aérea dos Correios; entenda

Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão de todas as operações de transporte aéreo dos Correios a partir do dia 4 de junho por falhas no cumprimento de normas sobre transporte irregular de produtos perigosos, como baterias de íon de lítio.

A decisão, a qual a coluna da jornalista Mariana Barbosa, do UOL, teve acesso, afeta todas as operações das empresas de carga Sideral Linhas Aéreas e a Total Linhas Aéreas realizadas em contrato com os Correios. As duas empresas são as únicas cargueiras que prestam esse tipo de serviço para a estatal. Os Correios e as empresas cargueiras já foram informadas da decisão.

Em novembro do ano passado, um avião da Total a serviço dos Correios levando baterias de lítio sem o aval da Anac sofreu um incêndio interno. A aeronave precisou realizar um pouso de emergência no aeroporto de Guarulhos.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) ainda está investigando o incidente, mas há indícios que apontam que o incêndio foi provocado pela carga, altamente inflamável.

A Anac estabeleceu regras para o transporte de baterias de lítio e outros materiais perigosos e inflamáveis em 2016. Desde então, sucessivos diretores dos Correios vêm descumprindo a normativa.

O transporte de mala postal dos Correios é protegido por sigilo. Os Correios entregam a mala postal fechada, embalada e paletizada — e as empresas aéreas não têm autonomia para abrir e inspecionar se o conteúdo contém materiais perigosos.

Segundo as regras estabelecidas pela Anac, é responsabilidade dos Correios fazer a verificação e alertar a empresa aérea sobre o conteúdo e a existência de materiais perigosos. O piloto tem autoridade para demandar a informação dos Correios e vetar o transporte de artigo inapropriado, mas o que acontece é que a empresa aérea apenas recebe a mala postal e põe dentro do avião.

Total e Sideral são certificadas para o transporte de materiais perigosos, mas elas precisam saber as características e quantidades dos produtos que estão transportando para adotar os procedimentos cabíveis — e excluir aqueles que são proibidos.

Há uma década a Anac tenta fazer com que os Correios atuem em conformidade com as normas. Após o acidente de novembro do ano passado, houve denúncias sobre a existência de um ofício da diretoria dos Correios liberando o transporte de baterias de íon de lítio pela via aérea, quando o mesmo deve ser feito por via terrestre.

Em dezembro, foram estabelecidas uma série de medidas cautelares para adequação dos padrões de segurança para evitar que a operação seja interrompida — mas elas foram apenas parcialmente atendidas pelos Correios e pelas empresas. A suspensão da operação a partir do dia 4 pode ser revertida caso haja a adequação.

Procurados, os Correios não responderam até a publicação. A Anac não quis comentar.

Coluna da Mariana Barbosa, do UOL

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Denúncia

ACREDITE SE QUISER: No Hospital Walfredo Gurgel faltam compressas cirúrgicas

Foto: Assecom-RN

O BLOGDOBG recebeu uma denúncia neste sábado (31) sobre a falta de compressas cirúrgicas estéreis no Hospital Walfredo Gurgel.

Estas compressas são projetadas para estancar sangramentos, absorvendo sangue, ou ainda líquidos e secreções.

A falta deste material compromete a segurança e a higiene durante a realização de cirurgias de emergência.

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Geral

STTU: um a cada 5 motociclistas em Natal circula sem habilitação

Foto: José Aldenir/Agora RN

Dados recentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) revelam que 20% dos condutores de motocicletas abordados nas blitzes deste mês de maio circulavam sem habilitação ou com documentação irregular, o que não só representa risco nas vias, como também gera um impacto direto e crescente sobre os serviços hospitalares da capital e do Rio Grande do Norte.

De acordo com Newton Filho, secretário adjunto de trânsito de Natal, nas fiscalizações realizadas em abril, 30% dos condutores abordados, ou seja, 297 motociclistas, apresentavam algum tipo de irregularidade, seja na documentação pessoal ou do veículo. Em maio, esse percentual caiu para 20%, com 198 registros, indicando que muitos motoristas correram para se regularizar após o aumento da fiscalização. Em cada mês, aproximadamente mil condutores passaram pelas fiscalizações. “É natural que, quando você aumenta a fiscalização, as pessoas busquem se regularizar. Isso mostra que a ação tem efeito positivo”, afirma o secretário.

O trabalho é uma força-tarefa que reúne a STTU, Detran/RN, CPRE e Polícia Rodoviária Federal (PRF), sob a recomendação do Ministério Público Estadual. O objetivo é reduzir os acidentes e aumentar a regularização dos condutores.

Números acendem alerta

Os dados da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal mostram que a região sul da cidade apresenta o maior número de sinistros, com a BR-101 liderando a série histórica. Em 2024, foram 103 acidentes com moto só no trecho da rodovia federal dentro da capital. A gravidade dos acidentes também vem aumentando, de acordo com os dados da STTU. Em 2021, foram 1.139 sinistros com moto e vítimas lesionadas. Em 2022, o número aumentou para 1.253 e, em 2024, chegou a 1.472. As estatísticas indicam ainda que os homens representam a maioria dos indivíduos lesionados em sinistros com motocicletas na cidade. O bairro de Lagoa Nova lidera o ranking entre as regiões da cidade com maior sinistralidade. Enquanto a sexta-feira aparece como o dia com maior número de sinistros, é a quarta-feira o dia em que os acidentes registram mais vítimas com lesões.

Segundo dados divulgados pelo Detran/RN em fevereiro, o Rio Grande do Norte contabiliza hoje mais motocicletas do que automóveis. Em números absolutos, a frota de motocicletas, motonetas e ciclomotores do estado conta com 680.948 veículos, enquanto a quantidade de automóveis cadastrados no sistema do Detran é de 668.460 veículos, ou seja, são 12.488 motocicletas, motonetas e ciclomotores a mais do que automóveis no Rio Grande do Norte. Na capital, esse equilíbrio ainda não se inverteu. Os automóveis representam 51,39% da frota, enquanto motocicletas, motonetas e ciclomotores correspondem a 28,30%.

Reportagem completa na Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. É o casamento perfeito, motociclistas sem habilitação e, moto com os documentos atrasados, sendo a amante, as motos sem qualquer tipo de documento, e assim, esses relacionamentos incestuosos seguem tranquilamente sem serem incomodados pelo poder público.

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Brasil

Hugo encomenda proposta de ajuste fiscal ao grupo da reforma administrativa

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encomendou ao deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) uma ampliação das discussões no grupo de trabalho sobre a reforma administrativa para incluir, também, medidas de ajuste fiscal e alternativas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O GT, criado oficialmente na quinta-feira (29), tem 45 dias de prazo para apresentar um relatório com propostas. Pedro Paulo foi escolhido como coordenador. Há 14 deputados no grupo.

“O Hugo [Motta] havia me ‘contratado’ para pensar a reforma administrativa. Nesta semana ele me ligou e disse que estava aditivando o contrato para tratar de medidas de ajuste fiscal”, afirmou Pedro Paulo.

Diante das reclamações do setor privado sobre a alta do IOF e do amplo apoio de frentes parlamentares à derrubada do decreto, Motta deu 10 dias para o governo apresentar alternativas. Caso contrário, ameaça colocar em votação os projetos que cancelam o aumento do imposto.

O coordenador diz que avalia três possibilidades de medidas fiscais:

  • Corte horizontal de gasto tributário, da ordem 10%, pegando todos os setores que recebem algum incentivo fiscal — para evitar um duelo entre “ganhadores e perdedores”;
  • Desvinculação do salário mínimo para aposentadorias, pensões e benefícios sociais;
  • Desvinculação das despesas de saúde e educação, que hoje obedecem a uma proporção da receita corrente líquida, crescendo acima do máximo permitido pelo arcabouço fiscal (2,5%) para todas as demais despesas.

Conforme antecipou o deputado, em entrevista à CNN, sua ideia de reforma administrativa não coloca em xeque a estabilidade dos servidores públicos.

Ele tem simpatia por contratações temporárias, para determinadas áreas, e por metas coletivas que possam gerar bônus (14º salário) para servidores  caso sejam alcançadas — assim como parâmetros individuais para funcionários em cargos estratégicos e/ou no topo da carreira.

A possibilidade de introduzir medidas fiscais no relatório final do GT, que seria convertido em projeto de lei ou proposta de emenda constitucional, foi aventada por Pedro Paulo em entrevista ao jornal O Globo.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, reagiu nas redes sociais. “Recebi com surpresa a entrevista do deputado Pedro Paulo sobre a possibilidade de discutir desvinculação de benefícios previdenciários e dos pisos de saúde e educação no GT”, disse a ministra.

Conforme antecipou o deputado, em entrevista à CNN, sua ideia de reforma administrativa não coloca em xeque a estabilidade dos servidores públicos.

