Saúde

Imunidade ao coronavírus pode ser maior na população do que dizem os testes, indica estudo

FOTO: SCIENCE PHOTO LIBRARY

Pessoas que apresentam resultados negativos em testes de anticorpos contra o coronavírus podem, ainda assim, ter alguma imunidade ao vírus, indica um estudo do Instituto Karolinksa, na Suécia.

Na pesquisa, feita com 200 pessoas, os cientistas verificaram que para cada pessoa que teve resultado positivo em testes para anticorpos contra o Sars-Cov-2 (vírus que causa a covid-19), duas tinham células T específicas capazes de identificar e destruir células infectadas.

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue.

Essa presença das células T capazes de identificar e destruir células infectadas com o coronavírus mesmo em pessoas que não têm anticorpos específicos para o vírus foi observada também em pessoas que tiveram casos leves ou sem sintomas de covid-19.

Mas ainda não está claro se isso apenas protege esse indivíduo ou se também pode impedi-lo de transmitir a infecção a outras pessoas.

A pesquisa já foi submetida para uma publicação científica, mas ainda não foi publicada nem passou oficialmente por peer review (avaliação de outros cientistas).

Mas o imunologista Danny Altmann, professor do Imperial College de Londres, disse que o estudo é “robusto, impressionante e completo” e que ele acrescenta dados a um crescente corpo de evidências de que “o teste de anticorpos subestima a imunidade”.

Entre as pessoas que participaram do estudo, algumas eram doadoras de sangue e outras foram rastreadas no grupo de primeiras pessoas infectadas na Suécia — que tinham voltado ao país vindo principalmente de áreas afetadas anteriormente, como o norte da Itália.

Isso pode significar que um grupo mais amplo de pessoas tenha algum nível de imunidade à covid-19 do que indicam os testes para anticorpos.

É provável que, em algum momento, o corpo dessas pessoas tenha dado uma resposta à contaminação pelo vírus com a produção de anticorpos, mas essa reação tenha, depois, desaparecido — ou não seja detectável pelos testes atuais.

Em tese, essas pessoas devem estar protegidas se forem expostas ao vírus pela segunda vez.

Imunidade de rebanho

Apesar de os cientistas estarem encontrando mais evidências de que pode haver mais imunidade na população do que retratam os testes de anticorpos, isso não necessariamente nos aproxima da chamada “imunidade de rebanho”, de acordo com o médico Marcus Buggert, um dos autores do estudo.

É necessário fazer mais análises para entender se essas células T fornecem “imunidade esterilizante” (quando elas bloqueiam completamente o vírus) ou se podem proteger um indivíduo de ficar doente, mas não impedem que ele carregue o vírus e o transmita.

Grande parte da discussão sobre a imunidade à covid-19 se concentrou em anticorpos — proteínas em forma de Y que são específicas para cada patógeno e agem como “mísseis atingindo um alvo”, explica Buggert.

Os anticorpos se ligam ao vírus antes que ele possa entrar nas células e o neutralizam. Se os anticorpos falharem em neutralizar o vírus, ele pode entrar nas células do corpo e transformá-las em “fábricas” que produzem mais vírus.

As células T, por outro lado, têm como alvo células já infectadas e as destroem completamente, impedindo que os vírus se espalhem para outras células saudáveis. Ou seja, enquanto os anticorpos destroem os vírus, as células T destroem as células do corpo que se tornaram “fábricas de vírus”.

Assim como os anticorpos, as células T fazem parte da parte do sistema imunológico que tem uma espécie de memória. Uma vez que elas reconhecem um vírus específico, podem atingir rapidamente as células infectadas com ele e matá-las.

Pesquisadores no Reino Unido estão testando um medicamento chamado interleucina 7, conhecido por aumentar a produção de células T, para averiguar se pode ajudar na recuperação dos pacientes com covid-19.

Mais estudos são necessários

Pesquisadores do Instituto Francis Crick, do King’s College London, notaram que um grupo de 60 pacientes gravemente doentes pareceu sofrer uma queda no número de células T.

Isso não foi observado no estudo do Instituto Karolinska, que descobriu que quanto mais doente o paciente, maior o nível de anticorpos e células T que eles pareciam produzir.

A equipe da Suécia disse que são necessárias mais pesquisas para confirmar as descobertas. Embora o estudo deles seja a maior pesquisa com células T e coronavírus realizada até agora, ela ainda envolveu um grupo relativamente pequeno de pacientes.

As células T são muito complexas e muito mais difíceis de identificar do que os anticorpos, exigindo laboratórios especializados e pequenos lotes de amostras sendo testados manualmente ao longo de dias.

Isso significa que a testagem em massa de células T capazes de combater a infecção por coronavírus não é uma perspectiva muito provável no momento.

