Economia

Com reformas, crescimento econômico no país será sustentável, diz o presidente do Banco Central, Campos Neto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O crescimento da economia, acompanhado de reformas, será sustentável, diferentemente do que ocorreu no passado. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que apresentou nesta quinta-feira (26) o Relatório Trimestral de Inflação.

No relatório, o BC estima que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, crescerá 0,9% neste ano e 1,8%, em 2020.

Segundo Campos Neto, houve crescimento maior da economia no passado, impulsionado por dinheiro público. “Mas foi um voo de galinha”. Agora, destacou, houve uma mudança com maior participação do dinheiro privado no crescimento da economia porque não há espaço fiscal para mais gastos públicos e por ter sido adotada uma política de economia liberal. “É uma recuperação gradual. E essa recuperação, acompanhada das reformas, terá crescimento mais sustentável”, disse Campos Neto.

O presidente do BC ressaltou que, além do andamento da reforma da Previdência, em outras áreas há avanços que são necessários para o estímulo da economia. Ele citou avanço em programa de venda de ativos públicos, a Lei da Liberdade Econômico e medidas de abertura comercial, por exemplo.

Campos Neto também afirmou que, para o Banco Central, “a melhor forma de contribuir com o crescimento é manter a inflação estável”.

Mercado de câmbio

Campos Neto enfatizou que o câmbio é flutuante e que o papel do BC é fazer intervenções no mercado de câmbio quando há disfunções. “Não temos nenhum dogma com relação a instrumentos”, disse, explicando que havia entendimento no passado de que todas as intervenções tinham que ser feitas prioritariamente por meio de swaps (operações no mercado futuro). Ele afirmou que o BC pode atuar também no mercado à vista, se julgar necessário. “Não temos nenhuma meta para swap”, afirmou.

Sobre o aumento da cotação do dólar no Brasil, o presidente do BC explicou que uma parte desse movimento foi reflexo da alta da moeda no mundo. De acordo com Campos Neto, parte do processo foi também provocada pela antecipação de pagamentos de dívidas de empresas brasileiras no exterior, como a Petrobras.

Agência Brasil

 

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Economia

Previsão de crescimento econômico no país aumenta; estimativa de inflação cai

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O mercado financeiro aumentou a projeção para o crescimento da economia e reduziu a estimativa de inflação para este ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,81% para 0,83% neste ano.

Segundo a pesquisa, a previsão para 2020 também subiu, ao passar de 2,1% para 2,2%. Para 2021 e 2022 não houve alteração nas estimativas: 2,5%.

Inflação

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,76% para 3,71%. Não houve alteração nas estimativas para os anos seguintes: 3,90%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,5%, em 2022.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Para o mercado financeiro, ao final de 2019 a Selic estará em 5% ao ano. Para o final de 2020, a estimativa permanece em 5,5% ao ano. No fim de 2021 e 2022, a previsão segue em 7% ao ano.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,75 para R$ 3,78 e, para 2020, de R$ 3,80 para R$ 3,81.

Agência Brasil

 

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Geral

Após quatro meses de queda, Prévia do PIB de maio avança 0,54%, diz BC

Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) , uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto ( PIB ), avançou 0,54% no mês de maio em relação ao mês anterior, divulgou a autoridade monetária nesta segunda-feira. O registro positivo ocorre depois de quatro meses consecutivos de retração desse indicador, que vinha em queda desde janeiro.

Segundo o Banco Central , o número de maio foi calculado com “ajuste sazonal”, que é uma compensação nas contas para comparar períodos diferentes de um ano. Segundo a instituição, no acumulado do trimestre até maio deste ano, na comparação com o trimestre anterior (dezembro a fevereiro), o índice registrou baixa de 0,99%.

Pela série do BC sem o ajuste sazonal, o IBC-Br avançou 4,4% na comparação com maio de 2018, período fortemente influenciado pela greve dos caminhoneiros em todo o país. No acumulado em 12 meses até maio, a alta do índice foi de 1,31%. Já no acumulado de janeiro até agora, a alta registrada foi de 0,94%.

A despeito da leve alta, as perspectivas oficiais para a economia brasileira este ano permanecem fracas. Na semana passada, o Ministério da Economia reduziu sua previsão de crescimento para o PIB de 2019 de 1,6% para 0,81%. Para 2020, a previsão de crescimento do PIB também caiu: 2,5% para 2,2%.

O Globo/Reuters

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Economia

Crescimento econômico está associado a reformas, defende Ipea

Foto: Marcello Casal/Agencia Brasil

O crescimento da economia depende da aprovação de reformas, em especial a da Previdência Social. A avaliação é de especialistas em macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2018, o mesmo percentual de 2017.

O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Jr., disse que as despesas com a Previdência Social são os principais fatores de influência do déficit.

As despesas do Regime Geral da Previdência Social e o regime previdenciário do funcionalismo público (civil e militar) somaram R$ 288,8 bilhões em janeiro, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Souza Jr. ressaltou que essas despesas são custeadas pelo Tesouro Nacional, gerando déficit fiscal.

