Diversos

Restabelecer limites de atuação: Casa da Moeda manda sindicato desocupar escritório

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A atual gestão da Casa da Moeda do Brasil solicitou a desocupação de 1 escritório por parte do sindicato do órgão, no prédio onde a estatal está localizada, no Rio de Janeiro, até o último sábado (3.ago.2019). Os sindicalistas mantinham uma “Delegacia Sindical” no espaço.

A Casa da Moeda esclareceu, contudo, que a cessão do espaço não proíbe atividades sindicais. É apenas uma medida para “restabelecer os limites de sua atuação e do trabalho do Sindicato”, já que a ocupação “não é usual” em empresas.

“A Diretoria entende que não se justifica a cessão do espaço e dos custos de manutenção da entidade, tendo em vista que essa prática não é usual em empresas públicas ou privadas. Portanto e diferentemente do que vem sendo informado pelo Sindicato, não existe a proibição de atividades sindicais e tampouco de filiação sindical”, disse em nota a CBM.

Responsável pela emissão de cédulas, moedas, selos oficiais e passaportes, a Casa da Moeda contrata seus funcionários por concurso público. Porém, os servidores são regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e são passíveis de perda dos cargos.

CASA DA MOEDA
Eis a íntegra da nota do órgão:

A Diretoria Executiva da Casa da Moeda do Brasil, com o objetivo de restabelecer os limites de sua atuação e do trabalho do Sindicato, de uma forma salutar e dentro da legalidade, notificou o Sindicato da categoria para que desocupe o espaço dentro da empresa, onde até agora vem funcionando a chamada Delegacia Sindical.

A Diretoria entende que não se justifica a cessão do espaço e dos custos de manutenção da entidade, tendo em vista que essa prática não é usual em empresas públicas ou privadas. Portanto e diferentemente do que vem sendo informado pelo Sindicato, não existe a proibição de atividades sindicais e tampouco de filiação sindical.

Da mesma forma, a Diretoria Executiva notificou o Sindicato sobre a realização de atividades sindicais que não serão mais permitidas sem a devida autorização dentro da empresa. A partir deste dia 01, A Diretoria, concederá a 7 (sete) membros titulares e a 7 (sete) membros suplentes a licença remunerada.

Os demais dirigentes sindicais, incluindo titulares e suplentes, bem como representantes da Federação e Conselheiros Fiscais, entrarão em licença sem remuneração para que possam se dedicar exclusivamente ao exercício de suas atribuições sindicais.

Atenciosamente,

Direção da Casa da Moeda do Brasil

Poder 360

 

Opinião dos leitores

  1. Eu sou concursado. Sou da mamata também? Ou só consegui uma condição melhor do que a maioria dos Brasileiros, por ter estudado para isso!? Será que os sanguessugas não são os que ocupam cargo comissionado (livre nomeação e exoneração)? Será que a maioria das pessoas que comentam sobre as instituições públicas sabem disso?

  2. Dentro do IFRN funciona o sindicato dos servidores de lá, e quem banca a conta (aluguel, água, luz, iptum internet, telefone, segurança privada…) é o babaca do cidadão pagador de impostos.

  3. Excelente medida.

    Mas ainda ficaram com 7 (sete) membros titulares e a 7 (sete) membros suplentes com licença remunerada.

    Precisamos acabar com isso também.

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Finanças

Grupo rouba R$ 10,1 milhões em ouro da Casa da Moeda do México; internautas comparam ação criminosa com série espanhola La Casa de Papel

FOTO: Wikimedia Commons

Um grupo armado invadiu nesta terça-feira (6) a Casa da Moeda do México e roubou o equivalente a 50 milhões de pesos mexicanos em ouro (cerca de R$ 10,1 milhões).

O crime foi confirmado por fontes da Secretaria de Fazenda e Crédito Público à Agência Efe. Funcionários da Secretaria de Segurança Cidadã da Cidade do México já estão prestando depoimento sobre o caso.

Veículos de imprensa locais afirmaram que o grupo armado levou 1.500 centenários de ouro, avaliados em 50 milhões de pesos mexicanos, do local. Há suspeita que funcionários da Casa da Moeda tenham ajudado os assaltantes.

O centenário é uma moeda cunhada pela primeira vez em 1921 para comemorar os primeiros 100 anos da Independência Mexicana.

A produção foi interrompida em 1931, mas retomada em 1943 devido à crescente demanda por moedas de ouro que havia na época.

