Diversos

Estudo da ONU aponta que Brasil é líder na proteção de florestas

Foto: Banco de imagens/Estadão Conteúdo

O Brasil é o país do mundo que mais dedica território à proteção de vegetação nativa. A afirmação é da Organização das Nações Unidas (ONU), publicada em estudo sobre Áreas Protegidas no Planeta, que considera como terras protegidas as unidades de conservação, parques nacionais, estações hidrológicas e também aquelas destinadas a povos tradicionais, como os indígenas. Entre as dez maiores nações do mundo em extensão territorial, o Brasil está na liderança como o país que mais protege florestas. O ranking preparado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi publicado na revista Oeste. Nele, o Brasil lidera com 30% da área protegida, ao lado da Austrália, que tem 20%, China, com 15,6%, Rússia, com 11,2%, e os demais países com 10% ou menos de proteção. Segundo o doutor em Ecologia e presidente da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, a proteção ambiental brasileira é quase três vezes maior em comparação com as demais nações.

“Isso não é conhecido e nem reconhecido. Não se fala disso aqui dentro e muito menos lá fora. Eu quase diria que para alguns é importante esconder essa realidade. Essa realidade precisa ser conhecida, temos que conhecer como a própria ONU declara no seu relatório sobre as áreas protegidas do mundo que o Brasil tem a maior rede de áreas protegidas terrestres do planeta, o Brasil representa 6% das terras do mundo, sua extensão territorial, mas das áreas protegidas ele é 12%. Isso precisa ser conhecido para que, num segundo momento, seja reconhecido”, afirma. A extensão das áreas protegidas pelo Brasil equivale a 54% de todo o território europeu. Se projetarmos a dimensão territorial das áreas protegidas do nosso país na superfície da Europa, 15 países ficariam cobertos pela mata. No debate da sustentabilidade, a pauta do desmatamento segue no radar. Nesta semana, uma pesquisa feita pela Coalização Brasil, Clima, Florestas e Agricultura mostrou que 90% dos executivos já utilizam dados de desmatamento para tomar decisões nos negócios. Segundo Evaristo de Miranda, esse tema precisa de gestão. “É um tema que temos que gerir, mas ele é apenas um dos componentes do grande tema da gestão das florestas, da gestão da Amazônia, do desenvolvimento sustentável que compõe com tudo isso”, diz. Novos estudos sobre proteção ambiental estão sendo feitos pela Embrapa com dados do Cadastro Ambiental Rural e do Censo, e a expectativa é que eles sejam publicados nas próximas semanas.

Jovem Pan

Opinião dos leitores

  1. Nao tem link pro estudo pra gente ler? Que conveniente, nao sou burro igual 98% dos brasileiros, vou acreditar quando eu achar esse estudo, ja to procurando a 3 dias e ainda nao econtrei, um estudo dessa importancia acredito que seria facil de achar né? Manda o link pra gente conferir.

  2. Os lacradores, ongs ,Macron, PT, PSOL, essa cambada toda de esquerdista. Eles vão a loucura

  3. Respeitem a inteligencia do. Brasileiro. Só pode ser mais uma MENTIRA DO BOLSONARO E SEUS APOIADORES. Não somos cegos nem surdos. Um governo que o ministro do meio ambiente vende madeira de desmatanento ilegal e um presidente terraplanista e louco que mata a populaçao do Brasil é obvio que acham que tal mentira vai enganar o povo brasileiro. Esta noticia para mim e FALSA: – Em Tempo: Eu sei que você não vai publicar meu comentário más pelo menos vai conhecer minha opinião.

    1. Vc tem razão, esse estudo é de 2008, quando LULA governava o Brasil!
      A Jovem pan é uma agência de extrema direita e seu objetivo e apoiar o genocida fascista Bolsonaro!

