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Para evitar suicídios, projeto na Câmara Municipal de Natal quer instalação de proteção em pontes e viadutos

Com a intenção de evitar tentativas de suicídio, a Câmara Municipal de Natal acatou a Lei Ponte para a Vida (PL n° 235/2017) que recomenda a instalação de equipamentos de proteção nas pontes, viadutos e passarelas da capital potiguar. De autoria da vereadora Carla Dickson (PROS), o projeto chega para estabelecer a prevenção como estratégia na diminuição dos casos de suicídio e determina a colocação de equipamentos de proteção contínuos nas laterais dos equipamentos viários, que deverão constar como itens de segurança obrigatórios nas licitações.

De acordo com o texto, o descumprimento da medida implicará, no caso de pontes, passarelas e viadutos administrados por concessionárias, em sanção diária no valor de 2% sobre a arrecadação mensal da operadora responsável. A multa arrecadada deverá ser revertida para a Secretaria Municipal de Saúde a fim de ser investida em campanhas preventivas ao suicídio.

“Há circunstâncias na vida que levam alguns indivíduos a tomar atitudes extremas. As pontes, em especial a Newton Navarro, têm se tornado palco macabro de casos em que pessoas se privam do direito de viver. Os entes públicos que prestam socorro nessas situações teriam seu trabalho atenuado com a instalação de telas de proteção ou aumento de alambrado nas áreas mais críticas e propensas a suicídios. Isso posto, considero dever deste Legislativo proteger os que se encontram momentaneamente instáveis”, justificou a vereadora Carla Dickson.

O motorista Gileno Batista da Silva, de 53 anos, aprovou a iniciativa da Câmara Municipal. “As proteções vão dificultar as primeiras tentativas, podendo gerar, naqueles momentos críticos, a oportunidade para a pessoa refletir sobre a decisão. Isso atrelado aos grupos de apoio que atuam na prevenção ao suicídio, deve ajudar a salvar muitas vidas”, elogiou.

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Grupo debate suicídios na Ponte Newton Navarro

Foto: Divulgação

O deputado estadual Ubaldo Fernandes (PTC) participou de um debate, nesta sexta-feira (10), a convite da Coordenadoria de Programas de Cidadania da Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), sobre os altos índices de suicídio na Ponte Newton Navarro.

A discussão envolveu representantes de órgãos públicos e ONGs. Esta foi a primeira reunião deste grupo, formado após a Audiência Pública promovida pelo Deputado, para buscar a origem do problema e formas de diminuir esses índices.

“Sabemos que a Ponte Newton Navarro precisa de medidas imediatas, como as telas de proteção. Mas o problema é maior e relacionado com a Saúde Pública. Precisamos melhor assistir essas pessoas que tentam o suicídio, tratando a questão da Saúde Mental na nossa sociedade”, disse Ubaldo Fernandes.

A visão do deputado foi compartilhada por todos e o Secretário Adjunto de Segurança Pública, Osmir Monte, lembrou que existe uma lei federal de prevenção a auto-mutilação e ao suicídio, que prevê uma ação conjunta, envolvendo entidades de Saúde, Educação, Comunicação, Imprensa e Segurança.

O grupo voltará a se reunir para traçar um plano de ações, especialmente voltadas a Saúde Pública e a preparação de equipes para garantir a segurança no local.

Opinião dos leitores

  1. Vou resumir essa reunião:
    Irá passar 6 meses , depois irão fazer uma licitação um com valores absurdos, nesse período os evangélicos estarão 24 h por dia fazendo o trabalho que o estado NÃO FAZ

  2. Caro Sérgio Nogueira. A reunião de hoje foi super produtiva e com ações já encaminhadas, e já com alguns direcionamentos. Planejamento é importantíssimo em qualquer ação, e no tocante a Prevenção ao Suicídio e Valorização da Vida, não há de ser diferente. Sob risco de que os resultados sejam desastrosos. Julgar sem estar ao par dos encaminhamentos hoje saído desse encontro, é no mínimo precipitado.

