Trânsito

Paris limita velocidade de carros a 30 km/; objetivo é tornar a cidade mais segura, silenciosa e menos poluída

Foto: © REUTERS/Charles Platiau/Direitos Reservados

As autoridades francesas esperam que as ruas de Paris fiquem mais seguras, silenciosas e menos poluídas a partir desta segunda-feira (30), com a entrada em vigor de um novo limite de velocidade para motoristas de 30 quilômetros por hora (km/h).

A cidade quer encorajar as caminhadas, o ciclismo e o uso do transporte público, disse o vice-prefeito David Belliard à Rádio Franceinfo. O novo limite de velocidade deve ajudar a reduzir a poluição, o ruído e o número de acidentes graves, disse.

“Esta não é uma medida antiautomóveis”, acrescentou Belliard.

O limite de 30 km/h já se aplica a cerca de 60% da área de Paris, mas agora cobrirá toda a cidade. No entanto, algumas vias principais, como a Champs Elysees, estarão isentas, com o limite de velocidade permanecendo em 50 km/h.

“Queremos limitar os veículos às viagens essenciais”, disse Belliard.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que conquistou um segundo mandato de seis anos em 2020, construiu quilômetros de novas ciclovias, proibiu carros antigos a diesel e tornou as margens do Sena livres de carros. Ela também está reduzindo as vagas de estacionamento na cidade, em uma tentativa de limitar o tráfego de automóveis.

A prefeitura disse que a polícia será tolerante na aplicação do novo limite de velocidade nas primeiras semanas. Outras cidades francesas com limite de velocidade de 30 km/h são Bordeax, Estrasburgo e Toulouse.

Agência Brasil, com Reuters

Opinião dos leitores

  1. Natal se adiantou a Paris. Cada dia novas lombadas(principalmente em Lagoa Nova). Coragem pra colocar mão única na Jaguarari, São José e afins, esse prefeito não tem…

  2. A SEMOB ou SEiMOB (imobilidade) copiou o modelo de Paris. Chegar em casa ou sair (utilizando a Hermes da Fonseca) virou um tormento. Em um trecho de um 1km temos 5 sinais e 2 faixas de pedestres. Para retornar só um sinal na Ângelo Varela que passam no máximo 8 carros por vez. Os moradores do lado direito da Hermes agradecem a secretaria pelo manutenção do direito de ir pois o de vir só com muita paciência.

  3. Burrice tem em todo lugar… velocidade excessivamente baixa significa mais consumo de combustivel poluente por km. O ideal pra motor a combustao seria entre 40-70km/h. Ou seja, mais fumaça e mais tempo gasto com motor ligado.

  4. Não compensa ter carros hoje. Um carro por família já resolve. Carros caros, impostos, seguro, taxas, depreciação, manutenção, custo de oportunidade etc. E ainda temos os aplicativos de transporte que amplamente disponíveis e com preço acessível. Enfim, um péssimo negócio.

  5. Não vão se basear lá não bando de burros, eles tem um sistema de transporte eficiente e de qualidade impar que ninguém precisa de carro, diferente dessa bagunça daqui, com transporte coletivo atrasado, cheios e ineficiente. Se ligue

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Geral

FOTOS: Estudo critica aparelho para perder peso que limita abertura da boca

Fotos: Universidade de Otago/Reprodução

Pesquisadores da Nova Zelândia e do Reino Unido desenvolveram um dispositivo odontológico para promover a perda de peso. Chamado de DentalSlim Diet Control, o aparelho limita a abertura da boca, fazendo com que a pessoa não consiga ingerir alimentos sólidos, apenas líquidos.

Adaptado por um dentista, o dispositivo magnético utiliza imãs que prendem os molares superiores aos molares inferiores, limitando assim a abertura da boca a apenas 2 milímetros.

O intuito do aparelho, segundo os pesquisadores, é restringir a alimentação dos pacientes obesos que desejam emagrecer a uma dieta estritamente líquida e que promova uma rápida perda de peso.

