Política

Deputado José Dias diz que Fátima é mal educada, incompetente e não sabe ler porque nunca deu aula

Foto: Reprodução/ALRN

Na sessão desta quinta-feira (10), o deputado estadual José Dias (PSDB) voltou a falar no horário de líderes, sobre um tema que já havia debatido no grande expediente, quando fez críticas à governadora Fátima Bezerra (PT), pela forma como a Procuradoria Geral do Estado tratou o chefe da Nação, respondendo a um mandado de segurança do presidente Jair Bolsonaro, contra as medidas restritivas de vários governadores em seus estados, no combate aos efeitos da pandemia. O parlamentar defendeu o presidente e ressaltou que não está à vontade no partido ao qual está filiado, o PSDB, que não faz parte da base do governo federal.

Após a chefe do executivo potiguar ter utilizado as redes sociais para fazer uma retratação das declarações, José Dias afirmou que a governadora deveria afastar o servidor que escreveu o documento.

“Ela devia ter procurado (o servidor) e ter dito: ‘Olha, você não vai poder servir para fazer mais minhas petições’. E podia dizer: ‘Olha, já que eu não sei ler…’. Porque ela é uma professora, mas nunca deu aula. Talvez não saiba ler. Pelo menos uma peça jurídica ela não sabe ler, isso eu posso afirmar com toda certeza. Não sou jurista. Eu tenho a carteira da Ordem desde 1962, mas eu não digo que sou advogado. Jurista nem se fala. Mas eu sei ler alguma peça. Ela não sabe, porque não foi professora, nunca deu aula. Eu conheço desde o tempo do sindicalismo”, afirmou José Dias.

José Dias ainda questionou a humildade da governadora:

“Humildade não significa origem nem dinheiro. Ela nunca deu aula. É mal educada, incompetente. Porque uma pessoa que faz o que faz com o presidente da República, não interessa se é Bolsonaro, seja lá quem for, numa petição, num documento jurídico oficial, isso é imperdoável. Está havendo repercussão na imprensa nacional. Se a imprensa nacional não tivesse lado, partido, era muito pior para ela”, finalizou.

Com acréscimo do Portal Grande Ponto

Opinião dos leitores

  1. Já que você sabe ler, explique, ao povo potiguar, porque seus bens estão indisponíveis.

  2. Essa pequeníssima criatura vai passar todo esse governo procurando o que falar da governadora ao invés de ir trabalhar. Criatura cresça para aparecer.

    1. Esse cara é o mais preparado na política potiguar, só isso imbecil.

    2. Aproveita e diz a governadora que vá trabalhar, já tá perto de terminar o terceiro ano de governo e nada, só sabe falar asneira.

  3. Já chega desses políticos profissionais . Espero que em 2022 aconteça mais uma grande faxina, e quem for incompetente, corrupto ou já tiver mamado muito nas tetas públicas (alguns há DÉCADAS) que seja retirado pelo voto popular. Seja lá quem for e de que partido for.

    1. Essa turminha do pão com mortadela e defensor da maconha não criam vergonha na cara e essa desgovernadora analfabeta que diz ser professora e que nunca apareceu um aluno dela, além de incompetente, analfabeta.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

CRISE FISCAL RN: “Governo está perdido”, diz deputado estadual José Dias

O deputado estadual José Dias(PSDB) não pretende participar do encontro de demais parlamentares da situação e oposição com a governadora Fátima Bezerra, na manhã desta quarta-feira(30), para discussão da situação fiscal do Rio Grande do Norte e medidas do Governo para votação na Assembleia Legislativa do RN.

Em destaque em reportagem na Tribuna do Norte, a fala do deputado, em resumo, avalia que “o governo está absolutamente perdido”, e que se somente “se houver algumas mudanças nas propostas, e ele apoia”, ao comentar com ceticismo as medidas da Poder Executivo para amenizar a crise fiscal do Estado.

