Diversos

Uma a cada 4 meninas no Brasil se casa antes dos 18 anos, diz ONU

Foto: Getty Images

De cada quatro meninas no Brasil, uma ainda se casa antes de completar 18 anos de idade. Os dados foram publicados nesta terça-feira pelo Fundo de População da ONU (Organização das Nações Unidas), que divulgou seu relatório mundial sobre as violações de direitos contra mulheres e meninas.

O Brasil, conforme o relatório, tem uma alta taxa de casamento infantil e, apesar de ter apresentado melhora nos indicadores de gravidez na adolescência, ainda está acima da média mundial. Oficialmente, só é permitido oficializar casamentos entre homens e mulheres acima de 18 anos, ou 16 anos quando autorizado pelos pais.

Segundo o documento, são profundas as violações de direitos de meninas que culminam em uniões e gravidezes precoces, além de prejudicarem o acesso à educação e perpetuarem o ciclo de pobreza. “O casamento infantil está intrinsecamente relacionado à pobreza, desigualdade social e baixa escolaridade no mundo todo, sendo também mais comum entre meninas do que meninos”, disse.

No caso do Brasil, a taxa de casamento infantil está acima da média mundial. No país, ela seria de 26%, contra 20% na média da comunidade internacional. Atualmente, a maior prevalência dessa união precoce está na África Ocidental e Central – com 40% -, seguida pela África Oriental e Austral – com 34%.

“Casamentos de crianças são quase universalmente proibidos, mas acontecem 33.000 vezes por dia, todos os dias, em todo o mundo”, alerta a ONU. “Estima-se que 650 milhões de meninas e mulheres vivas hoje casaram-se quando eram ainda crianças e, até 2030, outras 150 milhões de meninas com menos de 18 anos irão se casar”, constata.

“Meninas perdem a chance de desenvolver seu potencial”, diz representante

Para a representante auxiliar do Fundo de População da ONU no Brasil, Júnia Quiroga, a realidade de muitas dessas meninas no país se mantém invisível em muitos casos. “São milhares de meninas afetadas, todos os dias, sem que sequer se deem conta do abismo onde são colocadas”; afirmou.

“Meninas que perdem a chance de atingir todo o seu potencial em razão de uma estrutura econômica e social que as priva do acesso a direitos fundamentais, como o acesso à educação, ao trabalho e suas escolhas reprodutivas”, disse.

Para a agência da ONU, tal situação pode ser ainda mais dramática diante da pandemia da Covid-19. Segundo o Fundo de População da ONU, a interrupção de serviços de prevenção ao casamento infantil e empoderamento de meninas pode fazer com que o número de casamentos infantis seja aumentado em 13 milhões além do usual entre 2020 e 2030.

Com informações do Universa – UOL

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Diversos

Projeto da UERN em Natal vai empoderar meninas para seguirem carreiras nas ciências

Ainda há vagas, então interessadas podem ir neste sábado (03) assistir à palestra de abertura e fazer inscrição no projeto

Neste sábado (03), começa no Campus Natal da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, o projeto de extensão Maria Bonita nas Ciências, pensado para incentivar meninas do ensino médio de escolas públicas da zona Norte da capital a ingressar em graduações nas áreas de ciências, principalmente em cursos voltados para tecnologia, como os oferecidos pela UERN em Natal: Ciência da Computação e Ciência & Tecnologia.

A ideia do projeto não é recente. Desde 2011, a Sociedade Brasileira de Computação incentiva essas iniciativas durante seus congressos nacionais anuais com o evento Women in Information Technology (WIT), no qual as participantes discutem assuntos relacionados a questões de gênero na área da Tecnologia de Informação (TI) no Brasil – histórias de sucesso, políticas de incentivo e formas de engajamento e atração de jovens, especialmente mulheres, para as carreiras associadas à TI.

A abertura do projeto será com uma palestra sobre “Ser mulher na contemporaneidade: a dor e a delícia de ser o que é”, ministrada pela vereadora em Natal, Maria Divaneide Basílio, que doutora em Ciências Sociais pela UFRN, às 9h, no Campus de Natal, localizado na Av. Dr. João Medeiros Filho, 3419, Potengi.

