Polêmica

Crivella chama Doria de “vagabundo” e “viado”, e depois pede desculpas

Foto: Bruno Rocha/Foto Arena

Prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos) aparece xingando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em um vídeo que viralizou hoje nas redes sociais. Depois, em nota enviada ao UOL, Crivella pediu desculpas ao tucano, que lamentou o ocorrido e disse que o carioca “se apequena”. (leia mais abaixo).

Nas imagens, Crivella, em tom exaltado, grita que Doria é “vagabundo” e também usa um termo homofóbico, “viado”, para ofendê-lo. O prefeito estava falando sobre as OS (Organizações Sociais) de saúde.

“Eu entrei na Justiça contra esses vagabundos. Sabe o que eles fizeram? Dei dinheiro para pagar aos funcionários, eles pegaram e pagaram fornecedor, que tinha que pagar dia 10 de dezembro. E faltou dinheiro. Sabe de quem é essa OS? Essa OS é de São Paulo. É do Doria. Viado! Vagabundo!”. (Marcelo Crivella).

De acordo com o jornal O Globo, os xingamentos aconteceram em uma reunião com filiados do Republicanos que disputaram a eleição para vereador. O evento aconteceu ontem, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Após os gritos de Crivella, os presentes vibram com as ofensas e aplaudem o prefeito.

O vídeo foi publicado no Facebook por Sandro Avelar, presidente da escola de samba Império Serrano. Ele apoia Eduardo Paes (DEM) no segundo turno da disputa pela prefeitura do Rio.

Em pesquisa divulgada ontem pelo Ibope, Paes lidera a disputa pelo segundo turno com 53% das intenções de voto, contra 23% de Crivella.

“Momento de revolta”, diz Crivella

Em nota enviada ao UOL, a campanha de Crivella disse que a manifestação do prefeito foi um “momento de revolta” e pediu desculpas ao governador de São Paulo.

“A fala foi um momento de revolta pela OS reter o salário de médicos e enfermeiros mesmo tendo recebido da prefeitura. Em tempos de pandemia isso pode custar vidas. Marcelo Crivella pede desculpas pelos excessos, e ao governador João Doria.”

Depois Crivella divulgou a mesma mensagem nas redes sociais.

A reportagem também procurou a assessoria de João Doria, que se manifestou pelo Twitter. O governador disse que o prefeito deveria dar exemplo, mas “se apequena” com as ofensas. E apostou que Crivella não conseguirá a reeleição para prefeito.

Lamento que o prefeito do Rio de Janeiro, um pastor que deveria ser um exemplo, faça ataques, use palavrões e o preconceito para se referir a um governador. O prefeito Crivella se apequena e lamentavelmente encerra seu ciclo de forma melancólica.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Sacanagem chamar o cara de VIADO só porque o cara usa calça apertada esmagando os ovos.kkkkkkkk

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Judiciário

Xingamento ‘por desabafo’ contra policiais não é crime, diz Justiça

Foto: Ellan Lustosa/Estadão Conteúdo/Arquivo

Xingar um policial sem o intuito de difamar o servidor ou a administração não caracteriza desacato, informou em decisão unânime o TJ-DFJ (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios).

A resolução veio por meio de um caso em que o réu foi abordado por policiais militares, enquanto conduzia sua motocicleta, sem habilitação. Durante a abordagem, foi constatado que o lacre da placa estava rompido e a documentação, vencida.

Ao ser informado que a moto seria levada, o réu resistiu à apreensão e foi rendido pelos agentes, que utilizaram spray de pimenta, ocasião em que xingou os PMs.

O réu foi absolvido em 1ª instância. No entanto, o MP (Ministério Público) recorreu da decisão sob a alegação de que haveria provas para a condenação. Ao julgar o recurso, a 2ª Turma Recursal do TJ-DFT ponderou que, para que seja crime, “deve haver prova do pronunciamento de insultos ou palavras de baixo calão que atinjam o prestígio do servidor e da administração pública”.

Para a turma de juristas, os xingamentos foram proferidos pelo réu em um momento de desabafo ao ser rendido com o uso de spray de pimenta, sem intenção de caluniar ou menosprezar o poder estatal. Ao manter a decisão do Juizado Especial Criminal de Ceilândia, entendeu-se que dada as circunstâncias, “taxar tal conduta de desacato é privilegiar o excesso de sensibilidade de quem está lidando com o público”.