Ainda segundo reportagem, o deputado diz que as propostas do governo devem ser no sentido de seguir a orientação do Tesouro Nacional, quando deixa claro que para ter ajuda federal será necessária o cumprimento da agenda. “Se não cumprir essa agenda, não há a menor hipótese”.

José Dias reforça ainda que o governo estadual precisa seguir a agenda da reforma previdenciária, desestatização e venda de ativos – assim como tem feito o governo federal.

Por fim, ao falar sobre a proposta do Poder Executivo da antecipação dos royalties, José Dias diz que “certo ou errado, alguma coisa tem de ser feita para amenizar o sofrimento do povo e dos servidores públicos, mas primeiro tem que arranjar o banco para financiar e depois ter o aval do Tesouro Nacional”, transparecendo que a intenção não é tão simples quanto a realidade do êxito.

 

Opinião dos leitores

  1. È esteve o tempo todo NA SITUAÇAO até o último momento do desastroso governo Robinson e sempre foi PMDB ai quando viu a lama que estava seu partido saiu para o PSDB FOI ? está bom assim mostra que há um pouco de sensatez e vai se abster pelo menos nao atrapalha nesse fim de carreira…!!!

  2. O Zé Dias esteve na situação em quase todos os governos. Não sabe lidar com oposição. Logo ele que é contrário ao radicalismo.

  3. O deputado deveria participar, opinar e cobrar um plano de ação objetivo e pontual, com medidas que, efetivamente, alterem nosso cenário fiscal atual. Fazer oposição, por oposição, simplesmente não dá mais, esse tipo de parlamentar não é útil pra nimguém!!!!

    1. Ivan, não é exatamente isso que a esquerda faz? Oposição pelo fato de ter perdido as boquinhas? O PT não vota em Rodrigo Maia, para presidente da câmara, pq o PSL resolveu apoiar.

  4. As medidas até agora anunciadas pelo governo de Fátima não possuem efetividade contra a crise financeira do RN. São necessárias medidas bem mais robustas como, por exemplo, se desfazer da UERN e vender suas dependências, vender os ativos do estado, atrair mais empresas para gerar emprego, renda e impostos, repassar as operações da Petrobrás no RN para a iniciativa privada, articular a vinda de novos grupos e evitar que a legislação ambiental venha a emperrar a atividade econômica no estado. São necessárias atitudes concretas, eficazes. Discursos políticos não irão tirar o RN dessa crise.

    1. Ceará-Mundão, você não acha injusto uma universidade ser sacrificada por consequência das asneiras e incompetências de gestores e governadores deste estado?! Será que o problema deste estado é a UERN? Um indivíduo que tem como principal argumento a extinção de uma universidade pública como a panaceia para a crise fiscal e financeira do estado, não merece nenhum respeito, assim como também não merece os Maias, os Alves, os Rosados e os Faria…

    2. Ô Bruno, o ensino superior não é obrigação dos estados. Por outra, o RN é um estado pobre, que enfrenta dificuldades financeiras já faz tempo. Nesse contexto, não vejo qualquer justificativa para que continue a sustentar uma universidade pública, que custa caro a um estado já "quebrado". Por fim, não creio que apenas tal medida fosse suficiente para sanar a crise. Meu comentário cita outras medidas.

    3. Esqueci de citar também a privatização da CAERN e da Potigás, dentre várias outras medidas que reputo importantes.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Gesane Marinho rebate José Dias

O Blog do BG entrou em contato com a deputada Gesane Marinho para saber de sua opinião sobre a nota, enviada a este blog, do deputado estadual José Dias.

Gesane disse ao blog que fica muito triste com este tipo de declaração, pois o próprio José Dias é testemunha de que, desde a formação do partido, em 2011, ela sempre foi fiel ao PSD e de que as dificuldades que apareceram foram em razão de a eleição proporcional para deputado estadual não ter sido observada com atenção pelo partido. Desde o início, os dois foram os únicos deputados a acompanhar o projeto de Robinson Faria.