“O dispositivo pode ser particularmente útil para aqueles que precisam perder peso antes de se submeter à cirurgia e para pacientes com diabetes para os quais a perda de peso pode iniciar a remissão”, argumentam os pesquisadores.

Como funcionou o estudo

Para avaliar a eficácia e a tolerância das pessoas ao uso do dispositivo, pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e do Hospital Escola de Leeds, no Reino Unido, realizaram um estudo clínico com sete mulheres obesas que desejavam emagrecer.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica “The British Dental Journal”, da Nature.

As participantes utilizaram o mecanismo por duas semanas e passaram por consultas de revisão após 1, 7 e 14 dias de uso, onde deveriam relatar suas impressões sobre o dispositivo.

Ao fim do período, cada mulher perdeu cerca de 6,36 kg. No entanto, duas semanas após a remoção do dispositivo, houve ganho médio de peso de 0,73 kg.

Vida ‘menos satisfatória’ e constrangimento

Embora o texto afirme que “o dispositivo foi projetado de forma que a configuração mantivesse as vias aéreas, permitisse a fala e a alimentação com dieta líquida”, as pacientes relataram dificuldade em pronunciar algumas palavras.

Entre os efeitos adversos do dispositivo, as mulheres relataram desconforto intenso do atrito do dispositivo com as bochechas e indicaram que “ocasionalmente, se sentiam constrangidas, e que a vida, em geral, era menos satisfatória”.

Apesar dos apontamentos das pacientes, os pesquisadores defendem que o dispositivo não tem efeitos adversos e que o uso do aparelho pode ser uma alternativa mais barata e mais segura do que a cirurgia bariátrica.

“Portanto, sugere-se que muitas pessoas obesas podem achar este um tratamento alternativo atraente para alcançar uma perda de peso bem-sucedida”, afirmam os pesquisadores.

Alto risco de asfixia e outros problemas

Segundo o autor e vice-reitor da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Otago, Paul Brunton, o dispositivo é “uma alternativa não invasiva, reversível, econômica e atrativa aos procedimentos cirúrgicos”.

O estudo clínico, contudo, traz informações que contradizem a frase do autor.

A investigação relata que o uso do mecanismo “oferece alto risco de asfixia” caso os pacientes vomitem ou tentem ingerir alimentos sólidos.

“Foi incorporado um mecanismo de segurança que permite o desligamento do dispositivo em caso de uma emergência, como um ataque de pânico ou quando surge a possibilidade de asfixia”, afirmam os pesquisadores do estudo clínico.

Essa não é a primeira vez que é criado um dispositivo com o propósito de “fechar a boca”. Em 1980, um dispositivo semelhante se tornou popular.

Na época, pacientes que utilizaram o aparelho por cerca de 9 a 12 meses desenvolveram doença gengival. Em alguns casos, houve problemas contínuos com a restrição do movimento da mandíbula e alguns desenvolveram condições psiquiátricas agudas.

Para o dentista especializado em disfunção temporomandibular pela Escola Paulista de Medicina, Gustavo Issas, esse é um dos muitos problemas relacionados à saúde bucal que o uso prolongado do dispositivo pode proporcionar.

“O uso prolongado de um dispositivo que limita a mobilidade da mandíbula pode causar danos temporários ou até mesmo irreversíveis à articulação da face”, afirma Issas.

Para Angélica Messa Gargel, especialista em ortodontia, o uso do dispositivo também impossibilita a higiene bucal, pois dificulta o uso do fio dental e a remoção da placa bacteriana através da escovação.

“Manter a higiene bucal em dia é primordial, pois a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente e acaba sendo porta de entrada para bactérias e outros microrganismos”, afirma

O risco das dietas líquidas

Para Fernanda Imamura, nutricionista especializada em transtornos alimentares pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a restrição alimentar, seja ela qualitativa ou quantitativa, traz diversas consequências negativas para a saúde física e mental, podendo gerar ansiedade, estresse, mau humor e, em muitos casos, ter o efeito contrário ao desejado, promovendo pensamentos obsessivos com a comida.

