Política

Após decisão do STF, entenda os caminhos para que Eduardo Cunha deixe de ser inelegível e se candidate à Câmara

Foto: FABIANO ROCHA / Agência O Globo

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de mandar para a Justiça Eleitoral a acusação da Operação Lava-Jato contra o ex-deputado federal Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara teve sua condenação em segunda instância anulada. O veredito da Corte abriu caminho para que o ex-parlamentar se aproxime de seu objetivo de se candidatar à Casa nas eleições do ano que vem. Com a anulação, Cunha agora tem duas condenações em primeira instância; isto é, ele não está mais enquadrado na Lei da Ficha Limpa. No entanto, continua inelegível por ter perdido seus direitos políticos ao ter seu mandado cassado em 2016.

Nos últimos meses, desde que teve sua prisão domiciliar revogada, o ex-deputado tem trabalhado para conseguir voltar à cena política. Os esforços incluem encontros frequentes com advogados afim de recuperar seus direitos políticos e poder se candidatar a uma vaga na Câmara por São Paulo. A decisão do Supremo na terça-feira é um resultado positivo desses esforços.

O julgamento do STF de ontem era referente à condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que penalizou Cunha a 14 anos e 6 meses de prisão. Ao ordenar que o caso vá para Justiça Eleitoral, a Corte acolheu a tese da defesa de que o ex-juiz Sergio Moro não tinha competência para julgar o ex-deputado. Isso porque entre as denúncias de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, havia também a acusação de crime eleitoral — o que obrigava o caso a ser transferido para a justiça especial.

Na época, Moro alegou que o crime de falsidade ideológica eleitoral era absorvido dentro da denúncia de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que manteve o processo com ele. Agora, com a decisão do STF, o caso vai para a primeira instância da Justiça Eleitoral do Rio, que vai avaliar se mantém os atos praticados pelo ex-juiz.

A estratégia da defesa do ex-presidente da Câmara é alegar que Moro foi suspeito ao julgar Cunha e manipulou o processo. A tática se assemelha a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recuperou seus direitos políticos este ano após o STF anular suas condenações e, depois, julgar a suspeição do ex-juiz nos casos envolvendo o petista.

Porém, há uma grande diferença entre o caso do ex-mandatário e do presidente da Câmara que deu seguimento ao impeachment de Dilma Roussef: Lula era inelegível apenas por ter condenação em segunda instância, enquanto Cunha também perdeu seus direitos políticos ao ser cassado.

A cassação do ex-deputado ocorreu em setembro de 2016, pouco depois da ex-presidente petista ter sido retirada do cargo. A anulação do mandato de Cunha se deu por quebra de decoro parlamentar, após a Câmara julgar que ele mentiu à CPI da Petrobras ao negar em depoimento que era titular de contas no exterior. Com isso, perdeu seus direitos políticos por oito anos contados a partir do fim daquela legislatura (até 2026).

Para reverter o cenário a seu favor, Cunha se baseia nos casos dos ex-senadores Demóstenes Torres e Delcídio do Amaral, que também foram cassados, mas conseguiram anular suas condenações na Justiça.

— Estamos questionando em várias ações ainda sem decisão. Mas existem precedentes como a situação de Demóstenes e Delcidio. Haverá tempo ainda para decidir isso. As teses estão sendo colocadas em ações próprias e não tenho mais detalhes no momento para passar — disse Cunha ao GLOBO.

No caso de Demóstenes, ele conseguiu recuperar seus direitos políticos após ter sido cassado em 2012 ao ser acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em 2018, no entanto, o STF permitiu que ele disputasse a eleição ao considerar que as provas que embasavam sua cassação foram anuladas na Justiça. O ex-senador, no entanto, não conseguiu se eleger deputado federal naquele ano e acabou se aposentando da vida política.

Delcídio também conseguiu autorização para se candidatar em 2018. No entanto, não conseguiu se eleger ao Senado por Mato Grosso do Sul.

Outro empecilho para a candidatura de Cunha em 2022 é condenações que tem primeira instância e as dezenas de processos no qual ele é investigado. Até a decisão do STF de ontem, o ex-deputada acumulava uma pena de 55 anos e três meses de prisão. Ele foi condenado, em 2018, pela 10ª Vara Federal de Brasília a 24 anos e dez meses pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional no processo que apurou desvios de dinheiro do Fundo de Investimento (FI) do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

No ano passado, Cunha teve sua segunda condenação no âmbito da operação Lava-Jato, pela 13ª Vara Federal do Paraná. Ele foi condenado a 15 a 11 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ambos os casos aguardam recursos e serão julgados em segunda instância.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Será que o STF vai soltar e inocentar todos os bandidos que foram condenados e segunda instância, isso é uma tapa na cara do cidadão de bem que cumpre todos os seus deveres perante a lei.

  2. O senhor Eduardo Cunha foi um dos maiores galados dentre os maiores galados da política contemporânea brasileira.

  3. Nesse Brasil enorme, lindo, cheio de riquezas, temos que conviver com essas coisas, meu pai dizia “Porteira que passa um boi, passa uma boiada”, interessante é a celeridade com que essas coisas ocorrem, sabemos que nos CDPs da vida, onde um ministro jamais irá, existem pessoas que estão presas por embriaguez, outros nem sabe a razão, outros por desespero, erros banais, para esses desafortunados, a justiça não chega nunca. Senhor Téo, vc está com mais completa razão, triste verificar que cadeia só serve para pobre.

  4. Justiça Eleitoral tem que acabar. Esta jabuticaba só existe no Brasil. Muito dinheiro jogado fora para inocentar corruptos.

    1. 4 bi por ano.
      Que tenha eleições ou não.
      Esse é o tamanho da farra as nossas custas.
      Vergonha.

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Judiciário

Operação investiga Cunha por denúncia envolvendo combustível de aviação

Foto: Divulgação

Membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) cumprem, nesta quarta-feira (3), 20 mandados de busca e apreensão contra um esquema de propina que tinha o objetivo de reduzir impostos em combustíveis de aviação na capital federal. Um dos alvos é o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

A Operação Antonov é realizada em 4 estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás – e no DF. Ela investiga crimes praticados entre 2012 e 2014 relacionados ao pagamento de propina direcionada a Nelson Tadeu Filippelli (então vice-governador do Distrito Federal) e a Eduardo Cunha (então deputado federal), “visando alteração legislativa distrital para redução de alíquota de ICMS para querosene de avião”, informou o MPDFT.

