Polícia

Ator de Hollywood é preso por golpe de R$ 1,2 bilhão em esquema de pirâmide

O ator Zach Avery em cena de Last Moment of Clarity (Foto: Reprodução)

O ator Zachary J. Horwitz, mais conhecido por seu nome artístico de Zach Avery, foi preso na terça-feira em Los Angeles em conexão com um grande esquema Ponzi de Hollywood, que as autoridades federais alegam que enganou investidores em mais de US$ 227 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão), segundo relato do Los Angeles Times.

Avery é acusado de fabricar acordos de licenciamento com a Netflix, HBO, e outras plataformas, a fim de garantir financiamento para sua distribuidora de filmes, 1inMM Capital LLC, de acordo com o FBI. Em uma declaração juramentada apresentada no tribunal federal de Los Angeles, o agente do FBI John Verrastro disse que Avery usou os fundos para “benefício pessoal” e para fazer pagamentos a investidores anteriores “no estilo de um esquema Ponzi clássico”. Ele usou parte do dinheiro para comprar sua casa em Beverlywood em 2018, agora à venda por US$ 6,5 milhões. A casa de seis quartos conta com piscina, adega e academia.

Avery fundou a 1inMM Capital LLC, com sede em Los Angeles, em 2013, alegando distribuir filmes em inglês para o mercado latino-americano por meio de parcerias com a HBO e a Netflix, disse o FBI. Em 2015, ele supostamente enviou aos investidores garrafas de uísque Johnny Walker Blue Label, junto com um relatório anual que dizia que a empresa havia “adquirido e distribuído com sucesso 49 filmes por meio do banner 1inMM Capital sem incorrer em uma única perda no processo.”

Ele também afirmou ter expandido sua parceria com a Netflix e a HBO para distribuir filmes para a Austrália e Nova Zelândia. “Com este crescimento, temos a capacidade de distribuir com segurança e lucratividade mais de 25 filmes adicionais por ano, criando ampla oportunidade para investimento e crescimento substancial de nossa próspera biblioteca de filmes”, diz o relatório anual, de acordo com Verrastro.

Os investidores eram enganados com promessas de um retorno de até 40% dentro de um ano, disse Verrastro. Como os pagamentos eram devidos, Avery inventou trocas de e-mail com executivos da Netflix e da HBO para justificar atrasos. “Na realidade, nem Horwitz [Avery] nem a 1inMM Capital se envolveram em conversas por e-mail com a Netflix ou HBO, nem Horwitz [Avery] ou a 1inMM Capital jamais tiveram qualquer relação comercial com a Netflix ou HBO”, escreveu Verrastro.

Desde dezembro de 2019, ele deixou de cumprir mais de 160 pagamentos e deve aos investidores US$ 227 milhões apenas no principal, afirma a declaração. Cada um dos pagamentos é supostamente vinculado a um único filme que Avery e a 1inMM Capital alegaram deter os direitos de distribuição e licenciar para a HBO ou Netflix.

Avery está enfrentando acusações de fraude eletrônica e compareceu ao tribunal na terça-feira por teleconferência. O procurador assistente dos Estados Unidos, Alexander Schwab, supostamente pediu ao juiz que mantivesse Avery detido até o julgamento, dizendo que ele pode arriscar fugir, relata o Los Angeles Times. “As chances de que o réu tenha parte desse dinheiro guardado são muito altas”, disse ele.

Apesar das preocupações, um juiz definiu a fiança de Avery em US$ 1 milhão, mas ele permanecerá sob custódia até que a fiança seja aprovada. Uma audiência foi marcada para 13 de maio para discutir o assunto, disse o Ministério Público dos EUA. Os trabalhos de atuação de Avery incluem ‘Last Moment of Clarity’, ‘The White Crow’ e ‘Farming’. Ele também foi um figurante no filme de guerra de Brad Pitt, ‘Corações de Ferro’ (‘Fury’).

Globo, via Monet

Opinião dos leitores

  1. Correto! São tantos escandalos que a gente “esquece”!! Lá no States o cabra é pego! Aqui tem o stf…

  2. Aqui chico Buarque, marieta severo, Caetano, gil etc e cia. Deram um cambalacho através da lei Rouanet de mais de 10 bilhões de reais, pior que a imprensa brasileira se cala, como se não fosse com a convivência dela. Nem um mea culpa.