Déficit

Para Souza Jr., o elevado volume leva “os agentes econômicos a adiarem investimentos”. Segundo a STN, o déficit foi de R$ 123,2 bilhões em 12 meses.

Avaliação semelhante sobre os impactos do déficit fiscal no crescimento econômico faz Leonardo Mello de Carvalho, técnico de pesquisa e planejamento do mesmo Ipea. “A aprovação das reformas vai provocar aceleração da atividade econômica”, explicou. “O empresário, para voltar a contratar, tem uma perspectiva muito sólida de melhora no seu setor e na economia como um todo”, acrescentou.

Para o técnico, a aprovação da reforma gera “sinalização positiva para o mercado”. Em caso de revés, há risco de o Brasil “entrar em uma espiral negativa”.

Segundo Carvalho, há indicadores positivos para maior crescimento do PIB. “Os fundamentos da economia são bons: inflação rodando abaixo da meta, política monetária com juros em patamar reduzido e a recuperação do mercado de trabalho, ainda que tímida, acontecendo.”

Agência Brasil

 

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Diversos

Índices apontam retomada do crescimento econômico, diz FGV

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil voltou a subir em janeiro, com alta de 1,3%, alcançando 116,5 pontos. O resultado é mais expressivo do que o de dezembro, quando o índice foi de 0,9% e 114,5 pontos. Dois oito indicadores que formam o índice, sete ajudaram na elevação, principalmente o Ibovespa, que apresentou alta de 11,1%.

O indicador é apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/ FGV) em conjunto com a instituição norte-americana The Conference Board (TCB), e permite comparar a situação econômica do Brasil com a registrada em outros 11 países e regiões, onde é feito esse tipo de pesquisa (China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia, Espanha e Reino Unido).

No mesmo período também ocorreu alta de 0,2% no Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que atingiu 102,8 pontos. Por meio do índice é possível avaliar as atividades econômicas já que ele é composto por dados sobre a produção industrial, vendas no varejo, consumo de energia elétrica e de papel ondulado, emprego e renda dos assalariados.

Para o economista da FGV/Ibre, Paulo Picchetti, o avanço evidencia a retomada do crescimento econômico. “Apesar das incertezas ainda existentes em relação ao quadro fiscal, o IACE, através de seus componentes de expectativas, aponta na direção da continuidade desta recuperação”, afirmou.

O IACE é composto por oito componentes: índices de expectativas das sondagens da Indústria, de serviços e do consumidor; índice de produção física de bens de consumo duráveis; índice de quantum de exportações; índice de termos de troca; Ibovespa; e taxa referencial de swaps DI pré-fixada – 360 dias.

O ICCE é constituído pelos seguintes componentes: índice de produção física da Indústria; consumo de energia elétrica na indústria; Índice de volume de vendas do comércio varejista; expedição de papel e papelão ondulado; número de pessoas ocupadas; e rendimento médio real do trabalho assalariado.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

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Economia

Analistas reduzem previsão do crescimento econômico

Analistas e investidores do mercado financeiro voltaram atrás e reduziram a expectativa de crescimento da economia que havia sido elevada há sete dias. A nova estimativa agora é de 0,27% ante 0,28% anunciada na semana passada. Os números são do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. As informações são da Agência Brasil.

A inflação, de acordo com os analistas, deve fechar o ano em 6,45%. A Selic (taxa básica de juros) atingirá 11% ao ano na mesma comparação. O valor do dólar alcançará R$ 2,40. Os preços administrados, como as tarifas de energia elétrica, que sofrem influência do governo, passam a ter o crescimento estimado em 5,15%.

Os analistas e investidores voltaram a aumentar também a previsão para a dívida líquida do setor público, que agora está estimada em 35,1% em proporção ao PIB (Produto Interno Bruto), conceito que engloba a soma das riquezas produzidas pelo país. Aumentou também o pessimismo em relação ao crescimento da indústria, que agora está em -2,24%.

No setor externo os números não são também animadores pela ótica do mercado financeiro. O déficit em conta corrente, um dos principais indicadores, passou de US$ 80 bilhões para US$ 81 bilhões, com o saldo da balança comercial brasileira registrando US$ 2,29 bilhões e não mais US$ 2,44 bilhões como previsto anteriormente. Os investimentos estrangeiros diretos permanecem em US$ 60 bilhões em 2014.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. O cubano acorda para vida, onde foi essa peia? Deve ter sido na sua TV.
    O que faltou foi ela passar mal de novo, faltou um golpe certeiro pra ela ir a nocaute de vez. Faltou pouco pra isso, mas como ela, de forma inacreditável, subiu o nível do debate, aí a coisa ficou morna. Esse projeto dela de "vou fazer mais" é uma piada, afinal não fez nada na segurança, saúde, economia, desenvolvimento, saneamento, etc, etc, etc

  2. BG, o que houve, que nao foi postado nada sobre o debate de ontem, aqui no blog?
    A peia que dilma deu em aécio foi tao grande que os apoiadores do tucano optaram por abafar até os comentários do debate?

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