Política

Faxina no DNIT e no Ministério dos Transportes vai continuar

Gerson Camarotti e Maria Lima, O Globo

O desmonte do comando do Dnit começou antes mesmo de estourar a atual onda de denúncias de desvios e cobrança de propinas no setor, com a exoneração, dia 14 de junho, do então diretor de Administração e Finanças, Heraldo Cosentino.

Ele é ligado ao PT e alegações pessoais justificaram sua saída. Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária e também pertencente aos quadros do partido, é outro que deve cair a partir de agosto.

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Política

Vejam porque Blairo Maggi não topou ser Ministro

Blog Josias de Souza

Sondado pelo Planalto e instado por seu partdo a assumir a pasta dos Transportes, o senador Blairo Maggi (PR-MT) preferiu se abster.

A decisão, já esboçada na véspera, solidificou-se nesta sexta (8), em reunião com executivos de seu grupo empresarial, o Amaggi.

O senador concluiu que há “impedimentos legais” para que ele assuma o ministério. Suas empresas mantêm contratos com o governo.

A decisão de Maggi ainda não foi transmitida a Dilma Rousseff. A recusa será formalizada na semana que vem.

Em notícia veiculada pela Folha, informa-se que uma das empresas de Maggi, a Hermasa Navegação da Amazônia, é beneficiária de verbas dos Transportes.

A empresa administra um porto graneleiro e uma frota de barcaças. Transporta soja plantada na região Norte até o porto de Itaqui (MA).

Belisca, desde 1996, verbas do Fundo de Marinha Mercante, gerido pelo Ministério dos Tranportes. O agente financeiro é o bom e velho BNDES.

Apenas no ano da graça de 2008, a Hermasa logrou aprovar no ministério R$ 66 milhões em projetos. Coisa destinada à fabricação de 41 barcaças graneleiras.

Com tantos interesses, Maggi não deveria nem ter apadrinhado Luiz Antonio Pagot para a chefia do Dnit. Assumir o ministério seria um escárnio.

Dono de patrimônio pessoal declarado R$ 152 milhões, o senador faturou em seu grupo empresarial, o Amaggi, R$ 3,9 bilhões em 2010.

 

A mistura de tais cifras com o lodo dos Transportes converteria Maggi em manchete instantânea. E a visibilidade nem sempre é boa para os negócios.

Enquanto Maggi sucumbe ao temor de virar o escândalo da vez, Dilma acalenta o sonho de efetivar nos Transportes o interino Paulo Sérgio Passos.

O PR mantém o pé (de cabra) na porta. A legenda anuncia a intenção de prover a Dilma, na próxima semana, uma lista de “opçõe$”.

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Política

Subida de Blairo Maggi para o Ministério é complicada

O Globo:

Troféu “Motosserra de Ouro”, conferido pelo Greenpeace, e empresário biliardário que comanda um império com empresas de navegação, fazendas, portos, empresas de produção e exportação de soja, indústria de óleo e a construção de uma cidade inteira – a moderna Sapezal, encravada na Amazônia -, o senador Blairo Maggi (PR-MT) era nesta quinta-feira quase uma unanimidade no Senado: se ele assumir o Ministério dos Transportes , no dia seguinte cria-se no Congresso uma CPI para apurar sua ligação com o apadrinhado Luiz Antonio Pagot, afastado do Dnit por denúncias de corrupção e esquema de pagamento de propinas.

A aposta, de aliados à oposição, é que a maior dificuldade de Blairo para ser ministro é seu telhado de vidro, além de escândalos acumulados nos dois mandatos como governador de Mato Grosso, primeiro pelo PPS, depois pelo PR.

– Na hora em que o Blairo sentar no ministério, haverá pressão para uma CPI para apurar os malfeitos de seu homem de confiança. Ele não conseguirá separar a gestão do Pagot das coisas que aconteceram em Mato Grosso. E, se aceitar se expor, vai afetar seus negócios. O Maggi é um homem extremamente frio e pragmático – avaliou um senador governista.

Único filho de uma família de pioneiros gaúchos que foi desbravar Mato Grosso, Blairo ganhou seu nome de uma dupla sertaneja. Em 2002, resolveu entrar para a política para pagar promessa a Nossa Senhora Aparecida. Foi governador duas vezes, aliado de primeira hora do presidente Lula – a ponto de colocar seu nome na porta de uma suíte na sede de uma das fazendas – e cabo eleitoral imbatível de Dilma Rousseff no ano passado. Na prestação de contas da campanha da presidente, o Grupo Amaggi aparece como um dos maiores doadores.

No governo Dilma, Blairo vinha mantendo um bom espaço na Esplanada, herdado do governo Lula. Além de Luiz Pagot, tinha um aliado no cobiçado cargo de secretário-geral do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo. Perdeu os dois e não se conforma. Por isso as queixas dos últimos dias.

