Saúde

Homens contraem e transmitem mais Covid-19 do que as mulheres, sugere estudo

Foto: Reuters

Homens se infectam mais e consequentemente transmitem mais o vírus da Covid-19 do que mulheres, segundo um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) e divulgado pela Agência Fapesp nesta quinta-feira (26).

Os homens também estão mais suscetíveis a apresentar quadros graves e morrer pela doença, de acordo com o estudo que envolveu 1.744 casais brasileiros. Os resultados do trabalho foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

“Essa constatação corrobora e está em consonância com descobertas feitas em estudos recentes que realizamos, que já indicavam que homens podem transmitir mais o novo coronavírus”, disse Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e coordenadora do CEGH-CEL, à Agência Fapesp.

Um estudo publicado no início de agosto por pesquisadores do Centro na revista Diagnostics, com base em um exame de detecção do SARS-CoV-2 pela saliva desenvolvido no CEGH-CEL, apontou que os homens apresentam uma carga do vírus no fluido cerca de dez vezes maior do que mulheres, particularmente até os 48 anos. Essa diferença de carga viral não foi detectada em testes com amostras nasofaríngeas, apontaram os autores do estudo, coordenado pela professora Maria Rita Passos-Bueno.

“Como o vírus é transmitido principalmente por gotículas de saliva, deduzimos que isso explicaria por que os homens transmitem mais vírus do que as mulheres”, diz Zatz.

Além dessa observação, a pesquisadora começou a ouvir relatos de casais – muitos deles ambos médicos – em que a mulher foi infectada pelo novo SARS-CoV-2 e apresentou sintomas leves ou moderados, enquanto o homem permaneceu assintomático. Alguns meses depois, o cônjuge também foi infectado após o contato com pacientes do sexo masculino, o que reforçou a teoria de que homens transmitem mais o novo coronavírus.

Como forma de avaliar a hipótese, os pesquisadores do CEGH-CEL começaram a coletar, entre julho de 2020 e julho de 2021, dados de mais de 2 mil casais, com média de 45 anos de idade até então não vacinados contra a Covid-19, em que pelo menos um dos cônjuges foi infectado, diagnosticado e apresentou sintomas da doença.

Para eliminar a influência de vieses comportamentais, como o fato de os homens serem mais relutantes do que as mulheres em usar máscaras protetoras e respeitar o distanciamento social, como comprovado por meio de estudos durante a pandemia, foi analisada a transmissão do vírus em mais de mil casais que moraram juntos durante o período da infecção sem adotar medidas de proteção.

Os casais foram distribuídos em grupos concordantes – em que ambos os parceiros foram infectados – ou discordantes – em que um dos cônjuges permaneceu assintomático, apesar do contato próximo com o infectado.

A combinação dos dados coletados mostrou que os homens foram os primeiros ou únicos infectados na maioria dos casos, tanto entre os casais concordantes como nos discordantes.

“Vimos que os homens foram infectados primeiro muito mais do que as mulheres, tanto no caso dos casais concordantes como nos discordantes. No total, 946 homens foram infectados primeiro em comparação com 660 mulheres”, afirma Zatz.

Resistência à infecção

Os pesquisadores também analisaram o material genético de casais em que apenas um dos cônjuges foi infectado pelo SARS-CoV-2, embora ambos tenham sido expostos, com o objetivo de entender por que algumas pessoas são naturalmente resistentes à infecção.

Resultados preliminares do estudo, também publicado na plataforma medRxiv, indicaram que variantes genômicas mais frequentes nos parceiros suscetíveis levariam à produção de moléculas que inibem a ativação das células de defesa conhecidas como exterminadoras naturais ou NK. Os resultados completos do estudo, feito em colaboração com o professor Erick Castelli, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, serão publicados em breve na revista Frontiers in Immunology.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. E colocam mais chifres tambem, sugere pesquisa do Carabinas Drinks. Cada pesquisa que sai, se não bastasse a de Lula com 80%. Ô povo imbecil e sem cura.

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Saúde

Saiba qual é a eficácia das principais vacinas contra a Covid-19

Foto: Dado Ruvic/Reuters (30.out.2020)

O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (12) que a eficácia global da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelos Instituto Butantan e pela chinesa Sinovac, é de 50,38%.

Na quinta-feira (7) havia sido divulgado que o imunizante atingiu índice de eficácia de 100% para casos graves e moderados e de 78% para os infectados que apresentaram casos leves ou precisaram de atendimento ambulatorial.

Apesar de ser menor do que a apresentada por outras candidatas, ainda é um bom resultado se comparado a imunizantes que já são conhecidos. A vacina da gripe tem de 40% a 60% de eficácia, a BCG (contra tuberculose), de 70 a 80%, por exemplo.

A Coronavac foi a última entre as cinco principais vacinas desenvolvidas contra a Covid-19 a apresentar seus dados de eficácia.