Após a tramitação legislativa do projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, ele foi convertido na Lei Distrital nº 5.095, de 8 de abril de 2013, que alterou a Lei nº 1.254/96 para, na prática, reduzir a alíquota do ICMS do querosene de aviação civil de 25% para 12%.

Segundo as investigações, há indícios de pagamento de propina por parte das companhias aéreas Gol e TAM.

A investigação ocorreu a partir de um acordo de delação premiada estabelecido entre o Ministério Público Federal e o operador Lucio Bolonha Funaro. Um dos endereços alvos da ação desta quarta é a casa de Cunha, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

O nome da operação faz referência ao Antonov NA-225, o maior avião cargueiro de asa fixa do mundo, com capacidade para mais de 360 mil kg de querosene de aviação.

A Operação Antonov conta com o apoio dos Gaecos de SP, RJ, ES e GO, do Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI/MPDFT), da Polícia Civil do DF (Cecor/DF) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ.

Como Cunha e Filippelli teriam recebido a propina

Cunha teria recebido propina por meio da empresa C3 Atividades de Internet Ltda., administrada pela mulher dele, Cláudia Cordeiro Cruz, ou por meio de transferências a companhias ligadas a Funaro. Este teria utilizado os serviços dos doleiros Cláudio (“Tony”), Vinicius (“Juca Bala”) e Carlos (“Tyson”) para fazer com que o dinheiro chegasse ao político. Tony e Juca Bala foram presos na Operação Lava Jato.

Já Filippelli teria recebido as vantagens indevidas com a ajuda do operador Afrânio Roberto de Souza Filho, por meio da empresa Objetiva Consultoria e Participações Ltda., administrada por Afrânio Filho e o filho dele, Afrânio Neto.

As investigações apontam que Filippelli teria utilizado parte da propina para comprar imóveis comerciais na cidade de Taguatinga (DF). Acredita-se que, posteriormente, eles foram usados pelo investigado para “integralizar o capital social da empresa Lanciano Investimentos e Participações S/A, administrada por sua então esposa Célia Maria Pereira Ervilha Filippelli”, informou o MPDF.

Informações preliminares apontam ainda que o empresário da Gol Henrique Constantino teria participado do esquema, pagando propina a Cunha para que este conseguisse a liberação de empréstimo na Caixa Econômica Federal e a desoneração da folha de pagamento dos empregados do setor aéreo e rodoviário, pontos de interesse da companhia aérea.

Outro lado

Nota de Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Délio Lins e Silva, advogados de Cunha:

“A operação de hoje é um retorno ao famigerado período das pirotecnias acusatórias. Não há dúvida de que se trata de algo fabricado politicamente, com o intuito de retaliar, de forma injusta, alguém que vem cumprindo rigorosamente todas as condições que lhe foram impostas pela Justiça ao conceder a prisão domiciliar. Não se buscou nem mesmo disfarçar tamanha ilegalidade. Os próprios investigadores confessam que os fatos, os quais não guardam qualquer relação com Eduardo Cunha, são antigos, não passam de 2014. A defesa do ex-deputado confia nas instâncias superiores do Poder Judiciário para corrigir tamanha ilegalidade.”

A reportagem tentou contato com Filippelli, mas ainda não teve retorno.

A Gol declarou que não tem conhecimento sobre a operação.

Nota da Latam:

“A Latam não tem informações sobre esta investigação. A empresa irá colaborar com as autoridades competentes.”

CNN Brasil

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Diversos

Revelações do livro de Cunha sobre bastidores do impeachment de Dilma diz que Temer foi ‘o mais atuante’, e que ele ‘quis’ e disputou a Presidência ‘de forma indireta’

Foto: Vagner Rosario/VEJA

Na antevéspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, em 2015, uma reunião secreta na sala do apartamento do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), no 9º andar de um prédio de luxo de frente para a praia de São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, definiu os rumos da história recente do país. Na manhã daquele sábado ensolarado, quatro políticos — além do anfitrião Maia, o então poderosíssimo presidente da Câmara, Eduar­do Cunha (PMDB-RJ), Carlos Sampaio, à época líder do PSDB na Casa, e o também tucano Bruno Araújo, o atual presidente nacional da legenda — acertaram como encaminhariam os procedimentos que resultaram, dez meses depois, no impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os detalhes da trama desenhada pelo quarteto, em meio a goles de café e água, estão no livro-bomba Tchau Querida, o Diário do Impeachment, de 740 páginas, escrito por Cunha, hoje um político em desgraça, cassado, condenado a catorze anos e seis meses de cadeia e cumprindo prisão domiciliar. VEJA teve acesso a trechos do livro do ex-deputado, que acaba de fechar contrato de publicação com a editora Matrix, com lançamento previsto para abril.

Na narrativa em primeira pessoa, escrita em parceria com a filha mais velha, Danielle, Eduardo Cunha, de 62 anos, reconstitui as articulações nos bastidores para o afastamento definitivo de Dilma na época em que, graças a uma intrincada rede de troca de favores, tinha na palma da mão os rumos das votações na Câmara. Uma de suas revelações se refere ao papel, que ele afirma ter sido decisivo e francamente oportunista, do então vice-­presidente Michel Temer. “Não foi apenas o destino ou a previsão constitucional que fizeram Michel Temer presidente da República. Ele simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta. Ele fez a ‘escolha’ ”, relata Cunha. “Foi, sim, o militante mais atuante. Sem ele, não teria havido impeachment”, garante.

Em seus cinquenta capítulos, o livro aborda decisões do Supremo Tribunal Federal e brigas jurídicas com o PT ao longo da batalha do impeachment. Tomando por base observações de difícil confirmação, por serem tiradas de conchavos que não vinham a público, Cunha descreve, com críticas a ex-aliados, as reuniões, jantares e conversas de que participou nos bastidores de Brasília, na busca de votos para abrir o processo. A certa altura, as rajadas de sua magoada metralhadora giratória apontam para Maia, que ocuparia seu cargo no comando da Câmara: “Não tinha limites para a sua ambição e vaidade. Na busca pelo protagonismo, Rodrigo Maia quis forçar ser o relator da Comissão Especial de Impeachment. Eu tive de vetar”. No seu julgamento, o DEM não tinha a força política necessária.