A parlamentar também falou que as insinuações do colega de plenário sobre os “métodos do PMDB” vão em desencontro ao fato de que a maior penalizada com a falta de atenção do PSD foi a própria Gesane, que deixa de disputar a reeleição para a qual já vinha trabalhando.

Opinião dos leitores

  1. Zé Dias está com raiva porque ele contava com os votos de Gesane pra ajudar na eleição dele. Agora fica mais difícil a situação do deputado que devia soltar os cachorros em cima do PT e de Robinson e não da deputada que não quer bater esteira pra ele.

  2. A raiva de Zé Dias é porque não tem nenhuma saída, como Gesane, que vai eleger o irmão pelo PMDB. Zé Dias vai lançar quem? Ficou no prejuízo e agora esperneia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Deputado José Dias é o relator do OGE 2014

Na condição de relator do Orçamento Geral do Estado de 2014, o deputado José Dias (PSD) apresentou, na sessão desta quarta-feira (16), um calendário com os prazos para apresentação de emendas, deliberação na Comissão de Finanças e Fiscalização – onde a matéria se encontra, atualmente -, e votação no Plenário da Casa. “Teremos 21 dias para examinar o Orçamento. Espero que não tenhamos atropelos e atrasos na entrega das emendas”, disse o relator.

José Dias estabeleceu que os deputados devem apresentar as alterações ao OGE até o dia seis de novembro. O relatório deverá ser apresentado no dia dois de dezembro e o prazo final para que a Comissão de Finanças e Fiscalização dê seu parecer é quatro de dezembro. Para a deliberação no Plenário da Casa, o prazo final, segundo o Regimento Interno, é 15 de dezembro.

A peça orçamentária prevê como deverão ser investidos os R$ 11.936.828.000,00 pelo Governo, nas diversas áreas da Administração estadual. Do total que será investido pela Administração, R$8.717.705.000,00 correspondem a recursos do Tesouro Estadual e R$3.219.123.000,00 provém de outras fontes. De acordo com o texto do Orçamento, as despesas públicas foram fixadas observando as prioridades estabelecidas na LDO de 2014, a receita prevista, a evolução das despesas de custeio de cada um dos Órgãos e setores da Administração, a projeção da folha de pessoal com base no mês de junho, entre outros fatores impactantes nas despesas orçamentárias e no equilíbrio das contas públicas.

Dentre as despesas correntes, destaca-se a despesa com pessoal e encargos sociais, no montante de R$6.264.199.000,00 que serão financiados com recursos do Tesouro Estadual, complementados com recursos diretamente arrecadados por entidades da Administração Pública Indireta do Estado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

José Dias e Mineiro criticam novamente os gastos do Governo do RN

O relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que trata da prestação de contas do governo referente ao ano de 2011 voltou a ser criticado na Assembleia Legislativa. Para o deputado José Dias (PSD) o decreto de emergência na área da saúde é uma manobra para desviar o foco dos gastos do governo.

“Esse assunto deveria ter ou ter tido uma repercussão maior pois trata da vida do Estado e da vida do povo do Rio Grande do Norte. É preciso levantar para o opinião pública alguns pontos. Um deles é o abuso das suplementações. Que em 2011, segundo o relatório, superaram R$ 1 bilhão, que representa mais de 14% do orçamento previsto”. O deputado também criticou os gastos com publicidade, que somaram R$ 16,8 milhões, “Falta sensibilidade do governo em cuidar das coisas que são fundamentais”, afirmou.