BBC

 

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Saúde

Combinação de hidroxicloroquina e zinco pode ser eficaz no tratamento de pacientes com Covid-19, indica estudo

A combinação de zinco com hidroxicloroquina está sendo testada em um estudo clínico randomizado como forma de prevenir a infecção pelo novo coronavírus. Reprodução/Getty Images

Um novo estudo mostrou que adicionar um suplemento de sulfato de zinco à combinação de hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, pode ser uma opção eficaz. De acordo com os autores, da Universidade de Nova York, essa é a primeira vez que as duas combinações – zinco, azitromicina e hidroxicloroquina contra apenas azitromicina e hidroxicloroquina – são comparadas. A pesquisa é preliminar e ainda precisa passar por revisão da comunidade científica.

Depois que Nova York se tornou o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, os hospitais da região passaram a adotar o uso de terapias ainda em fase de teste nos pacientes com a doença, incluindo o uso de hidroxicloroquina e azitromicina. Após experimentos em laboratório indicarem uma eficácia do zinco na inibição da transcrição do RNA do Sars-Cov-2 de um efeito mais robusto quando combinado com a cloroquina ou hidroxicloroquina, alguns médicos de Nova York decidiram adicionar o zinco à combinação já utilizada de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes internados com Covid-19.

Os pesquisadores da Escola de Medicina Grossman, da Universidade de Nova York, decidiram então revisar os registros de pacientes tratados com a combinação tripla e a combinação dupla e comparar os resultados. Os prontuários de aproximadamente 900 pessoas infectadas foram analisados. Metade foi submetida ao tratamento de hidroxicloroquina, azitromicina e sulfato de zinco e a outra metade recebeu apenas hidroxicloroquina e azitromicina.

Os resultados mostraram que o uso da combinação tripla diminuiu a necessidade de ventilação mecânica, admissão na UTI e mortalidade ou transferência para cuidados paliativos. Também foi observado que esses pacientes tiveram uma probabilidade 1,5 vezes maior de receber alta e uma redução de 44% no risco de morte, em comparação com aqueles submetido à combinação dupla dos medicamentos.

Por outro lado, fatores como o tempo médio de permanência no hospital (seis dias), o período no respirador (cinco dias) e a quantidade total de oxigênio necessária não foram alterados. Vale ressaltar que este é um estudo observacional retrospectivo e, portanto, não um ensaio clínico que busca comprovar a eficácia da intervenção. A pesquisa foi publicada em um site médico de pré-impressão na segunda-feira, 11, e ainda precisa ser revisada por pares.

“O próximo passo lógico seria fazer um estudo prospectivo para verificar se isso é válido para as pessoas às quais você está aplicando zinco e, então, procurar e comparar”, disse Joseph Rahimian, especialista em doenças infecciosas e principal pesquisador, à Agência France-Presse.

A combinação de zinco com hidroxicloroquina será testada como prevenção da Covid-19. O estudo acontece nos Estados Unidos, em trabalhadores de saúde do serviço militar. Outro estudo, em andamento na Turquia, avalia a eficácia da hidroxicloroquina em combinação com zinco e vitaminas A e D na prevenção da infecção em profissionais de saúde e suas famílias.

Veja

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  1. 23 horas e os que dizem ser invenção do cientista leigo Bolsonaro ainda não se manifestaram. Uau! E olha que não sou fã dele.

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Saúde

É possível morrer de coração partido, indica estudo

ESTRESSE EXTREMO CAUSADO POR UM LUTO OU O FIM DE UM RELACIONAMENTO PODE CAUSAR PROBLEMAS NO CORAÇÃO (FOTO: PEXELS)

Um coração partido pode causar mais problemas do que se imaginava: um estudo publicado no periódico Circulation descobriu que um enfraquecimento do sistema imunológico humano pode causar danos ao coração. Essa condição costuma estar relacionada a um estresse extremo causado por choques emocionais súbitos, como o luto ou o fim de um relacionamento.

A síndrome do coração partido — ou síndrome de Takotsubo — ocorre depois que o estresse agudo faz com que os músculos do coração parem de funcionar. Pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Escócia, usaram exames de ressonância magnética para medir os níveis de inflamação no músculo cardíaco e no sangue de 55 pacientes com cardiomiopatia takotsubo aguda.

Os resultados revelaram que os pacientes com takotsubo tinham níveis mais elevados de inflamação em comparação com voluntários saudáveis, tendência que ainda estava presente pelo menos cinco meses após o evento causador.

Ao contrário de um ataque cardíaco, a síndrome de Takotsubo não causa um bloqueio das artérias que levam ao coração. Na verdade, ela enfraquece os músculos do coração, enquanto o ventrículo esquerdo incha em tamanho e forma, resultando em uma incapacidade de levar corretamente o sangue ao redor do corpo.

Ainda sem tratamento, a doença tem sintomas como falta de ar e dor no peito, que podem ser confundidos com um ataque cardíaco.

