Política

CPI pede que STF autorize a convocação de governadores como testemunhas

Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

A CPI da Covid no Senado recorreu da decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que em junho suspendeu as convocações dos governadores para comparecerem à comissão. O entendimento da ministra chegou a ser confirmado por maioria de votos pelo plenário da Corte.

No pedido encaminhado ao Supremo, assinado pela Advocacia do Senado Federal, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pede que seja reconhecida a legitimidade constitucional dos atos de convocação de governadores como testemunhas, por não ferirem o pacto federativo e o princípio da separação de poderes.

Para a comissão, “o objeto do depoimento circunscreve-se unicamente à legalidade na aplicação de verbas federais vinculadas ao combate da pandemia, ficando os governadores autorizados a deixar de responder a perguntas que se refiram ao desempenho de competências legislativas e administrativas de seus entes federados”.

A CPI pede ainda que seja restabelecida ao Legislativo a “competência política de controle externo consubstanciada na fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta quanto à legalidade”.

Isto porque, para Rosa Weber, a competência para julgar as contas de gestores de verbas federais repassadas pela União cabe ao Tribunal de Contas da União e não ao Congresso Nacional.

“As investigações parlamentares devem visar à apuração de fatos vinculados ao exercício das competências do respectivo órgão legislativo. A fiscalização de verbas federais sujeitas ao controle de legalidade, legitimidade e economicidade desempenhado, com exclusividade, pelo Tribunal de Contas da União traduz matéria estranha às atribuições parlamentares das CPI’s”, apontou a ministra.

Para a CPI, porém, “o avanço dos trabalhos legislativos tem apontado para a provável ocorrência de delitos comuns e, inclusive, da possibilidade de violações dolosas a direitos humanos, ambos circunscritos a temáticas de competência legislativa própria da União”.

A petição da CPI foi apresentada na ação proposta pelos governadores ao STF no final de maio para evitar o comparecimento obrigatório à comissão. Os governadores tentavam impedir suas convocações sob que o argumento de que a medida viola o artigo 50 da Constituição, que não prevê a convocação do presidente da República para prestar depoimento na CPI. O entendimento de procuradores-gerais dos Estados, que elaboraram e que também assinam a peça, é que essa prerrogativa se entende aos chefes dos Executivos estaduais.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Só migué desse circo, já sabendo que não vai ser atendido. Mas de qualquer forma, vão falar que solicitaram.

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Judiciário

Advogados de George Olimpio esclarecem os motivos que levaram a defesa a arrolar Garibaldi, José Agripino, Rosalba e Carlos Augusto

Segue nota do escritório de defesa do advogado George Olimpio, denunciado pela Operação Sinal Fechado,  justificando o arrolamento de políticos como testemunhas de defesa:

Os advogados Eduardo Nobre e Fabiano Falcão, do escritório Nobre Falcão Advogados & Associados, esclarecem que não há, da parte do denunciado George Olímpio, acusado de participar de um esquema de corrupção junto ao Detran,  o propósito de causar situação incômoda ou desfavorável às autoridades arroladas na defesa, pelos seus defensores, como testemunhas. Segundo eles a  “nomeação deveu-se, tão-somente, à circunstância de o Ministério Público ter descrito, como ilícitos, fatos que tais pessoas têm conhecimento, segundo explicitações e implicitações identificadas na denúncia”, disse os advogados.

 

Do Blog: Prestem atenção a frase destacada. Em brve voltaremos a esse assunto.

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Judiciário

Sinal Fechado: Garibaldi, Agripino, Rosalba e Carlos Augusto são testemunhas de defesa de George Olímpio

Pelo visto a operação Sinal Fechado vai longe. Vários políticos, mas vários mesmo, são testemunhas no processo que analisa a operação.

Os destaques ficam por conta do ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência), o senador José Agripino Maia, a governadora Rosalba Ciarlini e o seu marido e ex-deputado Carlos Augusto Rosado. Os quatro são testemunhas de defesa do advogado George Olímpio, acusado de ser o mentor do esquema de fraudes e corrupção no processo de contratação do programa de inspeção veicular obrigatório entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran).

As quatro grandes lideranças políticas do RN são apenas algumas das que figuram entre as testemunhas. Sem fazer destinção de de defesa ou de acusação, a lista é muito maior. Seguem os nomes:

