Diversos

No Colorado-EUA, plantações de maconha emitem mais carbono que minas de carvão

Foto: Next Green Wave/Unsplash

A produção legal de maconha no Colorado, Estados Unidos, emite mais gases de efeito estufa do que a indústria de mineração de carvão do estado, descobriram pesquisadores em um novo estudo que analisou o uso de energia no setor. As descobertas servem de alerta para a nascente e crescente indústria de plantação de cannabis legalizada, que pode contribuir para o aquecimento global de formas inesperadas.

O uso da maconha para fins medicinais e recreativos é legalizado no estado do Colorado desde 2012, quando a população local votou 55% a favor da medida em um plebiscito. Desde então, o estado no centro-oeste americano se tornou um símbolo das regras mais relaxadas quanto ao usa da droga, atraindo inclusive turistas em busca da experiência. Isso fez com que a indústria do setor crescesse exponencialmente nos últimos anos.

Não é um fenômeno exclusivo do Colorado; atualmente, 14 estados americanos legalizaram a maconha, além do Distrito de Columbia, onde fica a capital do país. A tendência é esse número aumentar, já que muitos estados tem propostas ou plebiscitos pendentes sobre a questão.

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Estadual do Colorado decidiram investigar o possível impacto que essa indústria crescente pode ter no meio-ambiente. Eles descobriram que as emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao cultivo da maconha variam bastante de estado por estado, em um espectro que vai de 2,3 a 5,2 toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) por quilograma de flor seca produzida. O CO2 equivalente é uma medida que quantifica o potencial de aquecimento global de vários gases de efeito estufa juntos baseado no potencial do dióxido de carbono.

No Colorado, especificamente, o número total de emissões é de 2,6 megatoneladas de CO2 equivalente, um valor maior que o das emissões causadas pela indústria de carvão do estado (1,8 megatonelada). A equipe calcula que 1,3% de todas emissões do Colorado anuais sejam resultado da indústria da maconha. O estudo foi publicado na revista Nature Sustainability.

O motivo dos números tão altos é que a legislação local exige que a maconha seja cultivada em ambientes fechados. Isso, por sua vez, gera uma série de outros requisitos, como o uso constante de luzes artificiais para simular o efeito do Sol nas plantas, ar condicionado ou aquecedores para manter os locais em temperatura correta, e, principalmente, o tratamento e filtragem do ar que vem de fora para que ele tenha temperatura e humidade favoráveis à plantação. Tudo isso consome altas quantidades de energia.

Vários outros estados também têm legislações parecidas, e alguns possuem climas muito distintos do ideal para as plantações, o que exige ainda mais energia para adaptar os locais de cultivo. As costas do Atlântico e do Pacífico dos Estados Unidos, nesse sentido, emitem menos gases, enquanto o Alaska, as regiões do Meio-Oeste e dos Estados Montanhosos no Oeste, por sua vez, poluem mais.

No estudo, a equipe sugere que mudar o cultivo de cannabis para um ambiente ao ar livre em estufas pode diminuir os requisitos de energia e, consequentemente, reduzir as emissões. Os cientistas também ressaltam que estudos sobre a indústria da maconha ainda são muito iniciais, já que o fenômeno da legalização é relativamente recente, e mais dados são necessários para entender como otimizar a produção da droga lícita sem prejudicar o meio ambiente.

Super Interessante

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

Em depoimento em Comissão na Câmara, ministro da Educação diz ter provas que há plantações de maconha em universidades, exibe reportagens e deputados de esquerda protestam

Foto: Reprodução/O Antagonista

Abraham Weintraub começou seu depoimento na Comissão de Educação da Câmara afirmando ter provas das plantações de maconha em universidades públicas e do uso de laboratórios para fabricação de drogas sintéticas.

Ele exibiu um vídeo de uma reportagem do Cidade Alerta, ainda apresentado por Marcelo Rezende, que mostra plantação de maconha na UnB.

A reportagem não foi exibida por completo. Após protestos de alguns deputados, o presidente anunciou que suspenderia a sessão. Houve bate-boca.

O ministro da Educação foi convocado para uma audiência e era obrigado a comparecer.