“Na minha opinião, o dispositivo proposto no estudo desumaniza as pessoas gordas e é praticamente uma forma de tortura”, afirma Imamura.

A obesidade, segundo ela, é algo multifatorial e que “utilizar um imã para que as pessoas fiquem com a boca fechada é ignorar toda a complexidade da alimentação e do ser humano e se distancia completamente do que é promover saúde”.

Imamura explica que dietas líquidas podem ser usadas em casos muito específicos de doenças e de pós-cirúrgicos, mas não devem ser incentivadas para a população como uma estratégia para o emagrecimento ou para a promoção da saúde.

A mastigação é um ato importante, não só biologicamente por promover a movimentação da articulação do músculo, mas também porque é o primeiro passo do processo digestivo.

Além do mais, a alimentação e suas características, como aroma e sabor, envolvem um importante fator psicológico e emocional: afeto.

“Estimular dietas líquidas promove uma relação ruim com a comida, pois é uma forma de restrição alimentar muito intensa e pode ser gatilho para o desenvolvimento de transtornos alimentares”, afirma Imamura.

G1

Opinião dos leitores

  1. Vixe, igualzinho aos que os jumentos e cavalos seguidores do Lularápio usam, meu Deus, que cabresto é esse. Kkkkk

    1. 25 comentários seus na página inicial, 0 que se aproveite. Palmas efusivas para o Calígula, ele merece!

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Diversos

Comissão da Câmara debate projeto de lei que limita prêmio da Mega-Sena

Foto: Márcia Foletto

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados debate em audiência, nesta quinta-feira (dia 5), às 9h, o Projeto de Lei 2981/2019, que propõe um limite para o prêmio da Mega-Sena de 30 milhões de vezes o valor da aposta simples.

Se aprovada a proposta, os prêmios dos concursos vão acumular sempre que não houver ganhadores da Mega-Sena até alcançar o limite de 30 milhões de vezes o valor da aposta de seis dezenas. Hoje, o custo mínimo é de R$ 4,50, logo, o valor pago será de, no máximo, R$ 135 milhões. O que exceder esse valor será distribuído nos prêmios da Quina.

De acordo com o deputado Chiquinho Brazão (Avante-RJ), autor da proposta, o objetivo é democratizar e socializar os prêmios da Mega-Sena:

— Não estamos dando um teto para o prêmio. O limite vai variar de acordo com o valor da aposta de seis números. A ideia é fazer o dinheiro circular mais na economia e distribuir renda. Com um prêmio muito alto, a renda fica concentrada. Fizemos uma pesquisa e vimos que a grande maioria das pessoas gosta da ideia de aumentar o prêmio secundário, porque há mais chances de ganhar. Isso vai estimular as pessoas a apostarem mais.

Nem todos concordam com a análise, no entanto. Alguns parlamentares defendem que os grandes prêmios estimulam as pessoas a apostar. Por isso, a deputada Alê Silva (PSL-MG) solicitou a audiência pública para debater o tema.

— Pedi a audiência porque as entidades precisam expor suas opiniões. A Caixa Econômica Federal nos passou um relatório técnico que mostra que o número de apostas cresce quando o prêmio acumula. Com a limitação, menos pessoas apostariam, o que diminuiria a arrecadação do Estado.

Foram convidados para discutir o assunto na audiência o autor da proposta, o relator do projeto, Vinícius Farah (MDB-RJ), e representantes do Ministério da Economia e da Caixa Econômica Federal.

O deputado Brazão afirmou que não conversou ainda com a Caixa e com o Ministério da Economia, mas que os parlamentares estão muito favoráveis à proposta:

— Achamos que a conversa na audiência será produtiva para explicarmos a importância do projeto. Acreditamos que vamos aprovar o texto sem modificações.

Extra – O Globo

 

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