    1. Bla bla bla….coisa de gente enroladas, cadê que você se muda para o seu apto no 15 andar e não coloque TELA ???
      Deixa de falar merda e coloquem uma tela urgente, aqui é 8 ou 80 ….nada ou irão gastar milhões e irá demorar anos para concluir essa contenção, mas PTralhas no poder é isso , muito floreio e pouca ação , vejam os exemplos, 13 anos no poder e fizeram ROUBAR, há ;nisso eles são bons

  3. Não sejamos precipitados. Mas enquanto todos apóiam a idéia de que o problema é maior e relacionado com a Saúde Pública, devendo melhor assistir essas pessoas que tentam o suicídio, tratando a Saúde Mental, as pessoas vão continuar pulando. Digam logo que não podem gastar dinheiro com redes de proteção. Buscar as pessoas para tratar sua saúde mental é muito vago, vai demandar muito tempo pra achar e tratar e vai ser gasto dinheiro da mesma forma…

  4. Quando não querem resolver algo, quando só querem aparecer, formam grupos de discussão.
    Duvido que saia algo minimamente útil desse grupo e de suas reuniões.
    Duvido.

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Centro de Valorização da Vida alerta para aumento de suicídios no Brasil e no mundo; serviço voluntário faz prevenção em Natal

O mais completo estudo da OMS já realizado sobre o assunto, do qual participou o psiquiatra brasileiro, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e consultor da OMS, José Manoel Bertolote, analisou o histórico de 15.629 suicídios em diversas partes do mundo.

De cada dez (10) casos analisados, nove (9) estavam relacionados a alguma patologia de ordem mental diagnosticável e tratável, como transtornos de humor (depressão), transtornos relacionados ao uso de substâncias, transtornos de personalidade, esquizofrenia etc. Ou seja, através desse levantamento, foi possível estabelecer “inequivocamente, um elo entre dois grupos de fenômenos: comportamento suicida e doença mental”.

Os números da Organização Mundial da Saúde são impressionantes:

a cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas morrem em todo mundo por suicídios;

um crescimento de 60% nos últimos 45 anos;

para cada caso consumado de suicídio há 20 tentativas;

embora tradicionalmente o número de suicídios seja maior entre idosos, verifica-se o aumento da incidência de óbitos por esta causa entre os mais jovens;

no Brasil, 25 pessoas morrem vítimas de suicídio por dia e ao menos outras 50 tentam tirar a própria vida;

no mundo, uma pessoa se mata a cada 40 segundos;

segundo pesquisa da Unicamp, 17% dos brasileiros pensaram seriamente em cometer suicídio no decorrer de suas vidas;

de todos os casos, mais de 90% poderiam ser evitados;

quem tenta suicídio pede ajuda.

O entendimento dos especialistas é o de que a informação clara e objetiva pode salvar vidas, tal como já acontece em campanhas de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, câncer, doenças do coração, dengue etc.

Graças a essa enorme desinformação de quem trabalha justamente com notícias, poucos de nós sabemos que o suicídio é caso de saúde pública no Brasil (segundo o Ministério da Saúde) e no mundo (de acordo com a própria OMS). Estima-se que no Brasil aproximadamente 26 óbitos por suicídio sejam registrados a cada dia.

O trabalho de valorização da vida e prevenção ao suicídio funciona 24 (vinte e quatro) horas diárias, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

A cada 33 segundos uma vida é valorizada pelo CVV. A pessoa que procura o CVV tem assegurado o sigilo, a privacidade e o anonimato. Isso acontece num clima de profundo respeito e confiança.

Sua principal iniciativa é o Programa de Apoio Emocional realizado pelo telefone, chat, e-mail, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos postos do CVV em todo o país. Trata-se de um serviço gratuito, oferecido por voluntários que se colocam disponíveis à outra pessoa em uma conversa de ajuda e preocupados com os sentimentos dessa pessoa.

