Política

Por unanimidade, Comissão de Justiça da Câmara do Rio decide a favor da cassação de Dr. Jairinho

Foto: Divulgação/Polícia

A Comissão de Justiça e Redação da Câmara Municipal do Rio — órgão responsável por aceitar ou rejeitar denúncias contra os vereadores — decidiu, por unanimidade, aceitar a cassação do mandato de Jairinho (afastado pelo Solidariedade). A sessão entre os três membros da comissão, os vereadores Inaldo Silva, Alexandre Isquierdo e Dr. Gilberto, foi realizada às 14h30 desta segunda-feira.

A denúncia tinha sido encaminhada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar há uma semana. O conselho aprovou,também por unanimidade, o afastamento do vereador, preso no dia 8 de março pela acusação de torturar e matar o seu enteado, o menino Henry Borel, de 4 anos.

Agora, o caso voltará para o Conselho de Ética, quando haverá o sorteio do relator e um prazo de 45 dias para ouvir o vereador e as testemunhas. Depois, o caso segue para o plenário, com voto aberto de pelo menos dois terços dos vereadores.

Na semana passada, os sete membros do Conselho de Ética tiveram acesso aos autos do inquérito policial, que puderam examinar por 48 horas. A avaliação predominante é a de que o decoro parlamentar foi quebrado por abuso de poder e tráfico de influência. O parlamentar tinha sido eleito como membro deste mesmo conselho no dia 11 de março. Já da Comissão de Justiça, o vereador foi formalmente destituído no dia 19 de março, quando também foi expulso do partido Solidariedade.

Confira o rito previsto a partir da representação contra o vereador:

Após a aceitação, a Comissão de Justiça e Redação encaminhará a denúncia de volta ao Conselho de Ética;

Ao receber a representação, o Conselho de Ética sorteia um relator, que cita o vereador representado, no prazo de cinco dias.

O relator abre o prazo de dez dias úteis para o vereador apresentar defesa escrita e provas;

Apresentada a defesa, o Conselho de Ética incia a fase de instrução do processo, pelo prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 15 dias;

Concluído o prazo, o relator dá parecer em até cinco dias úteis, concluindo pela procedência da representação ou pelo seu arquivamento;

O parecer do relator é submetido à deliberação do Conselho de Ética em até cinco dias úteis, considerando-se aprovado se obtiver a maioria absoluta dos votos dos seus integrantes;

Concluída a tramitação no Conselho, com parecer favorável à denúncia, o processo é encaminhado à Mesa Diretora e incluído na Ordem do Dia;

A perda de mandato é decidida em votação aberta no Plenário sendo necessários votos de dois terços dos vereadores.

Relembre o caso

O vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa e Silva, foram presos em suspeita pelo envolvimento na morte da criança e serão indiciados por tortura e homicídio qualificado. Os dois foram presos em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca). Após um mês de investigação, a polícia concluiu que o vereador agredia o enteado, e que a mãe da criança sabia disso — pelo menos desde o dia 12 de fevereiro.

De acordo com as investigações, Jairinho dava bandas, chutes e pancadas na cabeça do menino. Ele, Monique e a babá do menino teriam mentido quando disseram que a relação da família era harmoniosa. Jairinho e Monique foram encontrados na casa de uma assessora do vereador. Caso sejam condenados, eles podem ficar presos por até 30 anos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Tem que ser cassado e ser preso durante 30 anos que é a pena máxima no Brasil. Enquanto isso, tem um que já matou mais de 400.000 e ainda não aconteceu nada.

  2. “Grande” jairinho, cidadão de bem, defensor da moral e dos bons costumes… Boiada em peso votou nele.

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Polícia

Delegado: Dr. Jairinho ligou para políticos para ‘acelerar burocracia’ no IML

Foto: Renan Olaz

Após a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), ligou para o governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC) e para outras pessoas do meio político.

Dr. Jairinho e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram presos temporariamente por 30 dias pela Polícia Civil nesta quinta-feira (8).

O objetivo das ligações no dia do crime, segundo o delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso, era “se garantir” e acelerar burocracias no Instituto Médico Legal (IML) da cidade.

Segundo o delegado, Jairinho queria que a tese de que a criança “passou mal, morreu e vamos enterrar logo” fosse confirmada.

Castro admitiu que recebeu uma ligação de Dr. Jairinho logo após a morte do enteado.

Em nota enviada pelo governo do estado, Castro afirmou que “limitou-se a explicar ao vereador que o assunto seria tratado pela delegacia responsável pelo inquérito e encerrou a ligação”.

