O laudo da autópsia de Adriano da Nóbrega, realizada no último domingo (9), quando ele foi morto durante um confronto com a Polícia Militar da Bahia, não esclarece a que distância o ex-capitão do Bope foi atingido por tiros que o levaram à morte.
A resposta é fundamental para saber se ele foi vítima de uma execução, de um excesso dos atiradores ou, como afirmam categoricamente as autoridades baianas, de uma necessária reação para proteger a vida dos três policiais contra quem ele teria atirado.
A íntegra do documento, obtido por O Antagonista (veja abaixo) descreve que as perfurações no corpo (uma do lado esquerdo do tórax, que atravessou o corpo e saiu pelo esterno, atingindo o queixo; e outra entre o pescoço e o ombro) de Adriano são compatíveis com “orifício de entrada de projétil de arma de fogo disparado a certa distância“.
O termo vago e sem qualquer estimativa de quantos centímetros ou metros foram disparados os tiros dificulta formular hipótese de execução ou morte resultante de confronto, respectivamente.
Uma aferição mais aproximada da distância poderia ser feita com uma perícia do local com o corpo presente. No procedimento, registrando local e posição do corpo, junto com móveis, paredes ou objetos que também foram atingidos por tiros, os peritos teriam condições de calcular com mais precisão a que distância Adriano foi baleado e a trajetória das balas no local.
Mas, como, segundo a polícia, Adriano foi levado do local ainda vivo para ser socorrido no hospital, essa perícia do local ficou prejudicada. Como informamos nesta semana, esse laudo e o de balística, ainda estão em elaboração e deverão ficar prontos na semana que vem.
Veja, abaixo, a íntegra do laudo de necrópsia:
sniper elite, queima de arquivo.
Existe versão que ele tem marca de facada e tiro a queima roupa…
Essa execução realizada pela PM baiana, com governo petista está cabulosa demais…
Como sempre, o PT eliminando provas, seja com intuito de evitar acusações contra petralhas, seja pra livrar adversários. A estratégia é a mesma, exterminar vidas que tenham provas irrefutáveis.
Deixa de demência energúmeno. O PT adoraria conversar com esse cara do mal. Ele é cúmplice do seu mito.
Logo de cara é possível constatar que quem não tinha nenhum interesse nisso era o governador da Bahia. Nem poder de influir na operação.
Afinal, quem pediu ajuda na caçada ao miliciano à polícia da Bahia foi a polícia carioca, do que se infere que ela chefiou a ação.