Em outro momento, entra na mira o deputado federal Baleia Rossi (MDB-­SP), por sua vez, candidato agora de Maia e do PT à mesma presidência da Câmara. Segundo Cunha, Rossi fez parte do grupo que articulou contra Dilma, embora tivesse, ele próprio, contas a prestar. “A empresa Ilha Produção Ltda., pertencente ao irmão de Baleia e a sua mulher, recebeu nas campanhas eleitorais de 2010, 2012 e 2014 milhões de reais em pagamentos oficiais e caixa dois, inclusive da Odebrecht”, afirma Cunha. Procurados por VEJA, Maia, Temer e Rossi infelizmente não comentaram as afirmações que, ressalte-se, são apenas a versão de Cunha. O presidente Jair Bolsonaro também é citado na obra. “O primeiro pedido de impeachment coube ao então deputado (…), em função das denúncias de corrupção na Petrobras. Eu rejeitei o seu pedido. De todos os pedidos por mim rejeitados, Bolsonaro foi o único que recorreu”, relata.

Após a saída de Dilma, Cunha caiu rapidamente em desgraça. Em setembro de 2016, um mês depois do impeachment, ele foi cassado por quebra de decoro, ao mentir sobre a existência de contas na Suíça. Em outubro, pego pela Operação Lava-Jato, foi parar na cadeia por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Condenado, cumpriu três anos e cinco meses em regime fechado em três locais: na sede da Polícia Federal, em Curitiba, no Complexo Médico-Penal do Paraná e, por último, em Bangu 8, no Rio. No ano passado, por estar no grupo de risco da pandemia, obteve o direito de cumprir a pena em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Lá, mora com a mulher, a jornalista Cláudia Cruz, e recebe familiares e visitas que ainda o chamam de “presidente”. A título de moral da história, seu livro lembra a participação do PT no processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992, para proclamar: “Quem com golpe fere, com golpe será ferido”.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Bandido falando de bandidos.O cara é um mafioso ao lado de outras figuras.
    .agoado,foi preso,teve crise de hemorroidas na prisão,mas mwsmo assim continua rico.Rindo do tempo e fazendo regras e poderes

  2. O PT foi contra o impeachement de collor, o pstu que era uma corrente do PT foi quem.puxou o impeacheme t.
    No final do processo wuando já era inevitável, aí PT aderiu ao impeachement de Collor

  3. Esse Temer é uma figura desprezível, segundo a justiça ele rouba há 40 anos e hj é o consultor do governo Bolsonado

    1. Ele é aliado do PT e do nhonho. Quem é que está contra Bolsonaro na presidência da Câmara? Toda merda jogam pra cima de Bolsonaro. Isso até já tá perdendo a graça.

    2. Quem foi que lhe contou isso Joãozinho???
      Plantando fake homi??
      Então o baleia rossi é nosso também,??

  4. Vou esperar os comentários da petezada.
    Kkkķkkkkkk
    Kkkkkkkkk
    Eles estão de lua de mel com o tucano João doriana calcinha apertada e nhonhom botafogo.
    Kkkkkkkkkkk
    Kkkkkkkk
    Vou repetir.
    Eles estão de lua de mel com o tucano João doriana calcinha apertada e nhonhom botafogo.
    Vou esperar os comentários.
    Bora pixu.
    Bora uel.
    Bora manoel.
    Bora entregador de pizza.
    Bora tico de adauto.
    Bora ricardo lúcido.
    Kkkkkkkkkkkk
    Bando de boi tabaco.
    Doutrinados, emprenhados pelos ouvidos.
    Cadê os respiradores, cadê o dinheiro que o Mito Bolsonaro mandou???

    1. Tô esperando ze gado.
      Rsrsrs
      Eles vão terminar votando em Moro.
      É so o ladrão ordenar.
      Vai ser engraçado.

    1. Mensalão e petrólao…
      O Brasil aguentou tempo demais…
      Atualmente é verdade que houve encontros de ministros do STF na casa de Maia?
      Para quê?

    2. O que o mito faz, é trabalhar e muito.
      Deixa a petezada doidim.

    3. O Coiso está pagando o preço de ir contra o sistema de corrupção, de troca de favores políticos, de lotear o governo, de vender beneces. Isso incomoda muita gente. Não vão deixar o Tonho governar, vão fazer de tudo para tirá-lo de lá. Mais o Bozo é forte aguenta pancada e está determinado, ele sabe que o Povo está do lado dele.

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Judiciário

Justiça Federal no RN revoga prisão de Eduardo Cunha; com mandados pendentes, ex-presidente da Câmara não poderá ser solto – ainda

Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Atendendo a decisão da 1ª Turma do Tribunal Federal Regional da 5ª Região que anulou a prisão preventiva do ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), em novembro, a Justiça Federal do RN expediu soltura do parlamentar, que ainda permanecerá preso, pois responde ainda a processos em Brasília e Paraná.

O colegiado do TRF acolheu a tese da defesa do ex-presidente da Câmara por dois votos a um, de que os argumentos do pedido não se sustentavam mais e que o prazo da prisão já havia se estendido demais.

A prisão preventiva que foi anulada diz respeito ao caso em que Cunha e o ex-deputado federal Eduardo Alves (MDB-RN) são acusados de receber propinas de empreiteiras envolvidas na construção da Arena das Dunas, em Natal (RN) — uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

Entre os argumentos da defesa de Cunha listados no pedido de Habeas Corpus está o fato de que “todo o grupo político aliado ao paciente, à época, não está mais nos poderes dos executivos federal e estaduais e, por essa razão, o decreto prisional deveria ser revogado”.

Justiça Potiguar

Opinião dos leitores

  1. Justiça do RN? Que vergonha! Argumento furado: não é porque o resto da quadrilha , incluindo Henriquinho, não está mais no poder, que ele teria direito à liberdade.

  2. Cunha livre! Mais uma alma honesta que foi injustamente condenada pela lava jato… kkk. Só rindo de ter que lidar com tanto corrupto solto por aí…

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Judiciário

Fachin abre inquérito com nome de Henrique Alves e mais 17 políticos para apurar se Cunha comprou votos para se eleger presidente da Câmara

Foto: Daniel Castelo Branco/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, determinou a abertura de inquérito para apurar se o ex-deputado federal Eduardo Cunha comprou votos de outros deputados para se eleger presidente da Câmara dos Deputados.

As informações sobre possíveis irregularidades na eleição foram reveladas na delação premiada do ex-executivo da J&F Ricardo Saud.

A decisão de Fachin foi assinada na semana passada. Nesta segunda-feira (18) o caso deve ser encaminhado para a Presidência do STF decidir sobre se deve ir para um novo relator.

