Diversos

Astrônomos descobrem capacidade dos exoplanetas de sustentar vida até melhor do que a Terra

Foto: CC0 / skeeze / Exoplaneta

Os exoplanetas, ou seja, os planetas fora de nosso Sistema Solar, podem possuir vida abundante e ter melhores condições do que as existentes na Terra, revela uma nova pesquisa.

O descobrimento pode ajudar na busca de vida alienígena.

Os cientistas estão buscando oceanos nos exoplanetas que tenham “maior capacidade de sustentar vida abundante e ativa em geral”, disse Stephanie Olson, especialista em geofísica da Universidade de Chicago.

O grupo da investigadora usou um software especial da NASA para criar um modelo de um conjunto de exoplanetas. O objetivo era ver qual teria maior probabilidade de desenvolver e sustentar vida. Isso levou a uma conclusão surpreendente, pois revelou existirem “planetas com padrões de circulação oceânica favoráveis e que poderiam ser mais adequados para suportar vida mais abundante ou mais ativa do que a vida na Terra”, disse Stephanie Olson.

O novo estudo ajudará estender os parâmetros que atualmente estão sendo usados na busca de exoplanetas habitáveis. A pesquisa descobriu que atmosferas mais densas, rotações mais lentas e a presença de continentes originam maiores taxas de crescimento.

“Nem todos os oceanos são igualmente hospitaleiros […] e alguns oceanos serão melhores lugares para viver do que os outros devido aos seus padrões de circulação global”, explica Olson.

Os cientistas estimaram que mais de 35 por cento de todos os exoplanetas hoje conhecidos maiores que a Terra devem ser ricos em água e, por isso, há uma forte possibilidade de que a vida exista lá.

Sputnik Brasil

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Diversos

Astrônomos descobrem novo sistema estelar e um planeta que pode abrigar vida

Imagem: NASA/Goddard Space Flight Center/Chris Smith

Um novo sistema estelar foi encontrado por uma equipe internacional de astrônomos, liderada por cientistas espanhóis. Três planetas orbitam a estrela GJ 357, uma anã vermelha do tipo M, localizada a 31 anos-luz da Terra, e um deles talvez tenha água em estado líquido, o que significa a possibilidade de abrigar vida. A descoberta foi publicada na revista Astronomy & Astrophysics, dois dias após a Nature Astronomy trazer a notícia sobre outros três exoplanetas (planetas situados fora do Sistema Solar) que podem ser o “elo perdido” da formação planetária.

Tudo começou no dia 13 de abril, quando o telescópio espacial TESS, da NASA, apontou para a possibilidade de haver um planeta muito próximo da estrela GJ 357, que é menor e 40% mais fria que o Sol e está localizada na constelação de Hydra. Um enfraquecimento de luz da anã vermelha foi detectado, o que soou o alarme para a possibilidade de haver um planeta em trânsito por lá. Percebeu-se então se tratar de um mundo que completa sua volta em torno da estrela a cada quatro dias.

Então, a equipe de 70 astrônomos liderada por Rafael Luque, astrofísico cordovês que trabalha no Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), procurou informações sobre essa estrela obtidas anteriormente com telescópios terrestres, incluindo o instrumento Carmenes, do Observatório Calar Alto, em Almería. Todos detectaram o “piscar” da GJ 357 a cada quatro dias, resultado da passagem de um planeta em sua frente Porém, os dados revelaram também algo novo: outros dois mundos que orbitam a mesma estrela.

O primeiro planeta, aquele detectado pelo TESS, orbita 11 vezes mais perto de sua estrela do que a distância entre Mercúrio e nosso Sol. Por isso, seu ano dura apenas quatro dias terrestres e sua temperatura de equilíbrio (calculada sem levar em consideração os efeitos de aquecimento resultantes das condições de uma possível atmosfera) é de 250 graus Celsius. Os pesquisadores o descrevem como uma “Terra quente” e, apesar de não poder abrigar vida, “é um dos melhores planetas rochosos que temos para medir a composição de qualquer atmosfera que possa possuir”, de acordo com o coautor Enric Pallé, astrofísico do IAC e supervisor de doutorado de Luque.

Por sua vez, o planeta intermediário tem uma massa pelo menos 3,4 vezes maior que a Terra e sua temperatura é de 127 graus Celsius. Ele orbita a estrela a cada 9,1 dias terrestres, mas o TESS não foi capaz de observar os trânsitos deste planeta, provavelmente porque sua órbita está levemente inclinada em relação à órbita da “Terra quente”.

Já o terceiro, o mais afastado, chama a atenção dos pesquisadores por se encontrar na zona habitável de sua estrela. Ele possui massa seis vezes maior que a da Terra e sua órbita é de 55 dos nossos dias. De acordo com Diana Kossakowski, do instituto Max Planck de Astronomia e coautora do estudo, “ele recebe aproximadamente a mesma quantidade de energia estelar de sua estrela que Marte recebe do Sol”. Se este planeta tiver “uma atmosfera densa, ele poderia reter calor suficiente para aquecê-lo e permitir a entrada de água líquida em sua superfície”, conclui.