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Diversos

Ronaldinho vira réu em ação coletiva que pede R$ 300 milhões por pirâmide

Foto: Reprodução

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho virou réu em uma ação civil coletiva que pede R$ 300 milhões por danos morais e materiais por causa de sua ligação com a empresa 18kRonaldinho. Desde o ano passado, a firma tem bloqueado o dinheiro de clientes que investiram em suas atividades.

A ação coletiva está sendo movida pelo Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) de Goiás, que diz ter identificado 150 pessoas lesadas pelo bloqueio das contas da 18k. De acordo com o Ibedec, as vítimas moram em vários estados brasileiros e em países como Estados Unidos, Portugal e Itália.

Leia notícia completa aqui no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. São os piramideiros pobres querendo tirar dinheiro de Ronaldinho. O cara é podre de rico, acha pouco, e vai se meter com pirâmide. Piramideiro é a raça mais desprezível da terra.

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Diversos

Herbalife é investigada por suspeita de pirâmide

HerbalifeSabe a Herbalife, a gigante de vendas diretas de suplementos alimentares e shakes, que tem aquele slogan “Quer perder peso, pergunte-me como”? Está sendo investigada nos Estados Unidos por suspeita de formação de pirâmide financeira. Pois é. A investigação está sendo feita pela Comissão Federal do Comércio  (FTC, na sigla em inglês).

A suspeita é de que os lucros da multinacional não viriam das vendas diretas dos produtos, mas das adesões de novas pessoas à rede de distribuidores. É esse mesmo o tipo de acusação que aqui no Brasil é feito contra empresas como a TelexFree, BBom e Priples.

Confirmada pela própria Herbalife, a investigação foi iniciada depois das acusações de William Ackerman, fundador do fundo de investimento Pershing Square Capital Management. Há mais de um ano ele acusa abertamente a empresa de ganhar dinheiro de forma ilegal. Segundo ele, o grosso do faturamento seria mesmo a grana das novas adesões.

Neste ano, a pressão pela investigação aumentou. Em janeiro, o senador de Massachusetts Edward Markey enviou uma carta ao FTC. Ele recomendou que as práticas comerciais da companhia fossem examinadas. No mês seguinte foi a vez de uma associação da comunidade hispânica Lulac e de outros grupos de proteção a minorias pedirem ao Congresso a adoção de medidas.

A Herbalife, que é apoiada por outros grandes investidores, sempre negou as acusações. Depois da confirmação da investigação, a empresa divulgou um comunicado garantindo que estava que age em conformidade com as leis. “A Herbalife dá as boas-vindas à investigação dada a tremenda quantidade de desinformação existente no mercado, e cooperará totalmente com a FTC.”

A briga promete ser longa e pesada. De acordo com o jornal Financial Times, a investigação aos esquemas em pirâmide costuma demorar entre 12 e 18 meses. Em 2013, a Herbalife registrou vendas de US$ 4,8 bilhões. Um crescimento de 17% na comparação com a receita de 2012. Tem distribuidores em mais de 70 países.

Detalhe: apesar da sede do grupo ficar em Los Angeles, a Herbalife está registrada nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal. No mínimo, interessante. O que vocês acham?

Tatiana Nascimento – Diário de Pernambuco, com informações dos jornais Financial Times e Público

Opinião dos leitores

  1. Caro Bruno, exemplo maior de pirâmide é a NNEX a mais de seis meses sem pagar nem um centavo aos investidores. Líder em reclamações no site reclameaqui.com, é o ministério publico não faz nada.

    1. realmente a NNEX também deveria se investigada, absurdo!! estão sem responder, sem publicar, sem pagar.. apenas o iste ta ativo pq nem o dono "TONY ROCHA " aparece mais!

    2. E não eram os próprios "associados" que eram contra o MP quando foi decretada que essas empresa de facilidades eram pirâmides, agora eles cobram ação do MP, não entendo mais nada!!!

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Diversos

Pirâmide financeira: Justiça no RN condena Priples a indenizar investidor

O juiz Flávio Ricardo Pires de Amorim, da comarca de Tangará, condenou a empresa pernambucana Priples LTDA a pagar, a título de dano material, o valor de R$ 1 mil ao autor de uma Ação Indenizatória que sustentou ser vítima de fraude praticada pela empresa, investigada pela suposta prática de pirâmide financeira. A demandada afirma exercer licitamente sua atividade dentro das regras do marketing multinível (MMN). A Priples deverá pagar também o valor de R$ 1.500 a título de indenização por dano moral.