Inquérito envolve 18 políticos:

o próprio Eduardo Cunha;

três atuais deputados federais – Carlos Bezerra (MDB-MT), Mauro Lopes (MDB-MG) e José Priante (MDB-PA);

14 políticos que não tinham foro no cometimento dos supostos crimes ou que tinham cargos diferentes do que exercem agora –Newton Cardoso Júnior, Soraya Santos, Vital do Rêgo, Fernando Jordão, Geraldo Pereira, Manoel Júnior, Marçal Filho, Henrique Alves, Leonardo Quintão, Saraiva Felipe, João Magalhães, Toninho Andrade, Alexandre Santos e Sandro Mabel.

A reportagem tenta contato com os envolvidos no inquérito instaurado por Fachin.

O ministro levou em consideração a decisão do Supremo que restringiu o foro privilegiado a atos ocorridos no cargo e que tenham relação com a função – suspeitas durante a eleição, por exemplo, são consideradas fora do mandato.

De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), o grupo recebeu R$ 30 milhões no ano de 2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito “para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff”.

Conforme a delação, o dinheiro teria sido repassado por doações oficiais, entregas em dinheiro vivo, e emissão de notas fiscais frias, sem a prestação do serviço.

Eduardo Cunha está preso no Rio de Janeiro, no presídio de Bangu. Ele foi preso em outubro de 2016 por ordem do então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, e ficou mais de dois anos no Paraná.

Uma apuração sobre tema parecido está em andamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, conforme a PGR, e por isso os políticos sem foro devem responder naquele tribunal. Para a PGR, apenas os três parlamentares devem responder no Supremo.

O ministro Fachin, no entanto, mandou abrir inquérito contra os 18 pelas suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.

“Nessa medida, encontrando-se a pretensão calcada ao menos em indícios – colaboração e documentos que a corroboram, o contexto há de ser posto à prova ‘opportuno tempore’, à luz das garantias processuais constitucionais. Impende, portanto, acolher o intento ministerial de investigar, isto é, perquirir, colher elementos, inquirir, enfim reunir dados que ensejem a formação da ‘opinio delicti”, decidiu Fachin.

O ministro lembrou que o inquérito para apuração de fatos “não implica, por evidente, qualquer responsabilização do investigado”.

Fachin pediu que o presidente da Corte, Dias Toffoli, mande o caso para ser sorteado para um novo relator por não ter relação com fraudes na Petrobras. Caberá ao novo relator decidir sobre o chamado desmembramento, ou seja, o envio da parte dos políticos sem foro para o TRF-1.

G1

Opinião dos leitores

  1. Respeitem Henrique Eduardo Alves, ele é um homem honesto e do bem. 10 mandatos de Deputado Federal, ex Presidente da Câmara e filho do Dr. Aluízio Alves, maior governador do Rio Grande do Norte e Ministro de Estado por duas vezes.

  2. Hemriquinho não escapa uma kkkk ai gosta de dinheiro, todo tipo de fraude, roubo o homem é citado, pqp.

  3. Tem que fechar mesmo esse stf, até o mais idiota do mundo tem certeza que cunha deu propina ao congresso inteiro, poucos não receberam.

    1. Se Lula, o chefe do maior esquema de corrupção da humanidade foi solto, pq não soltar todos os outros né?!

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Judiciário

LIVRO DE MEMÓRIAS: Janot afirma que Temer e Henrique Alves pediram que ele não investigasse Cunha

Foto: Jorge William/Agência O Globo/14-09-2017

A cena de abertura do livro de memórias de Rodrigo Janot, que será lançado em duas semanas, mostra o então vice-presidente Michel Temer pedindo a Janot, em março de 2015, que ele não investigasse Eduardo Cunha, recém-eleito na época para a Presidência da Câmara.

Em Nada menos do que tudo , escrito pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelyn, Janot conta que estava almoçando em sua churrascaria favorita em Brasília quando recebeu um telefonema. Era a secretária da Vice-Presidência. Temer queria vê-lo no Palácio do Jaburu.

Ao chegar ao Jaburu, Janot conta ter sido recebido por Temer e por Henrique Eduardo Alves e levado para uma varanda coberta do palácio.

“Eu chamei o senhor aqui porque quero conversar não com o procurador-geral da República, mas com um brasileiro preocupado com o Brasil, com um patriota”, teria dito Temer.

Em seguida, sem meias palavras, Henrique Alves disse a Janot que ele não poderia investigar Cunha:

“Cunha é um louco, pode reagir de forma imprevisível e colocar o Brasil em risco. Confiamos no senhor como brasileiro e como patriota para manter a estabilidade do país”, disse Alves, na versão de Janot.

Janot afirma ter se virado para Michel Temer e o questionado:

“O senhor é do Direito, a minha área, ele (Henrique Alves) não é. O senhor está entendendo a gravidade do que ele está propondo ao procurador-geral da República?”, perguntou Janot.

“Ele está propondo ao patriota Rodrigo Janot. Esse homem é muito perigoso, e a gente não sabe quais as consequências que poderão vir dele. Então apelamos para que o senhor não leve a cabo essa investigação, que a arquive”, teria pedido Temer.

Com palavrões, Janot conta no livro ter sido duro com a dupla:

“Olha, vice-presidente, eu acho isso muito complicado. Na verdade, não consigo separar a figura do patriota da figura do procurador-geral. O que os senhores estão me propondo aqui é que eu cometa um crime de prevaricação. Isso eu não farei jamais. E muito me estranha que o vice-presidente da República e o ex-presidente da Câmara dos Deputados venham fazer uma proposta indecorosa dessas ao procurador-geral da República. Estou chocado com a ousadia de vocês. Os senhores são responsáveis por esse homem estar assumindo a Câmara. Os irresponsáveis são vocês. Vocês é que são os não patriotas. Como é que vocês fizeram uma merda dessas?”.

Guilherme Amado – Época

 

Opinião dos leitores

  1. Cunha foi condenado sem provas por um Juiz parcial, só pegou PMDBistas!!! E os outros bandidos??? #cunhalivre!!! Eleições sem Cunha é gópi!!!! Moro facista…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Polícia

Lava-Jato reúne Cabral, Cunha, Dario Messer e Eike Batista em celas de Bangu 8

Foto: Pablo Jacob / O Globo

Personagens outrora importantes da política e do mercado financeiro trocaram nos últimos três anos o conforto de seus gabinetes, salas e casas de luxo pelas celas da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8 . Além desta coincidência, eles têm em comum o fato de hoje serem acusados de corrupção nas investigações da Lava-Jato .

O mais longevo “hóspede” desta unidade do Complexo de Gericinó é o ex-governador Sérgio Cabral ( preso desde novembro de 2016 na Operação Calicute ), condenado a 215 anos e 11 meses pelos mais variados crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pertencimento à organização criminosa. Pesam contra ele ainda denúncias sobre fraude em licitação e formação de cartel. No total, ele responde por ao menos 28 processos, tendo sido condenado em 10 deles.

