Saúde

Coreia do Sul aponta que pacientes infectados pela 2ª por coronavírus têm baixa transmissibilidade

Pessoas com máscara para se proteger em rua de Seul, em 22 de abril de 2020 — Foto: Heo Ran/Reuters

Pacientes que tiveram diagnósticos positivos do novo coronavírus depois de se recuperarem de uma primeira infecção parecem transmitir bem menos a doença da segunda vez, disseram autoridades de saúde da Coreia do Sul nesta quarta-feira (22).

Embora a tendência de casos novos no país continue declinando, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC) começou a investigar um número crescente de pessoas que recebem diagnósticos positivos depois de se recuperarem.

Mais de 180 de tais casos já foram relatados até agora, mas não se conhece nenhum que tenha infectado outros.

Inicialmente, as autoridades médicas sul-coreanas realizaram testes de reação em cadeia da polimerase (PCR) em casos suspeitos.

Ao investigar pessoas que parecem ter sofrido uma recaída depois de se recuperaram da Covid-19,o KCDC retira culturas do vírus, um processo que demora mais de duas semanas até resultados confiáveis se tornarem evidentes.

Até agora, há exames de cultura para 39 casos, mas todos os seis finalizados por enquanto foram negativos.

“Isto significa que o vírus nos casos de recaída têm pouca ou nenhuma transmissibilidade”, disse o diretor do KCDC, Jeong Eun-kyeong, em um briefing.

Jeong refutou a ideia de substituir exames de PCR por exames de cultura para determinar se um paciente se recuperou totalmente por causa do tempo e dos recursos que eles exigem.

O KCDC disse que ainda está examinando por que alguns pacientes ainda dão resultado positivo depois da recuperação.

Entre as principais possibilidades estão novas infecções, uma recaída ou exames imprecisos, dizem especialistas, e Jeong disse que o vírus pode ter sido “reativado”, ao invés de os paciente terem sido infectados novamente.

O KCDC relatou nesta quarta-feira 11 casos novos de coronavírus, o que elevou o total de infecções a 10.694. O número diário de casos novos ficou na casa dos 10 nos últimos cinco dias.

O número total de mortes está em 238.

Depois de enfrentar o primeiro grande surto fora da China, a Coreia do Sul tem conseguido manter a epidemia sob controle sem grandes transtornos graças a uma campanha maciça de exames e a um rastreamento intenso de contatos.

G1

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Diversos

Bolsa cai mais de 15% e aciona circuit breaker pela 2ª vez no dia

FOTO: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO

A Bolsa de Valores do Estado de São Paulo entrou em seu segundo circuit breaker na manhã desta quinta-feira (12). Às 11h14, o Ibovespa chegou aos 72.026,68 pontos, com uma baixa de 15,43% no valor das ações.

Entre as ações que puxam a queda da Bolsa de São Paulo estão as das companhias aéreas Azul e Latam, que anunciaram redução de 30% nos voos internacionais.

Os papéis da Azul caíam 27,31% no momento da segunda paralisação, enquanto os da Latam despencavam 26,71%.

A paralisação das operações ocorre sempre que as negóciações caem exageradamente. Às 10h21, o índice Ibovespa caía 11,65%, com 75.247 pontos, o que fez a B3, administradora da bolsa, suspender as operações por 30 minutos.

Após o retorno, a queda foi maior ainda, ultrapassando o marco dos 15%.

Se na volta das operações, após uma hora, a desvalorização no pregão ultrapassar os 20%, a B3 pode determinar o cancelamento das negociações por tempo indeterminado.

Esta é a quarta vez na história que a Bolsa brasileira utiliza duas vezes no mesmo dia o circuit breaker.

A queda nas ações ocorre por causa do temor mundial com o novo coronavírus, que fez quarta-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspender os voos da Europa para o país, e a liga de basquete norte-americana (NBA), interromper seus jogos.