“Se conseguirmos confirmar que ele tem atmosfera, estaremos diante do planeta [potencialmente] habitável mais próximo que transita em frente à sua estrela”, disse Enric Pallé. “O grande objetivo dos astrônomos é buscar, em uma atmosfera, o desequilíbrio químico e termodinâmico entre diferentes elementos que só pode ser explicado pela presença de vida, como acontece na Terra com as proporções de metano, oxigênio e água, e este planeta pode ser um candidato para fazer isso”, destaca o astrofísico. Se não houver uma atmosfera, o planeta teria uma temperatura de equilíbrio de -64 ° C, o que tornaria o planeta glacial.

Techtudo, via Aurek Alert, El País

 

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Saúde

Cientistas descobrem composto que mata bactérias super-resistentes; entenda a importância

Foto: (rudigobbo/Getty Images)

As superbactérias não usam capas e nem salvam inocentes, como os super-heróis. Se elas fossem ser representadas nos quadrinhos, usariam uniforme de vilão – e estão se tornando os microorganismos mais perigosos para a saúde humana, pois são extremamente difíceis de matar. Se nada for feito, estima-se que em 2050 as infecções por bactérias resistentes sejam mais letais mais do que o câncer.

É por isso que os pesquisadores se esforçam para desenvolver novas alternativas para combater problema. Cientistas da Universidade de Sheffield desenvolveram um composto que age em bactérias gram-negativas resistentes a antibióticos convencionais. Um exemplo é a E. coli, que habita no intestino humano e pode causar diarréias e outros sintomas.

Mas por que é tão difícil atingir essas bactérias?

Imagine que você contraiu uma doença. Ao relatar os sintomas ao médico, ele descobre que se trata de uma infecção bacteriana. Você compra o antibiótico receitado e começa o tratamento. Simples. Mas e se parte dessa população de bactérias for imunes ao próprio composto que deveria matá-las? O material genético altamente adaptável das bactérias torna essa possibilidade mais provável do que gostaríamos.

É a velha história da seleção natural: o medicamento mata a maioria das bactérias, mas sobram algumas que possuem uma mutação genética que permite sua sobrevivência. Elas se reproduzem e geram várias outras com a mesma mutação. Ao longo dos anos, esse processo se repete diversas vezes, fazendo com que os remédios tradicionais não produzam mais efeito.

As bactérias gram-negativas são as mais difíceis de matar. A dificuldade está em atravessar a membrana celular: ela é bem mais complexa, com grande quantidade de aminoácidos e lipídios impedindo que uma substância externa interaja com o micróbio.

Justamente por isso, o novo composto, chamado complexo Ru(II), foi desenvolvido para romper e destruir a membrana celular de cada uma dessas bactérias. Segundo os cientistas, é a primeira vez em quase dez anos que uma nova droga promissora contra as gram-negativas é apresentada. Mas, por enquanto, ela é só candidata a medicamento – primeiro, vai precisar passar por longas baterias de testes clínicos, para verificar se ela é totalmente segura e efetiva, como acontece com todo remédio.

A Organização Mundial da Saúde considera a resistência bacteriana uma das principais ameaças à saúde. A busca por novos tratamentos às bactérias gram-negativas é prioridade número 1 segundo a organização.

A partir de 2050, as projeções indicam que mais de 10 milhões de pessoas morrerão por ano devido a infecções bacterianas. Isso é mais do que o câncer mata anualmente hoje em dia — 8,2 milhões.

O crescimento das superbactérias se dá devido ao abuso dos antibióticos atuais. Uma pesquisa recente mostrou que vários rios no mundo já apresentam concentrações muito elevadas de antibióticos — bem acima do que é considerado seguro.

Isso não se dá somente pelos antibióticos consumidos pelas pessoas – mas, principalmente, pelas doses cavalares de antibióticos usadas em animais de fazenda ao redor do mundo. Tudo isso contribui para a seleção natural das bactérias mais resistentes. Grande parte do problema é a habilidade de evolução da bactéria quando exposta a pequenas quantidades de antibióticos. Os resquícios de medicamentos na carne que consumimos e nos rios são suficientes para as bactérias fazerem a festa.

O novo composto pretende ajudar a responder a esse problema, pelo menos para parte dos microorganismos resistentes. Os estudos mostraram que o Ru(II) possui diferentes modos de ação, assim fica mais difícil que as bactérias se tornem resistentes a todos eles. O próximo passo é testar esses mecanismos em outras gram-negativas super resistentes.

Super Interessante

 

Opinião dos leitores

  1. Já sei ….é só juntar 1/2 dúzias de PTralhas que eles quebram , destroem ou roubam TUDO

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