Ele tem simpatia por contratações temporárias, para determinadas áreas, e por metas coletivas que possam gerar bônus (14º salário) para servidores caso sejam alcançadas — assim como parâmetros individuais para funcionários em cargos estratégicos e/ou no topo da carreira.

A possibilidade de introduzir medidas fiscais no relatório final do GT, que seria convertido em projeto de lei ou proposta de emenda constitucional, foi aventada por Pedro Paulo em entrevista ao jornal O Globo.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, reagiu nas redes sociais. “Recebi com surpresa a entrevista do deputado Pedro Paulo sobre a possibilidade de discutir desvinculação de benefícios previdenciários e dos pisos de saúde e educação no GT”, disse a ministra.

CNN

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Trânsito

Confira pontos de bloqueios no trânsito durante o início do São João de Natal

Foto: reprodução

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), definiu a operação especial de trânsito para cobrir o São João de Natal. A intervenção tem como objetivo garantir segurança e fluidez no entorno dos principais polos juninos da cidade.


Na Redinha, a operação teve início às 16h30 e seguirá até a meia-noite. Para organização do fluxo, a STTU realizará bloqueios viários com previsão de liberação às 01h do domingo 1º. Os bloqueios acontecerão nos seguintes pontos:

• Rua Conselheiro Tristão com Rua Tenente Everaldo Borges de Moura
• Rua Tenente Everaldo Borges de Moura com Rua Francisco Ivo
• Rotatória da Rua Francisco Ivo

A programação do evento se estenderá até o dia 29 de junho, com atividades distribuídas por diferentes regiões da cidade. Além da Zona Norte, os polos de festividades incluem a Arena das Dunas, na Zona Sul, e a Cidade da Esperança, na Zona Oeste.

A STTU reforça que haverá plataformas de embarque e desembarque de aplicativos em locais estratégicos para facilitar o acesso e evitar congestionamentos. Confira os pontos por polo:

Polo Redinha (Avenida da Alegria)
• Plataforma: Av. da Alegria – Concentração do Trio – Redinha Clube
• Plataforma: Av. da Alegria – Posto Redinha
• Poligonal de restrição para veículos nos arredores do evento

Polo Arena das Dunas
• Plataforma: Top Pizza
• Plataforma: Após o Pittsburg
• Plataforma: Posto 30 de Setembro
• Plataforma: Sebrae
• Plataforma: Hotel Ibis
• Plataforma: Portão E1 da Arena das Dunas
• Poligonal de restrição para controle do fluxo de veículos

Polo Nélio Dias
• Plataforma: Polo Nélio Dias (zona Norte)
• Poligonal de restrição nas imediações da arena

A operação contará com o suporte de inspetores e agentes de mobilidade, além de patrulhamento com motocicletas, viaturas e supervisão técnica. A orientação da STTU é para que os cidadãos planejem seus deslocamentos com antecedência, utilizem os pontos oficiais de embarque/desembarque e sigam as orientações dos agentes para uma experiência mais segura e tranquila.

Mais informações estão disponíveis pelos números: 156, (84) 3232-1003, 3232-9105, 3232-9107 ou (84) 9 8870-3862 (WhatsApp).

Agora RN

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Brasil

Dinheiro vivo: PF identifica “carregador de malas” do Careca do INSS

Foto: reprodução

Um sócio do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, é apontado pela Polícia Federal (PF) como uma figura central para o transporte de dinheiro do esquema bilionário de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Rubens Oliveira Costa é descrito no inquérito como “facilitador” e “intermediário” de Antunes (foto em destaque), considerado um dos principais operadores da farra dos descontos indevidos do INSS.

Segundo a PF, Costa atuava para que os valores desviados no esquema chegassem a seus destinatários finais, além de agir na lavagem de dinheiro para ocultar os recursos de origem ilícita.

Ele atuaria para o Careca do INSS realizando saques em espécie e enviando dinheiro de propina a funcionários do INSS — três ex-dirigentes do órgão federal são suspeitos de terem recebido pagamentos do lobista.

Pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao operador receberam quase R$ 5 milhões de entidades associativas e empresas intermediárias ligadas às fraudes no INSS.