  4. Essa notícia dada pela ONU vai matar um bocado de fumador de maconha que se dizem ambientalistas, pense num chute nos escritos desses malandros

    1. Qual é o preconteito retardado ai no brasil contra fumar uma planta? Um bando de cachaceiro inutil pro planeta, burros pra caralho que nunca estudaram porra nenhuma na vida enxendo o saco sem ter argumento algum, aqui na frança todo mundo fuma inclusive vende em lojas na rua msm, entao faz favor de me esclarecer, o que um infeliz energumeno como vc quer dizer quando vc fala “fumador de maconha” ?

  5. O Brasil, sob o governo Bolsonaro, está causando inveja ao resto do mundo. Campeão em vacinação, nosso país está recuperando sua economia com rapidez e dando exemplo aos demais países. Pergunte a um argentino o que ele está achando.

  6. Já ja chega setembro e começa o: fogo na Amazônia! Afinal de contas é o período natural de maior incidência de incêndios naturais. Mas vão culpar o presidente de novo, por causa de um efeito natural anual. Pqp

  7. Kkkkk O que é que eu vou dizer lá em casa? Qual será a narrativa dos propagadores se Fake News? Só vai restar continuarem a tocar fogo na Amazônia na época da estiagem. Alô GloboLixo, alô Leonardo Di Caprio, se pronunciem.

  8. Só para alguns esquerdopatas, fumadores da erva maldita, a culpa do desmatamento e do governo Bolsonaro.
    O que falta é verba paras as ONGs fileiras, que viviam na mordomia.
    Hô Véio arroxado é Bolsonaro.

  9. Acabou com as narrativas dos torcedores políticos radicais, das ONGS estrangeiras e da imprensa doente e ideológica, que querem entregar a Amazônia…Mas no Brasil atual, fatos são menos importantes que narrativas..
    Para os torcedores do quanto pior melhor…ONU fascista ou comunista? Kkkkkkk

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Clima

O CLIMA E UM DRAMA MUNDIAL: Portugal prorroga período crítico de incêndios em florestas; mais de 41.006 hectares destruídos

FOTO: REUTERS / Bruno Kelly

O governo de Portugal decidiu prolongar até 10 de outubro o período crítico de incêndios no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta, que terminaria nesta segunda-feira (30).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera – Ipma – de Portugal prevê que, nos primeiros dez dias, as temperaturas se mantenham com valores elevados acima da média padrão para a época, uma baixa probabilidade de ocorrência de precipitação, com tendência de tempo seco e quente em todo o país.

“Face às condições descritas, considera-se necessário adotar medidas e ações especiais de prevenção de incêndios florestais, que decorrem durante o período crítico, no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios”, informou nota oficial.

Durante o período crítico de incêndios, nos espaços florestais ou agrícolas, é proibido fumar; fazer fogueiras; queimadas; lançar foguetes e balões; desinfestar apiários; e fazer circular tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor de incêndio.

Portugal registra 10.289 incêndios rurais

Até ao último dia 27, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, houve 10.289 incêndios rurais, que queimaram 41.006 hectares.

A partir de 10 de outubro, o nível de empenho operacional passa a reforçado de nível III. De 16 de outubro até ao fim do mês, o nível passa a reforçado de nível II. Portugal esteve coberto pelo nível de empenhamento operacional reforçado de nível IV desde julho.

Dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas mostram que, até 27 de setembro, houve 10.298 incêndios rurais, que queimaram 41.006 hectares – 51% de povoamentos florestais, 38% de mato e 11% de agricultura.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. E FOI MESMO O BOLSONARO MANDOU TACAR FOGO LA EM PORTUGAL ELE DISSE E SE PEGA FOGO AQUI TEM QUE PEGAR LA ORA POIS POIS!!!!!!!!

    1. A culpa dele aqui é no sentido de desmontar o IBAMA, tirou 21 dos 27 chefes, as multas diminuíram e ele disse publicamente que ia acabar com as multas, acabou com o Funda da Amazônia, em fim, disso tudo já se sabe e o pior encorajou os criminosos a desnatarem mais ainda, são palavras das autoridades de lá.

