Saúde

COVID E A DESCOBERTA SEM INTENÇÃO: Cientistas apostam em uso de vírus para combater câncer e outras doenças

Foto: National Cancer Institute/Unsplash

O caso de um homem de 61 anos que teve uma rara remissão do linfoma de Hodgkin – um tipo de câncer que se origina no sistema linfático – depois de ser infectado pela Covid-19, na Inglaterra, chamou a atenção da comunidade científica e do mundo em janeiro deste ano.

Os tumores, que eram um risco para o paciente na luta contra o novo coronavírus, desapareceram do corpo do idoso meses após ele ser infectado pela doença, e o caso, uma novidade nas pesquisas sobre a Covid-19, foi analisado e publicado no British Journal of Hematology.

Apesar de raras, situações em que vírus geram respostas do corpo humano no combate ao câncer e outras doenças já foram descritas anteriormente na literatura médica. O uso dos organismos na Medicina, inclusive, tem um nome: viroterapia.

Em entrevista recente à CNN, o oncologista Raphael Brandão Moreira afirmou que a explicação para o caso do idoso na Inglaterra é até simples: ao atacar o vírus o sistema imunológico do paciente combateu também as células cancerígenas.

“Não só a Covid-19, mas toda infecção viral, bacteriana, enfim, qualquer agressor externo ao nosso ambiente que seja estranho ao nosso corpo pode despertar o sistema imunológico”, disse o médico.

Descoberta ocorreu sem intenção

O caso britânico aconteceu de forma não intencional. Isso porque, após o diagnóstico de Covid-19, o paciente recebeu tratamento padrão para a doença, sem uso de corticoides ou de imunoterapia – que potencializa o sistema imunológico no combate a infecções e doenças.

Especialistas pesquisam a possibilidade de usar, intencionalmente, vírus contra o câncer e outras doenças. A viroterapia utiliza a biotecnologia para converter os organismos em agentes terapêuticos para tratar doenças.

Um dos principais pesquisadores nos Estados Unidos dessa modalidade para o tratamento do câncer é o médico Stephen Russell, presidente da Sociedade Americana de Terapia Genética e Celular (ASGCT, em inglês).

Russell e uma equipe de pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, se dedicam ao estudo dessa hipótese há praticamente duas décadas.

Atualmente, a equipe está focada em formas de usar modificações dos vírus do sarampo, da estomatite vesicular (VSV), da coxsackie A21 (CVA21) e o mengovírus no tratamento de pacientes oncológicos – estudos clínicos de fase 1 estão em andamento.

Com dezenas de artigos publicados sobre o tema, os pesquisadores já apresentaram, em 2014, um caso concreto em que uma mulher com mieloma múltiplo, um tipo de câncer sanguíneo incurável, entrou em remissão da doença após receber uma dose altamente concentrada do vírus do sarampo desenvolvido em laboratório.

“Um vírus pode ser treinado para danificar especificamente um câncer e deixar outros tecidos do corpo ilesos”

Stephen Russell, presidente da Sociedade Americana de Terapia Genética e Celular

“A ideia é que um vírus pode ser treinado para danificar especificamente um câncer e deixar outros tecidos do corpo ilesos”, disse Russell à CNN, na época do caso.

Embora ainda não haja outros pacientes com remissão completa usando um vírus semelhante, nos últimos anos os pesquisadores conseguiram entender por que a terapia funcionou para Stacy Erholtz, que recebeu o tratamento experimental.

Um dos principais motivos é que ela não tinha anticorpos contra o sarampo, os quais a maioria das pessoas desenvolve por ter sido vacinada ou por contrair a doença.

Em pessoas com anticorpos do sarampo, no entanto, usar o vírus como terapia não funcionou, porque o corpo o neutralizou antes que tivesse a chance de matar as células cancerígenas.

Nos estudos recentes, Russell e os demais pesquisadores tentam substituir o vírus do sarampo pelo VSV – ao qual a maioria das pessoas não foi exposta e, portanto, não possui anticorpos – e que, em testes laboratoriais, se mostrou ainda mais potente contra o câncer do que o vírus do sarampo.

E o vírus da Covid-19?

De volta ao caso britânico: por se tratar de um caso raro e isolado, ainda é cedo para dizer se, no futuro, será possível usar o SARS-Cov-2, vírus que causa a Covid-19, em tratamentos de viroterapia.

A médica Fernanda Lemos, hematologista no hospital A.C. Camargo Cancer Center, destacou a importância do registro do caso e disse que parte do conceito da viroterapia já é amplamente aplicado hoje no tratamento de determinados tipos de câncer.

“Viroterapia é um campo que cada vez mais chama atenção, mas que ainda precisa de um caminho longo de estudos” (Fernanda Lemos, hematologista no hospital A.C. Camargo Cancer Center).