“Os suicídios no país vêm aumentando de forma progressiva e constante: a década de 80 praticamente não teve crescimento (2,7%); na década de 90 o crescimento foi de 18,8% e daí até 2011 de 28,3%”, diz o coordenador do Mapa da Violência, um amplo levantamento das mortes por homicídio, acidentes de trânsito e suicídios no Brasil, professor Julio Jacobo Waiselfisz.

Por detrás das estatísticas oficiais, há o problema dos sub-registros – segundo o IBGE, 15,6% dos óbitos em geral não chegam a ser oficialmente registrados – e das subnotificações – de acordo com a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, o número correto de suicídios no Brasil pode ser até 30% maior em função do preenchimento impreciso dos atestados de óbitos. Em boa parte dos casos onde se lê “quedas”, “acidentes de trânsito” ou “acidentes com armas de fogo”, o que de fato aconteceu foi suicídio.

Em meio a tantas dificuldades para divulgar a urgência da prevenção do suicídio no Brasil, merece atenção o trabalho realizado há 51 anos pelo CVV.

Pela experiência dos voluntários, a escuta atenciosa já salvou muitas vidas. A experiência do CVV – elogiada por técnicos do Ministério da Saúde como a melhor iniciativa não governamental de prevenção ao suicídio no país – revela os efeitos colaterais de uma sociedade cada vez mais apressada e impaciente, onde a simples oferta de uma escuta amorosa, em boa parte dos casos, faz toda a diferença.

O CVV – Centro de Valorização da Vida em Natal faz, em média, 1.200 atendimentos telefônicos por mês através de dezenove (19) voluntários que dedicam seu tempo a ajudar o próximo, no atendimento 24h, ininterruptamente, pela escuta compreensiva e um diálogo de acolhimento visando à prevenção ao suicídio, no atendimento telefônico pelos números 141 ou 3221-4111.

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Facebook cria recurso para prevenir suicídios

5048.9406-facebook-suicidioO Facebook anunciou nesta semana uma nova ferramenta que ajuda a prevenir suicídios das pessoas que publicam mensagens sobre o tema no site. Ao digitar a palavra “suicídio” na barra de pesquisas da rede social, é exibida uma página que contém links e orientações sobre entidades que podem ajudar tanto o suicida, como quem viu mensagens suspeitas de algum colega.

Joe Sullivan, diretor de segurança do Facebook, indicou que a novidade chega ao site devido ao grande índice de suicídios no planeta. “A Organização Mundial de Saúde informa que, a cada ano, quase 1 milhão de pessoas morrem por conta de suicídio. Isso é trágico. E o impacto disso é muito maior – estudos mostram que cada suicídio afeta diretamente outras seis pessoas, pelo menos”, diz o comunicado publicado na rede social.

Também é possível denunciar uma publicação suspeita. Nesse caso, o Facebook entrará em contato com as autoridades locais, se for necessário. Para os usuários que precisam ajudar os amigos com tendências suicidas, a rede social disponibilizou um infográfico com algumas dicas – em inglês.

Casos de suicídio relacionados à rede social não são raros. A jovem italiana Carolina Picchio, 14, pulou da janela de seu quarto por não suportar o bullying que começou na rede social: Um vídeo no qual aparece bêbada e caída em um banheiro durante uma festa foi postado no Facebook e os amigos do ex-namorado da garota comentaram a publicação insultando-a. A rede social corre o risco de ser processada por negligência.

No ano passado, o caso que mais ganhou destaque na mídia foi o da canadense Amanda Todd, que chegou a postar um vídeo no Youtube contando a história de abuso e assédio que envolveu um indivíduo que usou o Facebook para chegar aos seus amigos. Após o bullying sofrido por ter publicado uma mensagem de suicídio na rede social e ter recebido diversas mensagens ofensivas como resposta, Amanda tirou a própria vida. Segundo o grupo Anonymous, o criminoso que assediou a jovem era um ex-funcionário do Facebook chamado Kody Maxson.

Canal Tech

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