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Saúde

Cientistas temem que chicungunha repita febre amarela e se instale em florestas

O ‘Aedes aegypti’ é o mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha Foto: PAULO WHITAKER / Reuters

O vírus chicungunha segue o caminho da febre amarela e ameaça se tornar silvestre no Brasil. Uma vez instalado nas florestas, ele se tornaria impossível de erradicar no país, pois, diferentemente da febre amarela, não existe vacina.

As matas serviriam como fonte perene da doença, que se espalhou pelas cidades brasileiras e causa epidemia urbana no Rio, alertam os autores da descoberta, cientistas dos institutos Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Pasteur, na França.

Publicado na revista científica “Plos Neglected Tropical Diseases”, o estudo tem implicação direta no controle da infecção.

Como a febre amarela, a chicungunha é causada por um vírus de origem africana, e desembarcou no Brasil como uma doença humana. A forma urbana de ambas as febres é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti .

Mas o grupo liderado pelo entomologista da Fiocruz Ricardo Lourenço, um dos maiores especialistas do país em insetos transmissores de doenças, descobriu que duas espécies de mosquitos silvestres comuns no estado do Rio são capazes de transmitir o chicungunha.

— Existe a forte possibilidade de que os mosquitos silvestres já estejam infectados. É um grave problema de saúde pública, pois vai dificultar ainda mais o combate à doença — afirma Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC. — Mais do que nunca, vigilância sanitária é crucial, e ela também precisa ser feita nas matas, com mosquitos e macacos.

Lourenço e seus colegas coletaram em matas do estado do Rio mosquitos silvestres das espécies Haemagogus leucocelaenus e Aedes terrens . Ambas são comuns e encontradas em grande parte das florestas da América do Sul, da Mata Atlântica à Amazônia.

Em laboratório, os pesquisadores infectaram os mosquitos com o chicungunha e viram que este se multiplicava nos insetos e era passado adiante apenas três dias após terem contraído o vírus.

— Nosso próximo passo é descobrir se os macacos ou outros animais silvestres brasileiros podem funcionar como reservatórios do chicungunha, a exemplo do que aconteceu com a febre amarela — explica Lourenço.

Este mesmo grupo de pesquisadores já havia alertado em 2014, antes da detecção dos primeiros casos de chicungunha, que os Aedes aegypti e albopictus poderiam transmitir o vírus.

A febre amarela é uma enfermidade que acompanhou a escravidão. Os navios negreiros do século XVII trouxeram da África o vírus e o mosquito Aedes aegypti , seu transmissor.

A febre era inicialmente urbana, mas o vírus se espalhou e, nos anos 1930, a forma silvestre foi descrita no Vale do Canaã, no Espírito Santo.

O vírus tornou-se capaz de infectar os mosquitos silvestres, que se tornaram o principal reservatório; os insetos o transmitiram para suas vítimas preferenciais, os macacos, que se tornaram hospedeiros.

Epidemia silvestre

Mas não é o homem que morre da doença do macaco. É o macaco que morre da doença do homem. A epidemia de febre amarela iniciada em 2016 é silvestre.

Já o chicungunha — descoberto na África, em 1952 — chegou ao Brasil, aparentemente, em 2014.

Em países africanos há surtos simultâneos das formas urbana e silvestre. Os macacos africanos são suscetíveis a eles. Porém, os primatas brasileiros são de outras espécies e não se sabe se apresentam vulnerabilidade.

Se o Aedes aegypti é um inimigo formidável, presente em quase 90% dos municípios brasileiros, os mosquitos silvestres têm hábitos de vida que também os tornam extremamente difíceis de combater.

Eles põem seus ovos em ocos de árvores e conseguem sobreviver mesmo em temperaturas mais frias.

O Globo

 

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Diversos

Brasil pode gerar eletricidade a partir de biomassa de florestas

Foto: Flávio Forner

Quando ratificou o Acordo de Paris — um esforço empreendido por 195 países para evitar a escalada do aquecimento global —, em 2016, o Brasil traçou uma série de metas que poderiam ajudar a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. Um dos objetivos era ampliar o uso de fontes alternativas de energia e restaurar, ou reflorestar, 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Mas pouco se fez para atingir esse compromisso.