Entre os mais antigos estão também os ex-deputados estaduais do MDB Paulo Melo (corrupção passiva e organização criminosa) e Edson Albertassi (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa), condenados a 12 anos e 10 meses e 13 anos e 4 meses, respectivamente, na Operação Cadeia Velha .

Recém-chegado a Bangu 8 transferido de Curitiba, onde permaneceu por dois anos e meio , o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha é outro político influente a cumprir o resto de sua pena de 14 anos e seis meses no presídio carioca. Cunha foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Cunha e Cabral têm planos em comum: prometem contar em livro os bastidores do que viveram na política .
Outros dois “novatos’ que completam a lista não são ligados diretamente à politica, mas aparecem em investigações contra o ex-governador Cabral.

São eles: Dario Messer, preso em São Paulo e depois transferido após ficar mais de um ano foragido , e Eike Batista, de volta a Bangu 8 depois de dez meses livre após habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Messer foi alvo da operação Câmbio, Desligo deflagrada em maio do ano passado e considerada a maior ação da Lava-Jato , com 53 mandados de prisões contra doleiros e operadores envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que atinge a astronômica cifra de US$ 1,652 bilhão.

Condenado a 30 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro na Operação Eficiência, Eike cumpria prisão domiciliar em sua mansão no Jardim Botânico, zona sul do Rio, e foi preso temporariamente na ação denominada Segredo de Midas , que investiga a atuação do empresário no movimento de R$ 800 milhões em operações financeiras com indícios de manipulação do mercado.

O Globo

 

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Judiciário

Dono da Gol assina delação premiada e acusa Temer, Cunha e Geddel

Foto: Evaristo Sá / AFP

Um dos donos da companhia aérea Gol , o empresário Henrique Constantino assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e pela primeira vez admitiu pagamentos de propina em troca da liberação de financiamentos da Caixa Econômica Federal para suas empresas. A delação foi homologada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, e traz acusações contra políticos do MDB, como o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

O empresário relatou relacionamento com esses políticos do MDB e contou ter participado de uma reunião com o então vice-presidente da República Michel Temer, em 2012, na qual houve a solicitação de R$ 10 milhões em troca da atuação dos emedebistas em favor dos financiamentos pleiteados pelo seu grupo empresarial na Caixa.

Pelos crimes cometidos contra o banco, Henrique Constatino se comprometeu a pagar R$ 70,7 milhões aos cofres da Caixa. O valor corresponde a dez vezes a propina paga por ele ao operador Lúcio Funaro, de R$ 7,7 milhões, que seria distribuída aos políticos do MDB. Do total acordado, R$ 63,3 milhões serão pagos por meio de seis depósitos semestrais, cuja primeira parcela tem que ser efetivada no próximo dia 30 de maio, e a última em 30 de novembro de 2021. Outros R$ 7 milhões serão pagos em até 60 dias e vão ser usados na execução de projetos sociais ainda a serem definidos.

Os crimes na Caixa Econômica Federal são apresentados de forma detalhada, com provas documentais como e-mails e trocas de mensagens. Constantino conta que os pagamentos de propina eram feitos por suas empresas, após contratos fictícios de prestação de serviços, a empresas do operador Lúcio Funaro. Em troca, houve financiamento de R$ 300 milhões do fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS) para a empresa Via Rondon e ainda uma cédula de crédito bancário de R$ 50 milhões para a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários. Ambas as empresas pertencem à família Constantino.

Henrique Constantino conta que iniciou o relacionamento com Funaro no fim de 2011, ao ser avisado por um outro empresário que o operador financeiro poderia ajudar a destravar o financiamento de R$ 300 milhões que estava na Caixa. Funaro o levou a reuniões no banco com integrantes da cúpula, como o então vice-presidente Fábio Cleto, ligado a Eduardo Cunha.

Após o início desse relacionamento, em junho de 2012 Constantino participou de uma reunião com Temer, o então deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o então deputado Henrique Eduardo Alves (MDB-RN). Todos os três foram presos por conta das investigações da Lava-Jato, mas Henrique Alves acabou solto posteriormente.

“Sobre a reunião em junho de 2012 em Brasília com Eduardo Cunha e Henrique Alves, informou ainda que se reuniu com eles e o então vice-presidente Michel Temer; que foi solicitado pelo grupo o valor de global de R$ 10 milhões em troca de atuação ilícita de membros do grupo em diversos negócios, como foi o caso da operação da Via Rondon com o FI-FGTS”, disse em seu depoimento.

Segundo Constantino, essa propina foi paga por meio de repasses via caixa dois à campanha de Gabriel Chalita (à época no PMDB, hoje no PDT) à Prefeitura de São Paulo em 2012 e por meio de repasses a empresas de Funaro. “Efetuou pagamentos para a campanha de Gabriel Chalita em 2012 (pagamentos de despesas), conforme combinado com o grupo, além de efetuar pagamentos para empresas indicadas por Funaro, como Viscaya e Dallas”, relatou. “Ficou claro para o depoente, nessa reunião, que a contribuição dos 10 milhões de reais era em troca de auxílio aos pleitos do depoente por esses membros do então partido PMDB”, disse em seu depoimento.

Em outra referência a Temer, Constantino afirma que o ex-presidente foi citado por Funaro como integrante do grupo de influência que poderia atuar em favor do empresário, em troca de propina. “Funaro expôs o poder de influência que tinha junto com seu grupo no âmbito do governo federal e instituições diversas, como o Postalis”, afirmou. O operador financeiro, então, “mencionou o então deputado federal Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, líderes que, segundo Funaro, poderiam auxiliar o depoente em outros negócios de seu interesse, em troca de vantagens indevidas; que, da mesma forma mencionou Michel Temer como membro desse grupo”, disse no depoimento.

Sobre Geddel, o empresário afirmou que o emedebista, então vice-presidente do banco, atuou na liberação de crédito de R$ 50 milhões para uma de suas empresas em troca de propina. “Após a aprovação da operação, Funaro informou que seriam destinados 250 mil reais a Geddel em razão de sua atuação”, afirmou.

Constantino já é réu em uma ação penal da Operação Cui Bono, na qual é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro pela propina na Caixa. As contribuições de sua delação serão usadas para complementar as investigações e também para abrir outras linhas de apuração.

