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Zenaide lamenta aprovação de PL que transforma água em mercadoria

Foto: Divulgação

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) não se ilude com a narrativa de que o PL 4162/2019 seja um marco positivo para o saneamento básico no Brasil e alerta a população do Rio Grande do Norte e do país que o Congresso aprovou, na verdade, um projeto que favorece a falência das companhias estaduais de saneamento, forçando a privatização da água e transformando esse recurso natural, que deveria ser encarado como um direito de todos, em uma mercadoria.

“Somos a favor do saneamento, mas que ele seja para todos, não só para quem dá lucro”, argumenta a senadora, observando que parcela considerável dos 35 milhões de brasileiros que não têm acesso à água tratada e dos 104 milhões que não têm coleta de esgoto mora em pequenas cidades e comunidades ribeirinhas, áreas que não são atrativas para a iniciativa privada, pois não oferecem possibilidade de lucro. “Quem vai pagar caro é o povo do interior, porque empresa privada não investe em nada que não dê lucro”, lamentou Zenaide, após a sessão do Senado que aprovou o projeto de lei.

Para Zenaide, o argumento de que a privatização é necessária porque o Estado brasileiro não tem recursos para investir é falho, pois as empresas privadas que se interessarem por obras de saneamento recorrerão à estrutura estatal para financiar suas empreitadas, buscando, por exemplo, recursos no BNDES. “Se há recursos para financiar a empresa privada, porque não há dinheiro para investir nas companhias públicas de saneamento?”, questionou a parlamentar.

A experiência do Tocantins é exemplar e virou estudo de caso na Fundação Getúlio Vargas, em 2017. O motivo: 77 cidades reestatizaram os serviços de saneamento que haviam sido privatizados e, mesmo nos municípios onde a água continuou nas mãos da iniciativa privada, não houve aumento na qualidade dos serviços.

Outros exemplos vêm de fora: capitais como Buenos Aires (Argentina), Paris (França) e Berlim (Alemanha), também remunicipalizaram o saneamento. Estudo do Transnational Institute, de Amsterdam (Holanda), intitulado “Reclaiming Public Services: How Cities and Citizens are Turning Back Privatization”, registrou 267 cidades onde a privatização desses serviços não deu certo e precisou ser revertida.

Opinião dos leitores

  1. Certíssima, essa aprovação. O mundo moderno e desenvolvido, tem sua economia, praticamente toda privatizada. Chega de economia estatal. Só os que mamam nas tetas do governo e sindicatos retrógrados, é que são contra. João Macena.

  2. Parabéns Senadora, quem vai pagar a conta é a população mais pobre, vocês vão ver o valor da tarifa subir rapidamente, mas os ricos podem pagar por isso aprovam esse tipo de projeto.

    1. Discordo.
      A população mais pobre não vai pagar nada pois os governos do PT e PSDB aproveitaram os vinte anos de governo e fizeram todo saneamento das áreas mais carentes. Deixaram tudo uma beleza., brilhando,
      São Gonçalo do Amarante é um belo exemplo

  3. Existem países que deram certos e outros que não.
    Por que não podemos dar certo? Excelente avanço para a sociedade.

  4. Interessante. Na maioria dos países desenvolvidos a sistema de abastecimento é privado. Não entendo por que no Brasil isto não seria possível. Triste com a posição da senadora e do senador Jean-Paul. Ideologia barata.

    1. Vá no google, é veja quantas cidades da Europa privatizaram , é estão reestatando . É da Ásia.

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Correios: falsa mensagem alerta sobre suposta tentativa de entrega de mercadoria

Foto: Arquivo

Os Correios alertam para falsas mensagens que estão circulando pela internet, citando a empresa (Imprensa Correios; Sedex Brasil, Financeiro Correios e Correios Brasil). O texto informa ao usuário sobre uma suposta tentativa de entrega de encomenda.

A companhia, no entanto, alerta que se trata de um spam, contendo links com vírus ou programas maliciosos. Ao receber um conteúdo desse tipo, o internauta deve logo apagá-lo.

A empresa afirma que não envia mensagens eletrônicas sem prévia autorização do cliente. Também não autoriza terceiros o fazê-lo em seu nome.

“Por isso, orientamos os clientes a não abrirem os arquivos ou clicarem nos links e excluírem as mensagens imediatamente”, informou em seu site.

Os Correios declaram que o caso já foi informado às autoridades de segurança da informação para que providências sejam tomadas.

Como se proteger em casos como esse

– Evite clicar em links compartilhados via WhatsApp ou redes sociais. Também não é aconselhável acessar nenhum tipo de link enviado por SMS ou por e-mail. Há casos de usuários que são redirecionados a uma página falsa, em que dados pessoais são solicitados.

Em outras modalidades de golpe, programas maliciosos ou vírus são instalados nos computadores ou nos celulares.

– Sempre verifique as informações nos site oficial da empresa. Em geral, elas alertam sobre tentativas de fraude em seus nomes.

– Utilize aplicativos de segurança e antivírus no celular, de preferência, com a função de detecção automática de phishing em aplicativos de mensagem e redes sociais.

O Globo

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