A coordenadora do projeto, professora Glaucia Melissa Medeiros Campos contou que visitou três escolas da zona Norte de Natal com ensino médio: Escola Estadual Dulce Wanderley, na Redinha; Escola Estadual Peregrino Júnior, no Conjunto Santa Catarina, e Escola Estadual Professor Josino Macedo, no Potengi, reunindo cerca de 60 meninas interessadas em participar das aulas e oficinas, que ocorrerão todos os sábados até novembro. Ainda há vagas, então interessadas podem ir neste sábado (03) assistir à palestra de abertura e fazer inscrição no projeto.

Nas atividades semanais, as participantes assistirão palestras e mesas redondas temáticas com profissionais de diversas áreas das Ciências, além de exibição de filmes sobre histórias de sucesso de mulheres nas ciências. O projeto também vai oferecer cursos de programação; fotografia e sobre como ganhar dinheiro utilizando redes sociais; bem como sobre redação de textos argumentativos. “Queremos empoderar, incentivar, fazer com que elas se sintam capazes e despertar o interesse delas, além de oferecer conhecimentos básicos para o futuro”, explica a coordenadora.

As meninas serão incentivadas a seguir carreira nas áreas da Ciência, Tecnologia e Matemática (conhecido como STEM, da sigla em inglês para science, technology, engineering and mathematics), sendo que o projeto tem como maior ênfase os cursos direcionados para Informática.

Segundo a professora Glaucia, iniciativas como o Maria Bonita nas Ciências são necessárias porque existem muitas dificuldades peculiares às mulheres nas carreiras das áreas tecnológicas. “A associação entre tecnologia e masculinidade distancia as meninas da Informática desde cedo, quando lhes são oferecidas bonecas e casinhas, e aos meninos carros com controle remoto e videogames. As mulheres sofrem preconceitos de amigos, colegas de sala e de trabalho ao fazer escolhas atreladas ao universo masculino, sendo que algumas delas ainda tem a sua sexualidade questionada. A sociedade pensa e define o conceito de mulher ou homem de acordo com o desenvolvimento de suas habilidades e competências. De acordo com essa percepção, a mulher tem uma habilidade mais natural para atividades que exigem atenção e afeto, mas não racionalidade, ao contrário dos homens. Muitas mulheres desistem da graduação por serem as únicas dentro da turma. As conversas e o machismo típico da nossa sociedade bombardeiam diariamente essas mulheres com mensagens que atacam a autoestima. Dentro das empresas, as mulheres sofrem com salários mais baixos, mesmo exercendo atividades semelhantes as de seus colegas. Também existem relatos de mulheres que sofrem assédio sexual”, elenca.

Para mais informações veja o Instagram: @maria.bonita.nas.ciencias

Opinião dos leitores

  1. O "Maria Bonita" no título desse programa soa como componente brega do folclore mossoroense. Aliás, Mossoró nunca resolveu seu dilema sheakspeariano: não sabe se celebra a resistência de seu povo ou homenagea o banditismo "heróico" do bando de Lampião.

  2. Tem que fechar essa UERN. Esse órgão custa uma fortuna para a combalida economia do RN. O Estado tem que investir em escola fundamental. Governo federal, se quiser, banque ampliação universidade.

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Geral

HISTÓRICO: Brasil vence a Hungria e vai para as semis do Mundial de Handebol

 1524944_704188369603974_997946617_nO Brasil entrou com tudo em quadra na partida desta quarta-feira pelas quartas de final do Mundial Feminino de Handebol. Abusando da raça e da força de vontade, as brasileiras venceram a Hungria por 33 a 31 e colocaram o Brasil entre as quatro melhores seleções do mundo pela primeira vez na história.

A tática brasileira, revelada por Duda pouco antes do jogo, foi abusar do estilo vibrante brasileiro para irritar as húngaras. Segundo a armadora, que joga na Hungria, as europeias ficam incomodadas com os gritos das brasileiras a cada gol e com a raça dentro de quadra.

E assim foi desde o primeiro minuto. Cheias de vontade, as brasileiras começaram o jogo com boa vantagem no placar, chegando a abrir 5 a 1 no início da partida.

Na metade do primeiro tempo, porém, o ritmo brasileiro caiu e o excesso de vontade atrapalhou. Aos dezessete  minutos, o Brasil ficou com três jogadoras fora de quadra, punidas com dois minutos.

Fabiana Diniz e Babi estavam fora do jogo por faltas cometidas quando, em uma substituição, a goleira Maíssa entrou em quadra antes da saída de Babi. Por isso, o Brasil foi punido com a saída de mais uma atleta, desta vez Ana Rodrigues, quando a Hungria estava no ataque.

Mas a goleira Maíssa se redimiu com uma grande defesa. Na jogada seguinte, a situação complicou ainda mais para as brasileiras. Dani Cavaleiro exagerou na marcação, causou sete metros e também foi punida com dois minutos, deixando o Brasil com apenas duas atletas na linha por 18 segundos.

O susto desestruturou a equipe que, mesmo após conversa no intervalo de jogo, perdeu consistência na defesa e viu as húngaras passarem à frente no placar na segunda etapa de jogo e levantar a torcida na Sérvia.

A partir de então, a ansiedade tomou conta da partida, com muitos erros de ataque de ambos os lados. O time brasileiro parecia perdido em quadra, sem paciência para armar as jogadas. Mas um vacilo das húngaras permitiu contra-ataque de Fernanda da Silva, que empatou o jogo e levou para a prorrogação.

No tempo extra, ainda mais emoção. As húngaras saíram na frente, pressionando as brasileiras com um gol nos primeiros cinco minutos, mas após o primeiro intervalo da prorrogação, o Brasil voltou a empatar e equilibrar o jogo, que, mesmo após os primeiros 10 minutos extras, continuou com o placar igual, em 29 a 29, e foi para a segunda prorrogação. O jogo continuou equilibrado e cada ataque valia a definição do jogo, mas o Brasil entrou para vencer e tinha a melhor jogadora do mundo em quadra.

Com um gol de sete metros, e outro de ataque, Alexandra Nascimento colocou o Brasil à frente do placar, com 33 a 31 e definiu a partida, para a emoção do time brasileiro. O apito final, que decretou a vaga histórica do Brasil nas semifinais, levou as atletas às lágrimas ainda dentro de quadra. Além de garantir a marca histórica, este time superou a eliminação do último Mundial com a vitória sobre a Hungria. Em 2011, as brasileiras perderam nas quartas de final para a Espanha, em casa.

O próximo adversário do Brasil na competição será o vencedora da partida entre Dinamarca e Alemanha, que será disputado ainda nesta quarta-feira. O jogo será disputado no próximo dia 20 de dezembro, às 15h, horário de Brasília.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Tirando o nome pomposo aí, dessa tal Comissão Intersetorial, quero saber de uma providência simples e básica, importante para a segurança da população, que é tirar os carros e devolver as calçadas ao cidadão. Quando a lei será cumprida, sr. prefeito? E a Câmara? Que faz?, além de distribuir comendas e troféus e mandar beijinho para o Flamengo?

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Esporte

Brasileiras da seleção feminina de futebol 'comemoram' desclassificação na balada

O repórter e blogueiro do R7, Cosme Rímoli, se mostrou revoltado com a atitude das jogadoras brasileiras da seleção feminina de futebol. Após desclassificação nas Olímpiadas de Londres, as meninas foram “comemorar” na balada.

Segue o desabafo do jornalista:

As meninas da seleção brasileira de futebol feminino estão sem rumo. Depois da eliminação das Olimpíadas, ontem, na pior campanha de todos os tempos, perderam o senso. A jogadora Fabiana Simões e seu Twitter mostraram isso de forma clara. Depois de perder para o Japão e mais uma vez reclamar de apoio, de descaso, a atitude deprimente. Foram para a balada.Caíram nas Olimpíadas e foram festejar. Inclusive Marta.E não fizeram nem questão de esconder.

Imagem:reprodução do twitter

 

Perderam uma chance enorme de mostrar respeito pela dor de uma eliminação do País. Pel torcida fervorosa de brasileiros apoiando, sonhando com nova medalha.O time fez uma campanha fraquíssima na Inglaterra.

Estava tão sem apoio que atuou com o uniforme antigo da seleção, com a ridícula faixa verde.Os veículos de comunicação fizeram o que estava ao seu alcance.

Cobraram a CBF e seu presidente, José Maria Marin, para implementar uma política séria para o esporte. Depois da derrota diante do Japão, a hora era de recolhimento. Pensar uma noite ao menos nos erros da derrota. Respeitar as próprias lágrimas. Mas, sem rumo, não quiseram nem saber. Se arrumaram, passaram seus batons, fizeram seus cabelos. Marta colocou um chapéu até e foram para a balada. Sorridentes, como se fossem medalhistas de ouro.