“A viroterapia é um campo que cada vez mais chama atenção, mas que ainda precisa de um caminho longo de estudos. [A ideia de] acordar essas células que vão ajudar o organismo no combate à doença é o que já fazemos atualmente por meio da imunoterapia com o uso de drogas”, disse ela à CNN.

“Para grande parte dos tumores hematológicos, tumores sólidos e melanomas que dependem da resposta imunológica para serem erradicados, a imunoterapia já é uma realidade, não o futuro”, completou.

Ela destacou que a vantagem da imunoterapia é o fato de tratar-se de uma terapia inteligente contra o câncer, com menos efeito colateral do que a radioterapia e a quimioterapia, por atuar especificamente nas células cancerígenas.

Lemos fez ainda um alerta: “Esse caso mostra um mecanismo que futuramente pode auxiliar no tratamento, mas de forma alguma substitui tratamentos embasados e com anos de entendimento. Os pacientes não devem procurar medidas heroicas”.

Essa opinião é compartilhada por Carlos Chiattone, professor de Medicina da Santa Casa de São Paulo e diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).

“Pacientes com doenças oncológicas, via de regra, desenvolvem casos mais graves do novo coronavírus” (Carlos Chiattone, professor de Medicina da Santa Casa de São Paulo).

“Tenho recebido muitas consultas, pedidos de opinião… Olha, não vamos torcer para que um paciente com câncer tenha Covid-19, longe disso. Porque pacientes com doenças oncológicas, via de regra, desenvolvem casos mais graves do novo coronavírus”, explicou Chiattone à CNN.

Em relação ao caso do paciente britânico, ele diz que um caminho pode ser entender a resposta imunológica que o vírus causou no corpo e, então, desenvolver mecanismos que reproduzam esse efeito.

Chiattone, no entanto, disse não acreditar que o SARS-Cov-2 poderá ser usado diretamente no corpo, como nos estudos desenvolvidos com o vírus do sarampo pelos pesquisadores da Clínica Mayo.

“Esse dado [do paciente britânico] é inusitado e claro que merece divulgação, mas tem que tomar cuidado. Por ser algo raríssimo, não é possível determinar como replicar esse efeito”, completou.

Chiattone, que é coordenador da oncohematologia do Hospital Samaritano de São Paulo, também enfatizou o uso da imunoterapia por ser um caminho mais testado e desenvolvido para novos tratamentos de câncer.

“Uma tendência da oncologia, em algumas áreas como os cânceres do sangue, é deixar a era do tratamento quimioterápico para a era do tratamento imunológico, com inúmeras vertentes e formas”, explicou.

Ainda de acordo com Chiattone, essa terapia-alvo é feita por meio de drogas que estimulam o sistema imunológico, por anticorpos ou outras substâncias, que fazem o sistema imunológico combater, por conta própria, o câncer.

CNN Brasil

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Diversos

Missões espaciais apostam na descoberta de vida fora da Terra

Foto: © NASA/JPL-Caltech/Handout via REUTERS /Direitos Reservados

A busca por água fora da Terra – em outros planetas e luas – tem aquecido os estudos e achados astronômicos.

O recente anúncio da detecção de moléculas de água em parte da Lua que é iluminada pelo Sol fez crescer a expectativa pela construção de uma base lunar. Isso ocorre às vésperas da missão Artemis, da Nasa, a agência espacial norte-americana, que levará a primeira mulher ao nosso satélite e que está prevista para 2024.

Mas, por que encontrar água fora da Terra é tão importante?

”Pelo que a gente conhece da vida aqui na Terra, um componente básico que todos os seres precisam é a água. Por isso, que essas missões procuram primeiro um lugar que tenha água líquida, para então procurar por indícios mais sofisticados de vida, como por exemplo as moléculas orgânicas, DNA, RNA, lipídios ou outras moléculas das quais as células são feitas”, responde o pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Douglas Galante.

Para ele, a água é um ”fator fundamental da vida como a gente conhece aqui, e muito provavelmente da vida em outros lugares no universo. Por isso, as missões de procura por vida, primeiro procuram por água”, diz.

Além da Lua, aqui no nosso sistema solar, o recurso natural foi confirmado em estado líquido no polo sul de Marte.

Segundo estudos de um grupo de italianos publicados na revista Science, existem bolsões de água no Planeta Vermelho de forma intermitente. Antes, as pesquisas mostravam a água na forma de gelo, que derretia na superfície apenas durante o verão.

O planeta, que já teve características parecidas com as da Terra há bilhões de anos, agora é o caminho de pelo menos três missões – dos Estados Unidos, da China e dos Emirados Árabes.

Diante dos achados, a pergunta que pode ser respondida na próxima década: Marte já teve ou ainda abriga alguma forma de vida?

