Saúde

OMS: Covid pode ter matado 80 mil a 180 mil profissionais de saúde

Foto: © 03/07/2020 Reuters / Fabrice Coffrini / Direitos reservados 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que podem ter morrido entre 80 mil e180 mil profissionais de saúde desde o início da pandemia, em todo o mundo. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defende que os profissionais de saúde devem ter prioridade na imunização e cita críticas ao processo desigual de acesso às vacinas.

O mais recente relatório da OMS estima que dos 135 milhões de profissionais de saúde no mundo, entre 80 mil e 180 mil podem ter morrido de covid-19 no período entre janeiro de 2020 e maio de 2021.

“Dados de 119 países sugerem que, em média, dois em cada cinco profissionais de saúde e cuidadores em todo o mundo estão totalmente vacinados. Mas é claro que essa média mascara as enormes diferenças entre regiões e grupos econômicos”, declarou Tedros Adhanom.

Segundo o diretor-geral da OMS, na África menos de um em cada dez profissionais de saúde foi totalmente vacinado. Diferentemente, na maioria dos países com economias fortes, mais de 80% dos profissionais de saúde estão totalmente vacinados.

“Apelamos a todos os países para garantir que todos os profissionais de saúde e cuidadores tenham prioridade na vacinação contra a covid-19, juntamente com outros grupos de risco”, afirmou o diretor.

Desde que as primeiras vacinas foram aprovadas pela OMS, há mais de dez meses, milhões de profissionais de saúde ainda não foram vacinados. A “denúncia” surge, dirigida aos países e empresas que controlam o fornecimento global de doses, acrescentou.

Annette Kennedy, presidente do Conselho Internacional de Enfermeiros, lamenta as muitas mortes que ocorreram desnecessariamente. “Poderíamos ter salvado muitas vidas”, disse.

“É uma acusação chocante dos governos. É uma acusação chocante da falta de proteger os profissionais de saúde que pagaram o último sacrifício com as suas vidas”, destacou Annete.

“Eles agora estão exaustos, devastados, física e mentalmente. E há uma previsão de que 10% desses profissionais partirão em pouco tempo”, acrescentou a presidente da organização internacional de enfermeiros.

A OMS quer que cada país vacine pelo menos 40% da população até o fim deste ano. Mas o fornecimento insuficiente de vacinas poderá impedir o cumprimento da meta.

Tedros Adhanom disse ainda que 82 países estão em risco de não atingir esse  índice.

Agência Brasil

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Saúde

Doses de reforço para profissionais de saúde no RN serão distribuídas amanhã (07), informa Sesap

Foto: Patrick T. Fallon / AFP

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) distribui, amanhã (07) às 7h, mais de 128.250 doses de vacina contra o coronavírus, dando continuidade à Campanha Estadual de Vacinação. Os imunizantes serão destinadas para aplicação da terceira dose nos profissionais de saúde e completude do esquema vacinal com a segunda dose para os adultos acima dos 18 anos.

São 15.888 doses do imunizante da Pfizer direcionadas para vacinação da terceira dose ou dose de reforço nos profissionais de saúde.

“Entendendo que boa parte dos idosos que estão como prioritários para vacinação da terceira dose ainda não completaram seis meses do esquema vacinal, ampliamos para imunizar, simultaneamente, os profissionais de saúde com a dose de reforço. Os municípios já estão orientados, através de uma nota informativa, que devem iniciar a aplicação da terceira dose desses profissionais”, informou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima.

A vacinação deve iniciar pelos profissionais de saúde priorizando aqueles que atuam na assistência, como em unidades hospitalares, Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e prontos atendimentos. A imunização desse público-alvo acontecerá de maneira escalonada e simultânea à vacinação dos idosos acima de 60 anos.

“Para tomar a terceira dose, é fundamental e imprescindível que os profissionais e idosos tenham mais de seis meses da aplicação da segunda dose do esquema vacinal. Independente se completou com Oxford ou Coronavac, nesse momento, a aplicação da terceira dose será com o imunizante da Pfizer. É importante que todos façam adesão à dose de reforço, a fim de que consigamos a ampla proteção em nosso estado”, esclareceu a coordenadora.

Além das 15 mil doses destinadas para os profissionais de saúde, a Sesap distribuirá mais 62.430 doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford e 49.932 da Pfizer para aplicação da segunda dose dos adultos.

Vacinação

De acordo com a plataforma RN+Vacina, 76% da população geral tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19, equivalente a mais 2.418.000 de potiguares; e, 47% dos potiguares já completaram o esquema vacinal com duas doses das vacinas ou dose única.

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Saúde

Queiroga diz que 3ª dose vai começar por idosos e profissionais de saúde; ministro diz que dados científicos ainda são necessários

Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que a terceira dose da vacina será aplicada, inicialmente, em idosos e profissionais da saúde. Entretanto, Queiroga não informou quando a dose de reforço começará no Brasil e disse que mais dados científicos são necessários.

“Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, explicou o ministro.