Em 14 de dezembro, os desenvolvedores russos da vacina Sputnik V publicaram resultados de seu ensaio clínico da vacina e afirmaram que a injeção foi novamente considerada 91,4% eficaz no fornecimento de proteção contra o novo coronavírus.

Dias antes, em 8 de dezembro, a Universidade de Oxford publicou o primeiro resultado revisado da última fase dos testes da vacina contra Covid-19 que desenvolve em conjunto com a AstraZeneca. De acordo com a publicação, o imunizante teve eficácia média de 70,4%.

Confira a eficácia divulgada até o momento das principais vacinas contra Covid-19 em desenvolvimento:

• Pfizer/BioNTech

País: Estados Unidos e Alemanha

Eficácia: 95%

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 43.661 voluntários entre Estados Unidos, Brasil, Argentina, Alemanha, Turquia e África do Sul

• Moderna

País: Estados Unidos

Eficácia: 94,5%

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 30.000 voluntários nos Estados Unidos

• Sputnik V

País: Rússia

Eficácia: 91,4%

Fase de testes: fase 3 em andamento

Pessoas testadas: 40.000 na Rússia

• AstraZeneca/Oxford

País: Reino Unido

Eficácia: 70,4%

Fase de testes: fase 3 concluída, com resultado revisado

Pessoas testadas: 11.636 voluntários participaram de análise de eficácia, no Reino Unido e Brasil

• Coronavac (Sinovac)

País: China

Eficácia: 50,38% (eficácia global); 78% em casos leves; 100% em casos graves e moderados

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 13.000 no Brasil, há também voluntários na China, Indonésia, Turquia, Bangladesh, Filipinas, Arábia Saudita e Chile

Foto: Reprodução/CNN

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Perguntas sobre a postagem:
    Pfizer/BioNTech
    Que eficácia é de 95%?
    Global, casos leves, moderados ou graves?
    Sputnik V
    Que eficácia é de 91,4 %?
    Global, casos leves, moderados ou graves?
    AstraZeneca/Oxford
    Que eficácia é de 70,4 %?
    Global, casos leves, moderados ou graves?

  2. Se o governo federal, tivesse outra vacina que não fosse a coronavac de Doria, tenham certeza que iam dizer que era a pior vacina do mundo!!
    Agora vamos esperar a bandeira de largada do governo federal para a vacinação antes de SP….
    Tamo lascado!

  3. Por qual razão vamos ser vacinados com a vacina de menor eficácia? Algo tem de estranho? Interesse financeiro?

  4. Querem colocar a Coronavac de todas as formas… Infelizmente o interesse está acima das vidas que estão morrendo e famílias que estão chorando.

  5. O problema é que ñ tem outra por falta de planejamento justamente do nosso governo. Teremos que nos contentar com essa e a da Oxford, as duas de menor eficácia. Ñ adianta chorar, Pfizer e Moderna só para quem se programou e comprou com antecedência, agora vão ter que engolir a chinesa e se tiver seringa. Kkkkkkkkkkkkkk

  6. É um malabarismo danado pra dizer que ficou muito abaixo do esperado e no mínimo exigido de 50%. Ficam procurando argumentos para justificar e tentar levar o leitor a crer que tomando essa vacina estará protegido. Em todos os outros estudos cita apenas a eficácia global, não ficam divulgando resultados de grupos para justificar o resultado final. Sejam honestos e digam que mesmo vacinado nada garante que não vá se contaminar, é meio a meio.

  7. A Coronavac é fraca!
    50% de não ter eficácia.
    A verdade é essa.
    Tomo outra, essa daí não.

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Saúde

Cientistas chineses descobrem 2 tipos principais do novo coronavírus; um deles, de fácil transmissão

Uma equipe de cientistas chineses informou que descobriu dois principais tipos do novo coronavírus, sendo que um deles é de mais fácil de transmissão.

A imprensa chinesa disse que a equipe publicou os resultados da pesquisa na revista National Science Review, na última terça-feira (3).

A equipe informou que analisou os genes de 103 amostras do vírus e que, com exceção de duas das amostras, todas poderiam ser classificadas como de tipo L e S.

Os cientistas disseram ainda que o tipo L é mais agressivo do que o tipo S, representando 70% das amostras.

Os pesquisadores afirmaram que o tipo S é considerado mais velho do que o tipo L, e que as características do gene são próximas das do vírus identificado como proveniente de morcegos.

A equipe disse à imprensa local que ainda não sabe como o tipo L se desenvolveu a partir do tipo S e qual dos dois seria mais tóxico.

Eles lembraram que a maioria dos pacientes foi infectada com uma das duas variantes. Acrescentaram, porém, que duas pessoas, incluindo um paciente americano que viajou a Wuhan, cidade chinesa, poderá ter sido infectado com as duas variantes.

Época

 

Opinião dos leitores

  1. Esse virus tipo L so pode ser coisa de petista pelo simbolo. é o mais perigoso, se alastrou destruindo e contaminando. So pra nao deixar esquecido o criminoso que anda solto pela Europa passeando as nossas custas e falando besteira por onde anda.

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