O deputado Fernando Mineiro (PT) destacou que o investimento na área de saúde foi inferior ao valor destinado à publicidade, cerca de R$ 11 milhões. “O próximo relatório será pior. Só neste ano o governo deve investir R$ 18 milhões. Até agora R$ 11 milhões já foram pagos, enquanto isso, o Governo do Estado investiu pouco mais de R$ 4 milhões ”, disse.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

José Dias afirma que o governo tira recursos da saúde para a Copa

Homem culto, religioso e atencioso com as pessoas, mas nem por isso tímido ou receoso na tomada de suas posições no parlamento, o deputado estadual José Dias (PSD), em entrevista ao O Poti, lamentou o comportamento histórico do brasileiro de conviver com as mazelas nos desvios dos recursos públicos. Na entrevista, o deputado foi instigado a falar sobre política nacional – a corrupção desenfreada nos três Poderes da Repúblicas, a impunidade como fator estimulante para os malfeitos – e, claro, da administração estadual, de quem foi aliado no início do governo Rosalba Ciarlini. Segundo José Dias, as pesquisas de opinião mostrando um percentual muito alto de rejeição da administração da governadora Rosalba Ciarlini refletem a realidade,”que acho que é ainda pior do que o que o povo está vendo. O governo, sob o ponto de vista político e administrativo, é um fracasso absoluto, eu confesso que, sob o ponto de vista político, eu nunca vi uma tragédia tão grande”. Dias também disse que os recursos aplicados na construção da Arena das Dunas estão sendo tirados da alimentação destinada aos hospitais, da segurança pública e para o desenvolvimento econômico do RN.

O país vive hoje com denúncias de corrupção atingindo os três poderes da República. Como cidadão e como homem público, como é que o senhor vê esse quadro?

Eu vejo que nós estamos vivendo um momento diferente. Infelizmente, nós temos que constatar que o que está ocorrendo no Brasil, em profundidade, não é uma coisa inédita. Nós temos, infelizmente, um comportamento histórico de convivência com essas mazelas na gestão dos recursos públicos, com a corrupção. O que o momento atual está expondo são as vísceras dessa situação e isso nós devemos, vamos dizer assim, a uma abertura da informação. Há uma fiscalização, hoje permanente, exercida pela imprensa e pela própria cidadania. O que, aí sim, a gente pode ver como um fator positivo. Talvez seja o caminho, o remédio para a cura desse mal que é histórico. O que nós temos, também, um pouco agravado é a exacerbação da “caça às bruxas” que, em certo sentido, também é perigoso, é negativo. O fato de nós sabermos, reconhecermos, de procurar resolver esse problema de corrupção no Brasil não nos dá a liberdade para crucificar previamente as pessoas. Até porque a crucificação não deve ser nem a posteriori e nós estamos tentando fazer previamente, eu acho que esse caminho, esse atalho é a única coisa perigosa que eu vejo nesse episódio. Agora, sei que o Brasil será diferente.

Essa infecção generalizada nos intestinos dos Poderes da República preocupa ao ponto de se temer pela estabilidade da democracia?

Eu acho que não, acho que nós estamos construindo uma nova democracia, uma democracia diferente. Uma democracia que procura ser verdadeira, se vai chegar lá eu não sei. Mas procura ser verdadeira. Porque a democracia verdadeira é aquela democracia que respeita o direito do povo, e não há direito mais sagrado do que o povo saber que seu trabalho, seu esforço, está sendo respeitado. Por que o tributo que quando se estabelece a desonestidade, o roubo é em cima do que? Do trabalho do povo, do tributo. E também, claro, que a gente tem que admitir que não apenas os “agentes públicos”, políticos, são responsáveis pelo que acontece de mal nesse país, a sociedade como um todo está contaminada. Aí é que eu acho que esse esforço tem que ser bem mais profundo, não se mata o mal apenas resolvendo o problema no âmbito da coisa pública, se resolve no âmbito da devida proporção.

A impunidade não é um estimulante para a corrupção que está se vendo aí todo dia?

Claro que sim! E eu acho que o caldo de cultura de tudo isso que nós estamos vendo aflorar é exatamente a impunidade. Se o que está se pensando fazer hoje, a sociedade tentando fazer hoje, tivesse acontecido no passado, nós estaríamos vivendo uma situação diferente. Eu não vejo de outra forma, a natureza humana tem tendências, e fortíssimas, a estabelecer privilégios, vantagens, acomodações, benefícios. Isso só pode ser coibido se nós tivermos a consciência de que esse benefício tem que ter um limite, que é o direito dos outros.