E não uma das maiores decepções para o Brasil nestas Olimpíadas.O futebol feminino está sem comando, perdido. As meninas mais ainda. Não só dentro de campo, mas principalmente fora. Desperdiçaram todo apoio que poderiam ter. A foto feliz da balada de ontem à noite mostra a importância que elas deram para a competição. Como brigar por jogadoras que festejam em dia de eliminação? E não tiveram nem o cuidado de ser discretas.

Fabiana Simões colocou no seu Twitter para que todos pudessem ver. A legenda explicativa.”Nós na balada.”Falta de respeito inaceitável. Deixa revoltado quem vê a felicidade das eliminadas.

E a óbvia pergunta vem à mente.Como torcer por essas atletas?Que elas aproveitem as várias baladas que a Inglaterra oferece. Já que elas não têm mais o que fazer. Foram com toda justiça eliminadas das Olimpíadas.

Só há dois favores a serem pedidos.Que elas publiquem mais fotos. E não chorem pedindo apoio a cada derrota.Como acreditar nas suas lágrimas? Se poucas horas depois elas viram sorrisos na balada?

Opinião dos leitores

  1. Tem mais é que comemorar mesmo, uma país que nao valoriza rm nada o Futebol Feminino chegar a uma Olimpíada, faria a mesma coisa que elas, esse jornalistaZINHO que fala isso, nao deve nem sabe o nome das jogadoras, quem dirá o que elas passam pra chegar até onde estão! conheça pra critica bundão.

  2.   Acredito cada vez mais que se fosse a Globo estivesse transmitindo os jogos , teriamos tido um quadro de medalhas melhor. Para quer o R7 colocar uma noticia dessas?  E o espirito olimpico onde " o essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem". Lutamos sim , porém nossa velha falta de apoio e estrutura não consegue alcançar a excelência de paises como EUA e Japão que tem até 2° divisão no futebol feminino de tão bem difundido e apoiado que é esses esportes nesses paises.
     No final como bons Brasileiros só nos resta sorrir , trabalhar mais e erguer a cabeça para que nas próximas olimpíadas possamos virar o jogo. Chorar e se esconder das críticas não é da nossa indole.

    Boa festa meninas!

    1. Falta de apoio é o que o brasileiro comum tem. Nos EUA o futebol é o soccer, um esporte não popular, e mesmo assim são tetracampeões olímpicos no feminino. Desculpas e mais desculpas. Nigéria e Camarões, países pobres e sem apoio milíonário, jogaram com inteligência e raça e foram ouro olímpico no futebol masculino, sem desculpinhas! Logo esses tal falta de apoio e de estrutura são desculpas.

  3. Ridículo. Qual o problema de irem a uma balada pós-jogos?? Pense bem, se tivessem outros jogos posteriormente ao da eliminação, seria reprovável. Mas a campanha acabou. Nada de mais aproveitar o tempo ainda livre e tentar se divertir. Fair play não é para todos. Jornalistas que vivem se embriagando para fazer suas matérias adoram posar de éticos julgando atitudes de todo mundo. Ridículo. Falta de assunto?? Tem umas trouxas de roupas para lavar por aqui…

  4. Mas o que tem a ver o fato delas terem ido a uma balada?
    A seleção brasileira feminina de futebol, perdeu por falta de competência
    de um técnico que parecia perdido, sem noção de como dirigir o time, que após a derrota, impediu as jogadoras de falarem com a imprensa, perdeu pq a CBF há décadas não se preocupa com o futebol brasileiro, perderam pq são humanas e estão passíveis a isso. Agora, a imprensa, nem ninguém, pode cobrar nada de atleta  brasileiro nenhum, pois, o Brasil nunca teve, nem nunca terá uma política de valorização do esporte, investimentos, formação, nada!!! E como a imprensa, pode exigir e cobrar resultado nenhum por ter perdido uma partida, e/ou uma medalha?
    Sinceramente, uma nota desse tipo, de qualquer que seja o veículo de imprensa, é só mais uma forma de alienação, e a valorização da estupidez de dizer que o Brasil é o país do futebol.

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