Galileu

 

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Diversos

Homens que se exercitam regularmente podem durar o dobro do tempo na relação sexual, indica estudo

Pesquisadores concluíram que fazer atividade física regularmente melhora o desempenho na cama ajudando quem sofre com uma ejaculação precoce

Já pensou em como durar mais no sexo? Homens que se exercitam regularmente podem durar o dobro do tempo na cama, indica um novo estudo. Os resultados mostram que os homens que correm, pedalam ou levantam peso durante 40 minutos todos os dias duram cerca de cinco minutos e 30 segundos para mais no sexo. Já os homens que andam menos de 30 minutos por semana duram em média três minutos e 20 segundos na relação.

shutterstock

A pesquisa de como durar mais no sexo , realizada no Hospital de Treinamento e Pesquisa de Ankara, na Turquia, foi liderada pelo médico Yildiray Yildiz. Junto com sua equipe, ele descobriu que a ejaculação precoce era mais frequente nos homens que levam um estilo de vida sedentário. “Pode-se dizer que a atividade física regular costuma ser eficaz para quem quer ter uma vida sexual de maior qualidade”, escrevem os pesquisadores no estudo.

Cerca de 250 participantes foram divididos em dois grupos, um de homens que praticam exercícios físicos regularmente e outro com os mais sedentários. Os voluntários tinham entre 18 e 45 anos, era de mesma origem étnica, mesma localização e foram monitorados durante o sexo por pelo menos seis meses.

Os pesquisadores também perguntaram aos homens qual o nível de satisfação que suas parceiras demonstraram depois do sexo. No grupo de homens que se exercitam regularmente, 76% deles acreditam que a parceira ficou completamente satisfeita. Este número cai para 56% no grupo de homens sedentários, segundo dados da pesquisa publicada no “Urology Journal”.

Como durar mais no sexo x ejaculação precoce

Em uma análise sobre o tempo de duração dos homens na cama, nenhum dos participantes do grupo que se exercita apresentou o que os pesquisadores consideraram uma ejaculação precoce. No entanto, 27% das pessoas que não se exercitaram apresentaram o problema.

A Sociedade Internacional de Medicina Sexual (ISSM) define a ejaculação precoce como aquela que ocorre dentro de um minuto após a penetração. Esse problema pode ser dividido em duas categorias: primária (quando o homem sempre teve o problema) e secundária (quando o problema se desenvolveu recentemente).

Leia também: Tem ejaculação precoce e quer durar mais no sexo? Deles responde se é possível
As causas da ejaculação precoce primária são muitas vezes psicológicas, como ter uma experiência sexual traumática na infância ou adolescência. A ejaculação precoce secundária pode ser causada por fatores psicológicos e físicos e tem sido associada ao consumo excessivo de bebida alcoólica.

Quem sofre com essa condição pode ter dificuldade de conseguir descobrir como durar mais no sexo , pois os especialistas dizem que a ejaculação precoce causa estresse, desconforto, angústia e até mesmo cria uma resistência a ter relações sexuais.

IG

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Diversos

Fantasias sexuais podem melhorar os relacionamentos, indica estudo

De acordo com pesquisa feita em Israel, quem fantasia com o parceiro tende a olhar mais para o lado bom da relação e esquecer o que há de ruim

Ter e realizar fantasias sexuais com o parceiro pode ser o segredo que você tanto procurava para um relacionamento perfeito. De acordo com um estudo realizado pelo Centro Interdisciplinar de Herzliya, em Israel, esse hábito pode melhorar a comunicação dos casais e, consequentemente, o convívio dos pombinhos.

Foto: shutterstock

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram quatro testes com voluntários. Nas duas primeiras etapas, todos estavam envolvidos emocionalmente com alguém e foram orientados a pensar em fantasias sexuais com essas pessoas. Depois, os participantes da pesquisa fantasiaram com pessoas diferentes e anotaram o conteúdo desses “sonhos”.

As duas etapas já deixaram claro que os voluntários que falaram sobre suas fantasias com quem estão envolvidos emocionalmente demonstraram mais vontade de fazer sexo , sujar o corpo e ousar na cama. Para dar continuidade ao estudo, porém, os participantes escolhidos para a pesquisa tiveram de registrar suas rotinas sexuais ao longo de três semanas.

Em um papel, eles anotaram suas percepções positivas e negativas das transas e, mais uma vez, mostraram que as fantasias entre os comprometidos são melhores. Para os estudiosos, os casais que fantasiaram com seus parceiros passaram a prestar atenção em mais aspectos positivos do relacionamento . Além disso, para realizar o que sonham precisaram ser abertos com quem vivem e o diálogo, é claro, contribui para os relacionamentos.

Ao Delas , a terapeuta de casais Elisabete Kuns fala sobre essa importância de ousar no sexo e realizar desejos com os parceiros. Para ela, muitas mulheres sentem vergonha de expor que sentem vontade de experimentar outras posições ou até mesmo desejos mais estranhos, mas é preciso superar essa timidez em nome da felicidade. O resultado da pesquisa, inclusive, é um argumento a mais para motivar quem não costuma colocar isso em prática.