Procurada, a defesa de Temer afirmou que não poderia comentar, porque desconhece e não teve acesso ao teor da delação. A defesa de Eduardo Cunha afirmou que ele nega as acusações e está se defendendo perante a Justiça. As defesas de Henrique Alves e de Geddel Vieira Lima ainda não responderam até a publicação desta matéria.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. meu Deus Henrique tá em todas… bateu recorde. Pelo andar das coisas pode ser preso novamente

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Judiciário

Tribunal recua e decide manter processos de Henrique, Cunha e Lula com juízes originais

por Dinarte Assunção

O conselho de administração do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) decidiu acolher pedido da Procuradoria da República e determinou que processos de Henrique Alves, Eduardo Cunha e do ex-presidente Lula sejam mantidos na 10ª Vara Federal de Brasília.

No início da semana, foi anunciada a criação de vara específica para crimes do colarinho branco – os relacionados à corrupção. Os casos dos políticos citados passariam para a nova vara, mas a procuradoria protestou, alegando que alguns dos processos já estavam com instrução avançada e que a mudança iria retardar seu andamento.

O TRF-1 acolheu o argumento em parte. Os processos que já tenham audiências e interrogatórios realizados voltam para a vara original. Os demais seguem para a recém criada 12ª Vara.

A relação completa dos processos que ficam na vara de origem, comandada pelos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Ricardo Augusto Soares Leite, ainda será elaborada.

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Diversos

Filha de Cunha faz post que contraria delação premiada: ‘Fale menos do que sabe’

Quem acompanha Bárbara da Cruz Cunha, a Babu, filha do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e da jornalista Claudia Cruz, nas redes sociais percebe que a moça não é lá de filosofar. O negócio de Babu é postar fotos de comida. Mas uma foto publicada na noite da última segunda-feira, 21, chamou a atenção justamente por conter uma frase enigmática.

Em inglês, Babu escreveu “Tenha mais do que você mostra e fale menos do que sabe”. Para alguns seguidores da estudante de 20 anos a frase soa como um deboche, pela situação que vive seu pai. Cunha estaria disposto a fazer delação premiada, mas a Procuradoria Geral da República resiste a aceitar justamente porque desconfia que o deputado ainda estaria escondendo fatos e dinheiro no exterior.Babu ainda completou: “Mostra-se é a ideia de glória do tolo”, escreveu ela, que apagou o post nesta terça.

Bárbara Cruz da Cunha segue normalmente sua vida de luxo apesar da prisão do pai e do envolvimento da mãe na Lava Jato (ela foi absolvida apenas num dos processos). Em seu perfil no Instagram, a estudante de Publicidade e Propaganda compartilha fotos de looks e viagens, além de visitas a restaurantes sofisticados do Rio.

EXTRA

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Polícia

Cunha: “Joesley fala que só encontrou Lula duas vezes. Mentira!”

Preso, Eduardo Cunha escreveu mais uma carta. Dessa vez para comentar a entrevista de Joesley Batista à Época.

A Folha publicou alguns trechos:

“Ele (Joesley) fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira! Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência (…) entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment (….) onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham.”

“Lamento ter exposto a minha família à convivência com esse perigoso marginal, na minha casa e na dele.”

“É estranho que, mesmo atacando o governo, ele ainda seja o maior beneficiário de medidas (…) tais como a MP 783 do Refis.”

“Ele também é o grande beneficiário da MP 784, da leniência com o Banco Central e com a CVM, onde as suas falcatruas no mercado de capitais, as atuais e as passadas, poderão obter o perdão e ficarem impunes.”

“A pergunta que não quer calar é de onde vem o poder dele, que mente, ataca o governo e ainda se beneficia dos atos do governo que o deixam mais rico e impune?”

“(Joesley) mente para obter benefícios para os seus crimes, ficando livre da cadeia, obtendo uma leniência fiada, mas desfrutando dos seus bilionários bens a vista, tais como jatos, iate, cobertura em NY, mansão em St. Barts, além de bilhões de dólares no exterior, dentre outros.”

“Espero que o STF reveja esse absurdo e bilionário acordo desse delinquente.”

O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. A credibilidade de dar prosseguimento no impeachment de Dilma ! Cunha é o meu malvado favorito !

  2. Cunha está na cadeia, mas parece que continua defendendo Temer e atacando Dilma e Lula, que ajudou a tirar do poder.
    Estranho essa lógica, não?
    E a imprensa que nem mais ouvia o que Cunha tinha a dizer, condenando-o ao silêncio, agora abre os microfones para ele?
    É no mínimo esquisito essa nova movimentação. Parece confirmar que o Cunha realmente recebe um "Mensalinho CALA A BOCA" para fazer o papel de silencioso menestrel enquanto Moro e Gilmar mantém a Mulher e filha dele longe da prisão, e ninguém toca no dinheiro dele nas contas da Suíça.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  3. Joesley fala de Temer apresentando gravações comprovadas pela perícia: – É mentira!
    Joesley fala de Aécio com comprovantes e filmagens: – É um mentiroso!
    Joesley fala de Lula sem qualquer prova concreta: – É verdade!
    Joesley fala de Dilma sem qualquer documento que o fundamente: – É verdade!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Como dizia um antigo Ditado popular: "Amigo meu não tem defeito, inimigo, se não tiver eu boto".
    Acordem inocentes!
    A casa está caindo e o "feitiço está virando contra os feiticeiros".

    1. Claro que você luta pela volta das suas "boquinhas". E o Brasil e seu povo que se f… Né?

    2. Kkk…sério, sem brincadeira…acho bonito a alienação desse povo.

  4. Sem querer defender bandido: quem tem culpa que pague.
    – Mas toda a industria brasileira cresceu absurdamente no governo Lula/Dilma. O PIB triplicou. Isso só foi possível com por causa do aumento da demanda causado por melhor distribuição de renda.
    Essa conversa do PSDB de que foi FHC quem preparou para o crescimento é pura balela para enganar os trouxas. O PIB caiu no governo FHC e a miséria só fez aumentar, e, apesar de vender uma grande parte do patrimônio nacional a preço de banana e sem nenhuma transparência com as privatizações, o país saiu mais endividado ainda.
    Quem defende FHC não entende nada de economia e vira alvo fácil da manipulação da imprensa, inclusive citando vergonhosamente Cuba como exemplo negativo. Não sabe que, apesar do forte embargo econômico, Cuba ainda tem um IDH melhor do que o do Brasil e já erradicou o analfabetismo à décadas.