Mas o senhor não acha que o legislador brasileiro tem um percentual de culpa nessa impunidade, uma vez que elenão está preocupado em fazer leis que punam efetivamente quem comete os malfeitos?

Eu acho que a legislação brasileira, nesse aspecto, ela não peca em quase nada, falta apenas a pena de morte. A legislação brasileira, nesse aspecto, – vamos dizer assim – é efetiva. Ela tem que se adaptar aos tempos, até porque nós não podemos pensar numa norma eterna. Norma eterna é aquela que foi dada por Deus a Moisés. Fora os Dez Mandamentos, as outras leis são leis fadadas a se atualizar. A norma em si ela não se aplica, quem aplica a norma são os homens. Então o que nós realmente precisamos é ter uma aplicação mais rápida e mais severa, no sentido de ser mais justa, isso sim. É preciso a própria sociedade se convencer que ela é também responsável pela aplicação das normas e dos costumes. Os Tribunais são responsáveis pela aplicação das normas escritas, das normas legais mas, uma sociedade que não tenha uma altoregulação, ela dificilmente terá sucesso.

O Judiciário tem culpa nisso por não dar maior agilidade na aplicação dessas leis?

Olha, ter, tem. Agora a culpa não é só do Judiciário, porque você não pode imaginar uma instituição absolutamente desconectada da sua sociedade. O Judiciário está num processo, que ele próprio é responsável, de modificação. Devo lembrar do grande esforço que o Judiciário está fazendo para melhorar os seus procedimentos, acelerar os julgamentos; existem no Brasil hoje, dentro do Judiciário, metas quantitativas a serem cumpridas exatamente para vencer esse problema da morosidade da implantação da Justiça. Então no sentido de que a coisa não funcionou com a presteza que era necessária, o Judiciário é culpado mas, a grande culpa, é de todos nós.

Por falar em Judiciário, vamos trazer o tema para o nível local. O senhor esperava algum dia ter conhecimento de malfeitos praticados dentro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, ao ponto do Superior Tribunal de Justiça determinar o afastamento sumário de três desembargadores?

O fato que você está levantando é inusitado, ninguém pode dizer que já viu porque não houve, se não houve a gente não viu, não é? Não viu. Eu não estou aqui entrando no julgamento do mérito até porque é uma questão que eu tenho muito cuidado. Conheço as pessoas e tenho delas um conceito muito bom, mas também não posso prejulgar defendendo nem acusando. Eu apenas me reservo ao meu direito como cidadão e, aqui eu apenas estou trabalhando, laborando como cidadão e, vamos dizer assim, viver a emoção de compreender as dificuldades que os amigos estão passando e sem, que eu também não sou julgador no caso, tomar uma posição dizendo quem está certo e quem está errado.

Nas suas caminhadas, nas suas andanças pelo interior, visitando as bases políticas, qual o sentimento do eleitor diante de tudo isso que está acontecendo no país?

Uma coisa que eu acho é que todo mundo é extremamente crítico, severo, punitivo em relação ao outro. Se você for por todo canto, todo mundo está aí com o chicote na mão mas, na intimidade das pessoas, a maioria hoje condena o outro mas eu não vejo um exercício muito explícito para mudar o seu próprio comportamento. Essa não é nem uma visão política, certo? É mais, vamos dizer assim, uma visão sociológica, certo? E até moral, eu confesso que, honestamente, eu queria ver o processo não apenas como ele está se realizando, com essa nossa capacidade enorme de nos indignarmos com o malfeito dos outros.

As pesquisas que têm sido divulgadas, este ano, para prefeito da capital também fazem uma avaliação da administração estadual. E essa avaliação não tem sido muito boa. Um ano e 4 meses da administração Rosalba Ciarlini, ela está com um índice negativo emtorno de 60%. Como é que o senhor vê isso?