“Como a relação de intimidade é uma construção, o que hoje é difícil, em outro momento, com maior esclarecimento, pode ser bem-vindo”, explica a profissional, que recomenda conversas e vídeos que possam excitar os casais para que as fantasias sexuais sejam colocadas em prática e melhorem os relacionamentos, como sugere o estudo.

IG

 

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Diversos

Um casal feliz precisa transar uma vez por semana, indica estudo

Pesquisa afirma que quantidade não é qualidade quando o assunto é sexo

Há quem diga que para ficar de bom-humor é preciso fazer sexo todos os dias. No entanto, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, transar uma vez por semana é o suficiente para ser um casal feliz.

Foto: shutterstock

A pesquisa tentou descobrir a relação entre o sexo e a felicidade ao analisar 30 mil americanos por mais de 40 anos. Essa, porém, não foi a única vez que uma instituição reconhecida quis responder quantas vezes é preciso transar, no curto período de tempo, para ser um casal feliz .

Em outra ocasião, inclusive, a Universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos, analisou 128 casais heterossexuais, com idades entre 35 e 65 anos, para abordar o assunto. Divididos em dois grupos, os participantes tiveram que informar os dias que tiveram relações sexuais e os números, mais uma vez, apontaram que fazer sexo uma vez por semana é o suficiente.

Durante a pesquisa, os integrantes do primeiro grupo não receberam nenhuma instrução sobre a quantidade de sexo que poderiam ou deveriam fazer. Já o segundo, de acordo com a Universidade, resolveu dobrar a quantidade. Para a surpresa dos pesquisadores, no entanto, a felicidade de quem transou mais vezes não foi maior.

Em 2017, de acordo com um estudo publicado pelo “Personality and Social Psychology Bulletin”, descobriu-se que afeição e conversas casuais, mais do que fazer sexo, são as maiores responsáveis pela felicidade em longo prazo.

A pesquisa foi realizada com 335 pessoas que estavam em relacionamentos. Elas responderam perguntas relacionadas à frequência com a qual faziam sexo, sobre o quão afetuosos eram na relação e sobre a quantidade de vezes em que experimentavam emoções positivas, como alegria e contentamento.

O resultado observado, de acordo com os psicólogos que conduziram o estudo, aponta que sexo é um “veículo” para que haja mais carinho, e quantidade nem sempre é qualidade. Para ser um casal feliz , portanto, investir na afeição e no carinho é uma ótima saída.

IG

 

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  1. Vou tentar diminui meu ritmo para cumprir os padrões internacionais de pesquisas transacionais ha ha ha

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Diversos

Terceira idade é a melhor para fazer sexo, indica estudo

De acordo com a pesquisa, pessoas mais velhas estão mais confortáveis com seus corpos e apostam na comunicação e na criatividade para ter prazer

Muita gente acredita que situações como alterações hormonais, menopausa e impotência sexual tornam a vida sexual das pessoas mais velhas praticamente inexistentes, mas parece que não é bem assim. Um estudo recente mostra que a terceira idade é o melhor momento para fazer sexo – e ter os melhores “resultados”.

O levantamento foi feito pelo site de relacionamentos “Match” e contou com mais de 5 mil participantes de todas as idades, etnias e classes sociais dos Estados Unidos. A análise foi publicada na pesquisa anual “Singles in America”, e os resultados indicam que as pessoas da terceira idade estão no auge. Segundo dados, mulheres estão fazendo o melhor sexo de suas vidas aos 66 anos de idade e os homens, aos 64 anos.

Os pesquisadores explicam que as relações sexuais melhoram quando as pessoas param de se basear apenas na aparência física dos parceiros. Entretanto, é uma questão que demora alguns anos para ser compreendida, por isso, os mais velhos são os que se saem melhor e têm mais satisfação na vida sexual .

Por que o sexo pode ficar ainda melhor na terceira idade?

Em entrevista ao “Yahoo Lifestyle”, a sexóloga Celeste Hirschman, explica que conforme o tempo passa e as pessoas ficam mais velhas, o corpo muda e, consequentemente, o sexo também. Com a idade, outras questões começam a aparecer, assim como novos desafios causados por disfunções hormonais.

Enquanto pessoas entre os 20 e 30 anos de idade se preocupam muito com a aparência, com a performance e com o que o parceiro está pensando para realmente conseguir aproveitar o sexo, os mais velhos estão mais confortáveis consigo mesmos. Eles apostam nas preliminares e buscam conseguir atingir o orgasmo de formas mais “criativas” e não apenas com a penetração, o que pode aumentar o prazer e dar mais satisfação.

Outras pesquisas

Essa não é o primeiro estudo que afirma que pessoas com mais de 40 anos sentem mais prazer. Uma pesquisa da Universidade de Minnesota também mostra que o sexo fica cada vez melhor conforme as pessoas envelhecem .

A explicação são que pessoas da terceira idade tendem a absorver experiências de relacionamentos passadas como aprendizado e usam isso para melhorar as futuras relações sexuais. Além disso, o esforço investido na experiência também são mais significativos. “A mudança de prioridades foi a chave para determinar a qualidade sexual das pessoas mais velhas”, Miri Forbes, umas das líderes do estudo.

