Judiciário

Lula mente ao dizer que Fachin reconheceu sua inocência

Foto: Reprodução/Lula/YouTube

Lula usa a decisão de Edson Fachin, que decretou a incompetência da 13a Vara Federal, para dizer que foi absolvido.

Ele diz que o voto do Fachin reconheceu “que nunca teve crime cometido por mim, que nunca teve envolvimento meu com a Petrobras“.

O que o ministro fez foi ceder ao entendimento da Segunda Turma, que passou a tirar de Curitiba vários outros processos considerados “sem conexão” com o petrolão. Fachin mandou todas a provas dos crimes de Lula para a Justiça Federal em Brasília.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Não estava pensando em votar em ninguém para presidente na próxima campanha, porém, vou votar em qualquer um contra o PT. Não tem cabimento o crime compensar nesta país.

  2. Pra esclarecer: Fachin anulou todos atos decisórios e condenações de Lula nos processos da lava jato. Então, considerando a presunção de inocência, já que não há condenação alguma, ele foi sim inocentado (que não se confunde com absolvido). Tanto que agora ele voltou a estar elegível.

  3. Só um doente pra acompanhar um safado desse. Mas como a maioria dos apoiadores são débios, e sem esclarecimentos, irão acreditar na “inocência” do maior ladrão da história mundial.

  4. Mesmo depois de passar mais de 01 ano na cadeia, não aprendeu nada e continua sem respeitar o povo, soltando suas mentiras. É profissional do ilusionismo verbal. Mas o povo sabe muito bem quem ele é, não adianta nada suas estórias que só convencem seus seguidores que acham que ele é "a alma mais honesta do mundo".
    Não sabe de nada que seja sobre todo seu histórico de corrupção.
    Quem tem como aliado e amigos os ditadores de Cuba, Venezuela, Irã e os treinir a ditadores da Argentina e Bolívia, nem precisa ser apresentado, já diz quem é e para quê veio.

  5. Esse encantador de pessoas. A única coisa que fez em toda sua vida. Mentir Bolsonaro 2022. Avante Brasil.

  6. Naro já está vendo Lula no retrovisor. Se Naro errar a marcha ou escorregar numa curva, o Véio Lula assume a primeira colocação.

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Economia

A semana que pode salvar a Itália e dizer quando a crise vai acabar

No meio da morte, desponta uma flor: da Itália pode vir resposta para pergunta que o mundo inteiro faz Flavio Lo Scalzo/Reuters

Será que o pico está começando a passar?

Esta é a pergunta que, mesmo com todas as cautelas, paira nas mentes e corações de muitos.

Três números a sustentam, ainda fragilmente: 793, 651, 601.

Equivalem aos mortos no sábado do pico, no domingo e ontem.

Pela marcha do avanço massacrante do vírus, na segunda seria atingida a terrível marca dos mais de mil mortos, explodindo para dobrar o número de vítimas em toda a China (eram 6.078 ontem).

“É cedo demais para dizer”, insistem todos os especialistas.

“Ainda não atingimos a fase mais aguda da contaminação e os números continuam a subir”, avisou o primeiro-ministro Giuseppe Conte.

Mas cientistas como Michael Levitt, um biofísico de Stanford e Nobel de Química em 2013, estão dispostos a se arriscar.

Obviamente, com base em números.

Levitt estudou os números da China e, com base neles, dispõe-se a falar o que o mundo inteiro quer ouvir: “Nós vamos ficar bem”.

Acha que a epidemia não vai se estender durante meses e até anos, como projetam outros especialistas.

O cientista identificou a tendência na China no dia 31 de janeiro, quando as mortes passaram de 42 para 46.

Apesar do aumento, o ritmo das mortes estava diminuindo.

“Vão diminuir mais ainda ao longo da semana”, escreveu. Três semanas depois, garantiu que o pico tinha passado. Fez até uma previsão incrível: a China acabaria tendo cerca de 80 mil casos da nova doença e cerca de 3.250 mortes.

Com Wuhan finalmente saindo da quarentena, as barreiras nas ruas sendo retiradas e moradores saindo de casa para seguir as ordens de “restaurar plenamente” a produção, mesmo em meio a desconfiança nas informações do governo, a China tinha 3.277 mortes pela contagem mais recente e 81.171 contagiados registrados.

Levitt tem nacionalidade americana, britânica e israelense e muitos contatos na China por causa do trabalho da mulher, estudiosa de arte chinesa.

Entrou de cabeça no assunto quando o índice de aumento na província de Hubei estava em 30% por dia – uma fase que está sendo vivida e ultrapassada pela Europa agora.

“Não sou especialista em influenza, mas sei analisar números. Isso é crescimento exponencial”, disse o cientista ao Jerusalem Post.

Se continuasse assim, o mundo inteiro estaria contaminado em 90 dias.

Atingiu o ápice diário de 4.700 novos casos em 6 fevereiro, mas a partir do dia seguinte, começou a refluir.

“O número de novas infecções começou a cair linearmente e não parou mais. Uma semana depois, aconteceu o mesmo com o número de mortes. Esta mudança dramática na curva marcou o ponto médio e permitiu uma previsão melhor sobre quando a pandemia iria acabar”.

Os modelos exponenciais calculam que cada pessoa pode contagiar mais 2,2 e assim continuará a fazê-lo, encontrando novas pessoas.

“Mas no nosso círculo social, encontramos basicamente as mesmas pessoas”, diz Levitt.

As “novas” são em ambientes públicos. Daí a importância do distanciamento e até do isolamento.

Levitt tem outras análises fora do senso comum. Basicamente, acha que a maioria das pessoas é naturalmente imune ao vírus.

Como fazer uma afirmação dessas, ousada, perigosa ou até potencialmente criminosa?

Nas condições “extremamente confortáveis” para a propagação do novo corona no navio de turismo Diamond Princess, onde todos os passageiros e tripulantes ficaram trancados numa tétrica quarentena, “apenas 20% foram infectados”.

Em Wuhan, o índice total de infectados foi de 3%.

Com suas análises audaciosas, Levitt responde, mesmo indiretamente, a pergunta mais desesperadamente presente: quando isso vai acabar.

É, evidentemente, a mais crucial das perguntas, tanto em termos de decisões para a saúde pública quanto para a economia – e a política, claro.

Donald Trump, por exemplo, já deu sua opinião: quer retomar logo a produção ou até mantê-la em áreas pouco afetadas dos Estados Unidos, onde já há mais de 40 mil casos com testes positivos.

“A América irá, e em breve, abrir as portas para os negócios.”, disse ele ontem.

“Muito breve. Bem mais cedo do que os três ou quatro meses que estão sugerindo. Não podemos deixar a cura ser pior que o problema”.

Como decidir isso é a pergunta de quatro trilhões, ou mais, de dólares.

Minimizar o número de vítimas da epidemia e conciliar isso com a ressuscitação da economia são tarefas vitais que precisam ser respondidas ao mesmo tempo, em plena crise.

Da pequena fresta de esperança que se abriu na Itália, onde gerações de cidadezinhas inteiras de idosos estão morrendo e sendo enterrados na solidão do coronavírus, talvez despontem também as primeiras respostas.

Veja

 

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