Mortes mês a mês — Foto: Guilherme Gomes/G1
O Brasil registra uma queda de 23% nas mortes violentas nos primeiros quatro meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Somente em abril, houve 3.636 assassinatos, contra 4.541 no mesmo mês do ano passado. Já no 1º quadrimestre, foram 14.374 mortes violentas — 4,3 mil a menos que o registrado nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2018.
A tendência de queda nos homicídios do país foi antecipada pelo G1 no balanço dos dois primeiros meses do ano, que apresentaram redução de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, e no balanço das mortes violentas de 2018, que teve a maior queda dos últimos 11 anos da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 13%.
O número de assassinatos, porém, continua alto. Nos primeiros quatro meses de 2019, uma pessoa foi assassinada a cada 12 minutos no país.
O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados apontam que:
houve 4.314 mortes a menos no 1º quadrimestre de 2019
todos os estados do país apresentaram redução de assassinatos no período
em abril, apenas quatro estados tiveram um número maior de mortes em relação ao mesmo mês de 2018: Amapá, Paraná, Piauí e Tocantins
quatro estados tiveram quedas superiores a 30% em quatro meses: Ceará, Amapá, Sergipe e Rio Grande do Norte
em números absolutos, o estado com a maior redução foi o Ceará, com 845 vítimas a menos no período
Todos os estados registram redução no número de mortes violentas — Foto: Gabriela Caesar/G1
Para entender o que pode estar por trás da tendência de queda, o G1 foi a fundo nos cenários de segurança pública de três estados que se destacaram por suas reduções desde 2018: Acre, Ceará e Rio Grande do Norte. Especialistas, integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades foram consultados para levantar as principais medidas tomadas nos estados que podem ter resultado na queda da violência.
Entre as medidas adotadas estão:
Ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
Isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima
Criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária
Criação de delegacia voltada para investigar casos de homicídios
Integração entre as forças de segurança e justiça
Como o levantamento é feito
A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Em março, o governo federal anunciou a criação de um sistema similar. Os dados, no entanto, não estão atualizados como os da ferramenta do G1. O último mês disponível é janeiro de 2019 (e não há números de todos os estados).
Os dados coletados mês a mês pelo G1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço de 2018 foi publicado pelo Monitor da Violência separadamente, em abril.
Mapa mostra mortes violentas em abril — Foto: Arte/G1
G1
Só não pode passar por cima da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se ligue D. Fátima.
Bora, cadê os PM que vomitam ódio quando se fala de Fátima? Bajularam tanto Robinson e Rosalba e eles nada fizeram pela Polícia.
Grande conquista para os operacionais e os que verdadeiramente labutam. Para os que vivem de patrulhar "padarias", espero que seja limados da corporação.
Interessante a visão tosca dessa nossa governante, principalmente em relação ao funcionalismo público que sempre defendeu. O salário Inicial de profissionais de nível superior, da saude, não médico, fica em torno de R$ 1.500,00, chegando no ápice da carreira, último nível, a algo em torno de R$ 3.200,00 o que é vergonhoso e lamentável.
Nao que os militares nao mereçam, porem, torna-se incoerente essa disparidade tão gritante. Ridícula a sua lógica, o Dr. Celso Furtado já dizia em sua sabedoria " educação e saúde, binômio do desenvolvimento" , isso ela como educadora (verdade?) parece não saber. Na educação não sei, mais a saúde vai de mal a pior, e até parece que ela não tolera o Dr. Cipriano e acha que nunca vai precisar da saúde do estado. Pena, não disseram a ela que todos somos passíveis dessa necessidade. A senhora governadora não dá exemplo de vida, coerência e inteligência. Parece fadada ao infortúnio dos governantes anteriores, ou seja, o anonimato, a justiça dos homens ou a divina.
Lembre que a base de uma sociedade é saúde, segurança e educação. Não é só essas duas coisas que você falou não!! Quero ver v viver sem segurança e/ou algum dos 3 pilares da sociedade. Não olhe só para o próprio umbigo!!
Outra coisa, a PM agora é nível superior.
Visão pequena e mesquinha essa sua!!
Policial Militar é categoria de nível superior assim como também a Policial Civil e Agentes Penitenciários. Operadores de Segurança que dão a vida pela sociedade, se necessário. O objetivo é diminuir as distorções salariais entre essas categorias. O Plano de Reestruturação da Carreira da PMRN é uma conquista histórica.
Parabéns para os policiais militares pela conquista. Ainda é pouco pela responsabilidade e risco que correm…
Classe sofrida que merece toda e qualquer melhora!!
Concordo, ainda é pouco, arriscam as vidas TODOS os dias.