IG

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  1. Sou um idoso ativo, gosto de uma boa cerveja e fazer amigos pela internet.

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Diversos

Duas vezes mais mulheres do que homens perdem interesse em sexo no casamento, indica estudo

As mulheres têm mais que o dobro de probabilidade que os homens de perder o interesse em sexo no casamento, sugere um estudo sobre a sexualidade dos britânicos.

A pesquisa indica que, apesar de tanto homens quanto mulheres perderem o desejo sexual com a idade, as mulheres são mais afetadas por relacionamentos mais longos.

No total, 15% dos homens e 34% das mulheres entrevistados disseram ter perdido o interesse no sexo por três meses ou mais no ano anterior.

Para os homens, a falta de interesse era maior entre as idades de 35 a 44 anos, enquanto para as mulheres o ápice era entre os 55 e os 64 anos.

De maneira geral, problemas de saúde e a falta de uma proximidade emocional afetam o desejo sexual de homens e mulheres.

As conclusões foram baseadas na experiência de quase 5 mil homens e 6,7 mil mulheres segundo uma pesquisa publicada no jornal científico BMJ Open.

Os pesquisadores britânicos envolvidos na pesquisa afirmaram que a falta de desejo sexual deveria ser tratada levando em consideração a pessoa como um todo em vez de simplesmente usar medicamentos.

‘Dor e sofrimento’

De acordo com a terapeuta sexual Ammanda Major, perder o interesse no sexo não é necessariamente anormal e há vários motivos diferentes para as mudanças nas necessidades de homens e mulheres.

“Para alguns, é uma situação natural e normal, mas, para outros, pode ser causa de dor e sofrimento”, disse.

Segundo os pesquisadores envolvidos na pesquisa, da Universidade de Southampton e University College London, não há evidências de que a menopausa seja um fator para as mulheres.

No entanto, eles descobriram que ter filhos pequenos em casa era especialmente desestimulante para as mulheres.

Problemas de saúde física e mental, falhas de comunicação e uma falta de conexão emocional durante o sexo eram as principais razões para homens e mulheres perderem o interesse.

Cinco dicas para reacender o interesse no sexo

Comece a falar sobre o assunto com o parceiro ou parceira em vez de fingir que ele não existe – ignorá-lo pode provocar outros problemas e criar ressentimentos. Se isso não funcionar, encare a razão por que você não quer falar sobre isso;

Explore outras formas de intimidade, como dar as mãos, falar com doçura um com o outro, trocar carícias e fazer cafuné em vez de buscar o ato sexual;

Sentir que você não é ouvido é uma barreira para o sexo – então faça seu parceiro se sentir respeitado e importante;

Procure um apoio extra como um terapeuta sexual, uma terapia de casal ou o seu médico;

Relaxe – muitos relacionamentos funcionam muito bem mesmo sem sexo, se é um ponto alcançado por ambos ao mesmo tempo.

Na Pesquisa Nacional de Atitudes e Estilos de Vida Sexuais na Grã-Bretanha, aqueles que achavam “sempre fácil falar sobre sexo” com seu parceiro tinham menos probabilidade de dizer que perderam o interesse.

Já aqueles cujo parceiro tinha dificuldades sexuais ou os que estavam menos felizes em suas relações tinham maior probabilidade de dizer que haviam perdido o interesse no sexo em algum ponto da relação, afirmaram os pesquisadores.

Entre as mulheres, o estudo descobriu que “não compartilhar o mesmo nível de interesse sexual que o parceiro e não ter as mesmas preferências sexuais” também era um fator para a perda de interesse no sexo.

Problemas de comunicação é uma das principais razões para homens e mulheres perderem o interesse sexual

Cynthia Graham, professora de saúde sexual e reprodutiva da Universidade de Southampton, disse que as descobertas aumentaram o entendimento do que está por trás da falta de interesse no sexo e como tratá-la.

“Isso realça a necessidade de lidar e – se necessário – tratar problemas de desejo sexual de uma maneira holística e específica em termos de relacionamento e gênero”.

Graham acrescentou que esse não é um problema que pode ser resolvido apenas com uma pílula.

“É importante olhar além dos antidepressivos”, disse Graham.

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) recentemente aprovou a primeira droga voltada para aumentar a libido feminina, a flibanserin, apelidada de “viagra feminino”.

“Sexo é algo muito importante e falar sobre isso pode ser constrangedor. Mas conversar muitas vezes é a melhor coisa que você pode fazer para melhorar a sua vida sexual.”

Realidade brasileira

O estudo a nível nacional mais recente feito no Brasil indicou que há uma diferença entre homens e mulheres em relação à frequência ideal de relações sexuais por semana.

A pesquisa Mosaico 2.0, feita pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), concluiu que o número ideal de relações por semana para as mulheres seria três vezes, enquanto para os homens seriam oito.