– A pesquisa reflete, na minha visão, a realidade, que acho que é ainda pior do que o que o povo está vendo. O governo, sob o ponto de vista político e administrativo, é um fracasso absoluto, eu confesso que, sob o ponto de vista político, eu nunca vi uma tragédia tão grande. O governo, com um ano de vida, substituiu grande parte daqueles que o apoiaram, por aliados que foram seus adversários. Ficou apenas com o núcleo do DEM. Vamos exemplificar para facilitar a compreensão: expulsou o grupo que hoje está no PSD, por várias razões que acho que ainda não seja o tempo de revelar, razões políticas. O tempo vai revelando cada uma e vai se ver que foi um negócio extremamente imcompreensível. O próprio PMDB que apoiou o governo, e que era o PMDB que merecia administrar com o governo, está sofrendo contrariedades políticas sérias, e não foi só uma vez. Então, houve uma reviravolta. Será que aqueles que apoiaram o governo, que fizeram a campanha, são os que não merecem administrar com o governo?

O senhor acha que o PMDB está prestes a sair do governo?

– Eu confesso que o PMDB que apoiou o governo, pra mim não está no governo, porque para estar no governo ele deveria estar numa posição político-administrativa diferente. Agora o PMDB que combateu, aí eu não sei.

Há poucos dias o líder do governo na Assembleia Legislativa, Getúlio Rego, deu uma entrevista reconhecendo que falta diálogo do governo com o parlamento.

– Eu sou testemunha de quando eu estava na base do governo, nós não tínhamos uma diálogo construtivo, e isso foi demonstrado nas dificuldades que tivemos aqui na Assembleia. Pessoalmente, tenho de dizer o seguinte: tenho uma posição política definida contra o governo, mas o meu relacionamento quando era da base do governo era um relacionamento pessoal muito bom. Eu, mesmo com a minha divergência, espero que seja permanente enquanto durar o governo. A governadora não me levou a considerar o governo como um inimigo pessoal, as pessoas que fazem o governo, mas o relacionamento com a classe política foi sempre autoritário, extremamente autoritário, isso acredito até pelos relatos que tenho, exacerbou.

E no aspecto administrativo?

Esse também é extremamente doloroso. Você só tem uma obra que o governo está tocando e que é um perigo, mas um perigo iminente. É presente e iminente, que é o estádio Arena das Dunas. Ele tem um custo presente que é fabuloso, o Estado perdeu capacidade e visão para outras coisas que são permanentes, que são importantes e definitivas para o Estado. O estádio é uma obra que vai onerar por muitos anos o Rio Grande do Norte. Essa obra sairá, no barato, como se diz, acima dos R$ 500 milhões com um custo de manutenção incalculável. E olha que esses R$ 500 milhões serão, na sua grande parte, financiados, e os outros tirados da goela do povo. Aquilo que o governo está investindo, dizendo que é com recursos próprios, não é.

E de onde estão sendo tirados esses recursos?

São recursos dos remédios, é com recursos da alimentação que não vai para os hospitais, é com recursos que são retirados da segurança pública, de investimentos que são extremamente necessários para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O que o governo faz é sonhar, e sonhar de forma megalomaníaca. Em um ano de governo, a Assembleia já autorizou endividamento de mais de R$ 1 bilhão, é claro que esses investimentos não se concretizaram, até porque são megalomaníacos, mas isso prova exatamente que, não o sonho, mas talvez a quimera, um pesadelo que geralmente é maior do que a realidade.

E como o senhor classifica a capacidade racional do governo?

O governo aprovou aqui na Assembleia, e foi derrotado na primeira vez, uma fórmula que juridicamente era muito discutível, aqueles incentivos para importação sob o fundamento de que o Rio Grande do Norte precisava disso para viabilizar o seu porto. Eu até na época votei a favor com o seguinte argumento que está sendo concretizado: eu não sou advinho, acho que quanto mais a gente votasse no Estado esses benefícios, mais fácil eles cairiam, porqueessa é uma guerra fiscal profundamente danosa, pela própria natureza da guerra fiscal, e danosa porque ela é feita em cima da desindustrialização do Brasil. Você dar incentivo para produtos que são fabricados na China, é uma barbaridade, mas graças a Deus a profecia se concretizou mais rápido do que rapidamente, e a Comissão de Economia do Senado aprovou uma resolução que vai regulamentar, não de forma perfeita, mas pelo menos é menos desmantelada da forma como estava sendo feita.

