Geral

Copa em Natal: TJRN discutirá desapropriações do Pró-Transporte

 O projeto que objetiva ampliar a fluidez do trânsito na Zona Norte de Natal, devido à realização da Copa do Mundo 2014, será discutido em uma reunião, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na próxima quinta-feira, 23 de janeiro. Desembargadores e juízes auxiliares da Presidência da Corte potiguar pretendem analisar a melhor forma de efetivar a Mediação, no que se refere aos processos de desapropriação necessários para a concretização das obras de mobilidade urbana.

A reunião vai ocorrer na Presidência do TJRN com representantes da Procuradoria Geral do Estado, que devem trazer a quantidade exata dos processos e as propostas para que a execução do Pró-Transporte seja feita de acordo com a legislação e sem prejuízos à população. No total, a estimativa do Governo é que as desapropriações atinjam mais de 270 imóveis, localizadas no entorna da área das obras. “Nessa reunião teremos a quantidade exata desses processos”, explica o juiz auxiliar da Presidência, Fábio Filgueira.

Mobilidade

O programa Pró-Transporte será executado na zona Norte, em dois grandes eixos de avenidas cortando interiormente a região. As avenidas em pista simples serão ampliadas para mão dupla com duas faixas, corredor exclusivo de ônibus e ciclovia. O espaço para os transportes deve triplicar em 24 anos, prazo final para a execução da obra.

O Pró-Transporte conta com investimentos de R$ 88 milhões, oriundos de financiamento da Caixa Econômica Federal, e ocorre na região que será a porta de entrada para o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, considerado um dos novos HUBs nacionais – um centro de distribuição de voos.

TJRN

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Cidades

Carlos Eduardo convoca Comitê Popular da Copa e anuncia que não haverá desapropriações

foto-1O projeto de readequação das obras de mobilidade urbana do Lote 01da Copa do Mundo 2014 sempre esteve na pauta de discussão do executivo municipal.Nesta quarta-feira (17), no salão nobre do Palácio Felipe Camarão, o prefeito Carlos Eduardo anunciou que não haverá desapropriações na área do Lote 1, que compreende a avenida Capitão-Mor Gouveia até o início da avenida Napoleão Laureano (BR -226). As mais de 400 famílias que teriam seus imóveis desapropriados respiraram aliviadas com a notícia. Apenas cinco imóveis grandes serão parcialmente desapropriados.

“O governante não pode achar que é o dono da verdade. O bom gestor tem que ter a capacidade de ouvir a sociedade. Tenho dito aos que trabalham comigo que eles são competentes, mas é preciso deixar o gabinete e ouvir o cidadão e a cidadã que vive o cotidiano do bairro”, disse o prefeito.

Conforme Carlos Eduardo, a população está sentindo a mudança de rumos implementada pela atual gestão. Lembrou que a Prefeitura se faz presente melhorando o asfalto da cidade, com a operação tapa-buraco e a pavimentação de vias públicas, além de garantir diariamente a merenda escolar para 58 mil estudantes da rede municipal de ensino e de ter colocado em dia o salário dos servidores municipais, entre outras iniciativas: “O maior inimigo de um executivo é o birô. Diante de tantas dificuldades tudo foi cumprido. Nós só vamos mudar este país se a sociedade participar”, reforçou.

O Comitê Popular da Copa do Mundo 2014 recebeu com entusiasmo a notícia da Prefeitura. Para o seu presidente, Marcos Dionísio, a decisão de não levar adiante o processo de desapropriações foi construída coletivamente, levando em consideração critérios técnicos. “As pessoas têm o sagrado direito à moradia. Nós do comitê saudamos a atitude do prefeito Carlos Eduardo”, declarou o ativista dos direitos humanos.

Participaram, ainda, da reunião, secretários municipais, representante da Associação Potiguar dos Atingidos pelas Obras da Copa, do curso de Arquitetura da UFRN, do Conselho Estadual de Direitos Humanos e moradores da avenida Capitão-Mor Gouveia.

Opinião dos leitores

  1. Não vejo como se faz uma ampliação da malha viária, para se adequar a demanda de tráfego (uma realidade, além da demanda pontual pela Copa 2014) sem alargar as ruas e consequentemente sem haver desapropriações ou as vias serão suspensas uma sobre a outra? Vou dar uma dica acho bom já fazerem as licitações para a compra de enchadas (para a campina das calçadas e meio fio) e do Cal para dar o acabamento.

  2. pura demagogia, se tem que desapropriar, tem que fazer uma obra que resolva o problema em definitivo faça logo. já vi uma obra que não desapropriou e ficou uma merda(O VIADUTO DA URBANA)

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Jornalismo

Mesmo dúvidas nos valores das indenizações, prefeitura inicia desapropriações

Os valores finais das desapropriações de aproximadamente 450 imóveis, que deverão ser pagas pela Prefeitura do Natal como parte das contrapartidas das obras de mobilidade urbana, ainda são uma incógnita. Inicialmente, o Município estimou que seriam necessários R$ 25,8 milhões. Num segundo momento, o valor foi orçado em aproximadamente de R$ 45 milhões.

Apesar das incertezas e reclamações de parte da população, a Prefeitura do Natal começou a ajuizar os processos de desapropriação de imóveis que darão espaço às obras de mobilidade urbana com vistas para Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. De acordo com o Decreto número 9.635, republicado por incorreção no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 23 de março passado, dez processos – cada um correspondente a um imóvel – já foram encaminhados à Justiça. Além destes, mais 439 serão impetrados pela Procuradoria Geral do Município (PGM).

Os primeiros imóveis que devem ser desapropriados estão localizados no bairro das Quintas, próximo à Urbana. Não é possível afirmar, no entanto, quando a desapropriação vai acontecer de fato. “Isso depende de alguns fatores. Não sabemos se os proprietários vão aceitar o valor da indenização oferecido e se vão recorrer da decisão judicial. Isso, só o tempo pode responder. Mas é certo que deve demorar”, disse Priscila Pessoa, chefe da Procuradoria Patrimonial do Município.

Priscila Pessoa não soube informar qual o valor das indenizações oferecidas pela Prefeitura. Segundo ela, alguns imóveis ainda não foram avaliados pela secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi). “Ainda falta a avaliação dos técnicos da Semopi para saber qual o valor final”, pontuou. Além desse detalhe, outros entraves podem atrasar o processo de desapropriação e início de obras do complexo viário da Urbana, por exemplo.

As primeiras publicações no Diário Oficial do Município acerca das desapropriações, já se transformaram em alvos de ações judiciais. Na semana passada, a Prefeitura do Natal anunciou a desapropriação de mais 20 imóveis na região Oeste para as obras do novo complexo viário da Urbana. O decreto de número 9.679 publicado na edição do dia 14 de março passado, declara de utilidade pública um imóvel situado no bairro das Quintas e outros 19 no Bairro Nordeste, também na zona Oeste e nas proximidades do complexo viário.

Em sua maioria, os imóveis têm áreas construídas em pequenos lotes de terra. E ao contrário de outros decretos publicados ao final de março e começo deste mês, que versavam sobre áreas pertencentes à pessoas físicas, aquele inclui, pela primeira vez, um imóvel situado na rua Jandiras, no bairro das Quintas, e pertencente a uma pessoa jurídica, a empresa Mercantil Martins e Irmãos Ltda, cuja área é de aproximadamente 1.715 metros quadrados.

A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) já começou a construir os desvios e a depositar, em juízo, os valores destinados ao pagamento das desapropriações necessárias à execução das obras de mobilidade. A expectativa é que os desvios no bairro das Quintas – de responsabilidade do Município – fiquem prontos em 30 dias, segundo o secretário municipal da Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo da Fifa, Jean Valério.

“Há atraso? Depende do ponto de vista. Há etapas que precisam ser cumpridas. O que posso dizer é que vamos terminar a tempo”, afirmou o secretário. Durante discurso na abertura do Seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, a prefeita Micarla de Sousa relembrou que o contrato para execução do primeiro lote das obras foi assinado ainda em dezembro de 2010.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. A Indenização tem que estar em um valor razoável para as pessoas poderem comprar outra moradia .. mais de fato é impossível fazer a Copa sem causar transtornos a parte da população !!

    exelente Matéria do Blog .. Parabens Bruno !! 

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Jornalismo

Copa 2014: desapropriações em Natal vai complicar andamento das obras

O proprietário de um oficina na Capitão mor-Gouveia envia um e-mail ao Blog que reproduzimos abaixo, muito pertinente suas colocações, a impressão é que tudo se tratando de copa tem que descer goela abaixo e todos ficarem satisfeitos. Segue e-mail:

O Meu nome é Lucas Bonavides e sou proprietário de uma oficina mecânica (Oficina4x4) na av. Capitão-mor Gouveia, região atingida pelas desapropriações das obras da Copa 2014.

