Economia

Exportações potiguares registram queda de 38,8% no 1º bimestre

Imagem: Divulgação

O Rio Grande do Norte começou o ano com uma significativa retração na balança comercial. Em fevereiro, as exportações do estado totalizaram US$ 21,5 milhões e, no primeiro bimestre, acumularam um montante de US$ 55,9 milhões, o que representa um recuo de 38,8% em relação aos dois primeiros meses do ano passado. Somente o melão, que é o principal produto da pauta de exportação potiguar, acumula uma redução de aproximadamente 36,2% nos valores comercializados. Os envios da fruta para o mercado internacional diminuíram de 64,1 mil toneladas para 45,7 mil toneladas nos dois períodos em questão.

Em compensação, as importações do estado tiveram uma alta de 36,3%, comparando com o primeiro bimestre de 2019, já que, em fevereiro, as compras internacionais do RN ficaram em US$ 17,8 milhões. O total importado nos dois meses chegou a US$ 31,5 milhões em 2020, enquanto no ano passado esse valor somou US$ 23,1 milhões no intervalo entre janeiro e fevereiro. Com o isso, o saldo da balança comercial do bimestre teve um superávit de US$ 24,3 milhões, no entanto, esse valor é 64,3% menor que o saldo do primeiro bimestre de 2019, quando o Rio Grande do Norte obteve um saldo de US$ 68,2 milhões.

Os números são analisados mensalmente pela equipe técnica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nos dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Os produtos que lideram a pauta de exportação têm o melão na liderança do ranking do bimestre com um volume de 45,7 mil toneladas exportadas, o que equivale a uma negociação de US$ 25,9 milhões. O segundo item mais exportado foram as melancias frescas. Nos dois primeiros meses do ano, o estado vendeu 17,1 mil toneladas dessa fruta, volume que equivale a um valor de US$ 7,2 milhões. Os produtos de origem animal não voltados para alimentação humana assumiram a terceira posição do ranking com a comercialização de US$ 2,6 milhões.

O crescimento das importações foi puxado principalmente pelo trigo e as misturas com centeio, que aumentaram de 44,7 mil toneladas no primeiro bimestre de 2019 para 67,8 mil toneladas no mesmo período deste ano. Por isso, esses produtos ficaram na primeira colocação do ranking de importações, com um total negociado de US$ 13,1 milhões no bimestre. O segundo item foram os tecidos, cujas compras somaram US$ 1,1 milhão. E o terceiro lugar de produtos mais importados ficou com as outras máquinas de sondagem rotativa (US$ 888,1 mil).

Agência Sebrae de Notícias/RN

Opinião dos leitores

  1. Claro que caiu, né? Sem o "recheio precioso", a demanda diminui! Acaba a fiscalização pra vc ver se não sobe rapidinho essas exportações!

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Diversos

Após visita ao RN, China autoriza importação de melão do Brasil, informa Ministério da Agricultura

Foto: iStock/Mapa

A Administração Geral de Aduana da China (GACC, órgão responsável pela sanidade vegetal e animal) publicou comunicado, em sua página oficial, nesta quinta-feira (22) que autoriza a importação de melão do Brasil. Em novembro, o Brasil fechou acordo com a China para viabilizar a exportação de melão. O acordo é simbólico por se tratar do primeiro entendimento sobre frutas com o país asiático.

O governo brasileiro ainda não foi notificado oficialmente, mas a medida entrou em vigor hoje.

A China ainda irá publicar a lista de fazendas e estruturas de embalo para exportação (packing houses) certificadas para a venda ao mercado do país.

Técnicos da GACC inspecionaram fazendas produtoras de melão no Rio Grande do Norte e no Ceará, entre os dias 12 e 17 de janeiro de 2020. Os estados são os maiores produtores da fruta.

O objetivo da visita foi verificar as plantações nas áreas livres da mosca-da-fruta nos estados. Os técnicos foram acompanhados de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte.

A China é o maior mercado consumidor de melões no mundo – consome cerca de metade da produção mundial, o equivalente a 17 milhões de toneladas em 2017. Se o Brasil conquistar 1% do mercado chinês, o volume de exportações da fruta deverá dobrar.

Em 2018, o Brasil exportou cerca de 200 mil toneladas de melão para diversos países, como Estados Unidos, Chile, Argentina, Uruguai, Rússia e União Europeia. A safra brasileira coincide com a entressafra na China.

Opinião dos leitores

  1. Não dá pra aproveitar e mandar pra China, numa caixa de melão, esse tal de Vereador Fernando Lucena? Ô PESTE!!!KKKK

    1. Em caixa de melão já basta a coca que é exportada. Lucena é uma droga tão ruim quanto.

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Economia

Brasil fecha acordo e melão produzido no Rio Grande do Norte pode ser exportado para a China

Foto: Divulgação

Nesta semana o Ministério da Agricultura divulgou a concretização do acordo que dá início ao processo de exportação de melão brasileiro para o território chinês.

O acordo já estava sendo encaminhando há alguns meses. Em outubro deste ano, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, viajou até a China para discutir as novidades no mercado agropecuário brasileiro, estreitando o laço para a finalização do acordo.

