Diversos

Brasileiro vai comandar companhia americana de tecnologia que vale R$ 900 bilhões

O brasileiro Cristiano Amon será o novo CEO da Qualcomm Qualcomm/Divulgação

Um brasileiro, formado em engenharia elétrica pela Unicamp, a universidade pública da cidade de Campinas, foi nomeado nesta terça-feira, 5, o CEO de uma das empresas mais tecnológicas do mundo: a Qualcomm, líder em produtos de tecnologia móvel que você não pode nem conhecer e nem ver, mas que está em todos os smartphones — sejam 3G, 4G ou 5G. Cristiano Amon vai assumir o cargo em junho deste ano, substituindo o atual CEO, Steve Mollenkopf, que está se aposentando.

Amon terá pela frente os desafios de fechar negócios na esteira da implantação do 5G pelo mundo afora, uma nova geração de tecnologia para telefonia móvel dominada pela Qualcomm, que faz processadores para os aparelhos utilizados por pessoas em todo o mundo. Hoje, a gigante tecnológica vale 171 bilhões de dólares na Nasdaq, algo em torno de 900 bilhões de reais. Para se ter uma ideia do tamanho da companhia, ela tem quase o dobro do valor da maior empresa no Brasil na bolsa que é hoje a Vale.

Amon também enfrentará alguns outros desafios como o de preparar a empresa para o fim de um acordo com a Apple, que só acontece daqui a cinco anos, mas que poderá levar a essa outra gigante tecnológica a se tornar uma concorrente do seu negócio. Aliás, muito mais gigante. A Apple vale 2,2 trilhões de dólares no mercado acionário, ou 11,5 trilhões de reais, e estima-se que sozinha represente cerca de 11% da receita total da Qualcomm. Em dezembro, a Bloomberg noticiou que a Apple estaria desenvolvendo um modem próprio para substituir os da Qualcomm, o que fez com que suas ações caíssem mais de 6% em um único dia. Em 2019, as duas gigantes chegaram a um acordo em um processo judicial por violação de patentes que levou justamente ao contrato de fornecimento de modem que deve terminar em 2025.

A escolha de Amon, que está desde 1995 na empresa, foi feita por unanimidade pelo conselho de administração da empresa e reflete justamente o momento de implementação do 5G. “Com nosso modelo de negócios claramente validado e nossa liderança em 5G, este é o momento certo para Cristiano assumir a liderança da Empresa e presidir o que vejo como a maior oportunidade única da história da empresa. Cristiano liderou o desenvolvimento de nossa estratégia 5G, incluindo sua aceleração, roteiro de tecnologia líder do setor e implementação global. Ele também foi um arquiteto importante e impulsionador da estratégia da Qualcomm de expandir e diversificar nossos negócios além dos dispositivos móveis e em novos segmentos da indústria”, diz o comunicado do Conselho.

No Brasil, a notícia que marcou a Qualcomm no ano passado foi a desistência de um projeto para construir uma fábrica na cidade de Jaguariúna, no interior de São Paulo. A planta produziria chipsets para celulares 4G. A desistência do projeto, segundo a própria empresa, foi por conta do avanço da tecnologia 5G, mas também devido a questões tributárias e à própria Covid.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Com certeza é um judeu. Enquanto isso os potiguares ficam conversando merda nos Parrachos de Pirangi e adjacências. Todos coçando o saco, tomando cana e esperando Fátima pagar os atrasados e o governo federal pagar o FPM. Povo preguiçoso é esse do RN.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Justiça absolve sumariamente deputado Arthur Lira de comandar rachadinha em Alagoas

Foto: CNN Brasil

O juiz Carlos Henrique Pita Duarte, do Tribunal de Justiça de Alagoas, absolveu sumariamente o deputado federal Arthur Lira das acusações de que ele teria chefiado um esquema de rachadinhas quando deputado estadual, entre 2001 e 2007. A sentença foi preferida no fim da tarde desta quinta-feira (3).

Lira respondia por peculato (desvio de dinheiro público). O juiz não só absolveu o deputado como decretou a nulidade de todas as provas que deram base à denúncia, entendendo que houve coleta de evidências em instância incompetente e “violação de direitos e inobservância de regras legais e constitucionais”.

A decisão que absolve Lira e liquida as provas colhidas até agora foi dada no momento em que o deputado entrou no foco do noticiário e viu essas acusações ganharem espaço. Anteontem, o jornal Estado de S. Paulo divulgou trechos da denúncia invalidada nesta quinta pelo juiz de Alagoas, atribuindo ao deputado desvios da ordem de R$ 1,3 milhão.

As acusações levaram à deflagração, em 2007, da Operação Taturama, que atingiu uma série de políticos do estado de Alagoas. A denúncia contra Lira pedia sua condenação por peculato, a proibição do exercício de função pública e ainda pagamento de indenização por dano moral coletivo.