Por outro lado, sexo foi considerado essencial para ambos os gêneros – 95,3% dos entrevistados afirmaram que o sexo é importante ou muito importante para a harmonia de um casal. Desses 95,3%, 96,2% eram homens e 94,5%, mulheres. A pesquisa ouviu 3 mil participantes com idade entre 18 e 70 anos.

BBC

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  1. Por isso que afirmo: não há nada demais na multiplicidade amorosa, afinal, quem dita as regras do próprio corpo é da mulher. Quem não conhece que exerça esta saudável prática para o casamento.

  2. Enquanto os coxinhas estão falando besteira na internet, o Ricardão está suprindo a esposa…

    1. Qual tem maior necessidade na vida a mulher ou dinheiro no bolso?

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Diversos

Casamento eleva sobrevida de cardíacos e diabéticos, indica estudo

O casamento parece fazer bem para a saúde de pessoas com risco de sofrer doenças cardíacas. Uma pesquisa sugere que os casais têm um apoio social maior, o que os leva a buscar um estilo de vida mais saudável e aderir melhor à medicação.

O estudo foi apresentado na conferência da Sociedade Cardiovascular Britânica, em Manchester, no Reino Unido. Ele analisou dados de saúde de quase um milhão de britânicos por mais de uma década.

E mostrou que, entre os que têm fatores de risco cardíaco – colesterol alto, hipertensão, diabetes tipo 2 -, os solteiros têm uma taxa de mortalidade maior do que os casados.

Felicidade conjugal?

Paul Carter e seus colegas da Escola Médica da Universidade de Aston já tinham mostrado em estudos anteriores que o casamento aumenta as chances de sobreviver a um ataque cardíaco.

Sua mais recente pesquisa indica razões para isso: eles suspeitam que o casamento ajuda a amortecer fatores de risco de doenças cardíacas, incluindo colesterol alto e hipertensão.

Homens e mulheres por volta dos 50, 60 e 70 anos com colesterol alto eram 16% mais propensos a estarem vivos ao final dos 14 anos de estudo se eram casados. A mesma tendência se verificou nas pessoas com diabetes tipo 2 e hipertensão.

A situação era menos clara para pessoas que vivem juntas sem serem casadas, além de divorciadas e viúvas. Os pesquisadores também não analisaram se as pessoas casadas estavam em casamentos felizes.

Eles suspeitam que o casamento traz efeitos “protetores”, e que estes resultam no que chamaram de “apoio social maior” que ajuda na busca por “um estilo de vida saudável e melhor adesão a medicações”.

“Precisamos entender melhor essas razões, mas parece que existe algo em estar casado que é protetor, não apenas em pacientes com doenças do coração, mas também as que têm fatores de risco para as enfermidades”, disse Carter.

“No entanto, não estamos dizendo que todos deveriam se casar. Precisamos replicar os efeitos positivos do casamento sobre a rede social (de solteiros) que tem base em família e amigos”, acrescenta.

Para Mike Knapton, diretor médico associado da Fundação Britânica do Coração, que não teve relação com o estudo, comentou, “a mensagem que fica é que nossas interações sociais são determinantes importantes de saúde e bem-estar naqueles que têm fatores de risco como pressão alta”.

“Independente de ser casado ou não, você pode apelar para os que você ama para ajudá-lo em lidar com os fatores de risco para doenças cardíacas”, acrescenta.

Fatores de risco cardíaco:
• fumar
• pressão alta
• colesterol alto
• diabetes
• estar acima do peso/obeso
• sedentarismo
• histórico familiar de doença cardíaca
• idade (o risco aumenta com o envelhecimento)

R7, com BBC Brasil

 

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Diversos

Nordeste pode ter novo surto de zika ainda neste ano, indica estudo

Foto: James Gathany/Centers for Disease Control and Prevention via AP

Um ano após ter sido considerado emergência global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em meio a um surto no Nordeste brasileiro, o vírus Zika volta a ser uma preocupação para pesquisadores.

A doença causada pelo vírus, a zika, raramente leva à morte, mas, em mulheres grávidas, pode causar malformações no feto – e foi ligada ao nascimento de milhares de bebês com microcefalia desde o segundo semestre de 2015, principalmente na região Nordeste.

Novas descobertas sobre o comportamento do vírus, divulgadas na revista do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC), indicam que o Nordeste poderia ter um novo surto de grandes proporções ainda este ano.

“Havia uma percepção de que a maioria da população estaria imune ao vírus após o primeiro surto, mas agora isso caiu por terra. Devemos acender o alerta”, disse à BBC Brasil Carlos Brito, membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Até agora, os pesquisadores consideravam que, ao entrar em contato com uma população ainda não exposta a ele, o vírus Zika tinha a capacidade de atacar cerca de 80% das pessoas – o que significaria, em teoria, que a maior parte da população estaria imunizada contra um segundo ataque.

A estimativa, feita pela OMS e utilizada pelo Ministério da Saúde, se baseava em um estudo sobre o surto de zika nas ilhas Yap, na Micronésia que, segundo Brito, não parecia correto.