Um estudo inédito do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), ONG que pesquisa emissões de poluentes, sugere que é possível traçar um plano para avançar no cumprimento de duas metas simultaneamente: plantar florestas e aumentar a participação das fontes renováveis de energia. Segundo o relatório, batizado de Florestas Energéticas, o Brasil tem potencial para gerar 11,6 GW por ano — o equivalente a mais de duas usinas hidrelétricas como a de Belo Monte — a partir da biomassa de florestas plantadas, uma fonte de energia renovável. A ideia, grosso modo, é plantar árvores para produzir eletricidade.

— Nossa intenção foi demonstrar que temos alternativas às termelétricas alimentadas por combustíveis fósseis, muito poluentes — diz o pesquisador Munir Soares, um dos responsáveis pelo estudo. — Avaliamos se isso é factível. A conclusão é de que o Brasil tem uma opção de acelerar seu processo de descarbonização.

Descarbonizar, no caso, significa gerar eletricidade sem emitir gás carbônico, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global. Nesse esquema, queima-se a madeira cultivada em florestas de eucalipto, menos poluente que o carvão ou o gás natural usados nas usinas termelétricas. Há outra vantagem ambiental: ao crescer, as árvores de eucalipto absorvem dióxido de carbono em quantidade suficiente para neutralizar os gases emitidos pela queima.

6,3 milhões de hectares até 2030

Segundo o instituto, o Brasil tem potencial para ocupar 6,3 milhões de hectares com florestas de eucalipto até 2030. As novas florestas poderiam ocupar áreas hoje destruídas, como regiões de pastagem degradadas. Dos 6,3 milhões, 1,6 milhão comporiam a chamada reserva legal, uma porção dos imóveis rurais destinada a recomposição e preservação da mata nativa.

Essa área de floresta, diz o estudo, poderia absorver 17 vezes a quantidade de gás carbônico produzida pela geração de toda a energia que hoje abastece o Sistema Integrado Nacional (SIN), a infraestrutura responsável por levar eletricidade à maior parte do país.

André Ferreira, professor da USP e presidente do Iema, afirma que o objetivo do estudo não é estimular o Brasil a plantar florestas de eucalipto maciçamente. Mas demonstrar que existem caminhos para a produção de energia mais sustentáveis:

—Se quiser expandir a geração de energia hidrelétrica, o país precisará explorar o potencial da região amazônica, a um custo socioambiental muito alto — diz Ferreira.

A discussão é urgente, segundo o pesquisador, porque, nos últimos anos, o Brasil aumentou a produção de energia a partir de termelétricas fósseis, em reação aos problemas de abastecimento dos reservatórios de hidrelétricas. A biomassa de florestas plantadas é uma alternativa interessante por ser mais controlável, em oposição a alternativas como a energia solar ou eólica, que são intermitentes e variam em função do clima.

Se quiser crescer economicamente nos próximos anos, o Brasil terá de gerar mais energia. Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2032, o consumo energético brasileiro deverá saltar, dos 465 TWh empregados em 2017, para 787,5 TWh.

Energia produzida é cara

Por ora, a energia produzida a partir de biomassa de florestas plantadas é cara. Há somente 12 projetos do gênero em funcionamento, cuja energia é vendida por cerca de R$ 500 por MWh. Muito mais que os R$ 200 por MWh que se paga pela eletricidade proveniente de termelétricas a gás natural.

Políticas públicas adequadas, que valorizem atributos ambientais, poderiam torná-la mais competitiva. Ainda que neutralizem emissões, florestas de eucalipto também causam impacto.

— Produzir energia a partir de eucalipto é algo positivo. Mas é preciso cuidado para que essas árvores não desabasteçam lençóis freáticos e agravem os efeitos das mudanças climáticas nas regiões em que forem plantadas — diz Pedro Brancalion, do Laboratório de Silvicultura Tropical da Esalq/USP.

O Globo

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