”Existem várias missões que estão sendo enviadas para Marte neste momento e todas elas têm forte componente da astrobiologia. Ou de procurar indícios de vida – vida passada, que está fóssil, morta ou vida presente, possivelmente em alguns locais habitáveis em Marte.”, diz o pesquisador.

Douglas Galante explica que as missões em curso estão focadas em investigar locais onde tenha existido água.

“A gente sabe que Marte teve água abundante no passado e ainda tem água hoje em dia em locais específicos, em algumas colinas, na subsuperfície e mesmo água salobra. Nessas regiões existe grande chance de ter vida presente”, acrescenta.

Ainda no nosso sistema solar, os achados de sondas espaciais mostram vapor de água sendo expelido em luas, como Europa – de Júpiter – e Encélado – de Saturno. E isso pode indicar que existem oceanos embaixo de uma crosta de gelo, assim como já foi identificado em Titã, outra lua de Saturno.

Nos últimos anos também vimos o aumento de descobertas de exoplanetas – aqueles que ficam fora do nosso sistema solar.

Alguns são chamados de ”superterras”, por apresentarem características em comum com o nosso planeta. Eles ficam em zonas potencialmente habitáveis, ou seja, têm temperatura e radiação ideais, além de estar na distância ideal das estrelas que orbitam.

Um exoplaneta, em especial, chamou a atenção: o k2 18b, que foi descoberto por cientistas do Reino Unido. Ele tem oito vezes a massa da Terra, está a mais de 100 anos-luz daqui e há indícios de oceanos e água em estado líquido por lá.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Por isso que não estão nem aí com aa emissões de carbono, pq quem vai ganhhar dinheiro com a degradação do meio ambiente, pode até ir morar em outro planete, e que ficar que se foda.
    Num foi assim com os condomínios.
    O próximo que se exploda!

  2. Gastam milhões em busca de água em outros planetas. E não gastam quase nada pra preservar a água que temos aqui.

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Diversos

Empresários do RN apostam em cenário econômico mais favorável

TERMÔMETRO EMPRESARIAL RN. Entre os 60 líderes empresariais que participaram da pesquisa realizada pelo LIDE RN, 84% acreditam numa receita melhor do que em 2019. Fotos: Demis Roussos

A expectativa de receita dos empresários natalenses é 84% melhor do que em 2019, segundo apontou uma pesquisa com 60 líderes empresariais, realizada durante o almoço do LIDE RN – Grupo de Líderes Empresariais do Rio Grande do Norte -, na terça-feira (18), no Marechal Restaurante. O evento contou com a palestra do secretário de Tributação do Estado, Carlos Eduardo Xavier: ‘Tributação como instrumento de incentivo econômico! Projeções para 2020’. Este foi o primeiro “termômetro empresarial” da série que será gerada durante os encontros empresariais do LIDE.

Ainda de acordo com o ‘termômetro’ do LIDE RN, elaborado em parceria com a consultoria Radar Nordeste, 71% dos empresários presentes no almoço apostam em uma situação melhor dos negócios neste início de 2020, enquanto 76% disseram pretender empregar mais do que no ano passado. Para 55%, a carga tributária foi apontada como o fator que mais impede o crescimento; 34% atribui ao cenário político.

Educação, Infraestrutura, política, saúde e segurança são as áreas em que o Brasil precisa melhorar, conforme revelou a pesquisa. Em nível de Brasil, Educação (39%) e Infraestrutura (34%) são os setores que merecem maior atenção. Já em relação ao Rio Grande do Norte, a maior preocupação é com Infraestrutura (32%) e segurança (29%). Os governos, Federal, Estadual e Municipal, foram avaliados como bom/regular por 53% dos líderes empresariais entrevistados e 71% estão otimistas em relação ao futuro da economia do Brasil.

Palestra Tributação

Durante o almoço, o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, expôs as bases principais e possibilidades de ajustes na previdência estadual. E com o intuito de retomar a competitividade do estado, combater a sonegação fiscal, a concorrência desleal e melhorar o atendimento ao público, o secretário de Tributação apresentou alguns números e ações do Governo do RN.

Alguns incentivos fiscais foram citados por ele, como: o PROEDI, os benefícios criados para o setor de Camarão, o fomento para a cadeia de carne e a redução do ICMS do querosene de avião (QAV).

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Diversos

Empresários apostam na criação de negócios com cannabis no Brasil

Uma plantação de cannabis em Portugal, onde o plantio é permitido Foto: Rafael Marchante/Reuters / REUTERS

No início de dezembro, a regulamentação de produtos à base de maconha foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com isto, produtos feitos com cannabis para uso medicinal podem ser vendidos em farmácias, mediante prescrição médica, e ficam sujeitos à fiscalização da agência.

Esta decisão é um marco para novos investidores e empresários que já vêm apostando no setor (a previsão é de chegue a 200 bilhões de dólares em vendas mundialmente, em 2025).

