Política

FOGO NO PARQUINHO: Glenn Greenwald diz que artigo sobre Biden foi censurado e pede demissão

Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

Glenn Greenwald, co-fundador do The Intercept, pediu demissão do site hoje. Ele alegou que foi censurado por causa de um artigo que escreveu sobre Joe Biden, candidato a presidente dos Estados Unidos.

Glenn escreveu um texto sobre o pedido de demissão e publicou no site Substack. Também prometeu que vai publicar, neste mesmo site, o artigo sobre Biden. Segundo ele, trata-se de um texto com “sessões críticas” sobre o candidato democrata e o filho dele, Hunter Biden. O jornalista afirmou que os outros editores do The Intercept estão apoiando Biden com veemência e por isso não quiseram publicar o artigo no The Intercept.

“O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden. Não contentes em simplesmente impedir a publicação deste artigo no meio de comunicação que eu co-fundei, esses editores da Intercept também exigiram que eu me abstivesse de exercer um direito contratual de publicar este artigo em qualquer outra publicação”, escreveu Gleen.

O jornalista também alegou que não via problemas por discordar dos editores politicamente. Mas queria que o site publicasse textos com opiniões diferentes e desse liberdade para os leitores decidissem quem está certo.

No texto, Gleen relembrou a própria trajetória como jornalista, desde quando era colunista, e citou que sempre pediu liberdade para escrever o que quisesse, com independência e sem censura, algo que também prezava no The Intercept. Agora, segundo ele, o site age de forma diferente.

“A iteração atual do The Intercept é completamente irreconhecível quando comparada com a visão original. Em vez de oferecer um local para a discordância, para vozes marginalizadas e para perspectivas desconhecidas, está rapidamente se tornando apenas mais um meio de comunicação com lealdades ideológicas e partidárias obrigatórias”, afirmou Glenn, entre outras críticas, sobre problemas recentes.

Durante o texto, Glenn citou as reportagens que publicou no site The Intercept Brasil, que ficaram conhecidas como “Vaza-Jato”.

“O Intercept fez um ótimo trabalho. Seus líderes editoriais e gerentes do First Look apoiaram firmemente as reportagens difíceis e perigosas que fiz no ano passado com meus bravos jovens colegas do The Intercept Brasil para expor a corrupção nos mais altos escalões do governo Bolsonaro, e nos apoiaram enquanto suportávamos ameaças de morte e prisão”, lembrou Glenn.

Por fim, Glenn indicou que estava aguentando bem os problemas que via no site, mas a censura foi a gota d’água para que ele saísse. Também disse que cogita criar um novo meio de comunicação futuramente. E no final do texto, ele divulgou o e-mail com o pedido de demissão que enviou, no qual também apresenta as críticas contra o The Intercept.

UOL

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  1. Não existe meio de comunicação isento, todos têm uma “agenda” (pra ficar no termo norte-americano) e trabalham para concretizar esses objetivos.

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Educação

Secretário de Educação Superior do MEC pede demissão do cargo

Foto: Reprodução/Facebook/MEC

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (30). A informação foi divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pelo G1 pela assessoria do ministério.

Lima é servidor de carreira do Ministério do Planejamento – atual Ministério da Economia – e deve voltar à função que ocupava. Economista de formação, ele foi nomeado por Abraham Weintraub para coordenar uma das maiores subpastas do ministério.

Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Educação ainda não tinha anunciado um substituto para o cargo. Segundo o organograma disponível no site do MEC, não há um secretário-adjunto nomeado na área de educação superior.

Em uma carta, enviada a colegas de ministério e da área econômica do governo, Arnaldo Barbosa de Lima Junior diz que pediu para sair do cargo por “motivos pessoais” e para “abraçar um novo propósito profissional” (leia íntegra abaixo).

Até as 23h40 desta quinta, a exoneração não tinha sido públicada no “Diário Oficial da União”. Em nota, o MEC confirmou o desligamento do secretário e enumerou projetos encampados por ele na pasta.

“O MEC agradece o trabalho de Arnaldo Lima, o qual engrandeceu a gestão da educação brasileira, e deseja sucesso em seus projetos pessoais”, diz o comunicado.

Future-se

Nos nove meses à frente da secretaria, o principal projeto de Arnaldo Barbosa era o rascunho do “Future-se”, anunciado como um grande plano de reestruturação do financiamento do ensino superior público.

O projeto foi anunciado em julho, passou por duas consultas públicas na internet mas, seis meses depois, o texto ainda não foi enviado ao Congresso Nacional – onde precisa ser aprovado para entrar em vigor.

Pelas linhas gerais anunciadas, a adesão será voluntária, mas a universidade que quiser participar terá de aderir ao “pacote completo”. Esse pacote inclui critérios definidos pelo MEC para avaliação da gestão, execução do orçamento e incorporação de parcerias, entre outros temas.

No Future-se, a gestão da universidade passaria a ser feita com o “apoio” de organizações sociais. Em troca, as reitorias passariam a acessar novas fontes de recursos, como fundos de investimento com dinheiro público e privado, cessão dos “naming rights” de edifícios e campi para empresas privadas e programas de inovação e registro comercial de patentes.

O que faz a pasta?

A Secretaria de Educação Superior é responsável por coordenar todas as políticas públicas ligadas ao ensino nas universidades públicas e privadas. Embora as instituições públicas tenham autonomia didática, financeira e administrativa, cabe ao ministério regular temas como:

acesso e permanência dos alunos nos cursos superiores;
formação e carreira dos professores universitários;
programas de residência em saúde, pesquisa, extensão e outras áreas complementares ao ensino superior regular;
políticas de internacionalização, intercâmbio e parcerias internacionais;
financiamento público e privado do ensino superior;
criação de um quadro de referência para as modalidades de ensino superior à distância

Leia a íntegra da carta divulgada pelo secretário:

“Por motivos pessoais, desligo-me da Secretaria de Educação Superior (SESU) para abraçar um novo propósito profissional. Quando assumi a Secretaria, estava ciente da responsabilidade que resultaria desse ato, mas nunca deixei de ousar e nunca fiz nada sozinho. A SESU ajudou a criar a ID Estudantil, o Diploma Digital, o Novo Revalida e aperfeiçoar o FIES. Conseguimos alocar R$ 230 milhões para investimentos em placas fotovoltaicas e para conclusão de obras que estavam paradas ou em andamento nas universidades federais. Conseguimos 100% dos recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), implementamos cinco novas universidades federais e desenvolvemos o Future-se. Esse programa é o que há de mais inovador na educação brasileira. O envio do Projeto de Lei para o Congresso Nacional encerrará minha missão no glorioso Ministério da Educação.

Nesses nove meses, muitos foram os desafios, mas pude contar com o apoio do Ministro Abraham Weintraub, do secretário executivo, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, dos demais secretários e colaboradores do MEC e, especialmente, da Família SESU. Deixo as portas abertas, o que me traz grande alegria, e me despeço com a certeza do dever cumprido, sabendo que bons frutos serão colhidos das sementes que ajudei a plantar.”

G1

 

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Diversos

Cúpula da Época pede demissão por reportagem com nora de Bolsonaro

Foto: Reprodução/Instagram

Três membros do alto escalão de revista Época pediram demissão nesta terça-feira (17) após a repercussão negativa de uma matéria sobre a atuação de Heloisa Wolf Bolsonaro, esposa de Eduardo, como coach e psicóloga.

Publicada na última edição da revista, que entrou em circulação nesta segunda-feira (16) e também divulgada na internet, a reportagem “uma Bolsonaro ensina a vencer na vida” foi duramente criticada pela família presidencial e por seus apoiadores.

Após as respostas negativas, a cúpula da revista soltou uma nota afirmando que analisou a reportagem e que ela não extrapolava os limites éticos do jornalismo. Pouco depois o Grupo Globo publicou outra nota em que rebatia o entendimento dos gestores, confirmando que a matéria havia sim extrapolado a ética jornalista.

Assim, diante das divergências, os três membros da cúpula da Época pediram demissão do Grupo Globo. Ainda não há confirmação se os pedidos foram aceitos.

Na matéria, o repórter conta como foi seu mês de sessões com a nora do presidente da República, em que, segundo o relato, foram discutidas questões políticas e até o possível descontentamento do povo paulista com o deputado, eleito com maior número de votos da história, por sua intenção em se tornar embaixador brasileiro em Washington, nos Estados Unidos.

R7

 

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Televisão

Dony De Nuccio pede demissão da Globo após escândalo milionário com banco

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O jornalista Dony De Nuccio pediu demissão da Globo após o Notícias da TV revelar o envolvimento do âncora do Jornal Hoje em negociações com clientes de uma empresa de comunicação que ele abriu em 2017. Nesta quinta-feira (1º), De Nuccio enviou e-mail a Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo, reconhecendo que contrariou o código de conduta dos jornalistas da emissora e, por isso, decidiu apresentar sua carta de demissão. O executivo aceitou a decisão “com pesar”, segundo nota divulgada pela Globo (veja no final deste texto). Dony já não apresenta mais o JH.

A saída do âncora exatamente dois anos após assumir a bancada do Jornal Hoje (ele estreou em 1º de agosto de 2017) interrompe uma carreira meteórica. Ele já era apresentador substituto do Fantástico e do Jornal Nacional e visto como candidato à vaga de William Bonner na bancada do principal telejornal do país.

No e-mail a Ali Kamel, De Nuccio reconhece que se envolveu em “serviço pontual que pode ser interpretado como assessoria de imprensa”, o que viola as normas de quase todos os veículos de comunicação. Ele reclamou de ter sido vítima de “campanha para me destruir e sangrar a qualquer custo” e de “criminosa invasão de computadores, arquivos e mensagens”.

Depois de revelar que a empresa de Dony, a Prime Talk, faturou R$ 7 milhões escondido da Globo com a produção de vídeos para treinamento de funcionários do Bradesco, alguns com a participação do jornalista, o Notícias da TV apresentou à Globo um e-mail que mostrava que De Nuccio esteve envolvido ativamente na negociação de um contrato com o Banco Bradesco que geraria uma receita de R$ 60.436.800 em três anos. Antes, ele havia negado que participava diretamente das discussões de valores.

“Procurei vasculhar o histórico de dois anos de e-mails enviados por mim enquanto cumpria função na empresa. De fato, na esmagadora maioria das vezes, eu não tratava de valores com contratantes. Mas, em algumas circunstâncias pontuais, e das quais eu sinceramente não me recordava, há sim menção a cifras e projetos”, discursa De Nuccio no e-mail enviado a Kamel (leia na íntegra ao fim do texto).

Na sexta-feira passada (26), Samy Dana, sócio de De Nuccio na Prime Talk, já havia sido dispensado pela Globo. Ele era contratado do grupo desde janeiro de 2013 e somava, além de suas entradas na TV, uma coluna nos jornais O Globo e Valor Econômico, no portal G1 e na Rádio Globo.

Leia reportagem do Notícias da TV, UOL, clicando aqui

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Esporte

Abel Braga pede demissão e não é mais técnico do Flamengo

Foto: Marcelo Theobald

O técnico Abel Braga se reuniu com a diretoria do Flamengo e pediu demissão do cargo, na manhã desta quarta-feira. O encontro foi com o presidente Rodolfo Landim, que conversou antes com o vice de futebol Marcos Braz.

O treinador vai ao Ninho do Urubu se despedir dos jogadores e da comissão técnica à tarde, mas não comanda mais a equipe a partir do jogo contra o Fortaleza, sábado.

A decisão do treinador foi noticiada pelo site Globoesporte.com.

Na segunda passagem pelo Flamengo, Abel foi campeão da Florida Cup e do Campeonato Estadual. Foram 28 jogos oficiais, 18 vitórias, 6 empates e 4 derrotas. Com 54 gols marcados pela equipe e 24 sofridos, aproveitamento de 64%.

O Globo

 

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Televisão

Integrante do ‘Pânico’ pede demissão após briga ao vivo com funkeiro Biel

Amanda Ramalho e Biel. Foto: YouTube / @Pânico na Jovem Pan

Amanda Ramalho, uma das integrantes que estava há mais tempo na bancada do programa Pânico, anunciou que pediu demissão após a briga que teve com o cantor Biel na terça-feira, 23.

“Eu pedi demissão. Não faço mais parte do programa Pânico. Um beijo aos meus companheiros e amigos que fiz lá. A gente se tromba”, escreveu em seu Twitter.

O anúncio veio após uma briga envolvendo a integrante e o cantor Biel, convidado do programa na última terça-feira, 23.

A briga começou quando Biel afirmou: “É Amandinha, quando eu mudei você falou que eu devia ter morrido em vez de mudar pros Estados Unidos. Eu guardei essas palavras”.

No momento, os integrantes estranharam, e Biel concluiu: “Tá tudo bem. Não tenho ressentimento nenhum. Eu nem te conheço.”

Pouco depois, Amanda falou em tom de ironia: “Poxa que legal, esse foi o auge da minha carreira, obrigado então, Amanda. Gostei. Pelo menos eu me posicionei certo na época.”

“Por favor, editem esse vídeo e coloquem assim, porque vou ficar com muito mais fãs do bem. Ser inimigo do Biel é bom. […] Vamos continuar brigando porque isso vai ser muito bom pra mim. Brigar com o Biel é maravilhoso”, continuou.

A discussão prosseguiu até o momento em que Biel resolveu se levantar e sair do estúdio: “Obrigado. Tamo junto. Valeu gente. Até a próxima”. Na sequência, seguiu-se um bate-boca com a produtora e integrante do programa, Paulinha.

“O que é isso?! Ele é nosso convidado! Você tem que ter respeito, menina, acha que tá onde? Vai se tratar então ou assumir as coisas que você fala!”, disse, antes de ir atrás do cantor.

Posteriormente, em seu Twitter, Amanda afirmou que “o cantor Biel mentiu dizendo que eu queria que ele morresse”.

Amanda já não está presente na edição do programa nesta quarta-feira, 24, em que o assunto foi abordado de forma indireta em seu início.

Durante a apresentação da dupla de convidados do programa, o ex-repórter do CQC Guga Noblat e Kim Kataguiri (DEM-SP), recém-eleito deputado federal, Daniel Zukerman comentou: “Um embate, eu diria”.

“Sem embates! Chega de embates!”, respondeu o apresentador Emilio Surita. “Parece A Fazenda aqui, o Emílio elimina todo mundo”, brincou Zukerman. “Você tá perdendo todo o seu time aqui por causa de embate”, completou Kim. Na sequência, o programa seguiu normalmente.

Emais Estadão

 

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Diversos

Presidente da Petrobras pede demissão; veja carta enviada a Temer

Por interino

 

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão na manhã desta sexta-feira (1º) em caráter “irrevogável e irretratável”.

Parente ficou exatamente dois anos no comando da Petrobras, já que tomou posse no dia 1º de junho de 2016.

De acordo com comunicado da estatal, enviado ao mercado, a nomeação de um CEO interino será examinada ao longo do dia pelo Conselho de Administração. Ainda de acordo com o comunicado, a diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração.

Em uma carta enviada ao presidente Michel Temer, com quem se reuniu na manhã desta sexta, Parente diz que a greve dos caminhoneiros e “suas graves consequências para a vida do país” desencadearam um debate “intenso e por vezes emocional” sobre as origens da crise.

E e que a política de preços da Petrobras adotada durante sua gestão foi colocada sob “questionamento”. Ele, porém, diz que os “resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços”.

“Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, sr. presidente, que novas discussões serão necessárias”, diz Parente na carta.

“Diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidencia da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”, complementa.

Carta

Leia a carta de demissão enviada por Parente ao presidente Michel Temer:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Quando Vossa Excelência me estendeu o honroso convite para ser presidente da Petrobras, conversamos longamente sobre a minha visão de como poderia trabalhar para recuperar a empresa, que passava por graves dificuldades, sem aportes de capital do Tesouro, que na ocasião se mencionava ser indispensável e da ordem de dezenas de bilhões de reais. Vossa Excelência concordou inteiramente com a minha visão e me concedeu a autonomia necessária para levar a cabo tão difícil missão.

Durante o período em que fui presidente da empresa, contei com o pleno apoio de seu Conselho. A trajetória da Petrobras nesse período foi acompanhada de perto pela imprensa, pela opinião pública, e por seus investidores e acionistas. Os resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços.

Faço um julgamento sereno de meu desempenho, e me sinto autorizado a dizer que o que prometi, foi entregue, graças ao trabalho abnegado de um time de executivos, gerentes e o apoio de uma grande parte da força de trabalho da empresa, sempre, repito, com o decidido apoio de seu Conselho.

A Petrobras é hoje uma empresa com reputação recuperada, indicadores de segurança em linha com as melhores empresas do setor, resultados financeiros muito positivos, como demonstrado pelo último resultado divulgado, dívida em franca trajetória de redução e um planejamento estratégico que tem se mostrado capaz de fazer a empresa investir de forma responsável e duradoura, gerando empregos e riqueza para o nosso país.

E isso tudo sem qualquer aporte de capital do Tesouro Nacional, conforme nossa conversa inicial. Me parece, assim, que as bases de uma trajetória virtuosa para a Petrobras estão lançadas.

A greve dos caminhoneiros e suas graves consequências para a vida do País desencadearam um intenso e por vezes emocional debate sobre as origens dessa crise e colocaram a política de preços da Petrobras sob intenso questionamento. Poucos conseguem enxergar que ela reflete choques que alcançaram a economia global, com seus efeitos no País.

Movimentos na cotação do petróleo e do câmbio elevaram os preços dos derivados, magnificaram as distorções de tributação no setor e levaram o governo a buscar alternativas para a solução da greve, definindo-se pela concessão de subvenção ao consumidor de diesel.

Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, Sr. Presidente, que novas discussões serão necessárias. E, diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidencia da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente. Sempre procurei demonstrar, em minha trajetória na vida pública que, acima de tudo, meu compromisso é com o bem público. Não tenho qualquer apego a cargos ou posições e não serei um empecilho para que essas alternativas sejam discutidas.

Sendo assim, por meio desta carta, apresento meu pedido de demissão do cargo de Presidente da Petrobras, em caráter irrevogável e irretratável. Coloco-me à disposição para fazer a transição pelo período necessário para aquele que vier a me substituir.

Vossa Excelência tem sido impecável na visão de gestão profissional da Petrobras. Permita-me, Sr. Presidente, registrar a minha sugestão de que, para continuar com essa histórica contribuição para a empresa — que foi nesse período gerida sem qualquer interferência política — Vossa Excelência se apoie nas regras corporativas, que tanto foram aperfeiçoadas nesses dois anos, e na contribuição do Conselho de Administração para a escolha do novo presidente da Petrobras.

A poucos brasileiros foi dada a honra de presidir a Petrobras. Tenho plena consciência disso e sou muito grato a que, por um período de dois anos, essa honra única me tenha sido conferida por Vossa Excelência.

Quero finalmente registrar o meu agradecimento ao Conselho de Administração, meus colegas da Diretoria Executiva, minha equipe de apoio direto, os demais gestores da empresa e toda força de trabalho que fazem a Petrobras ser a grande empresa que é, orgulho de todos os brasileiros.

Respeitosamente,

Pedro Parente

G1

Opinião dos leitores

  1. Privatizar a petrobras resolve… o petroleo nunca foi nosso… pertencem aos politicos e sindicalistas. e em pleno seculo de revolucao tecnologica, o carro a combustao vai desaparecer com aquele petrosaulo.

    1. Privatizar? Amigo, procura se informar mais. Nesses poucos dias de protesto dos caminhoneiros, ficamos na mão de dono de posto, empresários que só pensam em seus lucros. Olha o que alguns fizeram: almentaram os preços por conta própria, isso é o livre mercado. Muitos como você, que não sabem o que estão falando, deveriam se informar mais, entender um pouco do assunto, depois pode ser tarde. De repente, não terás mais dinheiro pra colocar gasolina no seu carrinho financeiro, cuidado!

  2. Os petroleiros ainda entraram em greve pra tirar ele….nem precisava… Ele já estava com a carta de demissão na agulha, apos as denuncias que seu socio fechou um contrato com a petrobras de 2bilhões sem licitação…

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Cultura

Ministro interino da Cultura de Temer pede demissão

João Batista de Andrade, ministro interino da Cultura, pede demissão (Valter Campanato/Agência Brasil/Agência Brasil)

O ministro interino da Cultura do governo Temer, João Batista de Andrade, enviou uma carta ao presidente pedindo demissão. A Secretaria de Imprensa da Presidência confirmou à Reuters que a carta de demissão do ministro interino chegou ao Planalto.

Ele justificou o pedido afirmando que não tem interesse em ser efetivado no posto. “Confirmo a minha disposição para contribuir de forma mais proativa possível com a transição de gestão do Ministério da Cultura”, afirmou na carta.

João Batista está no cargo desde maio, quando o ex-ministro Roberto Freire também pediu demissão após a divulgação da delação premiada de Joesley Batista, citando Michel Temer.

De acordo com o Estadão, o governo já tinha decidido tirar João Batista do cargo, para tirar o ministério do PPS. Roberto Freire, o ministro anterior, que também é do PPS, tinha cobrado a renúncia do presidente após a delação.

No entanto, o governo só deve efetivar a troca quando Temer voltar de viagem para a Rússia e a Noruega, na próxima sexa-feira (22).

Exame, com informações da Reuters

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Educação

CRISE: Secretário de Segurança do Paraná pede demissão

O secretário de Segurança do Paraná Fernando Francischini entregou sua demissão nesta sexta-feira (8) ao governador do estado, Beto Richa.

Segundo a reportagem apurou, ficará interinamente em seu lugar Wagner Mesquita de Oliveira.

O comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, pediu exoneração nesta quinta-feira (7), por “dificuldades intransponíveis” com o comando da Segurança no Estado.

Kogut foi um dos responsáveis pela operação policial que deixou quase 200 feridos durante uma manifestação contra o governo Richa, na semana passada.

Folha Press

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Polícia

Em meio a crise, comandante da PM do Paraná pede demissão

O comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, pediu exoneração na tarde desta quinta-feira (7), por “dificuldades intransponíveis” com o comando da Segurança no Estado.

Kogut foi um dos responsáveis pela operação policial que deixou quase 200 feridos durante uma manifestação contra o governo de Beto Richa (PSDB), na semana passada.

O comandante da ação, o secretário de Segurança Fernando Francischini, permanece por ora no cargo, mas deve sair nos próximos dias, segundo apurou a reportagem.

Ele e Kogut se desentenderam publicamente nesta semana, depois que o secretário atribuiu a responsabilidade pela ação, que jogou bombas de gás e tiros de borracha contra os manifestantes por quase duas horas, exclusivamente à PM.

O coronel rebateu dizendo, em carta ao governador, que Francischini “foi alertado inúmeras vezes” sobre a possibilidade de pessoas se ferirem na ação policial, e chegou a dar “ordens diretas quanto ao desdobramento e à aplicação de tropa”.

Com Kogut fora, a saída de Francischini é iminente.

O novo comandante-geral da PM ainda não foi definido. O governo, segundo apurou a reportagem, promete uma “reestruturação total da área da Segurança” nos próximos dias.

Richa tem sido extremamente criticado pela população e oposição devido à operação policial. Desde a semana passada, já foi vaiado em teatros e estádios de futebol no Estado.

Na quarta-feira, Richa já havia demitido o secretário da Educação, Fernando Xavier Ferreira, que lidava diretamente com os professores em greve, líderes da manifestação da semana passada. Oficialmente, Ferreira pediu demissão.

A demissão de Francischini é cobrada diariamente tanto por aliados do tucano, que querem iniciar uma reação no governo, quanto pelos sindicatos que lideraram o protesto da semana passada.

Folha Press

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