Para ser considerado desacato e, consequentemente, crime, é exigida a presença de intenção específico, que consiste no menosprezo pela administração, ultrapassando o mero desabafo momentâneo.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Só vai aumentar a pancadaria, já que, como não há crime a indignação do agente público tende a aflorar, e aja choques, socos…

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Cidades

JFRN: Professor que "xingou" Pau dos Ferros e revoltou cidade tenta reverter punição e não consegue

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte arquivou, sem julgamento do mérito, o mandado de segurança impetrado pelo professor Dhiego Fernandes Carvalho, que foi suspenso pelo Instituto Federal de Educação por ter feito comentários depreciativos ao município de Pau dos Ferros.

O docente entrou com um processo no Judiciário tentando anular a punição imposta pelo IFRN após a realização de processo de sindicância.

O Juiz Federal Renato Coelho Borelli, em substituição na 5ª Vara, analisou que o mandado de segurança não seria a via adequada para o pleito do professor, que desconstituir, com o argumento de parcialidade, o processo administrativo, que o impôs 30 dias de suspensão.

“É flagrante a necessidade de dilação probatória para comprovar a veracidade do que afirma a parte autora no que tange à suposta parcialidade das testemunhas e da diretora-substituta do IF de Pau dos Ferros/RN, o que não é cabível em mandado de segurança, uma vez que o direito a ser protegido por esse remédio constitucional deve ser líquido e certo”, escreveu o Juiz Federal Renato Borelli.

O magistrado, na sentença, chamou atenção que a Constituição assegura a liberdade de pensamento, mas não é absoluto, já que encontra limite no Princípio da dignidade da Pessoa Humana e o da Inviolabilidade da Honra e Imagem das pessoas. O Juiz Federal Renato Borelli analisou que o professor, ao fazer comentários depreciativos ao município e a população de Pau dos Ferros, “não só abusou do seu direito à liberdade de expressão, sem consideração quanto aos demais princípios acima mencionados, mas também ignorou, ao emití-las, a repercussão de suas declarações no seio daquela comunidade, fato por si, reprovável, uma vez que ocupa um cargo público de destaque, do qual poderia se valer, com um pouco mais de sabedoria, para influenciar positivamente mudanças naquela sociedade, o que, de uma forma bastante deturpada, parece ser o fim por ele almejado”.

Via De Fato

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Judiciário

Justiça condena empresário por chamar filho de Lula de 'idiota'

 O empresário Alexandre Paes dos Santos foi condenado a pagar R$ 5.000 a Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, por tê-lo chamado de “primário”, “idiota” e “uma decepção” em conversa com jornalista da revista “Veja” que não chegou a ser publicada. Cabe recurso.

Lulinha, como Fábio é conhecido, soube das declarações ao processar a publicação por reportagens em que foi apontado como lobista.

Santos, também apresentado como lobista nas reportagens, teria dito ao jornalista Alexandre Oltramari, da “Veja”, que Lulinha despachava em seu escritório em Brasília.

O empresário negou as afirmações, mas tornou-se réu em processos que o filho de Lula moveu contra a Editora Abril, que publica “Veja”, e Oltramari.A revista entregou à Justiça a gravação das conversas de Santos com o repórter, incluindo o trecho em que ele criticava Lulinha.

Ao saber do diálogo, Fábio abriu um novo processo, por dano moral. Perdeu em primeira instância, mas, no último dia 10, a 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu em parte seu recurso.

A decisão foi divulgada pelo site Consultor Jurídico.

O desembargador Alcides Leopoldo e Silva Júnior considerou que Santos teve intenção de ofender Lulinha, mesmo que sua frase não tenha sido publicada. Para o magistrado, a Abril e Oltramari não causaram danos.

O advogado de Lulinha, Cristiano Martins, disse que recorrerá para que eles também sejam responsabilizados, porque teriam tornado as ofensas públicas ao anexar o áudio ao processo.

Alexandre Fidalgo, advogado da Abril e de Oltramari, refuta o argumento. “Se Lulinha quisesse preservar sua honra, teria pedido segredo de Justiça”, disse. O advogado de Santos, Eduardo Ferrão, não foi localizado.

Folha

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