Segundo entendimento do magistrado, a “operação desenvolvida pela Priples pode ser caracterizada como uma pirâmide financeira, portanto, insustentável e ilegal, porque beneficia apenas os idealizadores do esquema, além de pequena parcela de investidores que ingressaram no início do negócio, mas que comprovadamente não traz nenhum benefício econômico para a totalidade dos associados existentes na rede”.

O autor da ação alegou que atraído pela promessa de altos rendimentos realizou um investimento de R$ 1 mil na empresa. De acordo com a propaganda da Priples, com um investimento de R$ 100 a R$ 10 mil, o investidor seria remunerado diariamente em 2% do valor investido, bastando apenas responder ou formular cinco perguntas diárias.

Afirmou que após ter realizado diariamente essa tarefa e acumulado uma quantia em bônus, a Priples nunca realizou nenhum depósito na conta do requerente, descumprindo a promessa dos anúncios. Ainda, relatou que no dia 3 de agosto de 2013 foi surpreendido com a notícia de que os sócios da Priples haviam sido presos sob suspeita de crime contra a economia popular, sendo a empresa acusada de operar o esquema de pirâmide financeira.

Assim, entendendo que foi vítima de fraude e de que provavelmente não será remunerado como prometido, o autor buscou a Justiça para buscar a reparação pelos danos sofridos.

Em sua defesa, a Priples alegou que atua no ramo da publicidade digital, ofertando espaço para veiculação de anúncios publicitários na Internet, e exercendo licitamente sua atividade dentro das regras do marketing multinível (MMN). Afirma que esta atividade não se confunde com a prática da pirâmide financeira e que as restrições impostas à empresa são indevidas.

Defendeu ainda que o bloqueio dos bens e suspensão das atividades determinados pela 9ª Vara Criminal da comarca de Recife impediu a continuidade dos pagamentos mensais de comissões, bonificações e quaisquer outras vantagens aos anunciantes. Alegou portanto não poder ter atribuída a si os prejuízos alegados pelo autor.

Decisão

O juiz Flávio Ricardo Pires de Amorim observa que um esquema de pirâmide financeira é um modelo comercial previsivelmente não-sustentável que depende basicamente do recrutamento progressivo de outras pessoas para o esquema, a níveis insustentáveis.

Aponta que a principal distinção de empresas de marketing multinível e esquemas de pirâmides, é que aquelas têm um produto comercial de alto consumo que independe da formação da rede, “não atrelando o sucesso do negócio apenas a comissão por recrutamento de novos investidores, característica expressiva das cadeias financeiras, até porque a comissão no MMN vem das vendas dos produtos e não da entrada de pessoas na rede”.

Para o magistrado, a promessa de retorno financeiro de 100% num período de 60 dias revela a fragilidade do negócio diante de uma rentabilidade improvável de acontecer.

“Consoante contrato juntado, o produto comercializado pela empresa é apenas anúncio na internet, o que põe em risco a credibilidade do negócio, haja vista que não há garantia de proveito para empresa com a comercialização de um produto imaterial, a não ser o lucro que ela divulga para os seus associados, sendo certo que a operação apenas se sustenta com o dinheiro dos associados que ingressam depois para manutenção dos que já se mantinham na rede. Decerto, a ausência de novos associados impossibilita a manutenção da cadeia financeira, levando o fracasso toda a operação, com prejuízo a quase totalidade dos investidores”, destaca.

O juiz Flávio Ricardo Pires de Amorim observa que o programa de recompensas da Priples demonstra que o elevado lucro do investidor decorre mais do ganho auferido pelas pessoas que entram na rede, do que propriamente dos anúncios publicados na internet, o que a descaracteriza completamente de uma empesa de marketing multinível.

Ao analisar a questão do dano moral alegado, o magistrado entendeu que “no presente caso, observa-se que o fato teve repercussão no estado emocional da parte autora, advindo, assim, grande transtorno, visto que a ré ludibriou a parte autora com promessas de lucros inimagináveis em pouco tempo, a partir da formação de um esquema fraudulenta de pirâmide financeira, o que gerou, por consequência, intranquilidade a parte autora que teve prejuízos financeiros com aplicação de recursos sem o devido retorno, além da frustração do próprio insucesso do negócio, a partir de um marketing agressivo de informações inverídicas que o levou a ser atraído ao golpe”.

TJRN

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