Judiciário

STJ remarca para 5 de maio julgamento de recurso de Lula contra condenação no caso triplex

Foto: AFP/Arquivo

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) remarcou para o dia 5 de maio o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação no caso do apartamento tríplex em Guarujá (SP).

Os ministro vão analisar o recurso em sessão por videoconferência, sistema adotado diante da pandemia do novo coronavírus.

O processo começou a ser julgado no plenário virtual no dia 22 de abril, quando é dado um prazo dentro do qual os ministros podem disponibilizar seus votos no sistema eletrônico da corte. Porém, o julgamento foi interrompido diante do questionamento da defesa de Lula.

Os advogados alegaram que o caso foi colocado para análise pelo relator da Lava Jato no STJ, ministro Felix Fischer, sem antes ter sido incluído na pauta de julgamento, o que feriria o regimento da Corte.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o STJ deveria seguir normas do regimento para a deliberação no caso.

A Quinta Turma negou que haja irregularidade no procedimento e diz que segue o Código de Processo Penal e o Regimento Interno do STJ, que dispensam a publicação de pauta nos recursos classificados como agravos regimentais e embargos de declaração em matéria criminal.

A Quinta Turma do STJ condenou Lula a 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No entendimento da Justiça, o ex-presidente recebeu o triplex da OAS como retribuição por contratos fechados pela empreiteira com a Petrobras.

Desde o início do processo, ainda na primeira instância, Lula diz ser inocente. A defesa do ex-presidente também sempre afirmou que o apartamento não é dele, que não há provas contra Lula e que o ex-presidente não cometeu crimes antes, durante ou depois do mandato.

Entenda o julgamento

A Quinta Turma vai analisar um recurso por meio do qual os advogados de Lula questionam o entendimento dos ministros que, por unanimidade, mantiveram a condenação dada pela segunda instância e reduziram a pena do ex-presidente.

Os advogados apresentaram os chamados embargos de declaração. Nesse recurso, se busca esclarecer contradições e, omissões do julgamento. Os embargos não mudam a decisão tomada pela Turma.

A defesa afirma que alguns esclarecimentos sobre pontos da decisão podem levar à absolvição de Lula ou à anulação do processo.

Após o julgamento, em tese, a defesa pode apresentar novos questionamentos ao STJ ou tentar levar o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Argumentos

Para a defesa, o julgamento virtual é irregular porque os advogados têm direito de ter um prazo para se opor à sua realização, sendo que isso não aconteceu.

“Eventual julgamento que venha a se realizar diante desse cenário será nulo, por afrontar as disposições regimentais e o devido processo legal em toda a sua extensão […], incluindo-se as garantias do contraditório e da ampla defesa”, escreveu o advogado Cristiano Zanin.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. O julgamento virtual é irregular, mas. porém, entretanto, enquanto, todavia e por ai vai., se o resultado for a favor do cabra de 09 dedos, foi o julgamento mais correto da história. É só esperar que a alma mais honesta do mundo é um perseguido um injustiçado. Ah ladrãoooo

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Judiciário

Caso tríplex: Moro quer ouvir Renan sobre ação de Lula até dia 15 março

O senador Renan Calheiros do PMDB-AL – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

O juiz Sérgio Moro deu prazo de cinco dias para o que senador Renan Calheiros escolha quando e como será ouvido como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que envolve o tríplex no Guarujá e o armazenamento do acervo presidencial, pago pela OAS. Moro sugeriu três datas na primeira quinzena de março (dias 2, 7 e 15) para que a audiência seja realizada por videoconferência na sede da Justiça Federal no Distrito Federal. Informou ainda que, caso o Senado tenha equipamento próprio de videoconferência, é possível definir outras datas e, ainda, caso prefira, o senador poderá comparecer em audiência, pessoalmente, na Justiça Federal em Curitiba.

Lula é acusado pela força-tarefa da Lava-Jato por lavagem de R$ 1,3 milhão pagos pela OAS para armazenar o acervo presidencial entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016 em depósitos da Granero. Foram 21 pagamentos mensais de R$ 21,5 mil e, segundo os procuradores, a quantia era proveniente de crimes praticados pela empreiteira em licitações da Petrobras.

O Ministério Público Federal afirma ainda que Lula foi beneficiado pelo tríplex no Guarujá, no valor de R$ 1,1 milhão, por reformas feitas no apartamento e por móveis planejados instalados. No total, os procuradores afirmam que a vantagem repassada ao ex-presidente alcançou R$ 3,7 milhões.

A defesa do ex-presidente afirma que o tríplex nunca foi da família Lula, que apenas visitou o apartamento com a intenção de compra, e que a armazenagem do acervo presidencial foi negociada com o Instituto Lula como contribuição privada, depois que ele deixou o governo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Boa notícia para quem achava que a Lava Jato havia esquecido de Lularápio. #agoravai

    1. É que o juiz Moro tava de férias e o Judiciário em recesso. Mas o canalha mor não vai se livrar assim tão fácil. Acredito na sua prisão.

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Judiciário

Lula perde ação contra O Globo no “caso Triplex”

Lula perdeu a ação que movia por danos morais contra repórteres de O Globo por causa de reportagem sobre o triplex do Guarujá. Na sentença, o juiz Mauro Nicolau Jr acusa a assessoria de imprensa do Instituto Lula de conduta “contraditória” e defende a atuação livre da imprensa.

“Censurar que a imprensa noticie fatos nebulosos seria inviabilizar o trabalho jornalístico/investigativo da imprensa, inerente ao seu direito constitucional de liberdade de expressão.”

Para Nicolau Jr, se há investigações criminais em curso sobre obras do edifício em que Lula seria proprietário de unidade, ou que sua esposa teria quotas conversíveis em unidade do edifício, “tal fato não deve passar despercebido pela imprensa”.

“Os réus, dessa forma, não praticaram qualquer ato ilícito, não tendo extrapolado os limites do seu direito de liberdade de expressão e, consequentemente, de liberdade de imprensa.”

O juiz considerou improcedente a ação e condenou Lula a pagar as custas processuais.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. A ficha ainda está caindo para esse sujeito e, pelo visto, cairá em câmera lenta mesmo depois que ele for preso. Ele simplesmente não está acreditando que já não é mais o TODO PODEROSO.

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