As recentes disputas do WhatsApp com a Justiça brasileira –e que também afetaram sua empresa-mãe, o Facebook– envolvem principalmente questões de proteção à privacidade dos usuários, um dos maiores valores das grandes redes sociais. Não é à toa que as empresas que operam essas plataformas resistem aos pedidos judiciais, pois ceder a eles poderia abrir uma “caixa de Pandora” que afetaria até usuários que não tem nada a ver com a história.
No caso do WhatsApp, a Justiça pede a interceptação e a quebra de sigilo de dados de 36 usuários. Mas, como o processo corre em segredo judicial, não se sabe ao certo quais exatamente são os dados –nome, endereço, número de telefone, conversas– solicitados. O que se sabe é que eles seriam essenciais para a investigação de um crime organizado de tráfico de drogas interestadual que tem base na cidade de Lagarto (SE).
O WhatsApp afirma não ter as informações solicitadas pela Justiça brasileira e cita a criptografia do sistema para justificar a sua afirmação. Com a tecnologia, as mensagens são embaralhadas ao deixar o telefone da pessoa que as envia e só conseguem ser decodificadas no telefone de quem as recebe. Além disso, segundo a empresa, nenhuma mensagem é guardada em seus servidores e, mesmo que fossem, chegariam ao servidor do app codificadas.
Recentemente o app aprimorou sua segurança e concluiu o processo de criptografia de ponta a ponta, que assegura que somente você e a pessoa com que você está se comunicando podem ler o que é enviado. Para apresentar à Justiça os dados pedidos na investigação criminal em Lagarto, a equipe que gerencia o WhatsApp precisaria criar alguma tecnologia que desfizesse a criptografia e traduzisse qualquer mensagem que um dia foi enviada pelo app.
Entre empresas e a Justiça ficam os usuários, que nem sempre sabem direito como os aplicativos que utilizam se apropriam (ou não) de seus dados pessoais, ou como esses são utilizados e/ou protegidos. Veja abaixo o que diz as políticas de privacidade de cinco das redes sociais mais utilizadas pelos brasileiros atualmente. VEJA AQUI em texto na íntegra
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