Social

LUPI ganha sobrevida e não deve sair até a reforma Ministerial

Estadão

Desafiada por um racha no PDT, a presidente Dilma Rousseff concedeu sobrevida de tempo indeterminado ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ao detectar um movimento para torná-la refém da ala do PDT que quer derrubar o ministro para ocupar sua cadeira, Dilma resolveu pôr um freio de arrumação na “faxina” para sinalizar aos aliados que é ela quem decide a hora de tirar e nomear auxiliares.

Ex-integrante do PDT, partido que ajudou a fundar no Rio Grande do Sul, Dilma tenta resistir à política de conspiração levada a cabo por dirigentes da sigla. Embora Lupi não tenha explicado quem pagou o avião King Air providenciado pelo empresário Adair Meira para ele viajar ao Maranhão, em dezembro de 2009, o governo avalia que o titular do Trabalho também não se complicou ainda mais durante depoimento ontem à Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

O Planalto considerou “grave” a denúncia feita pela senadora Kátia Abreu (DEM-GO) de que o pagamento da aeronave consta da prestação de contas da ONG Pró-Cerrado e pediu para emissários investigarem a acusação, vista como “improvável”. O empresário Meira é dono de uma rede de ONGs que tem negócios suspeitos com o Ministério do Trabalho. Por enquanto, a acusação da senadora não foi comprovada. Os convênios da Pró-Cerrado com o Ministério do Trabalho ultrapassam a cifra de R$ 10 milhões.

Na prática, Lupi não está livre da demissão, mas Dilma só o dispensará agora se houver provas concretas de seu envolvimento em corrupção. A intenção da presidente é preservá-lo até a reforma ministerial, prevista para o fim de janeiro ou começo de fevereiro de 2012. A estratégia do Palácio do Planalto é virar a página da crise política com o lançamento de programas sociais.

Ainda nesta quinta-feira, 17, Dilma chorou ao anunciar o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Esse é o momento que vale a pena ser presidente”, disse ela, com lágrimas nos olhos. No governo, porém, ninguém garante que Lupi não será rifado nos próximos dias. Se aparecerem novas provas contundentes da relação do ministro com ONGs ou a nota do pagamento do avião, a situação se complica.

“O governo está tornando o PDT uma espécie de vassalo”, protestou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). “Não só o Lupi deveria sair do ministério como é mais do que aconselhável que o partido entregue o cargo. Isso causa muito desgaste para nós”, emendou o senador.

Dividido. O racha no PDT está longe de acabar. Uma fatia da legenda já decidiu entregar a cabeça de Lupi, sob a alegação de que é preciso se apressar para não ser atropelada pelo PT de Dilma, que está de olho na vaga. A outra ala, menor, defende a permanência do ministro na equipe. Apesar de estar afastado do comando do PDT no papel, na prática é o próprio Lupi que manda no partido e ele enfrenta forte oposição interna.

Lupi não conversou na quinta com Dilma, mas telefonou para o chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo, após o seu depoimento no Senado. Queria saber a repercussão de seu desempenho e foi tranquilizado por Azevedo. Na avaliação do governo, Lupi foi mais direto e sincero ao falar para os senadores do que para os deputados, na semana passada.

Abandono. Chamou a atenção da cúpula do PDT, no entanto, a ausência de senadores do PT para defender o ministro, durante a audiência no Senado. Lá estava presente apenas o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

“Essa ausência foi realmente muito estranha”, insistiu Cristovam, após almoço com o presidente interino do PDT, deputado André Figueiredo (CE), e com o líder do partido no Senado, Acir Gurgacz (RO). “Nós discutimos como sair do atrelamento que vivemos, hoje, em relação ao governo e ao PT”.

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Jornalismo

Danilo Gentili de saída do CQC

Coluna Entre a Gente do Jornal da Tarde

Danilo Gentili deixará o ‘CQC’ e migrará para o canal a cabo Comedy Central, voltado ao humor, que será inaugurado em janeiro de 2012, no circuito de televisão por assinatura. Paralelamente, Gentili estuda a possibilidade de criar um instituto, em parceria com Ítalo Gusso, empresário do teatro Comedians, em São Paulo. “Queremos ensinar, entre outras coisas, o ofício da comédia a pessoas carentes, visando ao mercado de trabalho”, conta Gentili à coluna.

Enquanto isso, na Band, Danilo Gentili segue com o programa ‘Agora é Tarde’, às terças, quartas e quintas-feiras. Sem ele e, possivelmente, sem Rafinha Bastos, o ‘CQC’ voltará reformulado em março de 2012. A produtora da atração, a Cuatro Cabezas, já fez uma seleção de possíveis substitutos. Os nomes, porém, ainda não foram divulgados. Mais uma mulher junto de Monica Iozzi? Não se sabe, tudo é possível!

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Esporte

Cascata pode deixar o ABC

A direção do ABC pode até negar e o atleta também não confirmar, mas o jogador Cascata pode sim deixar o ABC. Segundo apurou o Blog do BG, Cascata comentou com algumas pessoas uma certa insatisfação com sua situação salarial no clube.

O Blog do BG soube que o jogador solicitou aumento de salário e ainda pediu ‘luvas’ à direção. E até onde apuramos, a cúpula alvinegra não concordou com os reajustes por entender que vem prestigiando o jogador desde sua chegada em Natal, tratando-o e dando status de ídolo. E mais: o ABC já teria feito este reajuste quando houve renovação de contrato.