A novidade agradou os produtores potiguar e é importante salientar que o Rio Grande do Norte é o maior produtor de melão do país e segue mantendo o alto padrão de qualidade exigido pelos países importadores.

O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária, IDIARN, é responsável pelo processo de fiscalização do plantio de melão do Estado, assim como também, pelo monitoramento da área livre de moscas-das-frutas, atualmente composta por 13 municípios e em processo de ampliação para mais 08, perfazendo mais de 15.077 km² de área.

As moscas das frutas (Amastrepha grandis e Ceratitis capitata) são uma praga que preocupa produtores e agricultores. A presença dos insetos nas plantações pode trazer uma redução significativa na produção devido ao ataque da praga.

O IDIARN também é responsável pelo funcionamento das barreiras fitossanitárias (fixas e móveis), fiscalização da execução de boas práticas fitossanitárias pelos produtores de cucurbitáceas, fiscalização do comércio interno e a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), ações que beneficiam o trabalho no campo.

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Economia

Melão do RN é exportado para mercado chinês e asiático

Está no Jornal de Hoje. Pela primeira vez na história, melões do tipo amarelo e couro de sapo, produzidos no RN, são enviados para o mercado chinês e asiático. Três contêineres refrigerados chegaram 15 dias atrás ao porto de Beijin, mas o Comitê Executivo Fitossanidade do RN (Coex) não forneceu o nome do exportador.

A carga partiu do porto de Santos em meados do mês passado, depois de percorrer cinco dias de estrada entre a região produtora de Mossoró e a cidade portuária paulista. “Nosso maior interesse era saber como se comportaria a logística envolvendo a carga numa vigem tão longa”, explicou o presidente da Coex, Francisco Segundo de Paula.

Ele acrescentou que a experiência foi tão positiva que um próximo carregamento para o mercado asiático deverá estar saindo nos próximos dias. A escolha do Porto de Santos foi só porque lá existem navios diretos para a China.

“Nesse tipo de carga, escalas em outros portos são sempre muito prejudiciais para carga e por isso o exportador optou por cruzar o país por terra para realizar o embarque por Santos”, afirmou Segundo de Paula.

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, superado apenas pela China e Índia. Sua participação no comércio internacional é de apenas 1,6% em divisas e 2% em volume, ocupando o 15º lugar entre os países exportadores.

Em termos específicos, as melhores posições no mercado global mostram o seguinte: 3º lugar com a manga, perdendo para o México e a Índia; e 5º lugar com o melão, depois da Espanha, Costa Rica, Estados Unidos e Honduras.

O Rio Grande do Norte está entre as três maiores produtores de frutas frescas do país. Só o agropolo fruticultor Mossoró/Assu concentra 90% da produção de melão.

A operação que envolveu a colocação do melão potiguar na China envolveu um conjunto de fatores logísticos que abrangeu desde manuseio da carga, agilidade na movimentação e transporte, acondicionamento especial com condições de refrigeração apropriadas, datas precisas de colheita, maturação, embarque e trato aduaneiro confiável.

“Precisávamos saber como as coisas aconteceriam durante todo o processo de remoção da carga para lugares tão distantes e como a carga chegaria ao destino”, explicou Segundo de Paula.

Os produtores brasileiros de melão estão de olho no mercado norte-americano, cujo potencial estimado é de US$ 130 milhões, para ampliar as vendas da fruta. Com apoio do governo brasileiro e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma comitiva formada por representantes do Sebrae no Rio Grande do Norte, Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (Coex) e entidades que defendem os interesses do setor de fruticultura já viajou para os EUA. Eles negociam com as autoridades lá a alteração do período de isenção do pagamento de tarifas, atualmente concedida entre os meses de dezembro e maio.

Fora desse período, os Estados Unidos cobram uma taxa de 28%. Os produtores pleiteiam a mudança para o intervalo entre setembro e março, auge da safra no Brasil. É um momento difícil, pois as relações comerciais entre Brasil e EUA passam por uma turbulência, com a acusação norte-americana de protecionismo brasileiro com a recente elevação das tarifas de importação de 100 produtos que entram aqui.

Os EUA importam US$ 478 milhões anuais em melões, principalmente do México, Guatemala, Costa Rica e Honduras, que poderão se opor à proposta brasileira. O ponto favorável, principalmente aos produtores potiguares e cearenses, segundo a agência Sebrae, está relacionado à variedade comercializada no mercado externo, o melão amarelo. Esse tipo é difícil de ser encontrado no mercado internacional, mas é produzido em larga escala nas regiões de Mossoró (RN) e Vale do Jaguaribe (CE).

Outra vantagem é a proximidade dos portos de Pecém (CE), Mucuripe (CE) e Natal (RN) com os Estados Unidos. São apenas oito dias entre esses terminais e o porto de Nova Iorque, por exemplo. Além disso, os dois estados já têm aprovação fitossanitária para exportar para os EUA, já que são declaradas áreas livres da mosca da fruta.

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