Apesar de não ter uso corrente, o centenário é muito procurado por colecionadores. A moeda tem 34 gramas de ouro puro e preço estimado de 37,5 mil pesos mexicanos cada (cerca de R$ 7,6 mil).

Esta não é a primeira vez que a Casa da Moeda do México é alvo de um assalto. Em junho de 2018, durante uma reforma, a sede do órgão foi assaltada por quatro homens armados, que levaram moedas antigas e prata e ouro. O valor estimado, segundo a imprensa local, era de 3 milhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 606 mil na cotação atual).

A Casa da Moeda do México é um órgão independente do governo federal e é responsável por produzir o dinheiro utilizado no país.

O crime já tomou conta das redes sociais do país. Muitos internautas estão comparando o assalto com os feitos criminosos ocorridos na série espanhola La Casa de Papel, da Netflix, que retrata a história de um grupo de ladrões que realiza ações similares graças à mente brilhante do personagem apelidado de Professor.

R7, com EFE

 

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Finanças

Operação Vício investiga fraudes em contratos envolvendo a Casa da Moeda

O Ministério da Fazenda informou há pouco, por meio de nota, que a Polícia Federal, com o apoio da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda, cumpre hoje (1) 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, em dependências da Receita Federal e da Casa da Moeda, na sede da empresa Sicpa Brasil Indústria de Tintas e Sistemas Ltda e em residências e escritórios de investigados.

“As diligências ocorrem no bojo da Operação Vícios, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos do Rio de Janeiro, que há quase dois anos vem investigando fraudes em um contrato de prestação de serviços cujo faturamento nos últimos seis anos ultrapassou a cifra de R$ 6 bilhões,” informou o Ministério da Fazenda.

A investigação teve origem após denúncia da presidência da Casa da Moeda sobre a suspeita de que empregados da entidade tentaram direcionar procedimento licitatório para a recontratação da empresa Sicpa. De acordo com a nota, o contrato investigado tem por objeto o Sistema de Controle da Produção de Bebidas, denominado Sicobe, que prevê a instalação, nas linhas de produção de bebidas frias (cervejas, refrigerantes, sucos, águas minerais e outras), de equipamentos contadores de produção, bem como de sistema para o controle, registro, gravação e transmissão dos quantitativos medidos à Receita Federal, para fins de tributação.

Existem ainda evidências de que o novo processo licitatório para o Sicobe, realizado entre 2014 e 2015, também foi fraudado para beneficiar a mesma empresa. A contratação do sistema de controle da produção de cigarros, anterior ao Sicobe, também será investigada para averiguar se houve fraude semelhante.

Segundo o Ministério da Fazenda existem indícios de que cerca de R$ 100 milhões tenham sido pagos em propina para servidores da Receita Federal e empregados da Casa da Moeda, razão pela qual já foram instauradas sindicâncias patrimoniais, no âmbito da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda, para avaliar seu possível enriquecimento ilícito.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal decretou também o sequestro de bens dos principais envolvidos na investigação, além de quebras de sigilos fiscais e bancários.

Participam da operação cerca de 70 policiais Federais e 12 servidores da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda – Coger/MF. A investigação conta também com o apoio da Auditoria Interna da Casa da Moeda e do Ministério.

A investigação foi batizada de Operação Vícios, não somente pelos vícios observados nos processos de contratação da empresa investigada, mas também em alusão ao poder viciante das bebidas e cigarros, ambos relacionados aos contratos sob investigação.

Agência Brasil

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Jornalismo

Propina na Casa da Moeda era em Cash

Relatório de uma operadora financeira de Londres diz que o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci recebeu, em dinheiro vivo, US$ 6,15 milhões de “comissão” de fornecedoras da estatal, informa reportagem de José Ernerto Credencio e Andreza Matais, publicada naFolha deste sábado.

A entrega, segundo relato da corretora, seria feita num apartamento de Denucci no Rio de Janeiro.

O ex-presidente da Casa da Moeda, afirma não ter “consistência” a informação de que recebeu dinheiro de comissão de fornecedoras da estatal.

Conforme revelou a Folhaa demissão de Denucci aconteceu após o governo descobrir que o jornal preparava reportagem sobre “offshores” que Denucci e integrantes de sua família mantinham no exterior.

Outra reportagem mostrou que o ministro da Guido Mantega (Fazenda) foi informado sobre as suspeitas de irregularidades há alguns meses.

A indicação de Denucci para o cargo também é controversa. Mantega diz que os padrinhos do ex-titular da Casa da Moeda são deputados do PTB.

Já o presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, diz que o partido apenas chancelou a indicação feita pelo ministro.

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