O operador do operador

  • Rubens Oliveira Costa era sócio do Careca do INSS na empresa Brasília Consultoria Empresarial, mas atuava ou tinha ligações com outras empresas citadas na investigação da PF, como Prospect, que recebeu mais de R$ 13 milhões de duas entidades da farra do INSS.
  • O relatório aponta que ele sacou R$ 949 mil em espécie e fez provisionamentos (reservas de valores para saque) de R$ 2,3 milhões relativo às contas de três empresas ligadas ao Careca do INSS.
  • Os valores movimentados por Costa, segundo a PF, ultrapassam sua capacidade financeira declarada – o fluxo financeiro dele era 10 vezes superior ao declarado.
    “Parte dos créditos recebidos tem origem direta em fundos de seguridade social, com posterior dispersão para empresas sob controle direto ou indireto de Rubens, indicando desvio de recursos públicos”, afirma o relatório.
  • De acordo com a investigação, ele atua como sócio e administrador de empresas usadas para ocultação e circulação de dinheiro vindo de fraudes via associações que celebraram acordos com o INSS.
  • “Rubens foi identificado como figura central em operações financeiras suspeitas, desempenhando o papel de facilitador financeiro, sendo responsável por movimentações de valores expressivos entre pessoas físicas, jurídicas e entidades sob investigação”, diz a PF.

Pagamentos a diretores do INSS

A investigação aponta que por meio da Prospect e da empresa ACCA Consultoria Empresarial, Costa direcionou valores suspeitos para Eric Douglas Martins Fidelis, filho de André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, “fortalecendo o esquema de lavagem de dinheiro”.

“A aquisição de um apartamento em Brasília por R$ 700.000, pago integralmente à vista, assim como a compra de um terreno comercial em São Paulo por R$ 1.200.000 confirmam o papel de Eric e Paulo Fidelis como beneficiário final ao consolidar patrimônio”, diz o material.

Costa também é apontado como o responsável por direcionar valores a outros ex-diretores do INSS. Empresas do esquema foram usadas para transferir recursos a Thaisa Hoffmann Jonasson e Virgilio Oliveira Filho, procurador-geral do INSS afastado por decisão judicial.

A polícia cita que a empresa Curitiba Consultoria em Serviços Médicos S/A, em que Thaisa é sócia com Rubens, foi uma das maiores receptoras e movimentou mais de R$ 10 milhões no período investigado.

Além disso, Oliveira Filho adquiriu diversos imóveis com dinheiro em espécie –aquisições que somaram mais de R$ 6 milhões, “confirmando seu papel de beneficiário final ao consolidar patrimônio”.

O operador financeiro do Careca do INSS também aparece conectado com outro ex-diretor do INSS, Alexandre Guimarães — ambos são sócios da Vênus Consultoria e Assessoria Empresarial, cujo email é o mesmo da Prospect.

Metrópoles 

Opinião dos leitores

  1. Cada dia fica mais escandalosa esse rombo do INSS , a verdade é que o país tem que passar a limpo essa crueldade que estão fazendo com idosos. Não adianta mostrar nomes e números sem apresentar resultados efetivos , devolução dos valores roubados com juros e correção monetárias aos idosos prejudicados. Precisa aprofundar a distribuição do dinheiro roubado, incluindo as pseudos entidades sindicais seus responsáveis e os possíveis parlamentares que receberam esse dinheiro roubados dos aposentados. A impunidade Brasileira é vergonhosa!

  2. Só nos governos petistas que vimos dinheiro em malas, dinheiro em cuecas, dinheiro em caixas de papelão lotando apartamento e muito mais

    1. tem que fechar, lacrar essas associações que sr dizem cuidardos interesses dos aposentados, que na verdade só queriam o dinheirinho deles,bande de crápulas.

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Brasil

Durou 8 minutos: Moraes e PGR não fizeram perguntas a Tarcísio

Foto: Divulgação/Cleiby Trevisan

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prestou um breve depoimento de apenas oito minutos como testemunha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento, realizado de forma virtual, foi considerado significativo tanto para Bolsonaro quanto para o próprio Tarcísio

Um aspecto notável do depoimento foi a ausência de questionamentos por parte do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa falta de intervenção foi interpretada como um resultado positivo para o governador, especialmente considerando que em outros depoimentos, Moraes tem sido conhecido por adotar uma postura mais incisiva com as testemunhas.

Durante seu testemunho, Tarcísio de Freitas manteve a narrativa que já vinha apresentando publicamente. Ele afirmou que Bolsonaro estava “triste e resignado” após a derrota nas eleições e reiterou que nunca ouviu falar em tentativa de golpe ou qualquer medida antidemocrática.

CNN 

Opinião dos leitores

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