    1. Não sei se o "cumpanhero" acredita mesmo no que escreveu ou está apenas tentando defender o "seu lado". Acredito na 2ª. O modelo petista foi baseado no aumento dos gastos públicos e do endividamento do povo, assim como no assistencialismo. Lula recebeu o país "arrumado" e, inclusive, escreveu a célebre Carta aos Brasileiros, em que se comprometia a manter a política econômica do FHC, o que cumpriu no seu primeiro mandato. A par disso, seu governo foi beneficiado com o crescimento da China, que aumentou o valor das "commodities" brasileiras. Quando o cenário mundial mudou e estourou o Mensalão, que obrigou Lula a estreitar as parcerias políticas (principalmente com o PMDB, claro) em busca de sua manutenção no poder, a situação brasileira começou a se deteriorar. Não foi só a Dilma a responsável pela destruição do Brasil. Foi o modelo petista de governar, incluindo a corrupção colossal e generalizada. Após mais de 13 anos de governos petistas, NADA no Brasil funciona a contento.

    2. A parte referente a Cuba é uma bobagem tão grande que nem adianta comentar. Talvez seja por ser um país tão paradisíaco é que seu povo tem que ser mantido cativo por lá. Se vacilar, só ficam o Raul e seus lacaios burocratas, que vivem nababescamente enquanto o povo passa necessidades. E ainda tem a Venezuela, "cumpanhero", quer falar dela? Francamente!

    3. Eu só falei fatos reais.
      Você só falou o mantra da cartilha do PSDB, mesmo sem nenhum número ou fato concreto que sustente essa tese.

  5. È exatamente o que comenta o Ventura, abaixo, bandido conhece bandido, foi no Governo Lula que esse pilantra mais se beneficiou, ressalvando que o Sr, Temer, de santo não tem nada, como bem diz aquele ditado popular: Diz-me com quem tu andas, que eu te direi quem és. (Temer andou com Lula 14 anos, aprendeu e ensinou muito).

  6. A JBS cresceu absurdamente durante o governo petista, não acham estranho ele não ter nada mais "picante" para delatar durante esse período? Pra mim ele esta fazendo jogo a mando de Lula, botando lenha na fogueira dos outros e deixando Lula de fora.

    1. Essa é a pergunta Sandro Alves!!! A inversão de valores no Brasil está em todos os "seguimentos".
      O povo tem que entender que corrupção em órgão público, o maior culpado é sempre o agente público seja ele concursado, eleito ou comissionado. Ainda mais quando é o agente público que propõem a forma de corrupção.

    2. Tudo igual e merecem o mesmo destino. Não podemos ter bandido de estimação.

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Judiciário

Lava-Jato: Fachin nega pedidos de Lula, Aécio, Cunha, Dirceu e Gim a delações

Por interino

O ministro Edison Fachin, durante sessão do Supremo Tribunal Federal – Ailton de Freitas / Agência O Globo/08-02-2017

O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedidos feitos pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva; pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG); pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ); pelo ex-ministro José Dirceu (PT-SP); e pelo ex-senador Gim Argello (PTB-DF). Dos cinco, três se encontram presos atualmente no Paraná: Cunha, Dirceu e Gim. Lula e Aécio solicitavam acesso a delações premiadas.

Lula queria ter acesso à delação do ex-deputado Pedro Corrêa, firmada com o Ministério Público Federal (MPF), mas ainda não homologada pelo STF. O próprio MPF foi contra o pedido do ex-presidente, uma vez que não houve a homologação até agora. Fachin acrescentou que, mesmo se o acordo já estivesse homologado, o sigilo deveria ser mantido até a instauração de inquéritos baseados na delação, de forma a não comprometer as investigações.

“Assim, enquanto não instaurado formalmente o inquérito, o acordo de colaboração e os correspondentes depoimentos estão sujeitos à tramitação sigilosa. Com a instauração do inquérito, nada obstante o acesso aos autos seja restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações, assegurado também será ao defensor legalmente constituído amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa”, decidiu Fachin.

Aécio pedia acesso à delação de Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e Sergio Neves, ex-diretor da Odebrecht em Minas, além de “qualquer outro que tenha mencionado” seu nome. Ele citou matéria do site “BuzzFeed”, publicada em 30 de janeiro, segundo a qual a Procuradoria Geral da República (PGR) pediria investigação para apurar irregularidades nas obras da Cidade Administrativa, a sede do governo de Minas Gerais construída quando ele era governador do estado.

DEFESA DE CUNHA PROTESTA

Diferentemente de Pedro Corrêa, as delações de executivos da Odebrecht já foram homologadas pelo STF. Mas, da mesma forma que fez no pedido de Lula, Fachin destacou que o sigilo deve ser mantido para preservar as investigações. Disse ainda que “eventual menção em termo de colaboração não confere ao peticionário (Aécio), automaticamente, a condição de investigado”.

Cunha pedia que fosse suspensa sua transferência da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba para o Complexo Médico Penal em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A medida foi determinada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato na primeira instância. A defesa de Cunha alegou que a transferência tem por objetivo forçá-lo a celebrar um acordo de delação premiada. A Superintendência da PF fica numa região mais central que o Complexo Médico Penal. Além disso, permite um acesso mais fácil aos advogados.

O Globo

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Política

Ministro do STF pede informações a Cunha sobre impeachment de Temer

michel-temerO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio pediu hoje (11) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), apresente manifestação sobre pedido feito por um advogado para estabelecer prazo de 24 horas para que a Casa cumpra a decisão que determinou abertura de processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer.

O advogado Mariel Marley Marra pediu que o ministro estabeleça o prazo e que determine aplicação de multa de cerca de R$ 3,3 milhões a Cunha em caso de descumprimento. De acordo com o advogado, o presidente da Câmara tenta atrasar o cumprimento da decisão de Marco Aurélio.

Após receber as informações de Cunha, o ministro vai analisar a ação.

Na semana passada, após pedido apresentado ao STF por Marra, Marco Aurélio determinou que Cunha dê seguimento a um processo de impeachment contra Michel Temer na Câmara e forme uma comissão especial para tratar do caso.

No pedido, protocolado no dia 29 no Supremo, o advogado sustentou que Temer deveria ser incluído no processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef, ou que um novo pedido fosse aberto, por entender que há indícios de que o vice-presidente cometeu crimes de responsabilidade.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Política

Assessor do relator do impeachment já defendeu Cunha

DF - CUNHA/JORNALISTAS - POLÍTICA - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha   (PMDB-RJ), concede entrevista aos   jornalistas setoristas da Câmara fazendo um   balanço do primeiro semestre do ano, em   uma café da manhã oferecido no anexo IV na   Câmara dos Deputados, em Brasília.   16/07/2015 - Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: André Dusek / Estadão Conteúdo

O principal assessor do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na elaboração do relatório em que opinou pelo acolhimento da denúncia de impeachment da presidente Dilma Rousseff já advogou para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O advogado Renato Oliveira Ramos tem cargo comissionado na função de assistente técnico do Gabinete da Liderança do PTB desde 15 de dezembro de 2015.