O ponto comercial é alugado, com contrato até 2015. Investi muito para abrir esse negócio, e continuo investindo, pois até o momento não recebi nenhum comunicado oficial da Prefeitura. Investi em reforma física, elétrica, hidráulica, equipamentos, cursos, etc. Muito mais do que qualquer indenização que tenho ouvido falar. Tenho custos fixos, parcerias comerciais, lucros, financiamentos, sonhos, etc…tudo envolvido neste contexto. Então não me parece tão simples uma equipe de peritos da prefeitura definir quanto devo receber e quando acharem que é a hora. Repito; investi muito e hoje minha oficina é referência na cidade e com grandes possibilidades de crescimento. Mensurar isso não é fácil.

E por mais que se defina uma indenização, não imagino um comercio funcionando com as obras acontecendo por aqui: Como meus clientes chegarão à Oficina durante as obras da Copa? Como fica meu fluxo diário de clientes? Sendo assim como vou conseguir pagar funcionários? Como pagar fornecedores de compras faturadas? Etc…etc.

São questionamentos que talvez o senhor Sérgio Pinheiro (Semopi) e o senhor Walter Fernandes , secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura adjunto, não queiram ou não consigam responder; mas que servem ao menos para pensar e pesar as possibilidades de um projeto alternativo. Projeto que existe e é possível. Acredito que o custo econômico e humano seria bem menor para todos.

Não sou contra a Copa 2014. Pelo contrário. Acho de grande valia para a nossa economia. Mas sou contra a maneira de como tudo está sendo levado adiante. Sou contra a falta de informação e respeito a moradores e comerciantes.

Att,

Lucas Bonavides

Sócio-Diretor Oficina4x4
www.oficina4x4.com
Twiiter: twitter.com/Oficina4x4

Opinião dos leitores

  1. Amigos, estamos em pleno estado de sítio com os preparativos dessa copa…pode-se tudo, a Lei Geral da Copa está acima da nossa Constituição.

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Jornalismo

Prefeitura não tem dinheiro para desapropriações da Copa

Está na Tribuna do Norte, é agora josé?

Para as obras de mobilidade urbana com vistas à Copa do Mundo 2014, a Prefeitura de Natal necessitará de aproximadamente R$ 30 milhões para financiamento das desapropriações necessárias às intervenções. De acordo com levantamento atualizado pela Procuradoria Patrimonial do Município, cerca de 450 famílias/proprietários serão ressarcidos. A maioria deles – 350 – deverão ser removidos das cercanias da Urbana e ao longo da Avenida Capitão Mor Gouveia. Entretanto, o valor disponível atualmente nos caixas do Executivo Municipal, não ultrapassa 16,6% do total estimado.

“No máximo, a Prefeitura tem hoje cerca de R$ 5 milhões para as desapropriações”, disse a chefe da Procuradoria Patrimonial do Município, Priscilla Guerra.   O valor complementar, R$ 25 milhões, é pleiteado pelo Município através de financiamentos internacionais. “A  Prefeitura está tentando o empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mas, o dinheiro só poderá sair no início do ano que vem”, esclareceu Priscilla Guerra.  A Câmara dos Vereadores, porém, ainda não analisou o pedido de aprovação do Projeto de Lei enviado no dia 15 do mês passado, que pede a aprovação do empréstimo estimado em 100 milhões de dólares norte-americanos.

adriano abreuÁrea entre o Viaduto da Urbana e a av. Capitão Mor Gouveia é a que mais vai concentrar desapropriações

Há também, a possibilidade do Município incluir os proprietários de imóveis que precisarão ser desapropriados no Programa Minha Casa, Minha Vida. “Ainda estamos analisando a viabilidade. A Prefeitura pagaria o valor de mercado pela desapropriação e o dono do imóvel, se quiser permanecer morando no mesmo bairro e encontrar um outro local mais caro do que o valor pago pelo Município, poderá financiar a diferença através do Programa”, explicou Priscilla Guerra. Além das propriedades próximas ao Complexo Viário da Urbana, mais 100 casas e prédios comerciais serão demolidos no entorno do novo estádio.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Será que essa desapropriação vai ficar igual aquela da Ponte newton navarro que nunca aconteceu?

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