Até agora nenhum representante – ou empresários – procuraram o ABC sobre uma possível transferência internacional.

Mas, o Blog do BG tem informação que o mesmo grupo empresarial que levou o atacante João Paulo tem interesse em sua transferência e já manteve conversas com Cascata.

Inclusive, o próprio Cascata não desmentiu as negociações e chegou a  comentar com algumas pessoas de imprensa sobre o assunto.

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Política

A novela acabou. Marina deixa o PV

Veja:

Depois de três meses em plena guerra interna, a poeira dentro do Partido Verde (PV) finalmente deve baixar. Na tarde desta quinta-feira, em São Paulo, a responsável por alçar a legenda à fama e à conquista de 20 milhões de votos na campanha presidencial de 2010, Marina Silva, anuncia sua desfiliação. E leva junto boa parte do grupo que insistia em reestruturar a legenda. Com isso, José Luiz Penna mantém seu comando sem precisar bater de frente com marineiros insistentes. Mas fica com um partido de imagem arranhada e sem nomes expressivos para as próximas disputas eleitorais.

A saída da ex-senadora já era tida como certa desde que surgiram os primeiros rumores de desentendimento entre ela e o presidente do PV, o deputado federal José Luiz Penna (RJ). O clima interno nunca foi dos melhores. Durante as eleições, integrantes do partido reclamavam dele e exaltavam o estilo pacificador dela. Por outro lado, defensores de Penna começaram a se incomodar com o espaço e os holofotes que ela ganhava. Mas todos negavam haver uma crise, pelo bem da candidatura de Marina.

A batalha foi declarada publicamente em março. Na reunião da executiva nacional, em Brasília, os dirigentes resolveram estender até 2012 o mandato de Penna, que já comandava o PV há 12 anos. Insatisfeitos com a recusa da direção em mudar a estrutura da legenda, aliados de Marina criaram o grupo Transição Democrática e viajaram o país em busca de apoio. “Se deixarmos de lado a renovação política dentro do partido, acabou-se a moral para falar de sonhos, de ética, de um mundo mais justo e responsável com o meio ambiente. Podemos até continuar falando, mas soará falso, como voz metálica de robô”, disse Marina em nota oficial à época.

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Esporte

Diretoria do ABC não recebeu proposta por Leandrão e procura Zagueiros

A direção do ABC negou ter recebido proposta pela saída do artilheiro Leandrão, que estaria sendo assediado pelo futebol chinês. O vice de futebol, Flávio Anselmo, disse que o clube está procurando mas não tem encontrado  zagueiros para contratar, e também que o ABC “não irá fazer loucuras financeiras para manter jogador do atual elenco  que recebam propostas”.

 

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Política

"Sem Marina, o PV retoma sua estatura anterior. Um partidinho fisiológico"

Josias de Souza.

Ao beliscar 19,5 milhões de votos em 2010, Marina Silva solidificou-se como única terceira via à disposição do eleitor que está de saco cheio de petistas e tucanos.

Derrotada assim, com pompa, Marina passou a tropeçar nas circunstâncias. Abriu-se entre ela e o PV um fosso intransponível. Expuseram-se as diferenças.

A principal diferença entre Marina e o PV é que Marina sabe que ela não é tudo e o PV acredita que Marina não é coisa nenhuma.

Vem daí que, nas últimas semanas, Marina passou a frequentar as manchetes como uma candidata a 2014 à procura de uma legenda.

Em notícia veiculada neste sábado (25), a repórter Mariana Sanches informa que a novella terá um desfecho nesta semana.

Marina deve anunciar sua desfiliação do PV. Quer fundar um novo partido. Ex-coordenador da campanha dela, João Paulo Capobianco diz:

“Não houve nenhuma sinalização do PV de que os compromissos com ela serão cumpridos, então não há condições de que ela permaneça filiada”.

Sem o PV, Marina conservará o tamanho que adquiriu nas urnas. A Presidência da República continuará no seu horizonte como um sonho.

Sem Marina, o PV retoma sua estatura anterior. Um partidinho fisiológico como todos os outros, pronto a apoiar o governante que der cargos e verbas.

Opinião dos leitores

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Política

O Sujo pedindo a cabeça do mal lavado

Logo um puritano do quilate de Paulinho, da Força Sindical, cobrando publicamente a saída de Palocci:

Por Ranier Bragon, na Folha Online:

A Força Sindical, central ligada ao governista PDT, divulgou nota nesta segunda-feira pedindo o “afastamento imediato” do ministro Antonio Palocci (Casa Civil).

O documento é assinado pelo presidente da central sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que protagonizou forte embate com o governo durante a votação do salário mínimo pelo Congresso e que durante a atual crise já havia dado declarações pessoais defendendo a saída do ministro.

“As tentativas de esclarecimento do ministro da Casa Civil, apenas para cumprir formalidades, não foram suficientes para arrefecer o desgaste a que vem sendo submetido o braço direito da atual presidenta”, diz a nota, que acrescenta: “O povo brasileiro está vendo com ceticismo a defesa apresentada para tais denúncias, e anseia por uma resposta convincente e verdadeira. As evidências de ter praticado atitudes não republicanas que pairam sobre o ministro fazem com que sua credibilidade vá, a cada dia, se deteriorando. O imediato afastamento do ministro só trará benefícios para o país”.

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