Tribuna do Norte:
O governo do Estado decidiu pedir na Justiça, ainda hoje, a declaração de ilegalidade da greve da Polícia Civil, que se arrasta há 20 dias. “A partir do ajuizamento da ação civil pública vamos apurar as faltas e cortar o ponto dos servidores grevistas”, anunciou, ontem à tarde, o procurador geral do Estado, Miguel Josino Neto, durante uma coletiva com a imprensa no auditório da Governadoria.
Miguel Josino Neto disse que, por determinação da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) será suspenso o pagamento dos salários dos agentes e escrivães da Polícia Civil, que entraram em greve no dia 17 de maio, em virtude do impasse em que se encontra a negociação entre a categoria e o governo.
Josino Neto afirmou que o governo faz um apelo para que os policiais em greve voltem ao trabalho, “para não dizer que é intransigência” e também “para garantir volta à mesa das negociações”.
Para o procurador, conciliação “implica em concessões” das duas partes “e significa em ceder e avançar em outros aspectos”. Por isso, a decisão do governo em ajuizar uma ação numa das Varas da Fazenda Pública da Comarca de Natal “não se trata de estado de animosidade e intransigência em relação à greve, reconhecida como direito dos servidores pelo governo”.
O governo está confiante numa decisão judicial favorável à decretação da ilegalidade da greve, pois o próprio Josino Neto informou que nas greves da Polícia Civil de 2007 e 2010, a Justiça também decidiu pela sua ilegalidade.
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