Economia

O futuro do Carrefour não será só o varejo alimentar, diz CFO após compra do Big

Foto: Carrefour/Divulgação

Uma aquisição anunciada na madrugada mexeu com o mercado. O Carrefour Brasil anunciou a aquisição do Grupo Big por R$ 7,5 bilhões. Caso seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o Brasil terá uma empresa de R$ 100 bilhões em faturamento. E o Carrefour não quer parar por aí.

Em entrevista ao CNN Brasil Business, o diretor financeiro da empresa, Sébastien Durchon, afirma que o Carrefour não vai parar apenas no varejo de alimentos. Ele, aliás, enxerga uma vantagem competitiva com outros concorrentes que estão entrando agora nesse mercado, como Magazine Luiza e B2W.

“Muitos entraram, mas nem todos tiveram sucesso. E o varejo não alimentar já é importante para o Carrefour. Apenas no digital, vendemos R$ 3 bilhões nessa área e queremos aumentar isso”, diz Durchon. “O nosso futuro não é só os alimentos. Nós só capturamos os clientes com eles.”

A compra do Big aumenta esse potencial, segundo Durchon. Apenas em sinergias, o Carrefour enxerga ganhos de R$ 1,7 bilhão. Mais do que isso, a companhia poderá estruturar o digital do Big do zero, já que a empresa deixou de lado o e-commerce. Um potencial para alcançar 15 milhões de consumidores.

Mas para que tudo isso aconteça, o Cade precisa aprovar a transação. Segundo Durchon, como os negócios são complementares, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, a autarquia não deve apontar tantas sobreposições.

“Há um pouco de sobreposição e temos que olhar isso pelo lado do Cade. Vamos observar cada praça e separar os mercados. Pode ter algum remédio? Pode. Mas não achamos que vai ser algo tão grande”, diz ele.

Confira a entrevista completa a seguir:

Desde quando vocês estão em negociação com o Grupo Big? Quanto tempo demorou a operação?

Sempre tivemos interesse nesse ativo. Quando o Walmart saiu do país, nós havíamos deixado claro que tínhamos interesse na aquisição. Mas, na época, preferiram fazer uma transação com a Advent, por enxergarem como mais simples e rápida. Mas essa última conversa foi bastante recente. Eles lançaram o processo para o IPO no fim do ano passado e queriam explorar uma transação. A partir desse ano esse negócio entre as partes ficou mais ativo.

Vocês vão trocar todas as bandeiras do Grupo Big por Atacadão e Carrefour?

Para nós, não há uma necessidade em colocar uma bandeira do Carrefour em todas as lojas. Um exemplo é que 70% do nosso negócio vem do Atacadão. O que sempre procuramos é a eficiência e ajudar os nossos clientes. No caso do Big, a nossa avaliação é que a nossa operação de hipermercado e cash & carry (atacarejo) é mais eficiente.

E quanto as outras bandeiras?

O Sam’s Club, por exemplo, é um bicho totalmente diferente. Então, não faz sentido mudar a bandeira. E com o Sam’s Club teremos um terceiro modelo que já dá um lucro bem razoável. E nós queremos melhorar ainda mais o modelo com novas ideias. Na primeira avaliação, nós enxergamos 60 lojas a mais do Sam’s Club [atualmente, são 35].

No Nordeste, há bandeiras fortes, como a Bom Preço. E respeitamos ela. Não está 100% definido, mas a tendência é que vamos integrar as duas marcas. A nossa questão é aprender e ver o que faz sentido. Temos uma abordagem pragmática. Vamos manter as bandeiras quando fizer sentido.

O Cade não pode criar algumas barreiras com uma empresa que se tornará ainda mais gigante? O consumidor pode ser lesado?

Para nós, o varejo de alimentos é muito local. O Brasil é um país continental. Com isso, você vai para qualquer região do país e encontra bandeiras muito fortes. Para nós, sempre foi e sempre vai ser um mercado supercompetitivo. É um setor com margens superbaixos e, caso quiséssemos subir o preço, um novo concorrente entraria e cobraria menos. A barreira de entrada não existe. O cliente vai se beneficiar. Vamos converter as lojas e quem tem o menor preço? O Carrefour. O consumidor do Big vai se beneficiar. No caso do Atacadão é a mesma coisa. É uma transação que vai devolver poder aquisitivo para o brasileiro.

Mas não pode ter barreiras em alguns mercados em que as duas empresas são fortes?

Há um pouco de sobreposição e temos que olhar isso pelo lado do Cade. Vamos observar cada praça e separar os mercados. Pode ter algum remédio? Pode. Mas não achamos que vai ser algo tão grande.

Como vocês vão reestruturar a operação do e-commerce do Big?

Hoje, o Big não tem e-commerce. São uns 15 milhões de clientes que vão ter acesso às lojas e a programas de fidelidade em todos os sites do grupo. Para nós, é uma das grandes sinergias e com um investimento adicional zero. O mesmo vai acontecer com as parcerias, com Rappi e Cornershop.

O ritmo de expansão do Atacadão vai mudar?

Costumávamos abrir 20 lojas por ano. Neste ano, vai ser diferente pois vamos reabrir as lojas que compramos do Makro, o que vai dar 45 unidades. Vai ser um ano de muito crescimento. Depois da aprovação da aquisição, é possível que reduziremos o ritmo de novas lojas. Mas nós enxergamos potencial para expansão.

Fazer um movimento desse tamanho no meio de uma pandemia não é um risco?

Não temos receio de fazer esse tipo de movimento. A estratégia da empresa não mira o curto prazo. A nossa estratégia é de longo prazo. Por agora, esses próximos meses serão desafiadores, mas vamos gerar uma página de maior crescimento à frente.