R7

 

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Finanças

Com anúncio de Pandemia do coronavírus, Ibovespa cai mais de 10% e aciona circuit breaker pela 2ª vez na semana

Foto: Luiz Prado/Divulgação/VEJA

Pela segunda vez na semana, a Bolsa de Valores de São Paulo entrou em circuit breaker, ferramenta que para as negociações no mercado financeiro. O mecanismo foi acionado por volta das 15h14, quando o índice marcou 10,11%, aos 82.887 pontos, menor patamar do Ibovespa desde outubro de 2018. O pânico no mercado se acentuou após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19) como pandemia. O dólar comercial subia 1,65%, vendido aos 4,72 reais.

A parada é usada como ferramenta de segurança para interromper todas as operações da B3, disparada quando ocorrem fortes quedas atípicas nos preços das ações. Após o retorno, caso caia mais 5%, um novo circuit breaker é acionado por uma hora. Se no total a bolsa cair 20%, os negócios são parados em definitivo no dia.

Na segunda-feira, os negócios foram interrompidos logo na abertura do pregão, devido à crise do petróleo e ao aumento das preocupações do coronavírus. Ao final do pregão, a bolsa caiu 12%. Na terça-feira, o Ibovespa subiu 7%, reagindo à baixa recorde da véspera.

“Estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de disseminação e severidade e com os níveis alarmantes de inação. Por isso, avaliamos que o Covid-19 pode ser caracterizado como uma pandemia”, afirmou o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus em entrevista coletiva. A notícia também desanimou mercados no mundo todo. Na tarde desta quarta, os índices caiam na casa de 5%.

Veja

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Saúde

Mulher pega coronavírus pela 2ª vez no Japão

Foto: Eugene Hoshiko/AP

Uma mulher que trabalha como guia de ônibus de turismo no Japão pegou o novo coronavírus por duas vezes. A informação foi divulgada pelo governo da província de Osaka, no oeste do país, segundo a agência Reuters.

A mulher, que tem por volta de 40 anos, fez o teste pela segunda vez na quarta-feira (26) após ter dor de garganta e no peito.

A primeira vez em que a guia de turismo foi infectada foi no fim de janeiro. Ela ficou internada e recebeu alta do hospital em 1º de fevereiro.

Embora esse seja o primeiro caso conhecido no Japão, infecções reincidentes foram relatadas na China, onde a doença se originou no fim de 2019.

Na quinta-feira (27), o número de casos confirmados no Japão aumentou de 170 para 186. Esses casos registrados pelo Ministério da Saúde japonês estão separados dos 704 registrados no navio cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena em Yokohama, uma cidade ao sul de Tóquio.

Um total de sete pessoas morreram no país, incluindo quatro do navio.

Na quarta, Tóquio pediu que grandes encontros e eventos esportivos sejam suspensos ou reduzidos por duas semanas para conter a expansão do vírus.

Temor de cancelamento da Olimpíada

A expansão do vírus acontece poucos meses antes do início dos jogos olímpicos, que começam em 24 de julho. A ministra japonesa a cargo da Olimpíada tentou apaziguar os temores de que o evento possa ser cancelado.

Dick Pound, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), disse que é mais provável cancelar do que adiar ou transferir os Jogos se a ameaça do vírus forçar uma mudança de calendário, relatou a agência Associated Press, e que uma decisão será necessária até maio.

“O COI está se preparando para os Jogos de Tóquio tal como programado”, disse a ministra Seiko Hashimoto no Parlamento ao ser indagada sobre o comentário de Pound. “Continuaremos nossos preparativos para que o COI possa tomar decisões sensatas”.

Mais de 80 mil infectados

O surto, que começou em Wuhan, na província de Hubei, espalhou-se rapidamente. Desde a primeira morte, um chinês de 61 anos que faleceu em Wuhan no dia 9 de janeiro, mais de 2,7 mil pessoas já morreram em decorrência do novo coronavírus. A grande maioria das mortes ocorreu na China continental. A infecção está presente em pelo menos 42 países, inclusive no Brasil, que confirmou seu primeiro caso nesta quarta-feira (26).

G1

 

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