“Aquele estudo tinha muitas lacunas de metodologia e de amostra. Com base na nossa observação cotidiana dos casos já percebíamos que aqueles dados não eram coerentes.”

Uma revisão dos dados da epidemia na Polinésia Francesa feita por cientistas franceses e polinésios, mostra que, na verdade, o vírus ataca cerca de 49% de uma população no primeiro contato.

“Esse resultado significa que metade da população entrou em contato com o vírus e a outra metade ainda está exposta. O medo agora é que em 2017 ou 2018 possamos ter um retorno da doença para esses 50% que ainda não foram atingidos”, explica Brito.

“E ainda não temos evidências concretas de que as pessoas que já foram infectadas ficam realmente imunes. É o que geralmente acontece com as arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos), mas ainda não há certeza no caso do Zika.”

Sem sintomas?

Outra estimativa inicial da OMS, também baseada nas estatísticas da Micronésia e agora questionada pelos novos dados, é a de que 80% das pessoas que contraem a doença não apresentam sintomas.

“Neste novo estudo sobre a Polinésia, eles já dizem que só 56% das pessoas que tiveram a doença não apresentavam sintomas. Ainda não temos um novo percentual definitivo, eu vejo um percentual até menor na clínica, mas já sabemos que é bem menos que 80%”, afirma Brito.

“Nós analisamos 87 gestantes que tiveram Zika e 70% delas tinham sintomas, especialmente o rash (vermelhidão e coceira no corpo). No surto aqui, as emergências ficavam lotadas com pacientes com o mesmo sintoma.”

Se o Nordeste, que já foi atingido fortemente pelo vírus, não está imune, outros Estados brasileiros têm ainda mais razões para se preocupar, segundo o pesquisador.

“Nem sempre se tem um surto grande em todo o país quando um vírus entra. Os surtos ocorrem com intensidades diferentes em locais diferentes. A dengue está no Brasil há 30 anos e só agora consideramos que São Paulo teve um surto expressivo, por exemplo”, diz.

O Brasil ainda não tem, segundo ele, estimativas da soroprevalência do vírus em cada Estado. Por isso, ainda não é possível saber quantas pessoas foram infectadas no primeiro surto em cada local.

“É um grande erro achar que o Zika e a microcefalia foram um problema só de Pernambuco. Ou só do Nordeste.”

‘Para ficar’

No segundo semestre de 2015, quando médicos registraram um aumento incomum no número de bebês nascendo com microcefalia em Pernambuco, Carlos Brito foi o primeiro especialista a levantar uma possível conexão entre as malformações e o vírus Zika.

Começavam a aparecer as consequências mais graves do surto da doença, que tinha atingido pela primeira vez o Estado, e que teve um pico entre março e abril daquele ano.

Com o aumento de casos de microcefalia – uma malformação no cérebro – e de outras complicações causadas pelo Zika, que também chegava a outros países das Américas, a OMS declarou, em 1º de fevereiro de 2016, que o vírus era uma “emergência global”.

Nos meses seguintes, o vírus chegou a 75 países e passou a circular em todos os Estados brasileiros.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil teve 214 mil casos prováveis de Zika desde fevereiro de 2016, quando a notificação dos casos tornou-se obrigatória, até 17 de dezembro. Cerca de 11 mil infecções em gestantes foram comprovadas.

Em novembro do ano passado, o status emergencial foi retirado pela OMS, mas em entrevista coletiva, o diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde do órgão, Pete Salama, disse que o vírus “veio para ficar”.

No Nordeste, especialmente em Pernambuco, o surto de Zika foi seguido pelo forte ataque do vírus da febre chikungunya, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Os vírus da dengue, da chikungunya e da zika competem entre si dentro do mosquito, de acordo com Carlos Brito. Isso explica por que os surtos não ocorrem ao mesmo tempo e também indica que um retorno do Zika pode estar próximo.

“Os Estados do Nordeste que tiveram agora surtos de chikungunya tendem a ser atacados por outro arbovírus em seguida. Geralmente é assim que ocorre. E o número de casos de dengue aqui tem sido baixo, porque o vírus já circula há 30 anos. Por isso, o Zika é novamente o principal candidato.”

“Imaginamos que, com os três vírus circulando, uma nova epidemia de Zika não seria tão grande quanto em 2015, mas ainda não podemos afastar essa possibilidade. A população não está protegida dos casos de microcefalia e de complicações neurológicas”, afirma.

Sudeste

Pelo mesmo motivo, a região Sudeste, especialmente São Paulo, também pode estar mais vulnerável aos vírus da zika e da chikungunya, diz ele.

“Baixamos um pouco a guarda na vigilância e o mosquito está disseminado. Tanto é que batemos recordes de casos de dengue em 2015 e em 2016. Em São Paulo tivemos o primeiro surto expressivo de dengue em 30 anos. Este ano, zika ou chikungunya são candidatos fortes.”