Estão olhando por novas aquisições?

É uma transação grande e há muito trabalho pela frente. No curto prazo, não temos outras aquisições em vista. Mas o Carrefour fez outros movimentos, como a compra do site de receitas CyberCook, que foi integrado ao sistema, e também outros negócios de tecnologia. Esses tipos de movimentos podem ser feitos.

Como você enxerga a entrada de novos players no setor de alimentos? Magazine Luiza e B2W já estão investindo pesado nessa área.

Muitos deles estão tentando entrar no setor de alimentos e é muito interessante ver essa paixão nova para eles. E existe um motivo para eles fazerem isso: o segmento traz recorrência de compra e é algo que nós temos. Mas é um tipo de mercadoria que não é fácil de operar. Muitos entraram, mas nem todos tiveram sucesso. E o varejo não alimentar já é importante para o Carrefour. Apenas no digital, vendemos R$ 3 bilhões nessa área e queremos aumentar isso. A oportunidade está aí e do ponto de vista da transação com o Big, aumenta ainda mais. O nosso futuro não é só os alimentos. Nós só capturamos os clientes com eles.

CNN Brasil

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Social

#BBB12: Polícia abre inquérito para investigar suposto estupro

O delegado Antonio Ricardo, titular da 32ª DP (Taquara), instaurou inquérito para apurar se houve estupro dentro da casa do Big Brother Brasil 12 na madrugada de domingo. Apesar de a Rede Globo ter retirado de seu site as cenas de Monique e Daniel embaixo do edredom, a polícia já tem um vídeo de sete minutos de duração que mostra a loura, aparentemente desacordada após uma noite de bebedeira, sendo bolinada pelo modelo. “Precisamos ter tudo em mãos para analisar as imagens e tentar entender o que de fato aconteceu”, afirmou o delegado ao site de VEJA.

Na festa de sábado, primeiro dia de bebida liberada no BBB, Monique ficou nitidamente embriagada. Antes de dormir, deu um selinho em Fabiana e foi para o quarto Floresta. Sob o edredom, Daniel se atracou com a estudante e é aí que começam as suspeitas de estupro. Na edição mostrada na noite de domingo, a narrativa é de uma “ficada” consentida depois da festa. No pay per view, Monique aparece imóvel enquanto Daniel faz movimentos sob a colcha.

No dia seguinte, Monique foi chamada ao confessionário para esclarecer o que realmente aconteceu. Ela disse não ter sido violentada, mas, depois de ser indagada por Boninho, demonstrou não estar certa de suas respostas. “Me chamaram para perguntar se tínhamos feito alguma coisa. Eu sei que não fiz, mas começo a pirar. Será que eu fiz? Será que não? Estou muito mal com isso”, disse Monique para Analice.

Daniel, por sua vez, negou qualquer abuso. “Não teve momento de sacanagem nossa juntos. Nós nos beijamos no quarto e nos agarramos no edredom com a cabeça para fora”, argumentou o modelo. No vídeo, Monique aparece parada, sem reação, enquanto Daniel movimentava seu corpo embaixo da coberta.

Apesar de não ter visto as cenas, pelo entendimento do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil da secção Rio (OAB-RJ), Wadih Damous, é possível ter havido estupro. “Se ficar caracterizada privação de sentido pela bebedeira, sem que ela pudesse se defender e sem consentimento, pode ser considerado estupro”, afirma. “Se um homem se vale de momentânea imobilização de uma mulher dopada por remédio ou álcool, ainda que não tenha havido agressão, é possível caracterizar como estupro”, explica Damous.

Monique, aparentemente não lembra o que aconteceu na noite de sábado. Por via das dúvidas, já deu o recado para Daniel: “Nunca mais bebo contigo”.

Fonte: Blog BBB12/Veja

 

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Coluna do BG

Publicitário potiguar nega que esteja entre os participante do BBB12

O blog conseguiu contato com o publicitário Kadu Severiano via telefone e ele negou a informação de que estaria entre os selecionados para participar do programa Big Brother Brasil 12.

De acordo com Kadu, as mensagens que estão circulando na internet nada mais são do que brincadeiras dos seus amigos, mais especificamente do também publicitário Pedro Barros.

“Isso é mentira. Tudo mentira. É brincadeira de Pedro. Não passa de boato”, contou por telefone.

O fato é que dos novos participantes do reality show da Rede Globo, dois já estão confinados em um hotel no Rio de Janeiro e os demais estão de malas prontas para entrar na casa mais vigiada do Brasil. Outro fato é que o vazamento da informação antecipada por parte dos participantes pode ocasionar na eliminação antes mesmo de se iniciar o programa por quebrar o sigilo exigido pela direção.

A lista oficial com os nomes dos participantes deve sair nesta quinta-feira (5), no site oficial do programa e nas vinhetas veiculadas durante o dia na própria emissora.

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Coluna do BG

Boatos dão conta que potiguar está no BBB12

O publicitário Kadu Severiano pode estar entre os escolhidos para participar do programa Big Brother Brasil 12. As informações estão rolando apenas na internet, mas cada vez mais o número de pessoas ligadas ao jovem, estão confirmando a informação através das redes sociais.

O blog tentou entrar em contato com Kadu através do celular, mas as ligações não foram atendidas ou sequer retornadas. O perfil @kadu_severiano, chegou a dar alguns tweets hoje mesmo negando a informação, mas amigos dele dizem que outra pessoa está tomando conta do perfil e que as negativas são para manter as regras de sigilo exigidas pelo programa.

Confira algumas das postagens:


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