Deputados de esquerda protestam contra Weintraub por exibir reportagens

Deputados de esquerda usaram questões de ordem para protestar contra o fato de Weintraub estar exibindo reportagens de TV que mostram venda e consumo de drogas em universidades públicas de vários estados do Brasil.

Mais cedo, Marcelo Freixo anunciou sua retirada da sessão da Comissão de Educação, assim que a primeira reportagem foi exibida.

Os deputados foram atendidos. Weintraub permanece exibindo trechos de seu arquivo de reportagens.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Ele deveria estar na Policia Federal, que não está trabalhando certo, de acordo com alegações do ministro!

    1. Usou um vídeo de uns 5 anos atrás, e o caso ocorreu em um terreno da Marinha.

      Pelo vídeo observa-se que é um matagal fechado… ou seja, mesmo que o terreno fosse da universidade a plantação não teria ocorrido em local de aula ou de fácil acesso aos alunos. Gente ruim tem em todo canto.

      Achei ótimo a colocação de um parlamentar cearense: "Ministro, não gostamos de droga, e o senhor é uma droga" kkkkk.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

FOTO: BPChoque prende quatro homens em residência na Zona Sul de Natal utilizada para plantações de drogas

Foto: PM/ASSECOM/REPÓRTER: CB GLAUCIA

Na madrugada desta quinta-feira (31), policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) efetuaram a prisão de quatro homens suspeito de utilizarem uma residência como estufa para plantações de drogas e entorpecentes.

De acordo com o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP), os policiais militares da BPChoque realizavam o patrulhamento ostensivo na Vila de Ponta Negra quando visualizaram um homem em atitude suspeita saindo de uma residência e, ao avistar a viatura policial, tentou retornar ao interior da residência.

Ao aproximar-se da residência, os policiais sentiram um expressivo odor de entorpecentes oriundo do interior da residência, configurando a forte suspeita da ocorrência de tráfico de drogas no local.

Com a suspeita e a configuração de uma possível situação flagrancial, os policiais adentraram na residência, encontrando várias mudas de Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, além de 3,5 kg de substância análoga a maconha, três balanças de precisão, uma porção de substância análoga a cocaína, um frasco com sementes de maconha e um frasco contendo um material semelhante a maxixe.

Ainda na residência foram encontrados cerca de R$ 2,5 mil, bem como vários aparelhos de celulares, mochilas escolares, e vários produtos para o acondicionamento e preparação de drogas.

Com a constatação do crime de tráfico de drogas, na modalidade de semear plantas que constituam matéria-prima para a preparação de drogas e da utilização de local que tem propriedade para o tráfico de drogas, e do crime de associação para o tráfico de drogas, Felipe Câmara da Costa (26 anos) Diego Feliciano Evangelista (25 anos), Rony Saraiva Mendes Filho (31 anos) e Fábio Marinheiro Cordenonse (32 anos) foram conduzidos à Central de Flagrantes para a realização dos procedimentos legais e as devidas perícias nas substâncias encontradas.

http://www.pm.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=216655&ACT=&PAGE=&PARM=&LBL=NOT%CDCIA

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

PF destrói 3 mil toneladas de maconha de plantações no Paraguai, maior volume eliminado entre 2017 e 2018

Foto: Divulgação Polícia Federal

A 3ª fase da Operação Nova Aliança, que tem como objetivo a erradicação de plantações de maconha no Paraguai, foi concluída esta semana e resultou na destruição de 3 mil toneladas da droga. A quantidade deste ano ultrapassa o volume destruído em 2017 e 2018.

As ações de combate às plantações de maconha no país vizinho envolveram, conjuntamente, os agentes da Polícia Federal (PF) e da Secretaria Nacional Anti Drogas do Paraguai. De acordo com a PF, esse tipo de trabalho é eficaz e reduz custos.

“A estratégia de atacar a produção da droga, antes de que ela chegue ao mercado brasileiro, traz grande economia ao país, pois milhões de reais deixam de ser gastos em repressão ao tráfico interno, em prisões e processos judiciais, que se tornam menos comuns, uma vez que a quantidade de maconha que circula no país cai drasticamente”.

Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *