Saúde

Pandemia ainda é grave no Brasil, apesar de sinais de estabilização, diz OMS

Foto: Pilar Olivares/Reuters

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, nesta quarta-feira (17), que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil ainda é grave, apesar de haver sinais de estabilização.

“A epidemia ainda é bastante grave no Brasil. Os profissionais de saúde, como dissemos antes, estão trabalhando extremamente e sob pressão para lidar com o número de casos que assistem diariamente”, disse Michael Ryan, diretor de emergências da OMS.

“Mas certamente o aumento não é tão exponencial como era anteriormente. Existem alguns sinais de que a situação está se estabilizando”, afirmou o diretor de emergências.

O Brasil registrou os números mais altos de mortes diárias em 11 dos primeiros 16 dias de junho, segundo dados reporrtados à OMS. A quantidade diária, entretanto, está em queda desde o dia 12 (veja gráfico).

Ainda assim, o país tem o segundo maior número de mortes por Covid-19 no mundo: eram mais de 45,5 mil às 13h desta quarta-feira, conforme levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o G1 faz parte.

O número de vitimas fica atrás apenas das registradas nos Estados Unidos, que têm mais de 117 mil mortes, conforme monitoramento feito pela universidade americana Johns Hopkins.

Alerta para ressurgimento

O diretor de emergências alertou que o número de casos pode voltar a crescer no Brasil:

“Mas já vimos isso antes em epidemias em outros países. Você pode ver um sinal de estabilização em um dia ou dois e depois pode decolar novamente. Então, o que eu diria é que é um momento de extrema cautela no Brasil”, disse Ryan.

“Acho que, na perspectiva do Brasil, é realmente um momento para focar em saúde pública e medidas sociais, em apoiar comunidades que acham as medidas difíceis de sustentar e também têm um impacto maior em termos de saúde, para garantir que o sistema hospitalar continue funcionando”, avaliou Ryan.

Na terça-feira (16), o diretor-assistente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, lembrou que populações pobres precisam de garantias sociais para conseguir cumprir as medidas de distanciamento.

“Se não há ações de proteção social, medidas econômicas capazes de proporcionar que as populações pobres da América Latina possam aderir às políticas de distanciamento social, fica muito difícil. São pessoas que têm que sair quase todos os dias para comprar comida porque não têm geladeira em casa, que têm emprego informal, que não têm nenhum tipo de proteção”, ponderou Barbosa.

Com G1

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Finanças

FGTS: 42% dos trabalhadores ainda não retiraram o complemento do saque imediato de R$ 998

Foto: Domingos Peixoto

A Caixa Econômica Federal informou, nesta terça-feira (dia 21), que pagou mais de R$ 1,5 bilhão de saque imediato complementar referente às contas de FGTS que tinham saldo de até R$ 998, em 24 de julho de 2019. Ao todo, cerca de 5,8 milhões de trabalhadores foram contemplados. O contingente representa 58% dos 10,2 milhões que têm direito ao complemento. Ou seja, outros 42% trabalhadores ainda não retiraram o dinheiro. Segundo a instituição financeira, o total de recursos disponíveis, neste caso, chega a R$ 2,6 bilhões.

Ao todo, o saque imediato do FGTS já pagou mais de R$ 26,9 bilhões para cerca de 58 milhões de trabalhadores, mas 31 milhões de pessoas ainda não retiraram a quantia. O número representa cerca de 60% dos 96 milhões de trabalhadores que podem retirar os R$ 42,6 bilhões previstos.

O saque imediato do FGTS poderá ser feito até o dia 31 de março de 2020. Após este prazo, o trabalhador somente conseguirá sacar recursos do Fundo de Garantia nas condições previstas em lei, como aposentadoria, doença grave, demissão sem justa causa e compra da casa própria, entre outras.

O prazo limite de 31 de março de 2020 vale tanto para o saque de até R$ 500 (válido para os trabalhadores com saldos maiores) quanto para o valor de até R$ 998 (para quem tinha até um salário mínimo na conta, podendo retirar mais R$ 498, se tiver sacado R$ 500 inicialmente). Caso o saque não seja feito até a data, os valores retornarão para as contas vinculadas do FGTS, com a devida atualização monetária e os juros correspondentes ao período em que estiveram disponíveis para saque.

Os clientes da Caixa que têm caderneta de poupança e não quiserem fazer a retirada do dinheiro têm até o dia 30 de abril podem informar ao banco que preferem manter o dinheiro no Fundo de Garantia. Nesse caso, mesmo que o crédito tenha sido feito na conta, a Caixa tem até 60 dias para retornar os valores para a conta vinculada de FGTS.

Saque de R$ 998

Em dezembro, o governo sancionou a lei aprovada pelo Congresso Nacional que autorizava o aumento no valor do saque imediato de R$ 500 para R$ 998, mas apenas para os trabalhadores que tinham até um salário mínimo na conta vinculada do Fundo de Garantia no dia 24 de julho de 2019 — data da publicação da Medida Provisória (MP) que instituiu o pagamento do saque imediato.

A Caixa liberou esse complemento de saque a partir do dia 20 de dezembro para todos os trabalhadores, incluindo aqueles que já haviam sacado os R$ 500.

Extra – O Globo

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Diversos

Prefeitura do Natal ainda não pagou Equipe de Produção do Carnaval de Natal 2019, diz denunciante

Em contato contato com o Blog, um denunciante que preferiu não se identificar diz que a Prefeitura do Natal, Secult/Funcarte e o Prefeito Álvaro Dias não cumpriram até esta data com o pagamento da Equipe de Produção do Carnaval de Natal 2019 realizado pela Administração Álvaro Dias.

A Equipe de Produção é composta por profissionais que trabalham nos bastidores para deixar tudo em ordem para receber os artistas e o evento acontecer.

“É impossível um evento acontecer sem ter Equipe de Produção para trabalhar e organizar tudo para que o evento aconteça.  A Equipe de Produção que trabalhou duro no Carnaval de Natal de 2019 sobre a gestão de Álvaro Dias e Secretaria de Cultura Secult/Funcarte até esse momento 12/11/2019 não Recebeu o Pagamento pelo seu Trabalho”, disse.

O reclamante ainda detalha que a Equipe de Produção de todos os Polos do Carnaval de Natal 2019 continua aguardando pelo pagamento. “Isso é uma falta de respeito com os profissionais de Produção que trabalham pesado para um evento acontecer”.

 

Opinião dos leitores

  1. E aí Prefeito Álvaro Dias e Secretário Dácio Galvão estamos querendo receber nosso pagamento.
    Fizemos nosso trabalho com muita dignidade e queremos receber nosso pagamento.

  2. Isso é um ABSURDO com os profissionais que trabalham com eventos. A secretaria de cultura não para de promover eventos e mais evento e não efetua o pagamento das equipes de produção do Carnaval 2019. Absurdo
    Agora tem dinheiro para o São João que teve Artistas com cachê milionário.
    Prefeito Álvaro Dias e Dácio Galvão cadê nosso Pagamento.

  3. Isso é um ABSURDO com os profissionais que trabalham com eventos. Só vejo o Prefeito Álvaro Dias e o Secretário Dácio Galvão promover eventos e mais evento e não efetua o pagamento das equipes de produção do Carnaval 2019. Absurdo
    Agora tem dinheiro para vários eventos como o São João que teve Artistas com cachê milionário.
    Prefeito Álvaro Dias e Dácio Galvão cadê nosso Pagamento.

  4. Falta de respeito é com a classe artística do RN.
    Quase sempre foi assim aqui em terras de Poti.
    Tal situação e vergonhosa em todos os aspectos, inclusive da plena desvalorização da categoria.

  5. isto é uma vergonha. Tdos os anos é a mesma coisa.
    E aí as atrações nacionais paga antes do show senão o artista não vem.
    E o prefeito ainda tem a cara de pau de subir ao palco e dançar…
    Essa é a nossa Natal.

  6. É UM ABSURDO UMA SECRETARIA DE CULTURA (CAPITANIA DAS ARTES), NÃO VALORIZAR O PROFISSIONAL DE EVENTOS CULTURAIS. PAGUEM A PRODUÇÃO!!!

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Esporte

FOTO: No regime semiaberto, ainda sem definir futuro, goleiro Bruno mantém rotina discreta em Varginha

Bruno Fernandes é visto com esposa em shopping de Varginha (MG) — Foto: Redes Sociais

Ainda não se sabe se Bruno Fernandes, condenado pelo homicídio de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, vai voltar a jogar futebol profissionalmente. No entanto, enquanto seu futuro não é definido, o goleiro mantém uma rotina discreta em Varginha (MG), onde mora desde que conseguiu a progressão de pena para o regime semiaberto, há menos de um mês.

Conforme apurado pelo G1, Bruno tem tentado manter a discrição. Enquanto isso, treina para manter a forma física em uma academia de alto padrão na cidade, acompanhado de um personal trainer.

Para evitar chamar muita atenção, costuma chegar e sair sempre pelos fundos, quase sempre na companhia da esposa Ingrid Calheiros.

Outra preocupação demonstrada pelo goleiro nos últimos dias foi quanto à sua forma técnica. Bruno estaria buscando um campo para treinar enquanto não acerta com algum clube para um possível retorno ao futebol.

A possibilidade de acerto com clubes profissionais, no entanto, é mais restrita devido à própria condição de Bruno. Em regime semiaberto, ele não pode viajar sem autorização da Justiça e teria que se recolher para casa a partir das 20h até as 6h da manhã seguinte, entre outras restrições. Ou seja, precisaria de autorizações especiais para a rotina de jogador de fato.

Fato é que se Bruno não acertar oficialmente o retorno ao futebol, seja ao próprio Boa Esporte, clube de Varginha onde atuou em 2017 e que não quis comentar a possibilidade, seja qualquer outro time, o goleiro precisaria encontrar um emprego nas próximas duas semanas. Caso isso não aconteça, deverá prestar serviço em obra, instituição pública ou entidade conveniada ao Estado.

Procurada pelo G1, a advogada Mariana Migliorini, que representa o goleiro, disse apenas que ele permanece em Varginha e que a definição de trabalho será informada ao juiz.

Crimes e cumprimento da pena

Bruno foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013 pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.

Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância. As penas válidas somadas, então, são de 20 anos e 9 meses de prisão.

Em fevereiro de 2017, o goleiro chegou a ser solto por uma liminar do Superior Tribunal Federal (STF) e voltou a jogar futebol, atuando no Módulo 2 do Campeonato Mineiro pelo Boa Esporte, mas depois teve a medida revogada e um pedido de habeas corpus negado.

Em abril de 2017, Bruno se apresentou à polícia em Varginha, onde foi preso e levado para o presídio da cidade.

Mais de dois anos depois, o juiz Tarciso Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da comarca de Varginha, concedeu a progressão de regime para o semiaberto, no dia 18 de julho de 2019.

A decisão veio após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) anular uma falta grave que havia sido imputada a Bruno por infrações no tempo em que exercia trabalho externo na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) da cidade.

Regras para o semiaberto

Bruno passou a poder dormir em casa, porque a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Varginha ainda não possui convênio com o Estado para poder receber os presos.

Além disso, o município não conta com outras instituições designadas para a função. Com isso, o semiaberto é convertido em semiaberto domiciliar.

Mesmo assim, o goleiro deve seguir diversas regras que foram determinadas pelo juiz da 1ª Vara Criminal. São elas:

Manter endereço atualizado perante a Justiça.

Comparecer em Juízo até o dia 10 de cada mês para prestar contas de suas atividades.

Demonstrar, no prazo de 30 dias, que se encontra trabalhando ou justificar a impossibilidade – este prazo deve vencer em duas semanas.

Em caso da não comprovação de trabalho, deverá prestar serviço em obra, ou instituição pública ou entidade conveniada.

Recolher-se para casa a partir das 20h até as 6h da manhã seguinte, assim como aos domingos e feriados.

Ser fiscalizado pelas autoridades em casa e no trabalho.

Não se envolver em crimes nem frequentar bares ou boates.

Não se ausentar da cidade sem autorização prévia da Justiça.

G1

 

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