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil teve quase 1,5 milhão de casos de dengue de janeiro a 24 de dezembro de 2016 – o surto foi maior na região Sudeste.

No início de janeiro, o Ministério da Saúde afirmou ter repassado R$ 178 milhões a Estados e municípios para ações de vigilância e combate ao Aedes aegypti.

A pasta também anunciou que será obrigatório para todos os municípios de mais de 2 mil habitantes realizar o Levantamento Rápido do Índice de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), que identifica os locais onde há focos do mosquito. Até então, os municípios podiam escolher se aderiam ou não ao levantamento.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Estão falando isso agora, quando começar o surto fica todo mundo desesperado, não deviam prevenir já agora?

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Diversos

Crianças que chupam o dedo ou roem as unhas têm menos alergias, indica estudo

thumbsucker-1257529-639x480_1Segundo estudo, crianças que chupam dedo têm menos chance de desenvolver alergia (Foto: FreeImages.com/Peter Skadberg)

Embora geralmente sejam vistos com maus olhos, os hábitos de chupar o dedo ou roer as unhas podem ter efeitos positivos, segundo um novo estudo realizado na Nova Zelândia.

O trabalho publicado no periódico científico Pediatrics indica que crianças que fazem isso têm menos chances de desenvolver alergias – ao serem expostas a germes, seus sistemas imunológicos ficariam mais resistentes.

A pesquisa chegou à conclusão de que os dois comportamentos preveniram reações alérgicas entre 1 mil pessoas avaliadas periodicamente entre os 5 e os 32 anos de idade.

Mas esses hábitos não tiveram qualquer efeito sobre a probabilidade de se desenvolver asma, uma condição que pode ser causada por reações alérgicas, ou febre dos fenos, um tipo de alergia ao pólen de algumas plantas.

Os cientistas verificaram se os participantes do estudo chupavam o dedo ou roíam as unhas quando eles tinham 5, 7, 9 e 11 anos. Depois, foram testados para alergias aos 13 e aos 32 anos.

Um terço das crianças mantinham estes hábitos. Aos 13 anos, elas tinham 30% menos chances de terem reações alérgicas a coisas como ácaros ou pelos de cachorro ou gato em comparação com aquelas que não chupavam o dedo ou roíam as unhas.

E essa proteção aparentemente é mantida na idade adulta, segundo os cientistas da Universidade de Otago.

O pesquisador Malcom Sears, da Universidade McMaster, no Canadá, diz que, “apesar de não serem hábitos recomendáveis ou a serem incentivados, parecem ter um lado positivo”.

Holly Shaw, da Allergy UK, organização sem fins lucrativos que dá apoio a pessoas alérgicas no Reino Unido, destaca que “pesquisas em outros países apoiam essa teoria da influência do meio ambiente e de micróbios presentes no sistema digestivo sobre as chances de uma pessoa desenvolver uma alergia alimentar”.

“Ter animais de estimação em casa, irmãos mais velhos ou viver em uma fazenda também já foram identificados como fatores ambientais que podem influenciar no desenvolvimento de uma condição alérgica.”

Bem Estar, Globo

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Diversos

Nossa civilização derrubou quase 50% das árvores do mundo, indica estudo

mapa-arvores-no-mundo-tag-renewUm novo censo mundial de árvores da Terra estima que mais de 3 trilhões delas habitam o nosso planeta. Apesar de ser uma quantidade considerável, o levantamento indicou que o número representa apenas 50% do que existia antes da civilização humana.

O estudo é classificado como o inventário mais preciso da população de árvores da Terra até o momento, revelando que existem 3,04 trilhões de árvores, o que é equivalente a 422 árvores para cada pessoa no planeta. Os pesquisadores usaram imagens de satélite, inventários florestais e tecnologias de supercomputação para calcular o número de árvores. A nova estimativa encontrou cerca de 7,5 vezes mais árvores do que levantamentos anteriores, disseram os cientistas.

Os pesquisadores também utilizaram mapas atuais e históricos com projeções de cobertura florestal, fornecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente, para estimar a perda das árvores ao longo do tempo. Eles descobriram que o número total de árvores na Terra caiu perto de 46% desde que a civilização começou.

O estudo também descobriu que a maior densidade de árvores ocorre nas regiões subárcticas da Rússia, Escandinávia e América do Norte. As maiores áreas de floresta, no entanto, estão nos trópicos, que acolhem 43% das árvores do mundo, disseram os cientistas.

A atividade humana é a principal razão para o desaparecimento de árvores, principalmente por meio do desmatamento, uso da terra e práticas de manejo florestal, segundo a pesquisa. Estes efeitos combinados contribuem para a perda de 15 bilhões de árvores em todo o mundo a cada ano, acrescentaram os cientistas. A pesquisa foi publicada na revista Nature e conduzida por Thomas Crowther, da Yale School of Forestry & Environmental Studies de New Haven, Connecticut.

Veja abaixo o vídeo sobre o estudo (em inglês):

History

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