Quer dizer, então, que o Proimport acabou?

O Proimport acabou, porque a norma passa a ser genérica para todos os estados. Graças a Deus acabou.

Mas o grande discurso do governo para dar emprego e desenvolver a nossa economia era o Proimport.

De qualquer forma, esse Proimport não teria essa relevância que se deu, até porque alguns estados se beneficiaram, saíram na frente, é a história do ovo de Colombo. Aqui no Rio Grande do Norte não teria essa importância que o governo propalava. O que há de negativo é você incentivar a importação de produtos externos, é gravíssimo, não que não devamos abrir o nosso mercado. O grande problema no Brasil, que aumenta a inflação, é essa distorção que vivemos, é exatamente uma política protecionista que não tem racionalidade, é populista, demagógica. Isso é verdade, é tanto verdade que uma das coisas mais esdrúxula que acho é a pessoa sair daqui do Brasil pra comprar produto fabricado aqui, em Miami, e tem gente mais endinheirada que vai comprar em Dubai. Mas em Miami e na Europa você tem pessoas que tiram a diferença das despesas, pelo menos das passagens, com a compra de produtos. A diferença é tão grande que a mesma compra que é permitida pela Receita Federal, já dá pra cobrir as despesas. Isso é um verdadeiro absurdo, você comprar uma coisa em um shopping nos Estados Unidos por 30% ou 40% do que compra aqui.

Um ano e quatro meses já se passaram, e ainda se justifica o governo enfocar a “herança maldita” como forma de se resguardar por não ter feito nada?

– O discurso, num primeiro momento, podiase justificar até para tomar providências, ele podia ser a alavanca para você criar um novo caminho, uma nova realidade. O discurso agora está sendo uma desculpa que não tem nenhuma razão de ser.

Qual é o grande projeto desse governo?

Não existe. A gente está tentando encontrar e não encontra. O único projeto não é a Copa do Mundo? Não tem outra coisa, todo o esforço do governo, do povo, é em cima de uma ilusão. Dois jogos de futebol como se isso fosse salvar a Pátria. Até a melhoria que diziam que viria para cidades da Copa, como Natal, esses efeitos estão sendo muito ineficientes e a gente nem consegue ver.

Mas sempre se disse que os recursos investidos nas obras da Copa iriam transformar Natal e a Grande Natal, com a realização de obras de mobilidade urbana. O senhor também pensa assim?

– Eu não concordo com isso. O próprio governo federal, numa audiência pública na Assembleia, através de um seu representante, disse que não havia nenhuma vinculação de uma coisa com a outra, e estou vendo que não tem. Nós não estamos vendo a coisa caminhar nesse sentido. Uma coisa que é emblemática, que é o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o governo federal fez alguma coisa a não ser vender? Até a pendência com as desapropriações ainda não foi resolvida, as obrigações que os governos estaduais e municipais têm com relação à infraestrutura, que vai permitir o funcionamento do aeroporto, existem providências reais e projetos? Eu não digo nem obras, digo projetos. Eles não existem. Existe muita conversa, essas coisas têm de ser mostradas, você não pode dizer que existem obras e não mostrar, essas coisas são materiais.

Qual será o seu papel nessas eleições?

– Confesso a você que o papel que todo político que detém um mandato, é corresponder a expectativa daqueles que o ajudaram. Eu estou aqui porque um grupo de pessoas trabalharam para que eu viesse, confiando na minha ação e eu tenho que corresponder. Espero que o meu partido tenha a oportunidade de fazer as opções mais certas e vamos trabalhar em favor dessas opções, eu quero pelo menos ter a consciência de que fui correto e leal com aqueles que foram corretos e leais comigo.