Dois dias depois de nomeado para a função, em 17 de dezembro, Ramos foi designado por Eduardo Cunha para representar a Câmara em julgamento no Supremo Tribunal Federal – na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 378, em que o PCdoB questionou o rito do processo de impeachment adotado pelo presidente da Câmara.

Em 2007, o advogado Renato Oliveira Ramos já tinha defendido Eduardo Cunha na Justiça do Rio de Janeiro numa queixa-crime por calúnia.

A assessoria de Renato Ramos na elaboração do relatório de Jovair Arantes reforça os laços de proximidade entre o relator da comissão de impeachment e o presidente da Câmara.

Na escolha de Jovair para a função de relator, pesou a sua lealdade a Cunha.

Fonte: G1

Opinião dos leitores

    1. ôxi, e o Tóffoli não advogou para o PT e, mesmo assim, votou no mensalão!

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Política

Eleição da comissão do impeachment será na quinta-feira

EduardoCunha-Foto-SergioLima-15out2014.-1024x682O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na tarde desta segunda (14) que qualquer que seja a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento dos embargos de declaração do rito do impeachment, no dia seguinte, quinta-feira (17) haverá eleição para comissão processante na Casa.

— Vamos tocar com celeridade porque temos a obrigação de fazê-lo, até para que não se diga que está obstruindo um processo desse. Esse processo tem que andar, tem que encerrar — defendeu.

Assim que for concluído o julgamento no STF, a intenção de Cunha é dar um prazo de 24 horas para que os partidos indiquem os nomes que comporão o grupo.

Se a Corte alterar o rito e permitir a chapa avulsa, por exemplo, será necessário apenas receber os nomes governistas que complementarão a parte da comissão eleita em dezembro. Caso a eleição da comissão seja na sexta-feira, 18, é possível que ela seja instalada no mesmo dia, quando haverá a escolha do presidente e do relator. “E pode ter disputa”, ressaltou.

Contando o prazo de 10 sessões para a apresentação da defesa do governo e cinco sessões para o andamento dos trabalhos da comissão, o peemedebista voltou a dizer que é plausível o prazo de 45 dias para o trâmite do processo de impeachment. “Da minha parte, a disposição é de tocar com a celeridade que tem que ser tocada depois que o Supremo decidir”, completou.

Cunha explicou que ainda não decidiu se fará sessões às segundas e sextas-feiras para apressar os trabalhos. No entanto, na próxima segunda-feira, 21, haverá sessão em virtude da semana santa, que é mais curta para os parlamentares. “A partir daí, vamos avaliar”, declarou. O presidente da Câmara desconversou sobre a possibilidade de se tornar o “vice-presidente da República” em caso de afastamento de Dilma. “Continuarei presidente da Câmara, não estou preocupado com isso”, disse.

Fonte: R7

Opinião dos leitores

  1. Vale aqui aquele velho ditado : o sujo preocupado com o mal lavado. Este Cunha cara de pau devia ter vergonha e sair de nossa cena política. Este homem é uma vergonha para o nosso Brasil também.

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Política

[EDITORIAL] Cunha fundará nova doutrina: deixa-pra-laísmo

eduardo_cunha_jorge_william_o_globoPode a Câmara ser presidida por um deputado enviado pelo STF ao banco dos réus por suspeita de assaltar os cofres da Petrobras? A maioria do país acha que não. Segundo o Datafolha, 78% dos brasileiros defendem a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Porém, no Legislativo brasileiro, uma instituição meio entreposto, meio bordel, a resposta à indagação é positiva.

Formou-se no STF uma maioria a favor do recebimento da denúncia em que a Procuradoria da república acusa Eduardo Cunha de receber US$ 5 milhões em petropropinas. Dos 11 ministros do Supremo, seis já votaram pela conversão da denúncia em ação penal e pelo envio do deputado ao banco dos réus. Na seara jurídica, o processo seguirá o seu curso. Na arena política, Cunha fundará uma nova doutrina: o deixa-pra-laísmo.

Consumado o infortúnio, o presidente da Câmara declarou-se “tranquilo”. É como se Eduardo Cunha tivesse se autoconcedido um deixa-pra-lá preventivo. Não lhe passa pela cabeça deixar o comando da Câmara. Acha normal presidir a Casa arrastando as correntes de sua perversão. Os partidos de oposição esboçam uma reação. No gogó, pedem o afastamento de Cunha. Falta arregaçar as mangas.

Além de ser indultado pela banda muda da Câmara, Cunha conta com o apoio não declarado do Planalto para deixar tudo como está, para ver como fica. Dilma e seus operadores políticos avaliam que um Cunha enfraquecido ajudará a empurrar o impeachment para o túmulo. Às favas com a vontade dos 78% de brasileiros que rendem homenagens à decência.

No Brasil de hoje, a linha sucessória da República encontra-se sub judice. De trás para a frente: Renan Calheiros, presidente do Senado, é um réu esperando para acontecer; Cunha, o mandachuva da Câmara, já aconteceu; o vice Michel Temer e a titular Dilma guerreiam pelos mandatos em processos que, vitaminados por provas obtidas na Lava Jato, intimam os ministros do TSE a fazer alguma coisa. Nem que seja uma cara de nojo.

Num país assim, comandado pela anormalidade, em que os crimes do passado são tratados a golpes de amnésia coletiva, a doutrina do deixa-pra-laísmo tem enorme futuro. Além de Eduardo Cunha, há nos corredores do Congresso quatro dezenas de congressistas enrolados na Lava Jato.

Computando-se outras encrencas, há mais de 160 parlamentares com a reputação em suspenso no STF. Eles circulam pelos corredores do Parlamento como se nada tivesse sido descoberto sobre eles. No reino do deixa-pra-lá, o cinismo é uma forma de patriotismo. E a Câmara pode ser presidida por um réu.

Fonte: Josias de Souza / UOL

Opinião dos leitores

  1. O presidente da Câmara, o do Senado, a da República, cada um pior do que o outro. Esse é o retrato do Brasil atual. Fora Cunha, fora Renan, fora Dilma! Para o bem de todos!

  2. #SomosTodosCunha
    Assinado: PSDB/DEMO/Bolsonetes, Fascistas, coxinhas e hipócritas!

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