No Brasil, há um mercado potencial de R$ 4,7 bilhões por ano, nos cálculos feitos pela empresa de dados NewFrontier em parceria com a The Green Hub. A aceleradora de startups focadas no mercado de cannabis de uso medicinal, abriu a primeira chamada para um novo ciclo de aceleração este ano.

Criada em 2018, a aceleradora virou também uma consultoria de assuntos relacionados à cannabis medicinal, explica o fundador Marcel Grecco, exatamente por causa da demora da regulamentação.

— O mercado no Brasil é totalmente embrionário, com restrições na questão regulatória. Por isso, investidores e empreendedores têm receio. O que sempre orientamos é traçar os caminhos que se enquadrem na legislação atual. E focar em mercados abertos como Canadá, Israel e Uruguai —explica.

Grecco aponta que o mercado precisa de investimento em setores como Business Intelligence, com plataformas educacionais e aplicativos que ensinem os fins de tratamento de cannabis para enfermidades.

— Outro mercado com muitas oportunidades é o life science, onde entram projetos que trabalham com moléculas, laboratórios etc— explica.

É o atual ramo do empresário Theo Van der Loo, ex-presidente da Bayer. Depois de sair da gigante farmacêutica, ele fundou a NatuScience, uma startup voltada para o desenvolvimento e pesquisas clínicas de medicamentos à base de cannabis.

Na opinião de Van der Loo, o mercado de cannabis só tomará impulso no Brasil quando as grandes empresas nacionais começarem a atuar no segmento.

—— As muitas empresas atuais são pequenas e não têm capital para visitar milhares de médicos e explicar os benefícios do cannabis medicinal. Começar do zero, é bastante custoso. Esse mercado só vai crescer, realmente, com o envolvimento das grandes companhias.

Para ele, a questão de o plantio não ser liberado em território nacional impede o crescimento do setor.

— A Anvisa foi muito pragmática. Falta o avanço de poder plantar para podermos fazer mais pesquisas e descobrir todos os benefícios do canabidiol (CBD). Há vários países que plantam com muito controle do governo, como a Holanda, por exemplo.

Para a fabricante GreenCare, a liberação do cultivo no Brasil não significa necessariamente benefícios para os consumidores.

— A cannabis é uma comodity como outra qualquer e tem o seu preço determinado pela demanda global. Qual a garantia de que ao incentivarmos o cultivo no país visando a produção local os nossos produtores não vão preferir acessar mercados externos em busca de preços de venda melhores? —questiona Martim Mattos, CEO da GreenCare, empresa que recebeu aporte de capital do Greenfield Global Opportunities, um fundo canadense criado por brasileiros com experiência no mercado médico.

Com dois mil pacientes em seu banco de dados, Mattos relata que os medicamentos mais solicitados são aqueles ricos em CBD.

— Nosso grande esforço é atingir uma parte relevante da classe médica, sobretudo aqueles que lidam em seus consultórios com pacientes para os quais o medicamento pode ajudar com uma melhora de qualidade de vida — diz ele, que trabalha atualmente quatro indicações terapêuticas: epilepsia, dor crônica, ansiedade e autismo.

Com três produtos contra doenças neurológicas, psiquiátricas, dor e inflamações, Ease Labs comprou um laboratório farmacêutico em Belo Horizonte, para iniciar a fabricação dos seus produtos no Brasil. Hoje, esses medicamentos estão disponíveis por importação direta pelo paciente final mediante autorização da Anvisa.

A expectativa é de iniciar a produção no laboratório ainda neste semestre, quando passa a vigorar a regulamentação da agência.

—Antes da regulamentação, o produto tinha que ser importado, o que elevava os preços. E havia um tempo para chegar ao paciente — explica Gustavo de Lima Palhares, CEO da Ease Labs, que espera faturar R$ 190 milhões em 2021.

Além do tratamento medicinal, em 2016, a empresa de cosméticos Ybera Paris percebeu que produtos à base de CBD trazem benefícios para a pele e o cabelo.

— Descobrimos a parte mais nobre desse ativo, que tem o melhor resultado. Isolamos a molécula CB2, que pode ser extraída de sativas ao redor do mundo de forma legalizada — explica Johnathan Areal Alves, presidente da empresa.

Com o óleo do CB2, a empresa desenvolveu uma linha completa, que inclui perfume, sabonete líquido e shampoo, que são produzidos na fábrica do Espírito Santo.

— Lançamos a linha em outubro e já é o primeiro lugar de vendas do site, mesmo sendo 20% mais caros do que o restante.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. O maior comércio do mundo de maconha, é no Brasil. O PT fortaleceu as principais empresas nesse seguimento. o pcc e o cv antes dos petralhas no poder, ninguém nem ouvia falar, hj estão com franquias em todos os bairros de todas as cidades do pais. Tá faltando mais oq ômi?

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