O senhor defende o lançamento de um candidato único das oposições, ao invés de três, como os que estão lançados?

– Natal não tem problema de ter um ou ene candidatos porque tem segundo turno, talvez até o fato de você ter mais de um candidato beneficie para que exista o segundo turno. Agora, quando não há o segundo turno eu acho uma barbaridade. Por exemplo, o problema de Mossoró. Eu acho uma barbaridade o PT ter candidato lá, porque o PT não tem a menor chance de eleger o seu candidato; é candidato pra que? Pra fixar posição política, talvez até pessoal? Isso, pra mim, é trair um projeto político consistente, mais amplo, de você ser governo, de você ter uma ideia, uma ideologia, que não seja apenas um benefício pessoal ou partidário.

Desses pré-candidatos a prefeito de Natal, quem é o mais forte hoje?

Dos que estão aí, acho que os mais fortes são dona Wilma e Carlos Eduardo, não tem a menor discussão. Se eles forem realmente candidatos, a eleição girará em torno desses dois nomes. A não ser os candidatos, acho que penso como quase 99% da população.

Fonte: O Poti

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

José Dias disputará Prefeitura do Natal no próximo ano

Do blog de Jurandi Santos

O PSD do vice-governador Robinson Faria, vai lançar o nome do deputado estadual José Dias, que recentemente deixou o quadro do PMDB para disputar a Prefeitura de Natal nas eleições do próximo ano.

O parlamentar pessedista confirmou hoje pela manhã na assembléia legislativa ao BLOG, que foi convidado pela direção do seu novo partido a concorrer ao Palácio Felipe Camarão, ainda que não tivesse feito a convocação, mas que sua tendência será acatar a sugestão partidária.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Empréstimo ainda vai render na Assembleia

O pedido de autorização para um empréstimo no valor de 540 milhões de dólares (quase 900 milhões de reais) que o Governo do Estado pretende obter do Banco Mundial promete render muita discussão na Assembleia Legislativa.

A mensagem da governadora Rosalba Ciarlini chegou à Assembleia com pedido de urgência. O governo tem maioria folgada na Casa, mas a discussão não vai ser a toque de caixa. A Oposição questiona o porquê de áreas como recursos hídricos não estarem contempladas pelos recursos que serão empregados no programa RN Sustentável.

O deputado Fernando Mineiro descobriu que quase 50 milhões de dólares, ou 9% do total, serão gastos com consultorias. Esquecida, a área de recursos hídricos é tocada pelo vice-governador e secretário Robinson Faria. A área da Agricultura, administrada pelo cunhado da governadora, o deputado licenciado Betinho Rosado, ficará com 23% dos recursos.

A concentração de recursos na Agricultura e o “esquecimento” de Recursos Hídricos levaram muita gente a pensar em razões de natureza política. A ponto de obrigar o vice-governador a emitir nota oficial em que desmente que a área de Recursos Hídricos tenha sido preterida e que ele esteja orientando deputados de sua confiança a questionar a destinação dos recursos do empréstimo internacional.

Bem, Robinson disse que é a favor do empréstimo nas condições apresentadas pelo governo. Diz também que não procedem as ilações sobre desavenças entre ele e a governadora e que  é tudo fruto da imaginação de “semeadores de intrigas”.

O fato é que o deputado José Dias, que está indo para o PSD de Robinson, já disse publicamente que vai querer discutir o empréstimo. E que é preciso rever a destinação dos recursos. E avisou que se for para aprovar do que jeito que o governo quer, a Assembleia não passará de um cartório.

Pra bom entendedor, meia palavra.

E não foi nenhum “semeador de intrigas” que inventou as declarações de José Dias, considerado um dos mais inteligentes, argutos e experientes deputados estaduais.

Vamos esperar pra ver o que vai acontecer na Assembleia.

Ou será que ela vai virar cartório, servindo apenas para registro de documentos?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *