Da calçada do restaurante à pista de caminhada do Parque das Dunas, da sessão de cinema às mesas de restaurante não se fala em outra coisa. O assunto mais comentado é a Operação Sinal Fechado, deflagrada quinta-feira pelo Ministério Público com o apoio intensivo da Polícia Militar.
E por que tanta repercussão, se a Sinal Fechado é igual a outras operações policiais já realizadas no Estado, com prisões e uso de provas como escutas telefônicas autorizadas pela Justiça?
A diferença é o quilate das pessoas envolvidas, o sobrenome e atuação de alguns dos principais implicados.
Não estamos falando de Bruno Giovanni, blogueiro. Estamos falando de um ex-deputado federal, suplente de senador por dois mandatos, candidato a governador e a prefeito de Natal. Um homem com a larga folha de serviços prestados ao Rio Grande do Norte como é o caso de João Faustino, que já ocupou cargos de relevância no Governo Federal e no Governo de São Paulo.
Estamos falando de um ex-governador do Estado, com uma extensa carreira que inclui dois mandatos de deputado estadual e seis de deputado federal, como é o caso de Iberê Ferreira. Um homem que já foi relator da Comissão Mista do Orçamento do Governo Federal no Congresso Nacional.
Estamos falando de pessoas de famílias tradicionais do Estado, com extensa participação na vida pública do Estado, como é o caso de Carlos Theodorico Bezerra, neto do lendário “majó” Theodorico.
Estamos falando de pessoas que alcançaram o sucesso profissional e pessoal e que têm belas histórias de vida pra contar como é o caso do empresário José Gilmar Lopes, o Gilmar da Montana.
Por causa de tudo isso, O Blog do BG está acompanhando atentamente cada episódio e cada desdobramento da Operação Sinal Fechado. Não fez e nem fará juízo de valor, atendo-se única e exclusivamente aos fatos e às denúncias feitas pelo Ministério Público
Também é fato que o Ministério Públicos já se excedeu algumas vezes. É possível que tenha cometido excessos na apresentação da petição que levou ao desencadeamento da Operação Sinal Fechado.
Mas também é fato que a petição é uma das peças acusatórias mais duras e mais bem elaboradas já produzidas pelo MP do Rio Grande do Norte.
É relevante destacar que juízes pautados pela coragem e a isenção acataram a petição do MP, decretaram prisão e bloqueio de bens e negaram os habeas corpus impetrados pelos acusados. Todos os habeas corpus impetrados até agora foram negados.
Os fatos estão aí e agora cabe à Justiça desempenhar o seu papel, cobrando e julgando provas, realizando, dentros dos prazos estabelecidos pela legislação, o exame imparcial.
Quem encontrado em culpa deve pagar. Quem for inocente que seja isento de culpa.
A população do Rio Grande do Norte, cansada de tantos escândalos e operações policiais, espera que a Operação Sinal Fechado produza bons resultados em termos de moralização da administração pública.
A isso se chama expectativa de Justiça. Com J maiúsculo.
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