Educação

Aluno que trabalhava como lixeiro é aceito em curso de direito de Harvard

Rehan Staton e o irmão: ex-lixeiro deve começar as aulas em Harvard no segundo semestre deste ano (Instagram/Reprodução)

Quando criança, Rehan Staton foi chamado de “deficiente” por um professor e não vislumbrava um futuro com sucesso. Em meio a problemas familiares e dificuldades financeiras, as notas do futuro estudante de direito em Harvard só caíam e seu rendimento na escola era baixo.

“Muitas vezes não havia comida na mesa e eletricidade em casa”, recordou Staton ao jornal The Washington Post. “Isso foi comum durante toda a minha infância.”

A vida escolar de Rehan piorou depois que sua mãe o abandonou com os dois irmãos e o pai. A vida do jovem americano só começou a ter algum propósito quando ele começou a praticar esportes na escola e se apaixonou por boxe. No entanto, problemas de saúde o impediram de seguir em frente.

Depois de formado no ensino médio, ele não foi aceito em nenhuma universidade e começou a trabalhar como lixeiro na cidade de Bladensburg, no estado de Maryland. Foi nesse trabalho, que começava às cinco horas da manhã, que Rehan encontrou o apoio para voltar a estudar.

“Os outros lixeiros foram as únicas pessoas na minha vida que me colocaram para cima e me disseram que eu poderia ser alguém”, disse Staton na reportagem do jornal americano.

Primeiro, o universitário começou a estudar uma espécie de ciclo básico na Universidade de Maryland, mas ele ainda não havia desistido de estudar Direito e ainda não podia abrir mão do trabalho como lixeiro. Quando não podia tomar banho antes da aula, Rehan sentava nos fundos da sala para evitar as encaradas e os comentários dos colegas.

Em uma publicação no seu Instagram, Rehan Staton agradeceu ao irmão, que precisou abandonar os estudos e voltar a trabalhar para que Rehan pudesse ir para faculdade.

“Então, eu fui negado por todas as faculdades às quais me inscrevi depois do colegial, então peguei um emprego como lixeiro para ajudar meu pai. Mas uma chance de ir para Bowie State apareceu. No entanto, eu precisava manter meu emprego para poder ajudar meu pai nas contas, porque meu irmão já estava na faculdade. Meu irmão abandonou a escola depois que o semestre terminou para que ele pudesse conseguir um emprego para cobrir as contas e para que eu pudesse ir para a escola. Esse sacrifício é a única razão pela qual vou para a Faculdade de Direito de Harvard neste outono. Isso não seria possível sem você. Eu te amo, grande irmão”.

Enquanto trabalhava em período integral, Rehan fez as inscrições para diversas escolas de direito nos Estados Unidos. Além de Harvard, ele foi aceito na Universidade de Columbia, na Universidade de Pennsylvania e na Universidade do Sudeste da Califórnia.

Rehan, no entanto, escolheu a faculdade mais famosa do mundo e deve começar as aulas em Harvard no segundo semestre deste ano.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Uma em um milhão, parabéns. A maioria fica naquela estória; quando crescer vou ser isso ou aquilo, quando começa a crescer fica buchada e começa o perrengue de novo.

    1. Gente fracassada é assim mesmo, desdenha das conquistas alheias.

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Polícia

Comerciante é morto a tiros na loja que trabalhava no Alecrim

A Polícia Militar registrou o assassinato a tiros de um comerciante, de identidade a ser confirmada, no fim da manhã desta quinta-feira (4), por volta de 11h30, na Rua Machado de Assis, no bairro do Alecrim, na Zona Leste de Natal. De acordo com a PM, a vítima trabalhava com a venda de redes em uma loja.