Ele lembrou que o Ministério da Saúde já encomendou um estudo para verificar a estratégia de terceira dose em pessoas que tomaram a CoronaVac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca no Brasil (veja mais abaixo).

“Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a Covid, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é inconteste”, disse Queiroga.

Diminuição do intervalo da Pfizer

Queiroga também disse que o Ministério da Saúde considera diminuir o intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 21 dias em setembro. Segundo estimativas do governo, todos os brasileiros irão receber a primeira dose da vacina até o próximo mês.

Atualmente, o ministério recomenda o espaçamento de 90 dias entre doses. Na bula da vacina, o período previsto é de 21 dias.

“O intervalo da Pfizer no bulário é de 21 dias. Para avançar no número de brasileiros vacinados com a primeira dose, resolveu-se ampliar o espaço para 90 dias. Agora que nós já vamos completar a D1 [primeira dose] em setembro, estudamos voltar o intervalo para 21 dias para que a gente possa acelerar a D2 [segunda dose]. Se fizermos isso, em outubro teremos mais de 75% da população vacinada com a D2”, disse o ministro.

Em julho, Queiroga já havia sinalizado que a diminuição do intervalo entre doses da Pfizer só ocorreria após a aplicação de 1ª dose em todos os adultos vacináveis.

Estudos de 3ª dose no Brasil

Em julho, a Anvisa autorizou estudos de terceira dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer. Na ocasião, a agência esclareceu que “ainda não havia estudos conclusivos sobre a necessidade” de mais uma aplicação dos imunizantes disponíveis no Brasil.

Sobre os estudos de terceira dose no país:

Pfizer: investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.

AstraZeneca (nova versão): a farmacêutica desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).

AstraZeneca (usada no país): avalia a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.

CoronaVac: o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.

G1

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Saúde

VERGONHOSO (VÍDEO): Atendimento em UBS na Zona Norte de Natal para por não ter itens básicos de segurança para profissionais de Saúde

Foto: Cedida

Inaceitável. Profissionais de saúde da USF Soledade II, na Zona Norte de Natal, paralisaram suas atividades de atendimento ao público por falta de equipamentos de proteção individual(EPI). Entre itens básicos, máscara de proteção respiratória cirúrgica. Confira vídeo cedido abaixo.

Opinião dos leitores

  1. Melhor mandar se Lascar esses hipocritas que tudo acusam LULA …o unico PRESIDENTE QUE FEZ O MELHOR PARA O PAIS…SE TOQUEM…VICENTE VOCE E MAIS UM OTARIO DOIDO LIGADO AO IMBECIL BOSTANARO

    1. Luladrão não fez nada, dá esmola é muito fácil, é até uma forma de manter miseráveis. Quem tem boas intenções, ensina a ganhar ou dá condições pra o indivíduo se manter sozinho com trabalho. Portanto, dá uma esmola com intuito de ficar livre pra roubar, é de uma canalhice sem tamanho, e o roubo fazer falta pra os mais necessitados, é pior ainda, uma patifaria

  2. Oxe, seu nonô…
    Quem tá reclamando são os profissionais, né o povo não! Este, coitado, é de uma ignorãncia bovina!

  3. Na propaganda da TV e jornais, mostra tudo bonito… uma beleza.. com protocolos de como deve ser. Na pratica é isso aí.. pura mentira. Quem confia em Estado e Municipio parece que nao aprenderam como funciona a realidade. Pao e circo. E ainda tem politicos e seguidores que pedem pra confiscar UTIs privadas… isso é a comprovacao da incompentencia estatal.. mais facil tirar a força de quem faz certo, do que fazer o certo de verdade… So esquecem que o sistema privado que funciona banca o sistema publico que nao funciona.

  4. Muitos dos que se revoltam hoje, inclusive a grande imprensa e a imprensa papagaio, foram favoráveis (ou não reagiram) ao congelamento dos recursos para a saúde por 20 anos, durante o governo Temer. Esse povo acha que dinheiro para a saúde pública sai de onde? Do mercado financeiro? São a favor desse discurso neoliberal (estado mínimo) mas querem tudo to estado! Vão se lascar hipócritas!

    1. Não esqueça que luladrão e seus comparsas foram os responsáveis diretos por isso, pois roubaram em torno de um trilhão de reais, se você não enxerga isso, é o verdadeiro gado.

  5. Muitos comentam e estamos vendo acontecer, os governos estaduais decretam o isolamento e não tomam nenhuma outra providência contra o coronavírus.
    Não sabemos de hospital reservado para os infectados, não vemos novos leitos sendo disponibilizados, não se tem notícia da compra do material necessário ao combate ao vírus.
    Infelizmente falta muito para vermos os governadores tomando as providências devidas, tudo se resume ao isolamento.

    1. O governo daqui não tem dinheiro pra nada! Nada! Paralisou tudo e acha que assim todo mundo está protegido… Mas fazer o dever de casa que seria cortar gastos e procurar aumentar os leitos! NADA!

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