Testemunha: Carlos Augusto de Souza Rosado (Marido da governadora)
Testemunha: Robinson Mesquita de Faria (Vice-governador)
Testemunha: Francisco Vagner Gutemberg de Araújo (Ex-secretário estadual e municipal)
Testemunha: Tatiana Mendes Cunha (Ex-controladora geral)
Testemunha: Gustavo Peguy de Oliveira Galvão
Testemunha: Severino Barbosa de Lima
Testemunha: Terezinha Rodrigues Fernandes
Testemunha: Arlindo do Nascimento
Testemunha: Maria da Penha Araújo Silva
Testemunha: José Filho
Testemunha: Henrique de Tal
Testemunha: Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira (Presidente da OAB)
Testemunha: Eliana Trigueiro Fontes
Testemunha: Iris de Carvalho Medeiros
Testemunha: Marcos Antônio Pinto
Testemunha: Thomas Silveira Guimarães Filho
Testemunha: Luiz Augusto Maranhão Valle
Testemunha: Albimar Correia de Morais
Testemunha: Débora de Faria Gurgel
Testemunha: Francisco Canindé Alves Filho
Testemunha: Henrique Neto Gomes de Holanda
Testemunha: Luiz Bertoldo Júnior
Testemunha: Eduardo Henrique Viana de Souza
Testemunha: Francisco de Assis Oliveira Fontes
Testemunha: Larissa Gurgel Trigueiro
Testemunha: Gerse Dantas de Oliveira
Testemunha: Maria Neta Pereira
Testemunha: Zildjane Zilânia Ribeiro Guerra
Testemunha: Diogo Ferreira da Silva
Testemunha: Luiz Maria Alves Neto
Testemunha: Gionara Nascimento De Souza
Testemunha: Maciel de Freitas Silva
Testemunha: Severino Gomes de Miranda
Testemunha: Valdemir Braguini
Testemunha: Alexandre Magnun Alves Dantas da Rocha
Testemunha: Paulo Sérgio Morais da Costa
Testemunha: Maria Cícera Pereira Barbalho
Testemunha: Karina Olímpio Freire Queiroz de Brito
Testemunha: Leniena Lucena Lima
Testemunha: Paulo de Tarso Pereira Fernandes
Testemunha: Renato Borges de Miranda
Testemunha: José Carlos Júnior de Carvalho
Testemunha: Daniel Souza de Brito
Testemunha: Jeziel Revoredo de Macedo
Testemunha: Helena Gabriel Ferreira de Freitas
Testemunha: José Eudes Paulino de Medeiros
Testemunha: Carlos Antônio Alves da Silva
Testemunha: Manuel Ferreira da Silva Neto
Testemunha: Marcelo Brito Medeiros Galvão
Testemunha: Gracineide da Cunha
Testemunha: Eduardo Sanches Farias
Testemunha: Fábio Berckmans Veras Dantas
Testemunha: Miguel Josino Neto (Procurador-geral do Estado)
Testemunha: Luís Antonio Lourenço de Farias (Deputado estadual)
Testemunha: Carlos Koch de Carvalho Neto
Testemunha: Idaísa Mota Cavalcanti Fernandes
Testemunha: Ricardo Gomes da Silva
Testemunha: Marcondes Rodrigues Pinheiro (Ex-comandante PM)
Testemunha: Hudson Pereira de Brito
Testemunha: Teresa Lenira de Brito
Testemunha: Evaristo Lacava de Almeida Jr
Testemunha: Alexandre Carlos Cavalcanti Neto
Testemunha: Francisco das Chagas Pontes Júnior
Testemunha: Saulo Lubambo
Testemunha: Wober Lopes Pinheiro Jr. (Ex-deputado estadual)
Testemunha: Célia Cristina Freire Oliveira Aragão
Testemunha: Henrique Severino da Silva
Testemunha: Roberto Karielli Alves Pinheiro
Testemunha: Sidney Rodrigues dos Santos
Testemunha: Rodrigo Jurema de Assis
Testemunha: Pedro Sérgio Ferreira
Testemunha: Luiz Gomes de Almeida Neto
Testemunha: Diego Duarte Romangueira
Testemunha: Rosalba Ciarlini Rosado (Governadora)
Testemunha: Rossana Mray Sudário
Testemunha: Garibaldi Alves Fiho (Ministro da Previdência)
Testemunha: Manoel Onofre de Souza Neto (Procurador-geral de Justiça)
Testemunha: Patrícia Angelina dos Santos Bezerra
Testemunha: Paulo de Tarso Fernandes (Ex-secretário estadual)
Testemunha: Desembargador Oswaldo Cruz (Membro do TJ envolvido em denúncias no escândalo dos precatórios)
Testemunha: Desembargador Rafael Godeiro  (Membro do TJ envolvido em denúncias no escândalo dos precatórios)
Testemunha: Harald Peter Zwetkoff
Testemunha: José Maria Siviero
Testemunha: Sônia Maria Andrade dos Santos
Testemunha: Vanuza de Cássia Arruda
Testemunha: Celso Ubirajara Russomano
Testemunha: Hélio Gurgel
Testemunha: José Agripino Maia (Senador)
Testemunha: Antônio Siqueira Cabral
Testemunha: Álvaro Dias (Ex-deputado estadual)
Testemunha: José Dias (Deputado estadual)
Testemunha: Getúlio Rego  (Deputado estadual)
Testemunha: Luiz Almir (Ex- deputado estadual)
Testemunha: Ricardo Motta  (Deputado estadual)
Testemunha: Gilson Moura  (Deputado estadual)
Testemunha: Nelter Queiroz  (Deputado estadual)
Testemunha: Walter Alves  (Deputado estadual)
Testemunha: Poti Cavalcanti Júnior  (Deputado estadual)
Testemunha: Gesane Marinho  (Deputada estadual)
Testemunha: Leonardo Nogueira  (Deputado estadual)
Testemunha: Ezequiel Ferreira de Souza  (Deputado estadual)
Testemunha: Antônio Jácome  (Deputado estadual)
Testemunha: José Anderson
Testemunha: Arlindo Dantas (Ex-deputado estadual)
Testemunha: Larissa Rosado (Deputada estadual)
Testemunha: Nelson Tavares Filho
Testemunha: João Batista Soares Lima
Testemunha: Helder de Souza Maranhão
Testemunha: Jose Pegado do Nascimento
Testemunha: Paulo Cesar Medeiros Oliveira Junior
Testemunha: Mauricio de Fontes Oliveira
Testemunha: Luiz Antonio Marinho Silva
Testemunha: Eugenio Leopoldo Rosado Cascudo Rodrigues
Testemunha: Gustavo Henrique Lima de Carvalho (Deputado estadual)
Testemunha: Jorge Luiz de Araújo Galvão
Testemunha: Genildo Pereira da Costa
Testemunha: Raimundo Fernades (Deputado estadual)
Testemunha: Flávio Milfont
Testemunha: Genibaldo Barros
Testemunha: Franciso Sales Matos
Testemunha: Diógenes da Cunha Lima
Testemunha: Marcelo Nobre
Testemunha: Laercio Segundo de Oliveira
Testemunha: Aloisio Nunes Ferreira
Testemunha: José Augusto Delgado
Testemunha: Jorge Confessor de Moura
Testemunha: Marcelo Saldanha Toscano
Testemunha: Fernando Antônio Mendes Duarte
Testemunha: Eduardo Campos Pinheiro
Testemunha: Christopher Joseph Araújo de Maria
Testemunha: Bento Herculano Duarte Neto
Testemunha: Roberto Alexandre Neves Fernandes
Testemunha: Hênio Silva Araújo
Testemunha: Francisco Ramos Alves
Testemunha: Carlos Dantas Texeira
Testemunha: Rafael Barroca
Testemunha: Ivan Oliveira
Testemunha: Carlos Magno Pereira do Nascimento
Testemunha: Jairo Medeiros
Testemunha: Wandick Lopes Texeira Neto
Testemunha: Hindemberg Fernandes Dutra
Testemunha: Marco de Almeida Emerenciano
Testemunha: Silvio Roberto Procópio Jr

