Economia

Empresa vai investir R$ 700 milhões em mina de Cruzeta, construir mineroduto e ampliar porto de Natal

Parece que, enfim, o porto de Natal vai deslanchar em razão dos grandes investimentos que estão previstos para os próximos anos.

A Susa Mineração, empresa formada pela indiana Zamin Ferrous e pelas brasileiras DP Projetos e Idepp, investirá R$ 700 milhões nos próximos três anos para explorar minério de ferro em Cruzeta (RN).

O aporte, cujo maior volume virá do investidor indiano, será destinado a projetos na mina, de logística e de ampliação do porto de Natal.

A intenção da empresa é construir um mineroduto de 230 km para escoar a produção. No porto, uma parceria público-privada deve garantir a construção de um píer novo para atracação.

A empresa também espera que a profundidade do mar seja ampliada de 10 metros para 17 metros para poder enviar seus produtos em barcos com capacidade para 75 mil toneladas.

O trabalho de dragagem é realizado pelo governo federal. Por enquanto, apenas barcos para 35 mil toneladas podem atracar em Natal.
Em setembro, ocorreu o primeiro embarque. Foram exportadas 32 mil toneladas para a China.
“Mais três embarques sairão neste ano”, diz o diretor da Susa e sócio da DP Projetos, José Fonseca de Oliveira.

A empresa projeta produzir até 5 milhões de toneladas por ano a partir de 2013.
“Mas isso está condicionado aos trabalhos de dragagem e logística. Por enquanto, estamos transportando por rodovia, mas isso não será possível quando aumentarmos a produção.”

A mina tem 150 milhões de toneladas de minério de ferro, segundo estudos.

As informações são do jornal Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. É bom saber que empresários sérios acreditam no potencial que nosso Porto tem a oferecer! Que sirva de exemplo para tantos outros! Valeu pela cobertura BG.

  2. Se a notícia se confirmar será uma boa… muito mais pelas reformas no porto do que pela extração do minério… enquanto estamos exportando minério pernambuco recebe uma montadora da FIAT.. o ideal seria usar o minério aqui mesmo!!!

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Política

Empresa investigada por fraude no Ipem foi parar na Câmara por indicação a Dickson Nasser

O vereador Dickson Nasser (PSB) deu as primeiras declarações sobre seu relacionamento com o proprietário da FF Construções, empresa utilizada no Ipem para contratação de fantasmas, e contratada à Câmara de Vereadores quando Dickson foi presidente da Casa.

A FF é de propriedade de Aécio Fernandes, indicado pelo MP como testa de ferro no esquema de corrupção do Ipem. Dickson declarou ao jornal Tribuna do Norte que o Aécio “é uma pessoa de bem até que se prove o contrário”.

Nasser afirmou que quem indicou a FF para locação de tendas, restruturação do prédio da Câmara e locação de veículos foi um amigo, de quem ele não se recorda. Ele entendeu ser comum que uma mesma empresa preste serviços tão distintos.

Apesar de falar em indicação, o vereador garante que a escolha da FF foi através de licitação. Nasser garantiu não ter vínculo com Rychardson Macedo, ex-diretor do Ipem, e o deputado Gilson Moura.

A suspeita do Ministério Público Estadual é de que as mesmas fraudes praticadas pela FF Construções e Empreendimentos Ltda no Ipem tenham ramificações em outros setores da administração pública.

Aécio Fernades foi assessor parlamentar na Câmara Municipal de Natal entre novembro de 2007 e abril de 2008, no gabinete de Geraldo Neto (PMDB) e na gestão de presidência de Dickson Nasser.

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Finanças

COAF informa: negócio feito por empresa do ministro Palocci é suspeito

Todo dia o Ministro Palocci vai se enrolando mais:
Leandro Colon / SÃO PAULO e Luiz Alberto Weber / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

O Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, enviou relatório à Polícia Federal comunicando que a empresa Projeto, do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, fez uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação policial. A manifestação do Coaf ocorreu há cerca de seis meses, depois de o órgão ser informado do episódio pelo banco que intermediou a transação financeira.

Fontes do Ministério da Fazenda em São Paulo revelaram ao Estado que o comunicado do Coaf à PF se enquadra no tipo de “movimentação atípica”, “operação suspeita”. Funciona da seguinte maneira: os bancos informam ao Coaf sobre transações financeiras fora do padrão. Em cima dessas informações, o órgão da Fazenda repassa à PF e ao Ministério Público relatórios quando uma empresa ou uma pessoa sob investigação aparece nos comunicados dos bancos.

No caso de Palocci, o nome da Projeto surge nas transações atípicas envolvendo uma empresa que está sob investigação pela Polícia Federal. No ano passado, a empresa do ministro adquiriu dois imóveis em São Paulo: um apartamento luxuoso de R$ 6,6 milhões e um escritório avaliado em R$ 882 mil. O Coaf não tem poder de investigação. Cabe à Polícia Federal apurar se há ou não irregularidades na transação financeira entre a empresa do ministro da Casa Civil e a que está sob investigação.

Na última terça-feira, o PSDB chegou a pedir ao Coaf informações sobre a empresa de Palocci. O órgão, no entanto, ainda não se manifestou sobre o pedido. E não deve fazer isso publicamente, por se tratar de dados sigilosos. Em 2006, Palocci abriu a Projeto Consultoria Financeira Econômica Ltda, que atuou até 2010, enquanto ele era deputado, no ramo de consultorias para empresas privadas.

O petista se nega a revelar seus clientes. Em dezembro, pouco antes de virar ministro, Palocci alterou o nome da empresa para Projeto Administração de Imóveis e o objeto social para o de administração imobiliária. Os dois imóveis comprados são administrados por sua empresa. Procurado ontem pelo Estado, Palocci informou, por meio de sua assessoria, que desconhece o episódio. Disse que não foi informado do envio do relatório do Coaf à PF.

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