Afastamento do cargo

Com a prisão preventiva, Dr. Jairinho teve sua remuneração como vereador imediatamente suspensa e ficará formalmente afastado do mandato a partir do 31º dia, de cordo com o artigo 14 do Regimento Interno da Câmara.

Ainda na tarde desta quinta-feira (8), o Conselho de Ética da casa se reunirá para discutir a situação do político, que é membro do órgão colegiado, incluindo seu afastamento imediato do cargo.

Além disso, o Solidariedade afirmou que o politico já foi afastado do partido até a conclusão das investigações.

“Aguardamos junto às autoridades competentes a apuração dos fatos com o processo de investigação e uma posição final da Justiça”, disse o Solidariedade, em nota.

CNN Brasil

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Polícia

Polícia diz que Dr. Jairinho praticou sessão de tortura contra Henry semanas antes da morte; mãe foi ao salão de beleza após enterro

Fotos: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o menino Henry Borel semanas antes da morte da criança, em março. Ainda segundo as investigações, a mãe de Henry, Monique Medeiros, sabia de agressões. Jairinho teria se trancado no quarto para bater no menino.

O casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8) na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Segundo os investigadores, a prisão ocorreu porque a mãe de Henry e Jairinho atrapalharam as investigações da morte da criança e ameaçaram testemunhas.

Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) suspeitam que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça e que a mãe sabia.

Em 12 de fevereiro, Monique descobriu que Jairinho estava no apartamento, trancado no quarto, com o Henry. A polícia descobriu que ela estranhou que ele tenha chegado cedo em casa.

Ainda segundo as investigações, no dia seguinte ao enterro do filho, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca. Três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.

A causa da morte do Henry foi por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.

A polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas e reuniu provas técnicas que descartam a hipótese de acidente — levantada pela própria mãe da criança em seu termo de declaração na delegacia.

Os policiais descobriram ainda que, após o início das investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.

A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.

Em relação a Monique, mãe de Henry, que namorava o vereador desde 2020, os policiais levantaram informações sobre o comportamento dela após a morte do filho que chamaram a atenção. Primeiro que ela chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, toda de branco, para ir à delegacia.

Múltiplos hematomas

A primeira prova importante que chegou às mãos dos investigadores foi um laudo assinado pelo médico legista Leonardo Huber Tauil, feito após duas autópsias realizadas no cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de março.

No documento, o perito do Instituto Médico Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.

A causa da morte foi por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.

G1

Opinião dos leitores

  1. Deixa o Dr. Jairnho entrar numa delegacia e depois numa penitenciária: ele vai ser julgado pela lei das grades. Vai cantar fininho e virar moça pelo resto da vida.

    1. A julgar pelo o que está na imprensa sobre ele, ele vai é encontrar companheiros lá dentro e será muito bem recebido.

  2. Trata-se de um casal de psicopatas, que merecem prisão perpétua ou pena de morte. Se o caso tivesse ocorrido num país sério, os dois iriam enfrentar A AGULHA. Aqui no Brasil vão passar 15 ou 20 anos recorrendo da sentença do tribunal do júri. Basta que eles contratem um advogado garantista, desses que cobram 2 milhões de reais de honorários e costumam frequentar o STF de bermudas.

  3. Não que o fato de o Jairinho espancar a criança nos deixe perplexo, claro que deixa, espancar uma criança indefesa, mas o que me deixa mais revoltado é aquela que o gerou em seu ventre, que o troce a vida ser no mínimo conivente com tudo isso. Se tinham problemas com o garoto porque não abriu mão de criá-lo e entregou ao Pai? Não consigo me conformar com tudo isso.

    1. Filhos tem q vim sempre em primeiro luga na vida de um pai e uma mãe q mesmo q um relacionamento,não tenha dado certo.Se conhecer uma outra pessoa tem q deixar bem claro q tem filho e q o filho é especial sim e vem sempre em primeiro lugar.meu Deus q barbaridade com essa criança,muito triste tudo isso.essa mulher não é uma mãe,é um monstro.

  4. Um crime bárbaro desse e no Brasil no máximo pegam 35 anos de cadeia. Isso se não for beneficiado por HC, recursos infinitos, entre tantos pinduricalhos existentes para deixar bandido solto. Tem bandido que não conseguiu ser inocentado e suas condenações foram providencialmente anuladas. O judiciário brasileiro não é para amadores do direito.

  5. É nessas horas que a gente se pergunta, por que no Brasil não há uma pena exemplar para esse tipo de crime. Ser preso, ficar dormindo e comendo de graça às custas do Estado é muito confortável, sinceramente muito revoltante esse fato ocorrido, só quem é Pai ou Mãe de verdade consegue sentir.

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