A decisão de Carlos Henrique Pita Duarte produzirá impacto político. Lira é pré-candidato à Presidência da Câmara e é hoje o principal adversário do atual comandante da Casa, Rodrigo Maia. As acusações de que ele chefiou um esquema de desvios na Assembleia Legislativa o assombraram por anos e chegaram a ser enviadas ao Supremo Tribunal Federal, onde dormitaram sob relatoria da ministra Rosa Weber.

Quando o STF decidiu mudar as regras do foro privilegiado, tirando a prerrogativa de casos que não tivessem relação com mandato exercido no Congresso Nacional, a ação penal contra Lira baixou à primeira instância, que agora, após anos, decidiu pela anulação da denúncia e a absolvição do deputado.

O juiz acolheu argumento da defesa de Lira, que afirmou que as evidências colhidas por ordem da Justiça Federal deveriam ser invalidadas, por não respeitaram as regras do foro. Além do deputado, são citados no caso integrantes do Tribunal de Contas do Estado, por exemplo, o que deveria ter levado a ação ao Superior Tribunal de Justiça.

A defesa do deputado, segundo consta na sentença à qual a CNN teve acesso, também afirma que a Procuradoria prorrogou a investigação por anos, sem justa causa. No mérito, Lira sempre negou as acusações.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Depois da saída da Dilma, a pedalada deixou de ser crime;
    Depois do PT sair do poder, caixa 2 deixou de ser crime;
    Depois que descobriram as rachadinhas dos Bolsonaros, deixou de ser crime…
    Deve ser coincidência, só pode.

  2. Pronto, tá liberando o candidato de Bozó, depois vem Bozó Jr.
    Rachadinha deixou de ser crime de roubo.

    1. Tem safado que roubou um TRILHÃO com sua quadrilha e tá solto e cantando de galo, quanto mais quanto mais.

    2. Cada "advogado" defendendo seu bandido de estimação. Volta Jesus!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

CCJ do Senado aprova indicação de Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República

O subprocurador Augusto Aras na chegada à CCJ do Senado para sabatina na manhã desta quarta-feira (25) — Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (25), por 23 votos a 3, a indicação de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. O nome dele foi encaminhado ao Senado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para ser efetivado, o nome da Aras precisa ainda passar pelo plenário do Senado, em votação que deve ocorrer ainda nesta quarta. Ele necessita, no mínimo, do voto favorável de 41 dos 81 senadores.

Na CCJ, Aras, que atualmente é subprocurador da República, passou por uma sabatina de mais de 5 horas.

Ele ressaltou que terá uma atuação independente no comando da PGR e que a operação Lava Jato é um “modelo de excelência” e um “marco” na história do país, mas deverá passar por “correções”.

“A Lava Jato é um marco, traz boas referências. Mas é preciso que nós percebamos que toda experiência nova traz dificuldades. Sempre apontei os excessos, mas sempre defendi a Lava Jato. A Lava Jato é resultado de experiências anteriores. Esse conjunto de experiências gerou um novo modelo, passível de correções”, afirmou Aras.

Ele foi questionado por senadores sobre o fato de seu nome não constar na lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com sugestões para o cargo de procurador-geral. Desde 2003, o presidente da República escolheu um procurador dentro da lista, o que não ocorreu desta vez. Apesar de outros presidentes terem respeitado a lista tríplice, essa não é uma exigência legal.[

“Não há alinhamento no sentido de submissão a nenhum dos Poderes, mas há evidentemente o respeito que deve reger as relações entre os Poderes e suas instituições. […] Eu asseguro a Vossas Excelências que não faltará independência a esse modesto indicado, disse Aras.

Críticas à antecessora

Na comissão, Aras também criticou a sua antecessora, Raquel Dodge, cujo mandato à frente da PGR terminou no último dia 17.

Ele disse que Dodge assinou uma série de portarias ao deixar o cargo que impedem o futuro procurador-geral de gerir o órgão.

De acordo com Aras, as portarias assinadas por Dodge “exoneraram a elite da PGR”, mas também serviram para manter nos cargos “pessoas que eram da confiança” dela.

“Distribuíram as pessoas mais amigas da PGR por órgãos que mantivessem o poder da PGR bem definido. Outras portarias limitaram o poder do futuro PGR. Outras portarias administrativas proveram cargos para serem ocupados na gestão do futuro PGR, ou seja, inovou-se de tal forma que a ex-PGR queria simplesmente que o futuro PGR não gerisse nada, simplesmente ele recebesse um título, e a gestão se fizesse nos termos da vontade da sua excelência, que é uma pessoa a quem eu tenho respeito”, afirmou Aras.

O indicado para a PGR disse ainda que vai revisar as portarias e revogar aquelas que atrapalharem, na visão dele, a gestão do órgão.

G1

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *