Política

Cúpula da CPI da Covid diz que vídeo prova existência de ‘gabinete paralelo’

Foto: Leopoldo Silva / Leopoldo Silva/Agência Senado

A cúpula da CPI da Covid considera que a sugestão de um ‘gabinete das sombras’ feita por médicos ao presidente Jair Bolsonaro, durante reunião que ocorreu em setembro do ano passado, comprova a existência de um aconselhamento alternativo sobre saúde no Palácio do Planalto. Para o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), a hipótese do gabinete paralelo foi levantada pelos senadores e já está provada. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) chamou o grupo de ‘Ministério da Doença’.

— Esse é o desespero do presidente em atacar a gente. Porque ele sabe que o que estamos fazendo é mostrar fatos. E o fato de ter levantado que tinha um gabinete paralelo falando sobre saúde foi a CPI que levantou isso. Está aí. Quer prova maior do que essa reunião? Não tem — disse Omar Aziz ao GLOBO.

Para Aziz, o deputado Osmar Terra (MDB-RJ), que sentou ao lado do presidente Jair Bolsonaro na reunião, era “o ministro do gabinete paralelo”.

— Ali, eles estavam escolhendo quem deveria morrer e quem deveria viver. Eu não acho que existe gabinete paralelo, está provado. Você viu o ministro da Saúde ali na reunião? Eles estavam falando sobre andar de moto, sobre vôlei ou sobre saúde? — questionou. Na época, o ministro era Eduardo Pazuello, mas ele não estava presente.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que a cada dia fica “mais irreversível a elucidação do Ministério da Doença”:

— A cada dia se vai tornando mais irreversível a elucidação do Ministério da Doença. Aquele ali é o próprio Ministério da Doença que foi feito em contraposição ao Ministério da Saúde, mas que despachava com o presidente, fazia reuniões… — afirmou.

Segundo Renan, a convocação de Osmar Terra e do médico Paolo Zanotto, responsável pela ideia do ‘gabinete das sombras’, deve ocorrer na próxima terça-feira.

VEJA MAIS – VÍDEO: Reunião transmitida nas redes sociais de Bolsonaro citada como ‘gabinete paralelo’ mostra médicos em discussão com o presidente sobre vacinas

“A prova definitiva da existência do Gabinete Paralelo que a CPI já investigava. Estou convocando o Sr. Osmar Terra e o Sr. Paolo Zanotto para comparecer à CPI da COVID”, escreveu Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é vice-presidente da comissão, em suas redes sociais.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O desespero dessa cambada esquerdista aumenta a cada dia. Bolsonaro até 31/12/2026 seus mimisento.

  2. Quando Lula se reunia com a cúpula da corrupção e empreiteiras, ninguém dizia nada, pois tinha mensalão, petrolão, dinheiro na cueca , nas meias, nos paraísos fiscais, pra toda corja kkkk

  3. O 9 Dedos quando se reunia era com bandidos para saquear a nação, Hoje a discussão é por que o presidente só se reunia com médicos e cientistas veja como a coisa mudou.

  4. Se esse gabinete estivesse distribuído dinheiro em malas, os “ladrões investigadores” estavam todos calados.

    1. Pois é. Por que implicar com quem quer distribuir remédio que não funciona e imunidade de rebanho sem vacinas? Que mal faz matar o povo?

  5. O verdadeiro ministro da Saúde era o famigerado pé de pano do Osmar Trevas. O Pazzuelo era só o poodle dele.

  6. Estão procurando cabelo em ovo. Qualquer que seja o motivo pra colocarem o bozo pra fora. Luladrao e sua gang está por trás de todas as ações desta CPI

  7. Pra ainda acreditar nesse governo do MINTOmaníaco precisa ter a mesma fé dos que acreditam que lulaladrao eh inocente…

    1. Brasil é o único país do mundo que querem criminalizar a criação de “gabinetes de crise”. Óbvio que isso encontra eco em uma população, infelizmente, composta majoritariamente de analfabetos funcionais e leitores de manchete.

    2. Um presidente se reunir com cientistas e médicos pra debater a pandemia, antes víamos presidente se reunir com corruptos pra tratar de roubo e beberem cachaça

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Diversos

Ibaneis fecha Esplanada após ameaças à cúpula da Igreja Católica de Brasília

Ibaneis Rocha determinou há pouco que a Esplanada dos Ministérios fique fechada para trânsito de veículos e pedestres hoje e amanhã.

Em decreto, o governador citou ameaças dirigidas à Cúria Metropolitana de Brasília, a sede administrativa da Igreja Católica na capital federal, que fica na Esplanada.

O Antagonista apurou que as ameaças foram identificadas pela inteligência da polícia. Os autores foram classificados como membros de um “grupo antidemocrático”.

O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. A bíblia numa mão, na outra um três oitão, e na boca um palavrão. Assim é uma turma que anda por ai. Tem alguns que se dizem terrivelmente evangélicos.

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Política

‘Quero continuar presidente, não dá pra dar um golpe, não?’, brinca Bolsonaro em Cúpula do Mercosul em ironia ao discurso da esquerda

Jair Bolsonaro (centro) a Mario Abdo Benítez (esq.) sobre as esquerdas: ‘Tudo quando eles perdem, eles dizem que é golpe’ – (Alan Santos/Flickr)

Sem perceber que os microfones de tradução simultânea da Cúpula do Mercosul, realizada em Bento Gonçalves (RS), seguiam ligados, Jair Bolsonaro fez uma brincadeira ao passar a presidência do bloco econômico ao líder do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

Presidente do Mercosul até esta quinta-feira (5), Bolsonaro entregou a Abdo Benítez o martelo que simboliza a troca de comando do grupo sul-americano. Segundo a tradição, quando a presidência temporária passa de um país para outro, o novo líder martela um pedaço de madeira.

Após o paraguaio cumprir o gesto, Bolsonaro brincou: “Quero continuar presidente, não dá pra dar um golpe, não? Tudo quando eles perdem dizem que é golpe. É impressionante, né?”. Abdo Benítez riu.

Há menos de um mês, Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia pressionado por manifestações populares e pelas Forças Armadas. A sugestão do comando militar para que deixasse o poder foi chamada de golpe de Estado pelo líder indígena.

Evo classificou da mesma forma a autoproclamação de Jeanine Añez como presidente interina do país, uma vez que a senadora assumiu o cargo a partir de uma interpretação controversa da Constituição e do regimento do Senado boliviano.

Na abertura do encontro presidencial da Cúpula do Mercosul, Bolsonaro e o atual mandatário argentino, Mauricio Macri, mandaram recados ao centro-esquerdista Alberto Fernández, eleito presidente em outubro. A cerimônia de posse está marcada para a próxima terça-feira (10).

Bolsonaro disse que o bloco “não pode perder tempo, nem podemos aceitar retrocessos ideológicos” e enfatizou a necessidade de enxugar ainda mais a estrutura do Mercosul e de reduzir a TEC (tarifa externa comum).

Macri reforçou a mensagem. Indicou que os avanços de seu período à frente da Argentina, durante o qual foram assinados acordos com a União Europeia e com a EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio, na sigla em inglês), deveriam continuar.

Fernández tem críticas e quer revisar ambos os pactos. “Não se deve abandonar o que avançamos no Mercosul”, afirmou Macri.​

Já Abdo Benítez, a quem Bolsonaro chamou de “meu irmão paraguaio”, agradeceu o brasileiro por seu “apoio quando houve uma ameaça à nossa democracia”, referindo-se ao processo de impeachment contra ele, em agosto. O Planalto atuou para arrefecer o processo, como acabou acontecendo.

Os líderes do Mercosul também discutiram a crise na Bolívia. A voz dissonante veio do Uruguai, por meio da vice-presidente Lucía Topolansky, que definiu a crise no país andino como “um rompimento institucional”.

“Não podemos atuar como se o Mercosul fosse um paraíso. Não é. Estamos num contexto regional preocupante, em que vários países estão vivendo conflitos institucionais, com violações dos direitos humanos e perda de vidas”, disse.

Macri, por outro lado, disse que valorizava o papel da senadora Jeanine Añez que, “como presidente interina, está buscando a paz democrática em seu país, adotando um caminho constitucional, liderado pelo Congresso”.

Em paralelo às manifestações e crises no continente, Topolansky, assim como havia feito o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, no dia anterior, chamou a atenção para a maturidade da democracia uruguaia.

“Ganhou quem nos fazia oposição. Mas, na próxima reunião, quem estará aqui será um uruguaio, porque em meu país, uruguaios somos todos, e o Uruguai é um só.”

Folha de São Paulo

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Diversos

Brics divulga ‘Declaração de Brasília’, documento final da cúpula do grupo; leia a íntegra

Foto: Reprodução/Globo News

Os cinco países membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – assinaram nesta quinta-feira (14), no encerramento da 11ª Cúpula do grupo, em Brasília, uma declaração com 73 tópicos sobre o futuro do grupo econômico e da política internacional.

Principais pontos do documento:

Compromisso com as metas de redução das emissões de carbono fixadas a partir do Acordo de Paris.

Reforma “abrangente” das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança.

Preocupação com a possibilidade de uma corrida armamentista no espaço exterior.

Na economia, defesa de “mercados abertos, de um ambiente de negócios e comércio justo, imparcial e não-discriminatório, de reformas estruturais, de concorrência efetiva e justa”.

Empenho para a adoção de medidas para combater a corrupção no setor público.

Ausência de menções no documento a conflitos regionais na vizinhança dos membros do Brics. Nos 73 tópicos, não aparece, por exemplo, qualquer menção às crises políticas na Venezuela, no Chile e na Bolívia.

No documento, as nações reiteram a “necessidade urgente de fortalecer e reformar o sistema multilateral, incluindo a ONU, a OMC o FMI e outras organizações internacionais”. E dizem que continuarão trabalhando para tornar essas entidades “mais inclusivas, democráticas e representativas”, moldando uma “ordem internacional multipolar mais justa, imparcial, equitativa e representativa”.

Em outro ponto, os países voltam a defender uma “reforma abrangente” das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança. Essa posição já tinha sido adiantada em uma reunião informal dos Brics durante o G-20, em Osaka (Japão), em junho deste ano.

Membros do Brics, China e Rússia fazem parte dos membros fixos do Conselho de Segurança, acompanhados de Estados Unidos, França e Inglaterra. Já Brasil e Índia compõem o “G4”, grupo com Alemanha e Japão que tenta expandir a formação do conselho.

O texto, que passa a ser conhecido como Declaração de Brasília, é assinado pelos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro; da Rússia, Vladimir Putin; da África do Sul, Cyril Ramaphosa; da China, Xi Jinping, e pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Mudanças climáticas

Na declaração, os cinco países reiteram compromisso com as metas de redução das emissões de carbono, fixadas a partir do Acordo de Paris. E cobram que os países considerados desenvolvidos ampliem o financiamento de ações de sustentabilidade no terceiro mundo, como prevê o acordo mundial.

O documento não faz referência à saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris – que já tinha sido anunciada, mas só se concretizou no início do mês. Os governos de China e Rússia lamentaram publicamente o caso, enquanto o governo Bolsonaro, alinhado ao presidente Donald Trump, não fez comentários sobre o tema.

Não há, na carta, menção direta à Amazônia, tema que foi motivo de críticas ao governo brasileiro neste ano. Segundo a diplomacia brasileira, o tema está contemplado no item 8, que cita desenvolvimento sustentável e respeito à soberania nacional.

“A cooperação internacional neste campo, como em todos os outros, deve respeitar a soberania nacional e os regulamentos e disposições legais e institucionais nacionais, bem como práticas e procedimentos.”

Conflitos internacionais

A multiplicação de conflitos internacionais é tema de sucessivos pontos da Declaração de Brasília. No item 17, por exemplo, os países expressam “séria preocupação com a possibilidade de uma corrida armamentista no espaço exterior”, e reafirmam a “necessidade de realizar atividades de exploração e usos pacíficos do espaço exterior de acordo com o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas”.

Assim como em edições anteriores, o documento condena o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, e insta a comunidade internacional a prevenir e combater a expansão de grupos identificados com o terrorismo.

Os países do Brics expressam “forte compromisso com a soberania, independência, unidade e integridade territorial” da Síria, e manifestam preocupação com a situação humanitária no país, assim como na República do Iêmen.

O texto também menciona o conflito israel-palestino. Os Brics dizem ser “unânimes” na determinação de que os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África não sejam “usados como pretexto para atrasar a resolução do conflito de longa data entre Palestina e Israel”.

Há, ainda, citações à região do Golfo, ao Afeganistão e à Península Coreana. O documento ignora, ao mesmo tempo, a multiplicidade de conflitos regionais na vizinhança dos membros do Brics. Nos 73 tópicos, não aparece qualquer menção às crises políticas na Venezuela, no Chile e na Bolívia.

O documento também não cita a escalada do conflito entre Índia e Paquistão na disputa pela Caxemira, nem os protestos em Hong Kong que pedem maior autonomia em relação ao governo da China.

Economia

Um dos trechos da declaração destaca a necessidade da contínua implementação de reformas estruturais na área econômica para ampliar o potencial de crescimento dos países do Brics.

O texto cita o compromisso das cinco nações com um Fundo Monetário Nacional “forte” e “baseado em cotas”.

“Defendemos, ainda, o uso contínuo de políticas fiscais, monetárias e estruturais para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo”, diz o documento.

A declaração fala também na preservação do fortalecimento do comércio multilateral, com a Organização Mundial do Comércio (OMC) no centro.

“É essencial que todos os membros da OMC evitem medidas unilaterais e protecionistas, que são contrárias ao espírito e às regras da OMC”, diz o documento, que defende ainda uma reforma no órgão como medida para garantir a eficácia e a relevância da organização.

“Nossos países trabalharão com todos os membros da OMC para levar adiante um processo de reforma necessária que seja equilibrada, aberta, transparente e que promova a inclusão e o desenvolvimento”.

No que diz respeito à cooperação econômica e financeira, o texto da declaração lembra que o crescimento global enfraqueceu e os riscos aumentaram desde a última reunião.

Nesse contexto, ressalta a importância de “mercados abertos, de um ambiente de negócios e comércio justo, imparcial e não discriminatório, de reformas estruturais, de concorrência efetiva e justa”.

No documento, os países destacaram também a criação da Aliança Empresarial de Mulheres do Brics (WBA), que visa a aumentar o papel das mulheres como impulsionadoras do crescimento econômico.

Os membros da aliança, cinco por país, devem ser escolhidos no próximo ano. Também estão previstos para 2020 a primeira reunião, a agenda da WBA, métodos de trabalho e assuntos relacionados ao funcionamento do órgão.

Combate à corrupção

A carta menciona a recuperação de ativos como um dos focos do combate à corrupção. De acordo com o texto, os países do Brics seguem “empenhados em adotar medidas de probidade no setor público e privado para a criar um compromisso com a “cultura da intolerância à corrupção”.

“Manteremos nossos esforços em curso em matéria de cooperação na aplicação de leis anticorrupção e na recuperação de ativos, incluindo processos civis e administrativos”, diz a declaração.

O texto ainda cita mecanismos multilaterais como forma de coibir a prática por meio da negativa de refúgio a corruptos e facilitar o repatriamento de produtos do crime.

Íntegra
Leia abaixo a íntegra do documento final aqui em texto no G1

 

Opinião dos leitores

  1. LULA você sempre será bem vindo…..agora o SATÃ DO BOSTANARO MERECE TOMAR BANHO NO ALTO MAR…
    E LA FICAR

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Diversos

Cúpula da Época pede demissão por reportagem com nora de Bolsonaro

Foto: Reprodução/Instagram

Três membros do alto escalão de revista Época pediram demissão nesta terça-feira (17) após a repercussão negativa de uma matéria sobre a atuação de Heloisa Wolf Bolsonaro, esposa de Eduardo, como coach e psicóloga.

Publicada na última edição da revista, que entrou em circulação nesta segunda-feira (16) e também divulgada na internet, a reportagem “uma Bolsonaro ensina a vencer na vida” foi duramente criticada pela família presidencial e por seus apoiadores.

Após as respostas negativas, a cúpula da revista soltou uma nota afirmando que analisou a reportagem e que ela não extrapolava os limites éticos do jornalismo. Pouco depois o Grupo Globo publicou outra nota em que rebatia o entendimento dos gestores, confirmando que a matéria havia sim extrapolado a ética jornalista.

Assim, diante das divergências, os três membros da cúpula da Época pediram demissão do Grupo Globo. Ainda não há confirmação se os pedidos foram aceitos.

Na matéria, o repórter conta como foi seu mês de sessões com a nora do presidente da República, em que, segundo o relato, foram discutidas questões políticas e até o possível descontentamento do povo paulista com o deputado, eleito com maior número de votos da história, por sua intenção em se tornar embaixador brasileiro em Washington, nos Estados Unidos.

R7

 

Opinião dos leitores

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Diversos

Relatório da CPI de Brumadinho de MG pede indiciamento da cúpula da Vale por homicídio doloso

Foto: Divulgação

O relatório final da CPI de Brumadinho da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que investiga a tragédia causada pelo rompimento da barragem de rejeito de minério B1 (Córrego do Feijão), pediu nesta quinta-feira o indiciamento da cúpula da Vale por homicídio doloso eventual , que é quando se assume o risco de que o crime ocorra. O desastre ocorrido no último dia 25 de janeiro deixou 270 mortos e devastou a fauna e a flora local. As penas para homicídio doloso preveem reclusão de seis a 20 anos. Agora, o relatório vai à votação da comissão.

Entre os indiciados estão o presidente Fábio Schvartsman e o diretor-executivo da Vale, Peter Poppinga , ambos afastados, e a responsável técnica pela barragem, Cristina Malheiros. O relatório pede ainda indenização para os familiares de todas as vítimas.

Além dos funcionários da Vale, foram pedidos os indiciamentos pelo mesmo crime de Makoto Namba, engenheiro que assinou laudo que atestava a estabilidade de estrutura da barragem; e André Jum Yassuda, engenheiro que assinou laudo que atestava a estabilidade de estrutura da barragem, ambos funcionários da empresa alemã TÜV Sud.

O relatório pede ainda o recolhimento dos passaportes dos indiciados.

A CPI de Brumadinho, que é presidida pelo deputado Gustavo Valadares (PSDB) e tem André Quintão (PT) como relator, levou seis meses para apresentar o relatório final.

– Omissão da Vale foi causa relevante para a ocorrência dos crimes – disse Quintão na apresentação do relatório.

Além de nomear os reponsáveis pela tragédia, o relatório aponta em 300 páginas uma série de recomendações aos órgãos públicos para evitar novos desastres.

O relatório da CPI, depois de aprovado pelos integrantes da comissão, será encaminhado à Mesa da Assembleia, para publicação, e aos órgãos aos quais forem feitas as recomendações, para as devidas providências.

CPI no Congresso

O Senado instalou em meados de março sua CPI, composta por 11 senadores titulares e outros 7 suplentes e apresentou quatro meses depois o relatório final com a proposta de indiciamento de 1 4 pessoas, entre elas o presidente da Vale Fábio Schvartsman.

Para conseguir aprovar seu parecer, o relator no Senado, Carlos Viana (PSD-MG), decidiu agravar o pedido de indiciamento que enquadrava os envolvidos em homicídio culposo para dolo eventual, ou seja, afirmando que eles tinham ciência dos problemas na barragem.

Um dos pontos principais do relatório é a apresentação de projetos de leis para alteração do Código Penal, que hoje não possui uma legislação específica que enquadre crimes ambientais de tal magnitude como foi Mariana e agora Brumadinho.

Já na Câmara, a CPI só foi instalada somente três meses depois do acidente e ainda não tem prazo para apresentar o relatório final.

— Não temos dúvidas sobre o dolo eventual, queremos que essas pessoas sejam julgadas no tribunal do júri — afirma o presidente da CPI, deputado Jùlio Delgado (PSB-MG).

Durante o trabalho de investigação da força-tarefa formada pelo Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Polícia Civil e Polícia Federal , além das comissões parlamentares de inquérito do Congresso e da ALMG, mais de 500 pessoas foram ouvidas e milhares de mídias eletrônicas foram recolhidas para análise.

O Globo

 

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Diversos

Bolsonaro militariza a cúpula de Itaipu

Na Crusoé, Caio Junqueira noticia que Jair Bolsonaro exonerou João Pereira dos Santos da diretoria administrativa de Itaipu e nomeou um contra-almirante para o cargo.

Itaipu, que servia de usina de mordomias como revelou a revista, agora tem a cúpula composta apenas por militares.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. O quê? Mais um ABSURDO PRODUZIDO PELO GOVERNO BOLSONADO.
    Como podem QUERER ACABAR COM A USINA DE MORDOMIAS que era gerida em Itaipu?
    Logo algum ÓRGÃO deve questionar a nomeação e outro órgão deve vetá-la. Tudo em nome da democracia, nada por interesse, alguma dúvida?

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Jornalismo

Caicó: Toinho Santiago ainda não comunicou desejo de disputar Prefeitura à cúpula do PR

Nos últimos dias uma provável pré-candidatura do empresário Toinho da Graciosa (PR), voltou a freqüentar setores da mídia especializada na cobertura política de Caicó. Na comissão provisória do partido, do qual Toinho faz parte, o assunto nunca foi discutido por ele.

Toinho também não conversou ainda com o presidente do seu partido, o deputado federal João Maia, sobre seu desejo de disputar a prefeitura.

“Ele nunca colocou isso nas nossas reuniões. Se ele deseja disputar a prefeitura precisa vir à público, reunir os demais integrantes da nossa comissão e expor seu desejo, pra que o PR possa criar as condições favoráveis. Até agora ele não nos comunicou nada e nem ao nosso presidente João Maia”, disse Almir Filho, na entrevista concedida à Rádio Caicó AM.

Fonte: Marcos Dantas

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