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Política

Dilma vai de tempero Maggi para os Transportes

Estadão:

O senador Blairo Maggi (PR-MT) está neste momento fazendo consultas ao seu partido para decidir se aceita ou não o convite formulado pela presidente Dilma Rousseff para que ele substitua o colega de bancada Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes. O convite foi feito na quarta-feira, 6, à noite, segundo fontes do PT e do PR. Ele começou a consulta pelo ex-ministro, a quem levou a informação de que, caso ele não aceite o posto, o substituto será o interino Paulo Sérgio Passos.

Segundo as fontes, Dilma não vê outra alternativa na bancada do Senado no PR, uma vez que o senador Clésio Andrade (MG), que também teve o nome cogitado, tem um suplente do PSDB e não pretende deixar a direção da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

A presidente informou ao senador Maggi, segundo esses interlocutores, que não está disposta a aceitar nenhuma indicação da bancada da Câmara porque quer “extirpar” a influência do deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) sobre a estrutura do ministério dos Transportes, uma vez que seu nome está ligado às denúncias de irregularidades vinculadas à pasta.

Antes de sair para a conversa com a cúpula do PR na Câmara, Maggi foi abordado pelo senador Lindberg Faria (PT-RJ), que o saudou como “ministro” e ponderou da conveniência para o governo de ele, Maggi, aceitar substituir Nascimento. O senador respondeu apenas que “está pensando”.

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Política

Está esperando o quê, Dilma?

E agora, Dilma?

No último sábado, a senhora mandou o ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, afastar quatro dos principais auxiliares dele suspeitos de envolvimento com irregularidades – licitações fraudulentas, contratos superfaturados e cobrança de comissões para engordar o Caixa 2 do Partido da República, o PR.

Até ontem à noite, apenas dois dos quatros haviam sido afastados. E um deles, Luiz Antônio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), antecipou-se ao ato de afastamento e simplesmente entrou de férias. Anunciou que estará de volta no início de agosto.

Em claro desafio à ordem da senhora, Pagot ainda remeteu um ofício a Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados, se oferecendo para ser ouvido ali tão logo volte das férias e reassuma o cargo. O gesto de Pagot foi apoiado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), que  indicou para o Dnit.

Como ficará a senhora, presidente?

A senhora sabe que a Polícia Federal coleciona evidências de sobra sobre o mar de lama que corre dentro do ministério dos Transportes, especialmente no Dnit. Por saber, a senhora espertamente se antecipou ao que está por vir e interveio no ministério.

Avessa ao vazamento de informações sobre o que se passa nos bastidores do governo, não se incomodou quando leu na VEJA o relato detalhado da sua reunião do último dia 24. Ali a senhora disse que o ministério dos Transportes está sem controle e que as obras estão com os preços “inflados”.

E então, presidente? Está esperando o quê para se livrar de vez de quem lhe serve tão mal? Que a Polícia Federal promova algumas prisões? Que vaze parte do que a polícia apurou? Que o ministro Alfredo Nascimento se convença de que é melhor sair agora do que depois, enlameado?

Aja, presidente. Seja mais Dilma e menos Lula.

Blog do Noblat

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Política

Cúpula do Ministério dos Transportes cai por corrupção

A presidente Dilma Rousseff decidiu neste sábado afastar do cargo os representantes do Ministério dos Transportes envolvidos em denúncia apontada em matéria de VEJA desta semana. A reportagem revela um esquema de pagamento de propina para caciques do PR, Partido da República, em troca de contratos de obras.

Dilma conversou com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, neste sábado e acertou o afastamento dos envolvidos. São eles: Mauro Barbosa da Silva, chefe de gabinete do ministro; Luís Tito Bonvini, assessor do gabinete do ministro; Luís Antônio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); e José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec. O desligamento dos funcionários será formalizado a partir da próxima segunda-feira, pela Casa Civil.

“Para garantir o pleno andamento da apuração e a efetiva comprovação dos fatos imputados aos dirigentes do órgão, os servidores citados pela reportagem serão afastados de seus cargos, em caráter preventivo e até a conclusão das investigações”, diz o Ministério dos Transportes, em nota.

Senadores da oposição ouvidos por VEJA neste sábado haviam exigido uma postura mais firme da presidente Dilma sobre ao caso. Por enquanto, Nascimento continuará à frente do cargo. O ministro disse que vai instaurar uma sindicância interna para apurar “rápida e rigorosamente” o envolvimento de dirigentes da pasta e seus órgãos vinculados nos fatos mencionados pela revista.

“Além de mobilizar os órgãos de assessoramento jurídico e controle interno do Ministério dos Transportes, o ministro decidiu pedir a participação da Controladoria-Geral da União (CGU). As providências administrativas para o início do procedimento apuratório serão formalizadas a partir da próxima segunda-feira”, diz a nota.

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