Segundo a PM, o comerciante estava em horário de trabalho quando foi surpreendido pelos criminosos, que dispararam efetuaram os disparos. Ainda segundo a ocorrência, nada dele ou da loja foi roubado. A vítima chegou a ser levado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para o pronto-socorro Clóvis Sarinho, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Opinião dos leitores

  1. Vamos aguardar o desfecho desse crime. Crimes dessa natureza têm sempre uma história conhecida!

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Polícia

Homem acusado de matar esposa à machadadas, em 1997, é preso enquanto trabalhava na Zona Sul de Natal

Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

O portal G1-RN destaca que nessa quinta-feira(07) um homem acusado de matar a esposa à machadadas, em 1997, foi preso enquanto trabalhava na portaria de uma clínica, no bairro de Lagoa Nova, zona sul de Natal.

Segundo a reportagem, condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, por homicídio qualificado, ele vivia uma vida normal e trabalhava com carteira assinada há pelo menos 10 anos. Mais detalhes aqui em texto na íntegra.

Opinião dos leitores

  1. Tinha 7 anos quando esse crime aconteceu, ela tinha uma filha da minha idade, e até hoje esse cara impune ,ele ainda tentou se matar mais não conseguiu e finalmente a justiça vai ser feita

  2. Ele vai preso sim, Silvino. A decisão do STF só beneficia quem tem recursos pendentes de julgamento, o que não parece ser o caso. Se transitou em julgado, pode ser na primeira instância, vai cumprir pena, sim!

    1. Tem homem com aquilo solto devido o calor, é culpa do Lula, homem já vi que vc não entende de Leis, Constituição.

    2. Verdade Raimundo, se foi julgado no juri e no tj não vai preso, lula conseguiu mais esse favor em prol dos criminosos. Já não bastava o caos financeiro que a esquerdalha afundou o país.

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Diversos

TRT-RN reconhece vínculo de estagiário que trabalhava mais de seis horas diárias

Desembargador Eridson Medeiros foi o relator do processo

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) reconheceu o vínculo de emprego de ex-estagiário da MRV Engenharia e Participações S.A., que trabalhava mais de seis horas por dia.

A decisão manteve julgamento anterior da 5ª Vara do Trabalho de Natal.

O autor do processo, aluno de Engenharia, alegou que trabalhou como estagiário na MRV de setembro de 2012 a abril de 2014, prestando serviço além da jornada legal.

Por essa irregularidade, ele pedia a anulação do contrato de estágio e o reconhecimento de vínculo empregatício durante esse período. A empresa alegou, em sua defesa, que o estudantes trabalhava de 7h às 13h, dentro do limite legal.

O desembargador Eridson João Fernandes Medeiros, relator do processo no TRT-RN, destacou que a jornada de estágio apresenta limites diferenciados.

Ele citou o artigo 10, da Lei de Estágio (Nº 11.788/08), que limita a jornada de trabalho de estudante de nível superior a seis horas diárias e 30 trinta horas semanais.

Para o desembargador, a prova testemunhal “demonstra com clareza” o trabalho superior ao legalmente previsto.

O próprio supervisor do estagiário na MRV revelou, em seu depoimento, “que a empresa chegou a pagar horas extras em outubro e novembro de 2012 para os estagiários, mas depois foi cortado”.

O representante da empresa afirmou, ainda, que “os estagiários continuaram trabalhando normal, como se fosse o dia todo”, sem liberação do autor do processo “para sair mais cedo em dias de prova”.

A testemunha da empresa, embora tenha afirmado que os estagiários cumpriam o horário das 7h às 13h, não soube afirmar se isso ocorria também com o estudante de Engenharia, “porque não acompanhava o horário do reclamante diretamente”.

Para o desembargador Eridson Medeiros, “é sabido que o descumprimento da Lei de Estágio faz surgir o vínculo de emprego do educando com a parte concedente para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária”.

Ele concluiu sua decisão reconhecendo como “devidamente caracterizada a relação jurídica de emprego”. A decisão da Segunda Turma do TRT-RN foi unânime.

Processo n° 0000879-89.2017.5.21.0005

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