Opinião dos leitores

  1. oi bruno acompanho sempre seu blog acho uns dos melhores blogs que acompanho sempre busco informações nesse espaço tão atual,sou blogueira eu e meu marido somos amigos do seu pai o vereador tbm patuense como nós Assis Oliveira meu endereço do é:www.novanesoliveira.com meu imail é:[email protected]

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Judiciário

Depoimentos dos réus e testemunhas das irregularidades no IPEM começa dia 13

A Operação Pecado Capital entrará em nova fase a partir do dia 13 de fevereiro. Ontem, o juiz federal Janilson Bezerra Siqueira, que substitui Walter Nunes da Silva Júnior, definiu a data como início dos depoimentos dos réus e de testemunhas sobre o suposto esquema de irregularidades dentro do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem), que resultou na prisão de diversas pessoas, entre elas o ex-diretor do órgão, Rychardson Macedo.

Antes de definir a data para os depoimentos e audiência de instrução, o juiz analisou e negou o pedido de absolvição sumária dos réus. Com isso, serão tomados os depoimentos das testemunhas arroladas pelas defesas dos réus e pelo Ministério Público. Ao todo, serão 45 testemunhas de acusação e mais de 40 de defesa.

De acordo com o novo Código de Processo Penal, os depoimentos deverão ocorrer sucessivamente, começando no dia 13 e só terminando após as oitivas de todos as testemunhas, além dos acusados pelo Ministério Público. O juiz vai ouvir os supostos envolvidos nos três turnos (manhã, tarde e noite) e a expectativa é que todos os depoimentos terminem até a noite da sexta-feira (17).

A operação Pecado Capital investiga um suposto esquema de corrupção dentro do Ipem. Há a suspeita de que ocorreram fraudes em licitações, contratação de funcionários fantasmas, recebimento de propina para relaxar a fiscalização em empresas privadas e distribuição indiscriminada de pagamento de diárias dentro do órgão. Além de Rychardson Macedo, também são investigados o irmão, Rhandson Rosário, e, pelo menos, mais seis pessoas.

Fonte: Tribuna do Norte

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